Ele é demais (Parte 2/3)

Acordei no outro dia com uma ressaca maldita. Estava nu na cama, cabeça girando e mil pensamentos. Tentei organizar os fatos da noite anterior. Márcio, aquele gosto chegando no bar, Lara beijando-o, eu beijando o Márcio, punheta não terminada. Foquei no pontos relevantes. Precisava tomar uma ducha rápido e ir para o trabalho, pois ainda era quinta-feira e tinha muita coisa pra resolver.
Já estava pronto, descendo as escadas, quando vejo na portaria o Alex. Que merda seu ex aparece depois de tanto tempo um dia após você dar uns pegas na noite anterior. Acelerei meus passos e passei dando bom dia para o porteiro e nem olhando para o infeliz do Alex.
-        Júlio, me espera... Júlio, preciso falar com você... – disse ele vindo atrás de
mim.
-        Não estou com tempo e acredito que não precisamos nos falar agora, já disse que preciso ficar longe de toda essa bagunça que fizemos.
-        Ei, ei... calma lá. Bagunça nossa não. Você que começou com esses lances...
Interrompi a sua fala. Não ia querer ouvir a mesma conversa dos últimos meses mais uma vez.
-        Fala! – disse rispidamente.
-        Gosto assim, sei te deixar mole. – Ele deu aquele sorriso que tanto amo... melhor amava.
-        Fala! – Repeti mais grosseiramente.
-        Preciso de algumas coisas minhas que deixei no apartamento. Meus livros estão lá ainda, tem o tablet, algumas peças de roupas...
-        Olha Alex, agora estou sem tempo. Sem tempo mesmo. Não vou te dar a chave e nem voltar para você pegar suas coisas. Se quiser, hoje a noite estarei em casa. Hoje, e não venha com desculpa. Se não vier, as suas coisas estarão no lixo assim que eu puder desocupar.

-        Nem um café? Um pão com queijo e orégano que eu sempre fazia pra você. – Ele disse me abraçando.
-        Me larga. Busque suas coisas hoje pra não precisar te ver mais por um bom tempo. – Sai do abraço e disse olhando diretamente para ele sem piscar.
Confesso que quando fui abraçado, meu pau ficou duro. Ele sabe mexer comigo. A gente tinha uma química incrível... e o jeito dele me abraçar é um dos pontos fracos. Sai andando e deixe ele lá parado. Trinta minutos depois estava chegando na empresa atrasado. Todo mundo já em suas mesas e atribuições passei calado, fui direto para cozinha, peguei um café e segui para minha mesa. Olhei de lado e a Lara ainda não tinha chegado. Imaginei o motivo dela ainda não estar ali, bem parecido com o meu.
A manhã correu tranquila. Faltando cinco minutos meu horário de almoço, me telefone começa a tocar. Era a Lara. Tocou mais umas três vezes e parou. Fui para verificar se tinha mensagem dela. Umas 20 mensagens, 3 a 4 áudios. Resolvi que ali não era local e nem momento pra isso. Esperei meu horário de almoço começar, sai da empresa e fui para um restaurante que íamos quando não trazia a comida de casa. Entrei distraído no salão do local e ouço uma voz conhecida.
-        Achei que não ia sair mais do trabalho.
-        Lara? O que está fazendo aqui? Fui me aproximando dela.
-        Você não leu as mensagens? Te mandei várias.
-        Vi quando me ligou, mas não li... achei melhor fazer isso aqui.
-        Ainda bem que veio pra cá. Tinha lhe enviado exatamente isso nos encontrarmos aqui. Precisamos conversar. – Ela disse a última frase de maneira pesada e séria.
Olhei pra ela e parecia outra pessoa. Como um lobisomem, ela era uma caçadora a noite e uma presa fácil de dia. Uma dicotomia incrível.
-        Cara, você não precisa me explicar nada... sua vida é literalmente sua... Fui drasticamente interrompido.

