O amigo bêbado do meu pai ( PARTE 1)

Após conhecer Antônio passei a ficar mais confiante em mim, deixei de usar tantas roupas largas que me cobriam o corpo e comecei a me vestir normalmente, tanto pra minha idade quanto pro meu país tropical.
Com o passar do primeiro ano do ensino médio e com a nova confiança que tinha adquirido fiz algumas amizades, alguns jovens da minha idade que adoravam farra e que sempre me chamavam pra sair aos finais de semana. Normalmente quando eu saia com eles, falava pra minha mãe que ia pra casa de alguém desse grupo, pra ver um filme, jogar ou algo do tipo, mas na verdade íamos pra aquelas academias a céu aberto que ficavam na pista de caminhada próximo a lagoa da minha cidade. Normalmente nos acabavamos bebendo, fumando e rindo muito, mas eu tinha que ter cautela, nesse tempo que havia se passado minha mãe havia se tornado uma crente fervorosa, e não aceitava muitas coisas "mundanas", algo que me fazia evitar levar qualquer amigo pra minha casa, afinal eram dois opostos. Mas além disso tudo, essa crença da minha mãe me entristecia bastante, porque ela sempre deixava claro o quão discordava da "ideia" dos LGBT, que todos iriam pro inferno, de acordo com ela, já deixando bem claro que não aceitaria "gente desse tipo" na sua casa. Algo que infelizmente me fez sentir excluído da família, eu adorava minha mãe e apesar de ter medo da reação dela se de alguma forma ela descobrisse o que eu sinto, e acabasse me expulsando de casa, mas eu tinha ainda mais medo de perde-la de minha vida, naquele tempo eu não me imaginava sem ela, minha mãe e minha irmã, eram as coisas mais importantes em toda minha vida.
Mas apesar pq de tudo eu não podia deixar de viver por conta dela. Meus hormônios estavam a mil e por mais que ainda tivesse um razoável medo de ser unicamente usado pelos outros, o desejos era mais forte do que eu, fosse pra sair com meus amigos ou sempre que meu vizinho Antônio aparecia na janela do seu apartamento, eu me trancava no meu quarto, me despia e exibia cada centímetro de pele pra ele, pra no fim jorrarmos uma boa quantidade de gala, eu na minha casa e ele na dele.

Em uma das vezes em que sai com meus amigos pra beber, era uma sexta e eu havia ligado pra minha mãe pra pedir pra dormir na casa de Douglas, que na época era meu melhor amigo e ela tinha deixado, o que significava que eu poderia abusar e aproveitamos cada minuto daquela noite sem precisar me controlar.
Eram quase 3hs da manhã quando acabamos nosso rolê e nos dirigimos para casa de Douglas extremamente bêbados, naquela noite além de mim, Murilo também dormiria lá.
Um detalhe que acho relevante comentar, é que já havia ocorrido alguns olhares entre eu e Murilo, surgia aquela tensão sexual, mas como sempre, eu fugia de qualquer oportunidade que aparecia, mas naquela noite, pra falar a verdade não sei muito bem o contexto, eu estava muito embriagado, mas me lembro que nos beijávamos, enquanto Douglas tomava seu banho. Lembro de sentir meu coração bater forte, de forma que por mais que estava ficando excitado, isso era o de menos, eu queria apenas sentir mais os lábios de Murilo nos meus e aproveitar todos os sentimentos que nos envolviam.
Pelos flashs de memória que tenho, acho que nosso beijo não durou muito, porque quando ouvimos a porta do banheiro se abrindo nos afastando, cada um foi para um lado da cama e não nós falamos mais naquele dia, na verdade não tocamos mais no assunto por um longo tempo.
No dia seguinte ao meu beijo com Murilo, fiquei muito confuso, eu não parava de pensar nisso e nos sentimentos que passavam por mim, o quão rápido meu coração batia, nunca imaginei que um beijo seria assim, havia sido meu primeiro. Mas eu queria esquecer tudo, por mais que eu havia ficado balançado pela lembrança e todo o conjunto, agora os meus receios e inseguranças falavam muito mais alto e eu queria apenas esquecer tudo, e pra não ver Murilo por algumas semanas a ponto de esquecer nosso beijo, me exclui dos roles com meus amigos, vendo-os apenas na escola.
Entre os dias em que evitava meus amigos, aconteceu que em um final de semana em que estava em casa, coincidiu de minha mãe sair para uma espécie de congregação da sua igreja, onde imaginei que meu dia seria tranquilo, mas meu pai aproveitou pra chamar alguns de seus amigos pra beber lá em casa. Normalmente em situações assim eu saía pra encontrar meus amigos ou até saia sozinho sem destino voltando pra casa só a noite, quando tinha certeza que tudo havia acabado, mas pra não correr o risco de esbarrar com Murilo ou qualquer outro amigo meu, optei por ficar em casa mesmo sabendo do estresse que seria com aquele bando de bêbados.
O dia passou vagarosamente, e quanto mais alcoolizados eles ficavam mais alto falavam, era algo que bem incômodo, ao ponte de que mesmo usando fones de ouvido, consegui escuta-los. Em grande maioria eram comentários escrotos como incentivar meu pai a trepar com uma vizinha e trair minha mãe, coisas sobre futebol e mulheres, e até mesmo eles zombando sobre o vizinho de um deles que era gay assumido, e pro meu descontentamento ouço vários comentários maldosos, inclusive do meu pai.

