A mulher do século 21 (conto feminino)

A MULHER DO SÉCULO VINTE UM


Que saco! Outro fim de semana pela frente e nada de novo. Joguinho de buraco com as amigas, enquanto seus maridos discutem futebol na varanda e se embebedam, rindo alto e falando besteiras. E tem gente que acha isso normal.
Graças a Deus estou chegando em casa. Nem sei por que acho isso tão bom, vou parar em frente ao computador e ficar batendo papo numa daquelas salas até de manhã. Estou realmente precisando de uma emoção nova pra sacudir minha vida.
Estou com 35 anos, divorciada, um filho de quinze, vou de casa para o trabalho, do trabalho para casa todos os dias, pareço um relógio suíço e não sei o que é “namorar” tem uns dois anos. As salas de bate papo que freqüento, pelo menos, é de gente adulta, não tem aquela historinha de ficar falando bobagens, os assuntos são variados, mas de bom gosto.
Duas horas da manhã e aparece um cara novo na sala. Seu nome? Guto. Quarenta e cinco anos, engenheiro, casado, se integrou rapidamente ao pessoal, muito simpático e possuidor de grande cultura.
Com o passar do tempo, a amizade entre ele e algumas pessoas da sala foi crescendo e acabei sendo incluída entre as suas relações preferidas. Tínhamos muita coisa em comum, gosto musical, tipo de leitura e etc. Nossos papos eram animados e um dia, Guto demonstrando confiança, me dá seu endereço para mensagens instantâneas pra que quando eu quisesse, pudesse falar com ele em particular. Resisti durante umas duas semanas até que um dia, salas vazias, resolvi arriscar.
- Oi.
- Olá, que surpresa boa.
Ficamos conversando durante horas, mas nada em especial, apenas as mesmas conversas da sala, mas podíamos nos aprofundar um pouco mais, pois não tínhamos ninguém para mudar de assunto de uma hora para outra.
Esses papos se tornaram rotina em minha vida, sempre que conectava, lá estava ele, parecia me esperar. A intimidade entre nós foi se desenvolvendo e os nossos problemas emergindo.
Guto era casado, mas seu relacionamento estava mais para um relacionamento formal do que qualquer outra coisa, as coisas não iam bem entre ele e sua esposa, mas várias coisas prendiam os dois na relação. Eu, como falava demais, já tinha contado tudo sobre mim pra ele.
Certa noite ele me pareceu carente e perguntei:
- Está triste hoje?
- Muito.
- Por quê?
- Olga, meu casamento não está nada bem, minha mulher cada dia que passa se torna mais distante, mais fria e ninguém pode ser feliz assim.
Ficamos falando sobre isso durante um tempo e não sei bem como, certas intimidades vieram à tona. Em dado momento comecei a sentir uma sensação esquisita, como se pudesse fazer algo por aquele cara e por mim também, claro. Dei umas “entradas” e ele aproveitou.
-Estou louco pra conhecer você pessoalmente.
- Também gostaria, mas você é muito ocupado.
- É, estou enrolado com trabalho, mas quero te confessar uma coisa.
- Fale, estou esperando.
- Você, de algum jeito, me cativou. Sei que parece bobagem, mas gosto de você.
- Estamos falando como dois adolescentes. Cheios de receios.
- Eu sei, mas não podia mais esconder de você isso.
- Guto, somos adultos, fale o que quiser.
- Não vou chatear você?
- Claro que não, sou grandinha o suficiente para falar sobre qualquer coisa.
- Então lá vai. Estou cheio de tesão em você.
Suas palavras me fizeram estremecer, se por um lado me deixaram surpresa, por outro fiquei extremamente excitada. Não ouvia um homem dizer isso pra mim havia um bom tempo.
- Como pode? Você nem me conhece.
- Não preciso. Sua personalidade, seu jeito, tudo. Fico esperando você entrar pra falar com você todos os dias.
No fundo eu também estava assim. Contava as horas para estar com ele.
- E o que vamos fazer? Você nunca tem tempo.
- Desculpe, estou numa obra grande e meu tempo está todo tomado.
- Como vamos resolver isso?
- Você está só?
- Estou. Meu filho está dormindo no quarto dele.
- Quero fazer amor com você agora.
