E foi assim meu término com Camila, a menina que eu namorava desde 2017. Me chamo Heitor, hoje tenho 25 anos, e comecei a namorar ela ainda com 20. Com o passar dos anos comecei a sentir vontade de experimentar novas coisas e ser quem eu realmente sou. Não que eu não gostasse dela, pelo contrário, ainda nutro um sentimento de afeto muito grande por ela. A questão é que não aguentava mais mentir para mim mesmo.
Em todos os ambientes no qual estive inserido durante grande parte de minha vida, gays sempre foram vistos como inferiores, alvo de piadas e até mesmo excluídos. Isso fez com que eu nunca manifestasse certas coisas e por muito tempo tentei negar esse fato (o fato de me sentir atraído por outros homens) a mim mesmo. Isso até eu conhecer Danilo, o melhor amigo de Camila. Antes de me apresentar à Danilo, Camila já havia me advertido que ele era gay e que não deveria tratar ele com desrespeito. Lembro muito bem o dia que o conheci, minha namorada insistiu para que saíssemos com ele para nos conhecermos. Nos encontramos em um barzinho no centro. Camila e eu chegamos antes. Ao longe vi que um cara que entrou no bar não parava de encará-la. Assim que ele se aproximou de nossa mesa eu o intimei:
- Qual é meu irmão, perdeu alguma coisa aqui?
- Com licença, você está acompanhando esse linda moça? Respondeu ele.
- Essa linda moça é minha namorada, é melhor você ir procurar sua turma.
- Calma amor, esse daqui é Danilo, o meu amigo. Interviu Camila.
- Prazer em conhecê-lo. Respondeu ele com um sorriso no rosto apesar da minha rispidez.
Eu não pude acreditar que aquele cara era o amigo de quem ela tanto falava. O estilo dele não dava nenhuma pista de que ele era gay. O jeito dele muito menos: não tinha a voz fina, não desmunhecava, enfim, não era “afetado” como alguns dizem. O pior de tudo era que ele era muito bonito. Seu corpo não era todo bombado, mas seus músculo visivelmente denunciavam que ele praticava academia ou algum outro esporte. O sorriso branco se destacava em sua pele bronzeada pelo sol… Uma boca carnuda, ombros largos, tudo nele parecia simetricamente desenhado, e deveria ser apenas alguns anos mais velho que eu. Ao voltar para casa naquele mesmo dia eu conversei com Camila e questionei se ele realmente era gay, e se ele não dizia isso para se aproximar das mulheres. Ela me explicou que nos tempo de faculdade ele já havia ficado com mulheres, mas que do que ele realmente gostava era de homens. Ao mesmo tempo que estava com ciúmes por Camila, aquilo trouxe a tona para mim sentimentos mal resolvidos.
Ao longo de meu relacionamento com Camila, Danilo e eu começamos a nos aproximar. Ele era um cara muito pró-ativo e sempre estava inventando alguma coisa para fazermos. Percebi que tínhamos muitas coisas em comum, uma delas é que nós dois compartilhávamos do gosto por aventuras. Sabe como é, fazer coisas fora da rotina… E ele era desinibido: quando íamos para o parque aquático por exemplo, ele não se importava de ficar pelado e se trocar do lado de fora das cabines do vestiário. Eu sempre evitei fazer o mesmo, tinha vergonha de me expor na frente dele e não queria deixar transparecer o que aquilo me despertava. Não podia deixar ele descobrir que eu também era gay. Ao mesmo tempo, minha proximidade com ele fez eu me compreender melhor e começar a me aceitar, embora não estivesse pronto de expor isso para o mundo. Foi apenas após muitos anos, numa viagem para Natal, que as coisas mudaram de rumo.
- Eai Heitor, tranquilo? O que você e a Camila estão pensando em fazer nesse feriado? Danilo me perguntou em uma mensagem por whatsapp.
- Não pensamos em nada ainda.
- O que você acha da gente ir conhecer Natal?
- Onde fica isso?
- Como assim onde fica cara, você mora em que país? Kkk. Fica no Nordeste, tem as praias mais lindas do Brasil.
