No ônibus de madrugada

Essa história é verdadeira. Todas as histórias que eu colocar aqui são experiências que eu tive.

Eu escrevi essa história no dia que aconteceu, há mais de 3 anos atrás, pra eu manter os detalhes vivos, mas só senti a necessidade de compartilhar agora.

Era uma terça feira, tarde da noite já, quando fui até a rodoviária, pois eu voltaria pra Curitiba, cidade em que morava. "Despachei" minhas malas e embarquei no ônibus, tudo normal. Me sentei na poltrona 38, na janela.

Fechei a cortina que separava os passageiros por conta da Covid-19 e comecei a mexer no celular. Rezei por uns instantes para que ninguém se sentasse ao meu lado, para que eu pudesse usar os dois bancos para dormir, a viagem era feita de madrugada. Até fiz um tweet em tom de brincadeira, pedindo pra deus não deixar ninguém sentar. Só me esqueci que Deus guarda muitas surpresas, grandes!

Continuei ali esperando o ônibus sair, já estava quase na hora, até que sinto uma presença e o balanço do minha poltrona enquanto alguém se acomodava ao lado. Minha cara de decepção foi grande, eu esperava ir com espaço para dormir e fiquei logo chateado, mas aceitei e fui seguindo.
Não pude ver quem era, pq já havia fechado a cortina.

Poucos minutos depois do ônibus sair de londrina, senti o cotovelo do passageiro ao lado invadir o meu espaço por cima do apoio de braço e sua perna invadindo o espaço das minhas pernas, ocasionando encontros de joelhos/panturrilhas com o balançar do veículo. Logo pensei “que folgado! essa viagem vai ser um inferno com esse cara do meu lado”. Seu braço estava ultrapassando tanto meu espaço que eu podia sentir o peso dos seus músculos e o calor que emanavam deles no meu braço, que estava totalmente colado ao meu corpo. Nessa hora pensei “um pouco de contato humano não faz mal para ninguém” e simplesmente relaxei.

Conforme o ônibus avançava pela madrugada cortando o estado, a perna do viajante trombava cada vez mais com a minha, como eu estava tranquilo pensei “deve ser alto e está sofrendo com o espaço, realmente é um desprazer viajar de ônibus” e me compadeci com a situação, pois também sou alto.

Tudo seguia no caminho da normalidade quando percebi que a perna dele estava estática colada a minha e foi nesse momento em que se acendeu uma dúvida: algo além estaria rolando aqui? por que a perna dele não estava mais solta e acompanhando o movimento do ônibus pelas sinuosas estradas do Paraná?
Senti uma tensão sexual com nosso toque de pernas, mas logo caí na realidade e imaginei que fosse fruto da minha imaginação levemente depravada.

O nosso contato físico era tão grande, que eu podia sentir o calor da sua panturrilha atravessando a calça dele e esquentando minha pele e isso foi me deixando cada vez mais em dúvida e serviu de alimento para meus pensamentos sujos. Para provar que eu estava pirando, eu decidi deixar minha perna roçar levemente a perna dele, causando uma fricção leve, que parecesse não-intencional, mas que pudesse ser. E era.

Ao levantar o calcanhar do chão, fazendo minha perna se esfregar na calça colada dele, senti que o gesto foi retribuído. Ele levantou o calcanhar e a perna dele se friccionou na minha. Nesse momento, minha reação foi de desespero. Jamais imaginei que pudesse ser verdade, jamais imaginei que alguém estaria me assediando durante uma viagem. Recolhi minha perna e tremi, tremi por causa da adrenalina, do desconhecido, mas minha curiosidade em saber que estava por vir falou mais alto, voltei a perna para o lugar e esfreguei mais uma vez na perna dele e mais uma vez fui retribuído.

Continuamos a roçar nossas pernas por alguns bons minutos até que sinto, por trás da cortina, um dedo cutucando o meu braço. Fico paralisado e ansioso, mas com muito cuidado, eu escorrego minha mão pela extensão da minha perna até o meu joelho acabo indo de encontro ao seu joelho e ele coloca sua mão lá e nossos dedos se tocaram um pouco. Meu desespero interno e tensão sexual estavam no mesmo nível. Eu tinha sede de saber o que aconteceria a partir dali, quais consequências tudo isso tomaria, afinal nada disso jamais me acontecera antes.

