Era o início da carreira, e eu ainda sentia aquele frio na barriga misturado com uma adrenalina gostosa. Minha amiga Lari, que também é modelo — morena, curvas que fazem qualquer um virar o pescoço, e um sorriso que desarma —, me chamou pra um trabalho em São Paulo. “Vai ser leve, Alice, só uns cliques, uns drinks e a gente se diverte”, ela disse. E eu fui. Mal sabia que aquela viagem ia ser o start de um monte de histórias que eu guardo com um sorrisinho malicioso.
Chegamos em São Paulo numa tarde quente, o céu daquele cinza que mistura concreto e possibilidade. Visitamos lugares que eu só conhecia por foto: o MASP, com suas pernas vermelhas e aquele ar artsy, a Avenida Paulista cheia de vida, e até um café escondidinho na Liberdade onde a Lari insistiu pra eu provar um mochi que ela jurava ser afrodisíaco. “Tá sentindo o calor subindo?”, ela riu, me cutucando, enquanto eu dava de ombros, mas confesso que o doce tinha um charme.
O primeiro dia de trabalho foi tranquilo, mas a noite... ah, a noite foi outra coisa. Fomos jantar num restaurante chique na Vila Madalena, um lugar com luz baixa, velas tremendo nas mesas e um cheiro de vinho que já te deixa meio tonta antes de beber. Eu tava com um vestido preto curtinho, daqueles que abraçam o corpo e deixam as pernas livres pra contar suas próprias histórias. A Lari, com um decote que era quase um convite, não parava de rir das cantadas que a gente recebia. Teve um cara, todo confiante com um copo de uísque na mão, que veio com um “Vocês caíram do céu, mas devem ter parado no inferno pra pegar esse fogo todo”. Eu revirei os olhos, mas ri por dentro. Outro, mais direto, olhou pra mim e disse: “Se beleza fosse crime, você tava presa pra sempre”. Clichê, mas o jeito que ele me mediu de cima a baixo fez meu pescoço esquentar.
O fotógrafo do ensaio, o Rafael, tava lá com a gente. Ele tem esse olhar... como eu explico? Safado, mas não de um jeito grosseiro. É como se ele enxergasse além da roupa, como se cada clique dele já fosse um toque. Ele ficava alternando entre mim e a Lari, elogiando o ângulo do meu pescoço, a curva do quadril dela, e eu juro que dava pra sentir o ar ficando mais denso. “Vocês duas juntas são um problema, sabia?”, ele disse, com aquele sorrisinho de canto que prometia encrenca. A Lari, que não deixa barato, retrucou: “Problema bom, né?”. E ele só riu, balançando a cabeça enquanto tomava um gole de cerveja.
Mas o ápice daquela viagem foi a nossa primeira ida a uma boate juntas. Era um lugar lotado, luzes piscando, graves que faziam o chão tremer e o sangue correr mais rápido. A gente dançou até os pés reclamarem, bebeu uns drinks coloridos com nomes que esqueci, e aí... bom, aí a tequila falou mais alto. Saímos da boate rindo alto, tropeçando uma na outra, o vento da madrugada batendo na pele quente. “Tira a blusa, Alice, tá calor!”, a Lari gritou, já puxando a dela pela cabeça e jogando pro alto como se fosse um troféu. Eu, que nunca recuo de um desafio, fiz o mesmo, e de repente távamos correndo pela rua só de sutiã, gargalhando como duas malucas. Um carro buzinou, alguém gritou “Gostosas!” de uma janela, e a gente só riu mais ainda, sem nem lembrar onde tinhamos deixado as blusas.
Mas o melhor — ou o pior, dependendo de como você vê — veio logo depois. A Lari, que tava com aquele olhar vidrado de quem já perdeu o filtro, parou no meio da rua, se apoiou no meu ombro e disse: “Ai, Alice, não aguento mais, vou mijar aqui mesmo”. Antes que eu pudesse falar qualquer coisa, ela abaixou a calça ali, na calçada, sem nem se importar com o mundo. Eu comecei a rir tanto que quase caí, tentando tampar a boca pra não chamar mais atenção, mas era tarde — um cara passando de bicicleta quase perdeu o equilíbrio olhando pra ela, e eu só conseguia dizer entre gargalhadas: “Lari, pelo amor, você é louca!”. Ela terminou, subiu a calça como se nada tivesse acontecido e me puxou pelo braço: “Vamos, antes que a polícia ache que a gente é caso perdido”. E lá fomos nós, duas idiotas bêbadas, rindo até doer a barriga, com o vento levando embora qualquer resquício de vergonha.
Foi uma noite idiota, leve, daquelas que você guarda no peito com um quê de saudade e um toque de vergonha gostosa. E foi só o começo. Porque depois disso, os ensaios com a Lari e o Rafael começaram a ficar mais... digamos, próximos. Mas essa é outra história, e eu conto depois, tá?
Delícia, votado! Continue.
Quero vc duas mijando na minha boca, isso sim.
Deliciosa
delicia de conto e fotos .. amei sua axila
Eu comecei a rir tanto que quase caí, tentando tampar a boca pra não chamar mais atenção, mas era tarde — um cara passando de bicicleta quase perdeu o equilíbrio olhando pra ela, e eu só conseguia dizer entre gargalhadas: “Lari, pelo amor, você é louca!”. Gostei e achei muito interessante e verdadeiro. Votadíssimo. Bjos Marcelo Thadeu
Existem noites que esperamos pouco e acabam rendendo muito... E também existe o contrário...
delicia de conto e de fotox
Delicia adorei!
Inicio bem gostoso, excitante e sensual. Gostoso de ler, quase uma declaração, uma confissão. votado e aprovado