- Não sei cara, to com pouca grana.
- Faz umas horas extras no trabalho para compensar :P
- Vou conversar com a Camila para ver. Só nós três?
- Sim. Beleza, conversa com ela, tá com 50% off na passagem aérea ida e volta. A pousada a gente racha não fica muito caro também.
- Susse, depois te digo.
- Blz, flw.
Conversei com Camila no mesmo instante, fiquei animado com a ideia de ir para a praia com ela e Danilo. Ela aceitou, mas deixei para responder Danilo apenas na noite seguinte, não queria transparecer minha animação com tanta facilidade. Mandei uma mensagem para ele:
- Boa noite.
- Opa, de boa?
- Sussa. Conversei com a Camila, ela gostou da ideia. Se a gente for dá para parcelar no cartão?
- A passagem tu pode parcelar em até 10x de R$70 se quiser. A pousada, se a gente pegar 2 diárias fica R$200 para cada.
- Orra tá barato até.
- Pois é. Bora então?
- Partiu.
Por mensagem, nossos diálogos sempre eram curtos e diretos, conversávamos apenas o essencial. Nunca havia muita expressão de sentimentos da parte dele ou da minha, embora eu sempre ficasse feliz com a ideia de irmos fazer alguma coisa. Essa era uma característica dele, afinal ele agia do mesmo modo com Camila. Ele sempre dizia que não gostava muito de ficar utilizando o celular, e acredite ou não, nem rede social ele tem. Apesar disso, pessoalmente ele é uma pessoa super sociável. Contudo, eu devo confessar que ficava um pouco frustrado com essa aparente indiferença com a qual ele conversava por mensagem. É como se eu quisesse mais, na verdade, eu queria mais. Claro que o fato de conseguir interagir de verdade com ele apenas pessoalmente o torna ainda mais interessante. Num mundo onde todos procuram aprovação nas redes sociais, isso até me admira.
Conforme o dia da viagem se aproximava eu ficava mais ansioso, até que chegou o tão esperado dia. Ao chegarmos em Natal, eu me deslumbrei com o que parecia outra realidade. É como se eu estivesse no paraíso e a brisa quente da noite quente me desafiasse a viver. Aquele momento foi como se uma chave tivesse sido girada, e eu percebi que queria aproveitar ao máximo o que a vida tinha a me oferecer, não queria mais ter medo e me esconder. Ao longo de nossa estadia em Natal eu comecei a me sentir mais encorajado e fui me soltando. Camila também estava aproveitando muito, Danilo igualmente. No último dia de nossa viagem, escuto a voz de Camila pela manhã:
- Bora acordar vocês dois, já serviram o café da manhã.
- Nossa, sério? Que horas são? Questiona Danilo.
- Dez para às nove já. Hoje é nosso último dia aqui e a gente tem que aproveitar, trate de levantar. Você também Heitor!
- Uhum, tô levantando já. Retruquei ainda com a voz sonolenta.
- Bem, não demorem que eu já vou descendo para fazer meu prato.
Assim que Camila sai do quarto eu fecho os olhos para descansar mais um pouco. Danilo, que estava na cama ao lado, joga o travesseiro dele em mim.
- Acorda ai rapaz, não vai deixar a sua namorada comer sozinha. Bora lá.
- Nossa cara, não deixa nem os outros dormirem em paz.
- Se deixar você dorme o dia inteiro né, levanta ai (rele respondeu rindo). Eu estou descendo, não demora muito.
Logo Danilo também deixou o quarto. Num impulso, abracei o travesseiro que ele havia jogado, coloquei em meu rosto e respirei fundo na expectativa de sentir seu cheiro. Como não podia me demorar muito, logo desci para tomar café.
