Eu estava apenas há dois meses, naquele serviço, mas o cansaço e o estresse estavam pesando sobre mim como nunca havia sentido antes. As demandas de trabalho, as pressões, tudo parecia demais. Minhas costas doíam, minha cabeça estava a mil, e meu corpo clamava por uma pausa que parecia impossível de ter. Minha vida social foi completamente afetada, já que eu havia mudado de cidade, deixando meu namorado para trás, depois de uma discussão e um término rápido, e não encontrava ânimo nem mesmo pra sair nos fins de semana. Me senti frustrada, já que era o cargo para o qual eu havia estudado tanto, conseguindo aprovação através de um concurso público relativamente disputado. Desanimada, naquele lugar, caminhei pelo corredor, meus passos lentos e pesados, até o destino que parecia ser o único lugar onde eu poderia encontrar algum alívio: a sala de Mariáh.
Ela sempre fora incrivelmente simpática comigo e com todos dali. Uma mulher madura, de 50 anos, que já estava há mais de 30 naquela mesma repartição, (sempre com uma visita em sua sala). Mulher vivida, parecia muito experiente. Alta, esguia e elegante, tinha cabelos negros, lisos e perfeitamente alinhados, a pele branca, quase desbotada, contrastava com óculos negros que lhe concediam um ar de seriedade e que, por usa vez, repousava sobre um rosto que certamente já foi muito admirado. Era casada e sempre deixou isso claro, mas, por algum motivo, havia algo mais no ar com aquela dama. Um olhar austero e capcioso, como se me devorasse, como uma corrente elétrica fraca que ameaçava ficar mais forte a cada encontro.
Bati levemente à porta, e sua voz calorosa me chamou para entrar.
— Mila, entre! — disse Mariáh, com aquele sorriso acolhedor. Sua voz suave me fez sentir, por um momento, que todo o cansaço poderia sumir ali, com ela.
Entrei e me sentei em uma cadeira que ficava ao seu lado, tentando manter a compostura, mas minha exaustão era evidente.
— Você parece tão cansada hoje... — Mariáh observou, seus olhos atrás das lentes me analisando de forma que transitava entre o maternal e o lascivo. — Está tudo bem?
Suspirei, incapaz de esconder o peso que sentia.
— Estou exausta, Mariáh. O trabalho tem sido demais, e parece que não tenho um minuto de paz.
Ela se inclinou um pouco mais para frente, aquele olhar mais próximo, mais íntimo. Eu sabia exatamente o que estava acontecendo. Como bissexual, aquele olhar feminino era inconfundível. Mas logo ali no serviço? Enquanto eu tentava processar tudo aquilo, os dedos de Maríah, de repente, tocaram o meu joelho, e o arrepio que percorreu minha espinha foi instantâneo. Eu estava cansada, sim, mas algo dentro de mim despertou com aquele simples toque. Talvez eu estivesse carente demais para perceber o que meu corpo vinha me pedindo. Fingi que aquilo não me afetava, mas minha mente já estava longe, concentrada no calor que nascia no meu ventre.
— Você precisa relaxar um pouco... — Mariáh murmurou, sua mão subindo discretamente pela minha coxa. — Deixe-me te ajudar...
Ela, definitivamente, não estava falando de me ajudar com o trabalho. O toque, desta vez em minha coxa, foi firme, os dedos fazendo movimentos suaves, circulares. Minha boca ficou seca, e meu coração começou a bater mais forte. A força que eu sempre sentia em suas presenças sutis agora se tornava quase insuportável e fugaz.
Foi quando senti a mão dela subir um pouco mais pela minha coxa, seus dedos desenhando círculos suaves. O coração começou a bater mais forte, e eu sabia que aquilo não era uma simples gentileza. Ela estava testando, sondando meus limites, percebendo o que seu toque estava provocando em mim.
Nossos olhares se cruzaram, e ali, naquele momento, sem palavras, Mariáh entendeu. Eu não precisava dizer nada; um desejo que nem eu mesmo sabia existir estava estampado nos meus olhos e no calor que crescia entre minhas pernas.
— Mariáh... — Sussurrei, quase como um pedido, mas também como uma rendição. Ela sorriu, um sorriso que parecia dizer "eu sei o que você quer".