- Ficou louco? Como isso é possível?
- O que está sentindo?
- Estou lisonjeada, você é um perfeito cavalheiro, diz estar interessado em me conhecer...
- Pare com isso. Está excitada ou não?
- Lógico! Você acha que sou de ferro? Você fala uma coisa dessas assim direta, na lata e quer que eu fique como?
- Então vamos parar de rodeios, vou te dar um prazer que nunca sentiu.
Eu estava perplexa, um homem de 45 anos me propondo fazer “sexo virtual”, mas estava muito excitada pra recusar. Se fosse bom, tudo bem, senão apagaria o nome dele da memória e tchau.
Guto começou a escrever e suas foram me transformando. Passe o dedo aqui, alise ali, abra as pernas, mexa, rebole... Fiquei totalmente envolvida. Fui me deixando levar e tudo que ele pedia, eu fazia.
Vira e mexe perguntava como eu estava, como me sentia e entre um carinho e outro que eu mesma fazia, tentava teclar rápido e responder. Tive um orgasmo maravilhoso e ele disse ter gozado também.
Quando fui dormir, minha cabeça não parava de pensar no que tinha acontecido. Estava tão estimulada com aquilo que não consegui dormir. Não tive escolha, me masturbei novamente até “desmaiar” de tão cansada.
Passei o dia desnorteada. Aquela experiência não me saía da cabeça. Cheguei em casa aflita e não via a hora de me conectar. Ele estava lá. Conversamos sobre o que tinha acontecido na noite anterior e fizemos amor novamente.
Pensei que estivesse ficando louca. Eu era uma mulher adulta e pensava o dia todo na hora de chegar em casa e “transar” com aquele homem pelo computador.
Um mês se passara desde a primeira vez. Todos os dias rolava alguma coisa. Eu não estava agüentando mais. Foi quando Guto marcou comigo em um bar no centro da cidade. Fiquei maluca. Rezei pra que as horas passassem. No horário combinado fui até lá. Ele vestia a roupa combinada e eu também.
- Olga?
- Oi Guto, finalmente.
Ele era exatamente como se descrevera. Moreno, alto, magro, cabelos ligeiramente grisalhos e de certa forma muito bonito. Charmoso ele era demais.
Ficamos no balcão e conversamos muito sobre nós. O assunto “sexo virtual” ficou fora da pauta. Falamos sobre nossas vidas, filhos, trabalho, enfim sobre quase tudo. Guto foi muito gentil, não bebia muito e isso me agradava muito em um homem. Detesto esses caras que saem e enchem a cara.
Quando chegou perto das dez ele perguntou se poderia me levar em casa. Aceitei, pois não tinha carro e o papo estava tão gostoso. Porque não esticar?
Eu morava no final do Leblon e Guto optou em ir pela litorânea, atravessamos toda Avenida Atlântica e continuamos beirando o mar. Quando estávamos chegando ao final da Delfim Moreira, ele estacionou o carro em baixo de uma árvore, a luz ali era pouca e o guardador veio imediatamente. Ele abriu a janela e disse:
- Não vamos demorar, só vamos conversar um pouco.
- Ok Doutor. Falou se afastando.
- E aí Olga, como tem sido pra você?
- O que?
- Nossas “experiências sexuais infanto-juvenis”.
Não me dei ao trabalho de responder, fui ao seu encontro e dei-lhe um beijo na boca pra demonstrar, num só gesto, o que sentia. Sua mão alisou minha coxa e subiu minha saia. Suspirei em seu ouvido e abri pra que chegasse onde queria. Sua boca descolou da minha, indo para o meu pescoço e comecei a sussurrar pra ele.
- Estava louca pra que esse dia chegasse.
Seu dedo havia encontrado minha xerequinha quente e úmida, cheguei o quadril para frente e ele foi enfiando o dedo lentamente até colocar tudo dentro de mim. Comecei a mexer e falar:
- Ai, que coisa gostosa, mete o dedo todo pra mim.
Ele se afastou e olhando firme em meus olhos pediu:
- Mostre pra mim como é que você faz em casa.
Tirei minha calcinha, ajeitei-me no banco, subi a saia pra que ele pudesse ver e comecei a alisar meu grelo pra ele. Sua reação foi imediata, tirou o pau de dentro da calça e começou a falar comigo como escrevia no computador:
- Isso minha putinha, rebole gostoso pra mim.
- É assim que você quer?
- É assim que imagino você todos os dias.
- Estou louca pra fazer amor com você.
- Nós vamos fazer minha vadia. Estou louco pra te fazer gozar gostoso na minha pica.
- Quero sentir você todo dentro de mim.
- Eu quero muito você.
Eu estava fora de controle.
- Eu vou gozar.
- Goze, venho sonhando em ver você gozar pra mim desde a primeira vez.
- Aaaaaiiiii Guto, eu tô gozando.
- Goza Olga, goza gostoso pra eu ver.
Eu rebolava como fazia em casa. Parecia uma louca. Estava completamente maluca, mexia sem cerimônia, como se o conhecesse há muito tempo e na verdade, acabara de conhecê-lo. Mas o tesão falava mais alto. Eu queria muito gozar pra ele.
Tive um orgasmo intenso. A presença dele ali me transmitia um calor que não sentia em casa. Olhei pro pau dele, que estava duro e pedi:
- Não goze agora, eu quero chupar ele todo.
Ele diminuiu o movimento da mão e esperou que eu terminasse de gozar. Alisei mais um pouco meu grelo pra poder curtir cada momento.
Assim que terminei, beijei-o freneticamente enquanto minha mão começou a tocar delicadamente uma punheta pra ele. Guto virou e se ajeitou. Sua posição denunciou o que queria. Baixei a cabeça e engoli sua pica até que gozou gostosamente em minha boca.
Bebi todo o leite que me deu. Lambi sua pica até não restar nada. Ele me beijou sem importar com o gosto de porra que tomava conta da minha boca e sorrimos.
- Estamos ficando loucos.
- Você está. Eu sempre fui. Respondeu ele.
Nossa relação ficou assim por mais de um mês. Toda segunda ele me pegava no trabalho e parávamos no mesmo lugar. Eu sempre perguntava por que não íamos para um motel, mas Guto sempre tinha uma resposta na ponta da língua e suas desculpas eram convincentes. Eu passava a semana falando com ele pelo computador, gozava todo dia pra ele e ficávamos “tramando” o que faríamos na segunda-feira seguinte.
Procurávamos cumprir tudo que prometíamos menos ir pra cama. Ele passou a lamber minha xoxotinha também e nossos orgasmos se tornaram mais maravilhosos do que poderia imaginar.
Ele gozava tanto em minha boca que de vez em quando eu não agüentava engolir tudo. Tinha que abrir a janela e me livrar do excesso. Eu chegava em casa encharcada. Não me lembro de gozar tanto nem quando era jovem.
Um dia Guto sumiu, desapareceu por completo. Não aparecia mais no meu trabalho, na Internet. O homem “evaporou”.
Nunca chegamos a ir para um motel, nunca transamos realmente, eram boquetes inesquecíveis, tanto os meus, quanto os dele. Tornei-me uma especialista em sexo oral. Ele já era “graduado”. Passava a semana pensando em beber o leitinho quente dele, aprendi a saborear aquilo. Cada semana que passava ele parecia gozar mais gostoso e eu me acabava em sua língua. O guardador já nos conhecia, nem chegava mais perto do carro. Só quando estávamos saindo aparecia e pegava sua gorjeta sem dizer nada.
O sumiço dele quase me enlouqueceu, ficava no computador e ele nada. Mandava e-mails e não obtinha resposta. Me masturbava todos os dias pensando nele. Em como seria quando aparecesse.
Seis meses depois decidi acabar com essa loucura. Procurei uma amiga pra que me indicasse um psicólogo. Eu precisava desabafar com alguém e um profissional seria a pessoa mais indicada. Guardaria meu segredo e se necessário fosse, faria análise ou sei lá o que pra tirar aquilo da cabeça. Ela me indicou um conhecido, tinha se consultado com ele várias vezes e o achava muito bom. Ela quis saber o motivo, mas omiti. Disse que eram problemas particulares, crise dos trinta e tal, mas não falei nada.
Liguei e marquei para uma quinta-feira às seis e meia da tarde. Seu consultório era em Copacabana e saindo do trabalho daria tempo de chegar no horário. Assim que cheguei a paciente que estava com ele saiu e a recepcionista me anunciou pelo intercomunicador:
- Dr. Carlos a Sra. Olga já chegou.
- Mande-a entrar e pode ir Silvia.