Como eu falei, Danilo era desinibido, e todas as vezes que a gente ia na praia ele usava sunga. O corpo de Danilo mexia muito com meus pensamentos e ver ele de sunga era muito excitante. Isso me fazia desejá-lo, e imaginei se se eu usasse sunga eu também despertaria esse sentimento em outros homens, quem sabe até nele. Eu sei que sempre me escondi, e que Danilo sempre teve uma relação de respeito comigo, até mesmo em função do meu relacionamento com Camila. Ele nunca deixou transparecer segundas intenções, mas eu desejava aquilo. E se eu tivesse conhecido Danilo em outras circunstâncias? E se Danilo soubesse que eu sou gay? E se ele soubesse que secretamente o desejo desde que nos conhecemos? Eu já não negava a mim mesmo essa verdade. Um furacão de pensamentos se passava pela minha cabeça. Então como minhas pernas estavam assando de tanto entrar na água com shorts, esse era o pretexto perfeito para eu colocar meu plano em ação. Assim que termino meu café eu digo a Camila:
- Amor, vou pegar uma sunga ali naquela loja pra mim, vê se acho uma igual a do Danilo.
- Ué amor, mas você não gosta de usar sunga.
- É que com o shorts é ruim de entrar na água, tá assando no meio da minha perna.
E assim comprei uma sunga. Mais tarde fomos para a praia. Guarda sol montado e cadeiras a nossa disposição. Não posso negar que fiquei um pouco nervoso na hora de tirar minha roupa e ficar apenas na sunga na frente de Danilo. Será que ele ia me achar bonito? Aliás, será que ele sequer ia reparar no meu corpo? Será que eu ia despertar alguma coisa nele? Camila já havia se acomodado na sombra.
- Vamos entrar? Perguntei a Danilo.
- Você já passou protetor nessas pernas brancas aí?
- Passei lá na pousada.
- Ué, eu não vi.
- É que passei no banheiro.
Após esse diálogo entramos no mar.
- Ta gostosa essa água, não acha não? Disse Danilo.
- Ta gelada cara.
- Mergulha que o corpo já costuma.
- É o jeito mesmo.
Não hesitei antes de dar o primeiro mergulho.
- Ahhh, delícia, agora sim.
- Vamos mais pro fundo, está muito raso aqui.
- Vamos, tá umas ondas boas ali pra pegar jacaré.
- Verdade.
Caminhávamos em direção ao fundo enquanto a conversa seguia:
- Nossa, bem melhor usar sunga né? Devia ter comprado antes, minha perna acabou assando de entrar na água com shorts.
- Claro velho, não sei da onde usar shorts pra entrar na água. Sem contar que com sunga a perna não fica metade de uma cor, metade de outra.
- Haha, verdade. Mas é que eu não tenho o costume, nunca fui de usar sunga.
- Mas porquê ué?
- Ah, não sei, vergonha eu acho.
- Como assim, vergonha do que?
- Sei lá, é que é estranho, vai que as pessoas ficam olhando. E a Camila é ciumenta.
- Olhar as pessoas sempre vão olhar né cara, dai já não tem o que fazer. E nem precisa estar de sunga pra isso. Você deixa de olhar pra uma mulher bonita só porque ela está de calça?
- Não.
- Pois então cara, mesma coisa. Claro que só com roupa de banho tem mais apelo, mas o que conta é o conjunto da obra. Olha a onda vindo, essa tá boa pra pegar um jacaré.
Permanecemos no mar, jogando conversa fora, aproveitando a água e pegando uns jacarézinhos. Eu estava sentindo uma sensação diferente, feliz por ter feito o que fiz e estar ali compartilhando daquele momento com Danilo. Eu estava de boa até que alguma coisa bate em mim e me derruba junto com uma onda. Sé lembro de tomar água do mar e me ralar todo na areia (rs).
- Me desculpa ai Heitor, foi sem querer, a onda veio com tudo. Você está bem?
- Nossa cara, bati minhas costas na areia, tá ardendo.
- Putz, pior que ralou mesmo.
- Ta só ardendo ou está sentindo mais alguma coisa?
- Está doendo um pouco ai perto do ombro, mas acho que não deslocou nada.
- Tá sentindo alguma coisa aqui? (Danilo pergunta massageando minhas costas). Tenta levantar os braços.
No mesmo instante que ergo os braços uma pequena onda que estava se formando lança o corpo dele contra o meu, que me mantenho firme. Pela primeira vez sentia o pau de Danilo em mim. Fingi que nada estava acontecendo. Intencionalmente ou não, ele fez o mesmo.