Alguns momentos depois, ele passou a mão toda por de baixo da cortina, pro meu lado da poltrona, deixando seu braço todo em cima da minha coxa e sua mão colou-se na minha. Uma mão robusta, forte e firme. Uma mão pesada, mas muito gentil e de pele macia, que repousou sobre a minha e entrelaçamos os dedos. Nos acariciamos nesse jogo de contato, sem poder nos ver. Tudo no ônibus estava apagado e a estrada escura deixava tudo um breu. Ficamos de mãos dadas e nos apertamos com força, uma força quase que selvagem, que representava o desejo e a tensão daquele momento, até que senti um anel, um anel espesso e volumoso no dedo anelar. Logo percebi que não era qualquer anel, mas sim uma aliança.

Tudo fez mais sentido depois de ter tocado naquele grande pedaço de metal no seu dedo, toda discrição e medo envolvido em cada movimento estava justificado. Ele provavelmente era casado com mulher.

Ainda de mãos dadas, resolvi explorar um pouco seu corpo. Com minha outra mão, subi pelo seu antebraço, senti a firmeza de seus músculos por baixo da sua pele lisa e sem pelos, subi até seu braço e fiquei fascinado com a rigidez e espessura. Aquilo me deixou com muito tesão, pensei “que gostoso do caralho”.

O ônibus parou em um posto de combustível aleatório no meio da estrada e loco ecoa a voz de motorista pedindo calma e informando que o veículo passaria por uma breve manutenção. As luzes se acenderam, mas eu ainda continuava um pouco no escuro, por conta da cortina do Covid.

A mão e o braço dele continuou no meu lado da poltrona por baixo da cortina e foi escorregando levemente pela minha coxa, ficando entre minha virilha e minhas bolas, e subiu levemente até o meu pau. Nessa hora eu já estava muito duro e babado, a ponto de melar o meus shorts. Meu pau tem 18cm, não é muito grosso, mas é bem satisfatório.
Seus dedos foram subindo levemente da base do meu pau até a cabeça, e ficou me acariciando num movimento de vai e vem. Não pude por a mão de volta no pau dele, pois algumas luzes do corredor do ônibus foram acesas, só eu tinha o sigilo do que acontecia no meu banco por conta da cortina.

Ficou me acariciando durante toda manutenção do ônibus, o toque era tão gostoso que quase gozei algumas vezes. Segurei todas pra não viajar todo gozado. Fiquei frustrado de não conseguir colocar a mão no pau dele também, mas continuei aproveitando o carinho.

Depois de uns 40 minutos mais ou menos, o ônibus finalmente andou, as luzes foram apagadas e rapidamente a mão que acariciava minha rola se agarrou na minha mão e a levou por de baixo da cortina, deixando-a em cima da sua coxa. Sem pensar muito, deslizei minha mão para a "mala" do passageiro para ver o que me aguardava. Eu tava pensando que pudesse ser um pau pequeno igual desses caras branquelo e robusto de 2,00m. Eu tava pronto para me decepcionar com o tamanho, afinal, eu gosto de cara pauzudo. Ao colocar a mão, a surpresa foi grande, literalmente, um pauzão grosso e grande, que fazia um belo volume sobre a calça. Minha boca aguou no momento em que senti toda circunferência e o calor do pauzão dele. Fiquei simulando uma punheta desajeitada por cima da calça dele. Minha vontade era de me acabar sentando naquela vara.

Os pegas vão e vem, num ritmo delicioso, até que a mão dele decide me analisar, foi direto para minha cabeça, fez um cafuné safado e aconchegante, acariciou minhas bochechas barbudas, na minha sobrancelha e meus lábios. Por impulso, chupei o dedo dele enquanto acariciava meus lábios, ele gostou e colocou mais. Também quis descobrir como ele era, passei a mão pelo bração forte dele, fui subindo até o ombro, depois para o peitoral, que era bem amplo e volumoso de músculo, subi até o pescoço e, antes de eu chegar no rosto, ele tirou a máscara para que eu pudesse senti-lo melhor, acariciei sua barba por fazer, mas não tive nenhuma ideia de como ele se parecia.

Minha mão voltou para a rola, dessa vez queria pegar por dentro da calça e assim o fiz. Ele percebeu minha intenção e logo tratou de afrouxar o cinto, para que minha mãe pudesse escorrer pra dentro. Ao adentrar suas vestes, senti a viscosidade do pau todo babado de puro tesão, a cabeça latejando e toda sua extensão dura feito pedra, bati uma alternando entre rápido e devagar, fazendo pressão com a mão e afrouxando e ele fez o mesmo em mim, passou a mão por baixo dos meus shorts e me fez sentir desejado.