Já havia começado a madrugada quando tudo finalmente ficou em silêncio, imaginei que eles tivesse ido embora e meu pai provavelmente estaria apagado em algum canto da casa. Eu precisava usar o banheiro, então tomaria um banho e depois arrumaria qualquer bagunça que poderiam ter deixado. Saio do meu quarto em direção ao meu objetivo e quando passava pelo corredor, Cleber, um amigo de longa data do meu pai me chama.
- Rafinha, eae menino tudo bem? - ele parecia surpreso.
- Tudo sim! - o arrependimento de ter saído do meu quarto bateu de imediato.
- Nem sabia que estava aqui hoje, se não tinha ido no seu quarto - ele fez uma pausa estranha - pra te dar um "oi".
- Acabei dormindo o dia todo - forcei uma risada - acordei agora a pouco, a natação e a escola acabam comigo, então passo o final de semana quase dormindo.
- Há mas pelo menos vale o esforço né, tá ficando esperto e gostoso! - ri de forma forçada novamente, respondendo apenas um "pois é" - Mas aqui eu já estava quase indo embora, seu pai apagou no sofá, ia levar ele pra cama e depois limpar a cozinha, mas o seu velho é pesado demais, quer me dar uma mãozinha?
Cleber é um quarentão com um corpo grande e largo, ele é um velho amigo da família, está presente nos nossos eventos desde que me lembro, ele é o famoso tio do pavê, sempre com piadinhas infames e sem graça, então mesmo quando ele solta algo como me chamar de gostoso eu relevo e finjo graça. Ele sempre comentava sobre mulher e tudo, mas nunca o vimos com uma garota, na verdade não me lembro se sequer se ele já namorou.
Já na sala pude ver que meu pai realmente era pesado quando ajudei a levanta-lo, nos último anos ele havia engordado bastante ao ponto que apenas apoia-lo até seu quarto se tornava uma tarefa muito difícil, mas a passos lentos fomos até seu quarto, e finalmente o despejados em sua cama. Cleber reforçou que havia ficado pra dar uma ajeitada na bagunça, mas que já iria ir embora, agradeci a disposição dele, saímos do quarto dos meus pais e fechamos a porta, fui até meu quarto, peguei minha toalha e fui tomar meu banho, Cleber foi para a cozinha voltando pra sua limpeza.



--- Oi galera, tudo bem?
Espero que sim! Bom, este conto saiu bem maior do que o esperado, então o dividi em duas partes, onde a segunda vai ser postada assim que a primeira estiver disponível pra leitura. Espero que gostem! E estou aberto a feedbacks caso queiram!


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Comentários


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villa Comentou em 02/04/2022

Até aqui está interessante

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apimentado24 Comentou em 02/04/2022

Excelente. Votado!!!




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Ficha do conto

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Nome do conto:
O amigo bêbado do meu pai ( PARTE 1)

Codigo do conto:
198683

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
01/04/2022

Quant.de Votos:
17

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