- Isso, agora estende os braços assim. Ele diz enquanto alonga meus braços com seu corpo junto ao meu.
Nossa, que sensação boa era aquela, eu não imaginava que aquilo poderia acontecer. Eu via Camila ao longe enquanto Danilo estava atrás de mim com seu pau roçando em minha bunda. A adrenalina corria pelo meu sangue. “Vira aqui para mim”, ele fala com a voz firme, quase como que mandando. Já de frente para ele, ele segura meus pulsos e alonga meus braços em direções opostas. Nossos olhares se encaram fixamente, eu podia sentir seu pau no meu e lutava para controlar minha ereção. “Beleza, agora relaxa”, diz ele ao me abraçar pela cintura e apertar minhas costas logo em seguida. Assim que ele me levantou para estalar minhas costas, meu pau foi roçando em seu corpo, assim como podia sentir o pau dele roçando no meu.
- Relaxa cara, você está muito duro, senão não da certo. Disse ele. Acho que ele usou o termo “muito duro” para evidenciar que ele estava sentindo meu pau, que embora eu estivesse controlando para não ficar totalmente duro, já estava grande na sunga.
- Ah, caralho... Foi a única coisa que eu disse, numa expressão de prazer igualmente dúbia.
- E ai, melhorou?
- Melhorou sim Dan, obrigado. Quer que eu estale suas costas também?
- Oh, por favor!
Agora foi minha vez de entrar na brincadeira, e retribui o que ele havia feito comigo.
- Beleza, valeu. Diz ele.
- Tranquilo. No final das contas essa onda foi boa para destravar o corpo.
- Tu vai ficar mais um pouco na água ainda?
- Vamos pegar só mais um jacaré dai a gente sai (disse para ganhar tempo, afinal não tinha condições de sair da água naquele estado).
Foi muito louco tudo que aconteceu. Quando voltamos para a areia, ele agia normalmente. A Camila mal desconfiava do que acabara de acontecer. Aproveitamos o resto do nosso último dia em Natal, meu pau ficou babando o resto do dia. Naquela mesma noite, quando voltamos para nossa cidade, fiz o melhor sexo da minha vida com Camila. Eu estava muito excitado, e era em Heitor que eu pensava enquanto estava na cama com ela.
Nos dias que se passaram eu e Heitor não nos falamos. Eu sei que ele não é de falar muito por mensagem, mas o que aconteceu na viagem mexeu comigo e eu criei essa expectativa. Nos vimos só dali a 2 semanas, na festa de um amigo em comum:
- Ué Danilo, não veio acompanhado hoje? Perguntei quando o encontrei na festa. Minha pergunta emanava um certo tom de deboche e transtorno. Em eventos como esse ele costumava vir acompanhado de algum “pega” dele.
- Pior que não, tô de boa. E vocês dois, como tem passado?
- Nós estamos ótimos, desde que voltamos da nossa viagem o Heitor tem estado com bem mais disposição, se é que você me entende. Respondeu Camila.
- Uau, bom saber que a vigem foi tão proveitosa. Vou pegar uma bebida, vocês querem algo?
- Eu não vou querer nada. Respondi meio que ríspido.
- Eu aceito uma piña colada. Respondeu Camila.
- Ótimo, eu volto logo.
Durante a festa não interagimos muito. Antes de irmos embora, contudo, Danilo me chamou para conversar.
- Heitor, está tudo bem com você? Tu estava meio quieto hoje, aconteceu algo?
- Não aconteceu nada não Danilo, é impressão sua.
- Você tem certeza? Está tudo bem com você e Camila?
- Está sim.
- E tem algo que eu fiz que lhe chateou?
- Não, pelo contrário, você é um ótimo amigo, e Camila sempre fica feliz quando te vê.
- Então o problema tem alguma coisa a ver com a Camila?
- Te falei que não problema nenhum aqui cara, desencana. Bem, acho que já está na hora de eu ir, a Camila está me esperando no carro.
- Está bem, então a gente se fala.
- Claro, a gente se fala.