Então ela se inclinou mais perto. Senti o cheiro suave de seu perfume quando sua mão, agora decidida, desceu até meu zíper. Ela sabia. Eu sabia. Nenhuma de nós precisava dizer nada. Aquele momento já tinha sido alimentado por um bom tempo, e agora não havia mais volta. Mariáh, com uma confiança silenciosa, levou a mão até o meu zíper, e o som metálico reverberou na sala vazia, aumentando a tensão. E o medo de que alguém surgisse de repente só me excitava ainda mais.
Quando Mariáh enfiou a mão por dentro da minha calça, o mundo ao redor pareceu desaparecer. Seus dedos habilidosos encontraram o caminho direto até o meu clitóris, tocando-o com precisão. Era como se ela já soubesse exatamente onde me provocar, onde cada toque faria meu corpo pulsar de desejo. A primeira carícia foi suave, quase exploratória, mas o efeito foi instantâneo. Minha boceta se contraiu levemente, ficando ainda mais molhada, e senti o calor se espalhar pelo meu corpo.
Mariáh aumentou a pressão em movimentos lentos e circulares, seus dedos deslizando facilmente na minha bocetinha melada. Cada toque enviava ondas de prazer diretamente para meu ventre, e eu mal conseguia respirar. Minha respiração estava ofegante, e meus músculos internos começavam a se contrair involuntariamente, enquanto o clitóris se entumecia cada vez mais, completamente entregue ao estímulo preciso de suas mãos.
Ela sabia exatamente como mexer os dedos, ora mais rápido, ora mais devagar, alternando a pressão de maneira impecável, provocando meu corpo até o limite. Senti meu clitóris inchar, ficando sensível a cada segundo que passava, e meu ventre se apertar com uma necessidade quase dolorosa de gozar. Minha boceta já estava escorrendo, e Mariáh, sentindo isso, aumentou ainda mais a velocidade, o som molhado de seus dedos contra mim ficando mais alto, íntimo e incrivelmente excitante.
Meu corpo inteiro tremia, meus quadris se arqueavam involuntariamente, buscando mais contato, mais prazer. Eu mal conseguia conter os gemidos, que escapavam entre meus lábios, agora entreabertos em pura rendição. O suor começava a escorrer pela minha pele, e meus seios se apertavam contra o tecido da roupa, os mamilos endurecidos pela excitação extrema.
Com um último movimento, ela apertou meu clitóris, seus dedos ágeis trabalhando com uma maestria que só outra mulher poderia conhecer. O orgasmo me atingiu com uma força devastadora, meu corpo inteiro se sacudindo enquanto meu prazer explodia em ondas, e meu gozo se derramava pela mão dela, quente e viscoso. A sensação era incontrolável, como se cada fibra do meu ser estivesse pulsando com o êxtase absoluto.
— Agora você parece mais relaxada, Mila. — Disse com uma voz calma e controlada.
Eu ainda estava em choque, tentando entender tudo o que havia acabado de acontecer, quando meu corpo finalmente começou a relaxar, ainda trêmula de tanto prazer, Mariáh retirou a mão de dentro da minha calça, os dedos melados do meu gozo. Ela os olhou por um breve segundo, e então, lentamente, levou-os à boca, chupando cada um com uma lentidão provocante, apreciando o sabor enquanto me encarava de forma austera, os olhos fixos nos meus. Eu observava, hipnotizada, sentindo o desejo se renovar mesmo após o orgasmo.
— Sempre que precisar relaxar, Mila... — disse ela, sua voz calma e segura, enquanto um sorriso discreto surgia em seus lábios. — Estou aqui para te ajudar.
Meu corpo ainda pulsava de desejo, quando eu estava tentando acreditar no que acabara de acontecer. Rapidamente, tentei ajeitar o meu jeans, ainda com as mãos trêmulas e atrapalhadas, enquanto sua risada solta parecia zombar de minha situação. Meu olhar escapou para seu rosto austero e seu sorriso me fazia querer sair correndo. Fugi daquele lugar totalmente sem palavras, enquanto meu corpo agradecia pelo alívio inesperado. Olhei pra trás e ouvi aquela sua voz calma, ao longe:
— Estarei sempre por aqui...
Mto obrigado
Votado ! A razão porque duas Mulheres se dão bem, ambas sabem, o que a outra gosta...