-        Júlio, minha vida é uma bagunça...
Ela sentou na mesa mais próxima de nós e foi me explicando tudo. As mesmas coisas que o Márcio avisa me dito. Ouvi e evitei dar palpites. No final apenas disse que ela precisava se controlar, e se alguém da empresa, que não fosse confiável, tivesse visto ela e o Márcio, que poderiam usar isso contra ela e contar para o Paulo e tudo mais. Ela me agradeceu por compreender e me abraçou. Voltamos pra empresa. Ela iria trabalhar o turno da tarde.

“Oi, espero que não ache estranho minha mensagem. Mas gostaria de ter ver quando puder para gente conversar e terminar o que começamos. Espero que queira mesmo.”

Naquele dia, consegui o número de celular do Márcio. Não hesitei em mandar mensagem.

Cliquei em enviar sem olhar novamente a mensagem. Voltei a trabalhar normalmente. Já tinha mandado a mensagem, agora ficar olhando se chegava resposta seria demais.
No fim do expediente, despedi da Lara. Ela disse que ia dar um jeito de encontrar com o Paulo naquele mesmo dia. Seria bom fazer isso. Sorri e disse que ela deveria fazer dar certo, seja lá como e com quem.
Fui pra casa, resolvi deitar um pouco depois do dia cansativo. Um tempo depois acordei com o interfone tocando insistentemente.
-        Oi. – atendi meio grogue. – Quem ? Pode deixar ele subir.
Era o Alex. Esqueci dele. Mas era melhor assim... ele buscando as coisas dele e ficar livre desse homem logo.
Abria a porta. O Alex de bermuda de linho ( sabia que estava sem cueca, ele sempre vestia assim), blusa de botão e bem cheiroso.
-Entra, partes de suas coisas estão no escritório. – disse já indo para a cozinha.
Ele veio atrás.
-        Não vai nem me cumprimentar direito? Vem cá,me dá um abraço.

Ele me puxou num abraço. Deixei fácil... eu estava sem querer lutar.
Três minutos depois não resistia. Eu e o Alex estávamos tendo nossa primeira recaída. Eu disse tanto que isso não ia acontecer.
Eu já estava de cueca, ele nu. Alex chupava meu mamilo do jeito que eu gostava. Intenso e sem pressa. Uma de suas mãos dentro da minha cueca e eu masturbando o pau duro dele. Adorava sentir as mãos daquele homem no meu pau e saco. Sua boca no meu corpo não importava onde. Ficamos ali no sofá desse jeito um tempo.
Aos poucos ele tirando minha cueca e me posicionando para fazer o que era sua especialidade e o que me fazia delirar. Sua boca abriu e sua língua tocou meu cu de uma forma sensacional. Aquele primeiro contato molhando no meu buraco foi excitante e de arrepiar. Meu pau latejava enquanto Alex levava ele para trás e meu saco era comprimido entre meu períneo e a mão dele.
Ele lambia desde o meu pau até ficar enfiando sua língua insistente no meu rabo. Eu pra provocar piscava o cu e gemia alto.
-        Você gosta disso né? Sempre gostou... – Ele falava com a boca toda molhada de saliva. E ria gostosamente.
Eu não resistia mesmo ao uma boa chupada no meu cuzinho. Ainda mais que sei que depois dali, se o Alex insistisse em dominar a situação ele iria meter em mim. E nesse ponto eu sei que seria rápido. Não que isso me incomodava. Eu não gostava de uma meteção prolongada e nem ele conseguia durar mais que 8 a 10 minutos. Sempre achei um exagero essas pessoas que dizem que ficam 30, 40 minutos até uma hora levando rola no rabo. Era demais pra mim.
Quando eu era ativo com o Alex, eu demorava gozar, por isso a gente fazia muitas coisas para me dar uma canseira e na hora da penetração ser mais rápido.
A gente se entendia. Mas a relação não dava mais certo. Era isso que eu estava pensando quando ele disse:
-        Gato, vamos pedir uma pizza? Vamos pro banho e podemos ficar mais tempo juntos nessa putaria que a gente gosta.