Depois desse dia Danilo e eu não mais nos falamos. Eu estava na expectativa que ele me procurasse e, ao mesmo tempo, eu também pensava em criar coragem para procurar ele e expor meus sentimentos. Mas eu estava me sentindo rejeitado, o medo voltava a tomar conta de mim e me paralisava. Os dias foram passando… Dias se tornaram semanas, e semanas se tornaram meses. Comecei a me sentir triste, e a falta de Danilo começou a afetar minha relação com Camila.
- Camila, eu preciso conversar com você. Eu quero terminar nosso namoro.
- Do que você está falando Heitor?
- É isso mesmo que você ouviu. Eu gosto muito de você, mas sinto que nossa relação chegou ao fim.
- Porque você está fazendo isso comigo? Nós somos tão felizes juntos.
- Não, você é feliz! Eu já não sinto o mesmo.
- Por favor, vamos conversar melhor, você está se precipitando.
- Eu já fiz minha escolha, esse é o fim de nosso relacionamento. Adeus.
Me despedi sem olhar para trás. Eu sei que ela não merecia sofrer, mas nossa relação já não podia seguir a diante. Eu me redescobri enquanto pessoa, e embora gostasse muito dela, não poderia continuar levando uma vida de fachada. Eu também estava sofrendo. Precisava ver Danilo, falar pra ele toda a verdade. Eu não sabia como ele reagiria já que ficamos todos esses meses sem nos falarmos, mas entrei no carro e fui a seu encontro. Ao chegar em frente ao seu apartamento ligo para ele, que atende o telefone:
- Alô?
- Danilo?
- Olá Heitor, sou eu.
- A gente pode conversar?
- Claro, eu fiquei sabendo de você e Camila, ela acabou de me ligar e...
- A gente pode conversar?
- Sim, desculpe, podemos sim.
- Então abre a porta para mim, estou em frente a seu apartamento.
Uma pequena pausa precedeu sua resposta:
- Eu vou pedir para a portaria te liberar, um minuto.
Eu estava muito nervoso, mas já havia terminado o meu namoro com Camila e estava disposto a ir até o fim independente de qualquer coisa. Por mais que Danilo não me aceitasse, eu precisava conversar com ele. Assim que ele abriu a porta do apartamento eu o abracei e, o melhor de tudo, fui acolhido. Mal consigo conter minha emoção. Ele me acompanha até o quarto dele, onde me aninho em seus braços. Sinto suas mãos afagando meu cabelo, quando ele diz:
- Calma cara, tudo bem. Digo a ele.
- Me desculpa Danilo.
- Relaxa, está tudo certo, se quiser conversar sobre o que aconteceu entre vocês eu estou aqui para te ouvir.
- Não é sobre a Camila.
- Como assim?
- É sobre isso.
E sem pensar duas vezes o beijei. Para minha felicidade o beijo é retribuído. Logo estamos deitados em sua cama envolvidos em um abraço apertado. Continuamos nos beijando; não era necessário dizer uma sequer palavra.
- Heitor, porque vô…
- Não diga nada, eu desejo isso há muito tempo.
Tiramos nossas camisetas, ele beija meu pescoço. Posso sentir seu pau já duro roçar em mim, e estou entregue ao momento. Os amassos se intensificam. Ele começa a passar sua língua sobre meu corpo, lambendo meus peitos e meu sovaco. Sinto sensações nunca antes sentidas e gemo de prazer. Meu pau quase arrebentando a calça tamanho é meu tesão, quando sinto sua boca sobre ele. Tiro minha calça e ele alisa meu pau por cima da sunga que eu estava utilizando, a mesma que eu havia utilizado aquele dia na praia.
- Desde aquele dia eu não consigo mais parar de pensar em você. Há muito tempo eu estou desejando por isso. Digo.
- Eu também. Eu não tinha certeza se você queria, mas eu imaginei esse momento inúmeras vezes.
- Eu quero. Eu quero você, quero sentir você.
- Não poderia ser melhor.
Então ele da leves mordiscadas em meu pau antes de começar a chupá-lo ainda por cima da sunga. Meu pau está babando tanto que parece uma fonte.