Num reflexo, puxei a calça até que sua cabeça ficasse pra fora e num movimento certeiro, desci meu troco e coloquei aquilo na boca e, preciso confessar, que delícia que foi sentir aquele cilindro de carne na boca. O aroma e sabor mais perfeito de rola que já senti, muito agradável ao meu paladar e olfato. Poderia me alimentar pra sempre só daquela sensação maravilhosa. Puxei sua calça um pouco mais pra baixo e coloquei até onde aguentei em minha boca, mamei bem gostoso até ouvir alguém se mexendo no banco da frente e voltei para minha posição rapidamente. Por medo não continuei a mamar.

Continuamos nos bolinando até a parada no meio da viagem. O lugar é como uma grande loja de conveniência, com banheiros, comida e internet. Esse estabelecimento me traz uma sensação maravilhosa de apoio. O lugar é terrível, mas a sensação de poder esticar as pernas após longas horas de viagem é gratificante demais, torna um ambiente odiável em algo prazeroso, como um oásis.

Ao chegar nesse lugar, precisava esvaziar minha bexiga e pulei o passageiro que estava ao meu lado. Olhei pra ele de relance, mas não consegui ver muita coisa, pois a luz do ônibus continuava apagada.

Fui ao banheiro e logo sai pra fumar, de longe vejo meu macho andando em direção ao banheiro, passou por mim como se eu fosse invisível, como se eu nunca estivesse ali. A aliança explica muita coisa. Fui comprar uma água e com quem eu me deparo? Ele mesmo, o senhor misterioso da poltrona vizinha, dessa vez consegui vê-lo melhor, usava uma calça jeans apertadinha, uma camisa polo azul e óculos de grau quadrados. Fingi que ele era invisível também. Não fizemos contato visual até então, não trocamos uma palavra se quer, mas quando eu fui até o caixa e o avistei de longe, nossos olhos se cruzaram pela primeira vez.

Voltei ao ônibus e tive certeza que a partir daquele momento nada mais aconteceria entre a gente, tive certeza que ele deveria ter me achado muito moleque ou afeminado demais. Ressenti um pouco, pois estava curtindo toda aquela putaria aventurosa pelas estradas escuras daquela madrugada quente.

Passado uns 30 minutos de viagem sem nós tocarmos, sinto sua perna vindo de encontro a minha e logo sua mão passando por baixo da cortina, e vinha acariciar a minha.

A partir desse ponto, tudo se condensa um poucos minutos de acontecimentos, acho que acabei pegando no sono diversas vezes e perdi a noção do tempo.

Continuamos a nos pegar, dormi. Acordei e estávamos de mãos dadas, dormi. Quando me dei conta, estávamos chegando em curitiba, a luz da manhã já adentrava por meio das cortinas fechadas do ônibus. A sensação de alívio de chegar em casa era grande e até quase palpável, mas um pequeno amargor de ter que deixar aqueles momentos somente na lembrança tomou conta. Logo pensei: “tenho que agir”.

Ligeiramente, soltei a mão dele e escrevi uma nota no celular: "oi me add no whatsapp, me chamo douglas” e coloquei meu celular em sua mão. Segundos depois, recebi o celular de volta, com uma mensagem escrita « salvei seu número, mas não sei se terei coragem de ligar » sem pontuação, sem nada.

Aquela mensagem foi um abalado pra mim, me senti envolvido pela aventura e adrenalina da situação e realmente queria ter aquilo mais vezes. Meu cu piscava de vontade de sentar naquela rola, por apenas uma vez que fosse. A luz do dia já adentrava o ônibus com força, a maioria dos passageiros já estavam despertos e falantes, nossa aventura já não era mais permitida.

Fiquei sentado sem reação, nem pensei em escrever um novo texto para ele, talvez eu deveria. Deveria ter perguntados ao menos se ele morava em Curitiba, deveria ter perguntado se era casado com homem ou mulher. Essa perguntas vão ficar eternizadas na minha cabeça.

O ônibus chegou na rodoviária, eu estava muito sonolento e não deu muita atenção para a situação. Ele se levantou antes de mim, me olhou com um olhar fixo diretamente nos meu olhos, um olhar enxergou fundo em mim, um olhar que me disse “adeus”. Assim, ele se virou de costas e partiu. Desci logo em seguida na esperança de vê-lo mais uma vez, mas ele já havia partido, sabe se lá deus pra onde.

Peguei o 99 e voltei para o meu apartamento, fui ao banheiro, arrumei minhas coisas e fui dormir. Bati uma para relaxar todo aquele tesão acumulado da viajem e gozei quase um litro. Li a mensagem mais uma vez e dormi. Meu ano começara bem.


Logo venho com outra experiência que tive.


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Comentários


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natranquilidade Comentou em 08/06/2024

Texto muito bem escrito. Votado!




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Ficha do conto

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Nome do conto:
No ônibus de madrugada

Codigo do conto:
214613

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
08/06/2024

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