**O Engate Noturno**
Em uma noite de lua cheia, sob o céu estrelado e o manto da escuridão, Elias caminhou em direção ao canil, um lugar distante na borda da floresta que guardava segredos mais selvagens do que a vila próxima poderia imaginar. Nu, a pele arrepiada pelo frio noturno e pela antecipação do que estava por vir, ele carregava consigo apenas um frasco de feromônios de cadela no cio, uma essência potente destinada a desencadear o instinto mais primal do cão que lá vivia.
Elias conhecia o cão, um robusto pastor alemão chamado Nero, que ele tinha criado desde filhote. Mas naquela noite, ele não era apenas o cuidador; era o portador de um convite silencioso para um ritual tão antigo quanto o próprio tempo.
Conforme Elias entrava no canil, o som de suas próprias respirações misturava-se ao farfalhar das folhas. Nero o percebeu imediatamente. O cão levantou-se, farejando o ar, seus olhos refletindo a luz da lua enquanto ele identificava a fonte do aroma intoxicante que perturbava sua tranquilidade.
Aproximando-se cautelosamente de Elias, Nero circundou o homem, o focinho explorando, delineando o contorno do corpo exposto que exalava o convite. O cheiro potente do feromônio envolveu Nero, atiçando suas entranhas com um desejo que superava a razão.
Sem aviso, o cão agiu conforme sua natureza o ditava. Com uma precisão surpreendente, ele montou em Elias, encontrando instintivamente sua posição atrás dele. O ato foi rápido, um movimento que Elias mal teve tempo de processar antes de sentir a pressão, um misto de dor e surpresa enquanto Nero se engatava firmemente.
Elias fechou os olhos, tentando se concentrar na respiração enquanto a natureza seguia seu curso. Nero e ele, agora ligados, eram duas silhuetas contra a luz prateada da lua. O tempo parecia dilatar-se, cada segundo estendendo-se enquanto o engate os mantinha unidos.
Por longos minutos, apenas os sons da noite preenchiam o espaço — o suave zumbido de um inseto noturno, o distante uivar de um lobo. Elias sentia cada respiração de Nero, cada pequeno ajuste do cão enquanto o bulbo desinchava, permitindo que a natureza revertesse seu curso.
Finalmente, o desengate ocorreu, e Nero recuou, sacudindo-se como se para afastar o vestígio daquele estranho encontro. Elias permaneceu deitado por um momento, contemplando o céu estrelado, sentindo um misto de alívio e exaustão.
Quando se levantou, o silêncio da noite havia retornado. Elias caminhou de volta à sua casa, cada passo um eco do ritual que acabara de viver. No recôndito de sua mente, uma verdade se formava — uma verdade sobre a força do instinto, sobre a linha tênue entre homem e besta, e sobre a dança eterna da dominação e submissão.
Naquela noite, Elias não apenas enfrentou o selvagem; ele dançou com ele, um encontro que deixaria marcas em sua alma muito depois de os ferimentos em seu corpo terem cicatrizado.
Se você tiver dog em São Paulo ou Osasco me chame nos contatos em meu perfil, dou cuzinho pro seu dog e deixo engatar e vc filmar (me peça vídeos eu dando pra dogs, contato no meu perfil).