- Ah, ah, caralho. Isso, chupa meu pau.
- É isso que você quer?
- É isso que eu quero.
Ele retira minha sunga e eu estou ali, entregue por completo a àquele homem. Ele me chupa como nenhuma mulher jamais chupou.
- Poha, isso é muito bom, você chupa muito melhor do que eu imaginei.
Logo, a mesma boca quente que chupava meu pau agora lambia meu cú. A língua dele me invade com uma voracidade sem igual. Áspera e ao mesmo tempo macia, a língua dele em meu cú me leva ao delírio. Então ele se aproxima de mim e diz em meu ouvido:
- Agora vem, chupa meu pau. Lubrifica ele, você sabe o que vem em seguida. Desde que eu te vi de sunga na praia eu sonho com isso.
Eu nunca havia feito sexo com outro homem antes, muito menos chupado um pau. Mas devo confessar que eu estava morrendo de vontade de fazer aquilo. Cai de boca nele.
- Cuidado, sem por os dentes para não machucar meu pau (ele avisa). Isso, assim, ahhhhhh. Delícia. Abre mais a boquinha, isso… Olha só como entra tudo. É só ter um pouco de paciência, você está indo muito bem.
Eu mamava tanto que mal consegui respirar. Chupo com vontade, sentindo meu lábio deslizar sobre seu pau enquanto a cabeça encosta em minha garganta. Ao tirar o pau dele da minha boca para respirar por uma fração de segundos, um líquido viscoso une minha boca a seu pau. Olho para ele, que num sinal de aprovação sinaliza para eu continuar. Não sei por quanto tempo o chupei, mas estava tão bom que poderia continuar o chupando pelo resto da noite. É quando ele tira o pau da minha boca, me da um beijo e me pede:
- Eu posso meter em você?
- Você promete ir com calma?
- Prometo, eu só quero te dar prazer, não quero te machucar. Se você sentir que está incomodando você me fala, combinado?
Eu não disse nada, apenas concordei com a cabeça. Fiquei de barriga para cima, e antes de sentir seu pau, senti seus dedos me penetrarem. Ele coloca e tira seus dedos lentamente, massageando meu esfíncter.
-Ah, delícia, isso é muito bom.
- Você está preparado?
- Estou. Me fode.
Então finalmente sinto a cabeça de seu pau me invadir. Parecia que não queria entrar, mas assim que a cabeça passa o pau inteiro desliza para dentro com facilidade, me fazendo gemer. Nossos corpos agora são um só. Nos beijamos muito, entregues ao prazer.
- Pronto, já está tudo dentro. Está doendo?
- Não, está bom.
- Está gostoso?
- Está.
- E assim? Ele pergunta num movimento gostoso de vai e vem.
- Está muito bom.
O cheiro de sexo já tomava conta do quarto, a cama molhada de suor.
- Ta muito gostoso Heitor, mas eu não aguento mais me segurar, eu vou ter que gozar.
- Goza dentro de mim.
- Você tem certeza?
- Tenho, eu preciso disso (respondi olhando fundo em seus olhos). Eu te amo.
- Eu também te amo.
Então Danilo aumentar o ritmo das estocadas e sinto seu pau inchar dentro de mim. Em seguida sou preenchido por seu leite, numa sensação indescritível. Gozo junto com ele gemendo de prazer. Minha poha voa longe, atingindo minha própria cara, meu cabelo, e com certeza sua cama. Ele se solta encima de mim, meu coração acelerado contra seu peito… Após muitos anos, eu finalmente estava entregue a Danilo.
Uau. Lindo e delicioso conto. E depois dessa vez, houve outras? Sua ex soube de você? Conte mais...
Sensível e sensual. Gostei da riqueza de detalhes e da progressão dos sentimentos e fatos ao longo dos anos. Votado!
Bem escrito e deliosamente excitante
Olá amigos e leitores. Com base no feedback que recebi nos contos anteriores, tentei melhorar alguns aspectos ao escrever esse novo combo (série "A Viagem"). Se possível, deixem comentários e opinem. Obrigado e boa leitura!