- Está bem, até amanhã.
Ela levantou e gentilmente abriu a porta.
Quando entrei tomei um susto. Meu sangue gelou. Era ele! Guto o engenheiro, era o Dr. Carlos Augusto! Fiquei parada, não conseguia me mexer.
- Entre Olga, precisamos conversar.
Puxou-me pela mão até o sofá e sorriu.
- Conversar? Depois de tudo aquilo você some e diz com a maior cara de pau que temos que conversar?
- Calma, eu errei com você e preciso me explicar.
Falou durante horas, disse ter ficado confuso com tudo e que tinha sido covarde comigo, no que concordei na hora. Depois me explicou que a crise em seu casamento tinha acabado e que tomara a consciência que amava sua mulher e foi por aí.
De repente ele virou e disse:
- Tenho um presente pra você. Só não sabia como enviar.
Esticou sua mão e nela tinha um livro. Peguei e li o título: A MULHER DO SÉCULO VINTE UM.
- Obrigada. Vou ler.
- Leia, você faz parte dele.
- Como assim?
- Nossa experiência está aí nessas páginas.
- Seu FDP!
- Calma, sua identidade está preservada. Você foi muito importante pra mim e resolvi passar isso para as pessoas.
- Você me usou como um rato de laboratório. É isso?
- Não pense assim, não é verdade. A importância daquilo me fez escrever esse livro e não ao contrário.
- Você quer me convencer que escreveu um livro e editou em seis meses?
- Foi isso mesmo. Escrevi em dois meses. Não conseguia parar. Tinha que descrever o que senti. Como foi. Foi uma experiência bárbara. Trabalhei como um louco.
Você é um cretino! Uma experiência? Foi isso que fui pra você? Estava tão furiosa que não deixava que ele falasse. Guto tinha quase me enlouquecido sumindo daquele jeito.
Fiquei tão puta da vida que resolvi acabar com aquela história. Eu iria contra atacar.
- Você me deixou doente cachorro e agora vai me curar.
Levantei, tirei minha roupa com fúria e só de calcinhas fui pra cima dele. Me joguei em seus braços e ele me beijou apaixonadamente. Suas roupas saíram de seu corpo sem que eu pudesse ver exatamente como. Seu pau pulsava em brasas. Ele arrancou minha calcinha, pulei em seu colo e ele penetrou em mim como um louco. Quanto mais ele metia, mais eu queria.
- Vem meu puto, me faz gozar como uma vadia pra você.
- Eu vou te fazer vagabunda. Você vai gozar gostoso na minha pica.
Me entreguei por inteira pra ele. Subia e descia de sua pica com vontade e Guto cada vez metia mais forte. Gozei como uma piranha em seu colo.
Ele me “jogou” em cima da mesa, me colocou de costas e enfiou aquela pica maravilhosa em meu cuzinho. Eu o recebi com ardor. Rebolei gostoso pra ele, deixando Guto completamente atordoado. Segurou-me pelos quadris e enterrou tudo pra gozar deliciosamente dentro de mim. Gozou muito mais do que gozava no carro. Podia sentir sua porra quentinha jorrando em meu cuzinho e não parei de mexer até despejasse a última gota.
Eu parecia uma puta, mas nunca tinha metido tão gostoso em toda minha vida. Quando terminamos, me vesti e não disse uma palavra para aquele cretino. Saí, mas não sem antes olhar bem firme pra cara dele.
Hoje se passaram dois anos e sou casada com o Dr. Carlos Augusto. Através da minha amiga, ele me localizou e se entregou à verdade. Seu sumiço tinha sido uma fuga para o amor que sentiu por mim e seu livro uma maneira covarde de se livrar desse amor (coisa de psicólogo), mas não conseguiu. A força do amor que sentiu foi maior.
PS: O livro falava sobre a mulher nova que está surgindo. Arrojada, ousada, sem medo de sentir prazer, disposta a enfrentar de frente a sociedade hipócrita em que vivemos, onde só os homens podem.
Foi um sucesso e o nosso casamento também.
FIM

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Ficha do conto

Foto Perfil Conto Erotico rr fragoso

Nome do conto:
A mulher do século 21 (conto feminino)

Codigo do conto:
2873

Categoria:
Heterosexual

Data da Publicação:
21/08/2004

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