Concordei. Ele fez o pedido na pizzaria, enquanto eu admirava o corpo dele nu em pé próximo da janela. Eu não devia estar ali transando com meu ex, mas estava. Agora não era hora de se culpar. Já estava ali, seria apenas mais uma transa. Não era uma volta.
Fomos para o banho. Ali ele me penetrou algumas vezes. Eu precisava sentir um homem me comendo gostoso... Ele coloca o pau dele e bombava em mim. Parava e vinha me chupar a minha rola que babava com aquela sensação deliciosa. Só lembro dele assim durante nossa viagem ao interior. Naquele hotel de beira de estrada. Ele queria durar a sua paudurecência. Deixei-o matar o desejo. Numa dessas metidas eu gozei. Porra jorrou do meu pau... ele pegou o que deu com a mão e como se fosse um lubrificante passou no pau e no buraco e continuou a meter. Quando ele estava quase gozando o interfone tocou e falamos juntos:
-        É a pizza. – Rimos juntos também.
Ele tirou a rola de dentro de mim, e foi atender.
Enquanto fui colocar uma roupa para passar o cartão e realizar o pagamento da pizza.
Atendi a porta. Era o Márcio.
Paralisei. Ele me beijou ali mesmo. Um selinho mais prolongado... nada de força, mas cheio de desejo. Ficamos ali parados em silêncio, alguns segundos, que parecia um longo tempo.
-        Gato, traz a pizza. Estou com fome... e não é só de você. – disse o Alex rindo
alto.
O silêncio entre eu e o Márcio continuou.
Ele sorriu entendendo toda a situação. Eu não podia explicar nada. Acho também que não precisava. Ele saiu andando de volta para o elevador. E eu ali parado.
O interfone tocou novamente. O Alex disse algo para o porteiro como se já tivesse autorizado a entrada, e que não precisava dizer duas vezes. Como sempre um grosseiro. E eu ali parado vendo o Márcio ir embora.

-        Quem era na porta? Pois você atendeu e o porteiro disse que o entregador tá subindo agora...
Eu travado ali... o corredor já vazio. A porta do apartamento aberta.
-        Era a vizinha que pediu pra verificar algo pra ela. Não sei o que aconteceu... – eu dizia inventando algo inusitado e sem noção que não seria possível explicar.
-        Eu não entendi... o que houve? Que confusão... – dizia o Alex com um ar de empáfia.
O entregador chegou e ao mesmo tempo só disse para ele:
-        Vai embora. Acho que não estou no clima mais... por favor.
-        Como assim, senhor... a pizza já esta aqui. – dizia o entregador achando que era para ele.
-        O que houve? O que eu fiz... estava tudo tão bem... – dizia o ex que não devia estar ali.
Em segundos reorganizei minha mente. Paguei o entregador. Agradeci.
Fechei a porta. E disse ao Alex:
-        Você devia pegar suas coisas, ir embora e não voltar. Meu dia foi cheio e estou cansado.
-        Que dizer que você aproveita, goza e me manda embora? – dizia o Alex indignado.
-        Não preciso ter essa conversa com você. Mas vamos aproveitar e dizer algumas verdades: Você faz um sexo delicioso, e hoje foi um desses dias incríveis para mim... mas você já me deixou sem gozar algumas. E hoje é seu dia de ficar sem eu te fazer gozar. Se quiser pode bater uma punheta no banho depois de levar suas coisas. Não me importa. Só quero deitar ali no quarto. Pegue tudo que precisa e vá embora. – Minhas palavras saiam conforme eu andava em direção ao quarto.
Entrei no quarto procurando o celular. Quando achei, abri as mensagens e sim... ele tinha me respondido. Que hoje estaria livre a partir das 20h e iria no apartamento, que mesmo querendo terminar o que começamos queria conversar pois queria me conhecer melhor.

Ele foi um fofo e eu me sentia mal.
Num pensamento rápido digitei uma mensagem.

“Eu não sei o que e como explicar. E nem sei se é necessário explicações.
Meu ex estava aqui. Transamos sim. Mas seu beijo me deixou com mais tesão. Não estou brincando. Não é bagunça, era apenas uma recaída. Não olhei sua resposta à minha mensagem. Se soubesse que vinha queria ter gozado com você.
Se ainda quiser conversar a gente marca e se encontra. Espero que dê certo.”

