Apesar de alguma curiosidade, nada havia acontecido em quatro anos. Eu agora com 50 anos e ela com seus 40.
Apesar da ótima relação em termos sexuais, eu sempre tentei apimentar, mas ela sempre resistia. Um dia perguntei “se eu te desse permissão para fazer única coisa sexual, o que você faria?”. Ela, que estava um pouco alta, respondeu que gostaria de transar com o seu primeiro namorado, fato que não tinha acontecido na época do relacionamento. Eu disse “então vá, eu permito”. Ela olhou pra mim e respondeu que tinha dúvida porque isso daria oportunidade para que eu fizesse o mesmo. No fundo tinha os seus desejos, mas isso, na visão dela, permitiria que eu também tivesse os meus, o que seria uma ameaça para a relação.
Também havíamos cogitado ir numa casa de swing por anos. Porém, no dia que apareceu um bom evento, ela apresentou uma desculpa boba para não ir.
Aí uma questão interessante e de tabu a ser discutida. Eu sempre fui uma pessoa com quase nada de ciúmes e minha esposa tem/tinha como valor que o esse sentimento é um prova de amor, de quem não quer perder quem se ama tenta proteger das “ameaças”. Obviamente, eu discordo. A maior prova de amor que se pode dar é torcer para que o companheiro(a) seja feliz, tenha experiências, divirta-se.
Voltando aos fatos, o tempo foi passando e, apesar de nos darmos muito bem na cama e sempre cogitarmos algo, a rotina estava começando a cobrar seu preço. Isso ficou claro quando num sábado à noite fomos transar e durante o ato eu comecei a pensar “não é possível que essa rotina de passar os dias de noite em casa se repita até o fim dos meus dias”. Aquilo ficou tão pesado que não consegui segurar a ereção. Falhei, pela 1a vez depois de oito anos de relacionamento e cinco anos de casamento.
A gente tinha assistido um filme ruim na Netflix num sábado à noite e começado a relação sexual na total escuridão. Aquilo pesou. A rotina realmente pesou.
Minha esposa é uma gostosa, daquelas com grande bunda, cintura fina e um rosto lindo. Por mais que tivesse ganhado peso, nunca deixei de ter tesão por ela. O problema não era ela ou seu corpo, era nossa relação. Era a expectativa da mesmice para um cinquentão como eu que tinha uma vida muito monótona quando jovem.
No dia seguinte tivemos um debate tranquilo sobre a falha que aconteceu. Ela queria saber o que tinha ocorrido, se era porque ela estava acima do peso. Começamos a conversar sobre nossa relação.
Por coincidência, o filme ruim que citei tinha uma cena onde o marido filma a esposa tendo relações com outros homens. O homem dizia que fazia aquilo porque sentia tesão e não para espioná-la. Estávamos num bar quando ela citou o filme e perguntou: “você queria ser aquele marido, né?”.
Eu já havia falado outras vezes que gostaria de vê-la transando com outro homem. Hoje penso que era um desejo dela também guardado. Chegou apenas a oportunidade.
Eu respondi que sim, que ela tava liberada, desde de que me contasse todos os detalhes. Ela novamente deu um passo atrás dizendo que não queria ninguém comigo. Eu disse que poderíamos começar um acordo onde só ela poderia ter outros parceiros.
Ela indagou ainda se eu não acharia ruim se no futuro ela desistisse e eu não tivesse a oportunidade também de ter outras parceiras. Eu disse que eu sentia tesão com aquela situação pactuada e que nosso acordo estava valendo, portanto, não ficaria amargurado com qualquer situação no futuro.
Pois bem, num final de semana seguinte ela viajaria para outra cidade para um evento de trabalho. Reforcei que ela estaria liberada. Comprei uma linda lingerie e disse que ela usaria pela primeira vez com outro. Também comprei camisinhas e entreguei para que ela levasse na viagem.
Fiquei com tesão quando abri a mala que usaria e vi que ela realmente levaria os preservativos. Pensei, “acho que ela tá começando a levar a sério”.
Confesso que a iminência de ter uma vida com mais adrenalina me tirou de uma período de tristeza e me fez voltar a ser feliz depois de muito tempo.
Lembra do primeiro namorado que ela falou? Como ele morava numa cidade próxima para onde iria, eu falei para que entrasse em contato. Se é para matar os desejos que se mate os maiores primeiro. Que homem não gostaria de reencontrar a primeira namorada gostosa e comê-la pela primeira vez depois de mais de vinte anos?
Mas, infelizmente, a pessoa não respondeu o e-mail e nem se encontrava mais em redes sociais. Busca em vão mas que demonstrou que o interesse era recíproco.
Também, infelizmente, não ocorreu nada no evento na outra cidade. Conversamos que não poderia ser algo marcado mas estava dada a oportunidade para viver a experiência quando surgisse.
Alguns dias depois fui buscá-la num banco e quando entrou no carro disse que tinha encontrado a pessoa certa para realizar o meu (nosso) desejo. Disse-me que tinha achado o funcionário do banco atraente e que ele havia dado uma atenção demasiada a ela, um flerte. Foi um misto de excitação e frio na espinha. Mais um passo dado em desenvolver a nossa fantasia. É como subir os degraus gradativamente para se jogar num imenso e prazeroso bungee jump.
Dias depois ela colocou para tocar a música “A Maçã” de Raul Seixas e riu dizendo que era aquilo que eu queria.Como ela chegou na música eu não sei, mas parece que andou pesquisando sobre o assunto.
A canção do Maluco Beleza é uma verdadeira obra prima sobre o desejo do marido por sua companheira e a intenção de compartilhá-la para ter outros prazeres, como um direito dela e prova de amor do parceiro. Assim como escrevi em um parágrafo inicial deste texto a canção diz:
“Se eu te amo e tu me amas
E outro vem quando tu chamas
Como poderei te condenar
Infinita é tua beleza
Como podes ficar presa
Que nem santa num altar?”
Estamos nessa excitante fase agora. Pode acontecer a qualquer momento, como no dia recente que descobri que ela poderá passar quatro meses trabalhando em outra cidade e perguntei:
Você adora sexo, como vai passar quatro meses lá?
Ela me olha com cara de safada e diz:
Vou ter que encontrar outro pau lá, né?
Assim estamos. Volto para escrever a continuação em outro dia, quando realmente acontecer.
Amigo que tesão tudo isso. Me identifiquei contigo. É bem assim. Parece tomar a sopa pelas beiradas. Sonho em ver minha esposa com outro. Ou na cama ou só se exibindo pra ele ou dançando com ela.
Hummm... Parece uma saga interessante e como já publicou outro, vim aqui antes ler como a história começou. É sempre uma delícia encontar uma casquinha liberada, ainda mais quando o marido é gente boa e até dá pra tomar uma cerveja junto hehehe! ABS! Votado
Delícia, adorei, meu sonho é transar com casal ou casada na frente do marido
Votado! Parabéns ao casal... "A maior prova de amor que se pode dar é torcer para que o conge (homenagem ao marreco) seja feliz, tenha experiências, divirta-se..."
Tesão, um delícia tudo isso.
Que delicia! Ansioso pela continuação!
Belíssima iniciativa. S2 Betto o admirador do que é belo S2