Enviei a mensagem mais uma vez sem ler.
Aguardei uma resposta e enquanto isso li as mensagens de outros contatos. A Lara havia enviado mensagem avisando que não iria encontrar o Paulo. Ele tinha marcado alguma coisa com os amigos da cidade e não podia desmarcar que ela estava mal. Ignorei isso e foi quando o Márcio respondeu.
“Estou no caminho de casa, se quiser mesmo conversar... venha. Te espero.”

Não pensei duas vezes. Vesti uma roupa e pedi um uber com o endereço que tinha me enviado.
Quando passei pela sala Alex estava juntando algumas coisas.
-        Onde você vai?
-        Ali... quando sair fecha a porta e deixa a chave na portaria.
Mais uma vez eu deixa o passado gostoso, mas finalizado para trás duas vezes no mesmo dia. Acho que estava evoluindo. Não sabia e nem queria saber como ele estava lidando com aquilo ou que cara fez. Apenas deixei ele lá.
O uber demorou um tempo para chegar. Na portaria sentia o funcionário que estava na guarita me olhando. Talvez me julgando... mas quem se importa.

O uber chegou, eu estava apreensivo. Nem reparei que o celular estava com 4% de bateria. Mandei mensagem para Márcio que já estava a caminho. Estava além de apreensivo, excitado também. Sentia meu pau duro e sensível. Tinha gozado há pouco tempo, mas o desejo de estar com aquele personal lindo e cheiroso me motivava a querer mais. Peguei nele por cima da roupa. Sensação incrível...no caminho fui dando pequenas massageadas de leve pra manter o desejo aceso sabendo que em pouco tempo estaria entre as pernas do moreno lindo que eu queria mamar.
Quase 15 minutos e eu estava na porta da casa dele. Parece que ele tinha chegado, luz acesa lá dentro e uns carros na rua. Reconheci o carro prata dele. Olhei para o celular, estava totalmente descarregado. Não tinha como avisar que estava ali. Resolvi ir direto pro portão. Não vi campanhia e nem interforne. Bate no portão que fez um barulho metálico fraco, não queria fazer tanto barulho. Nada. Aguardei mais uns instantes e vi que o portão estava aberto. Será que eu não seria muito invasivo em entrar sem ser convidado? Talvez não... ele poderia estar no quarto e eu não tinha como dizer que tinha chegado. Entrei, fui andando calmamente. Ouvi vozes que vinha de um cômodo dos fundos... algo parecido com uma área no fundo. Eram dois homens, isso percebi. Ainda bem... pode ser que ele estava com alguém, e não era a Lara. Sem medo fui entrando e vi de repente. Paulo e Márcio se beijando. Márcio parecia não querer. Paulo insistia. Eles não me viram. Fiquei ali por segundos. Voltei pra fora.
Estava ali sem celular, sem reação e cheio de perguntas.
Esperei na esquina, queria pensar no que fazer, mas só via a grande confusão que eu estava adentrando. Que merda.
Alguns minutos, Paulo saiu de dentro da casa. Entrou num carro vermelho... e foi embora. Esperei um tempo e pensando mil coisas. Apesar de querer respostas pra tanta coisa que eu tinha pra perguntar, fui em direção ao portão, bati de novo. Ouvi os passos do Márcio vindo. Ele abriu o portão.
Ele parecia nervoso. Olhou a rua de todos os pontos possíveis e disse:
-        Ainda bem que chegou agora. Mas demorou né? – Disse tentando abrir um
sorriso.
Fui sarcástico.

-        Uai, demorei e foi bom chegar agora? Tava aprontando antes é?
Vi na cara dele que fiz a pergunta certa. Ele riu mais aberto e relaxou...
-        Não... foi bom você vir.
-E eu posso entrar ou vou ficar aqui do lado de fora?
-        Desculpa, entra... quero que você entre.
Entramos... e ali mais uma vez sabia que ele era demais. Muita gente querendo aquele homem. E eu naquele noite seria dele. E não me importei de ter tantos segredos envolvidos, queria era saciar o meu fogo e principalmente o dele.


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Ficha do conto

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Nome do conto:
Ele é demais (Parte 2/3)

Codigo do conto:
227546

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
19/01/2025

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