ERÓTICO Parte I

Sou novo nestas escritas sendo escritor por razões profissionais em áreas que se tocam com alguns temas aqui tratados.
Através deste site conheci duas mulheres e que mulheres. Mulheres casadas, vida estável e casamentos liberais. Também eu sou casado, vida estável e casamento liberal. Talvez isso me tenha aproximado delas. Ao ler os seus contos senti forte ligação com as autoras que por acaso vim a saber que também elas tinham uma forte ligação. Uma delas disse-me que sem conhecer a outra, sem sequer ver as suas fotos a amava e que as duas fodiam através da língua portuguesa (eu diria língua luso-brasileira). Achei uma expressão bem gostosa e querida. Por ter achado uma situação tão linda candidatei-me a fazer parte daquele grupo que até aí era um duo e eu propunha passasse a ser um triângulo amoroso/literário. Fui aceite sob condição.
Elas tinham um plano para executar. Coisa bonita. No mesmo dia e à mesma hora, cada uma com um namorado, as duas a milhares de quilómetros de distância (Brasil-Portugal) iriam realizar o que chamavam de “foda inesquecível”. Tudo muito bem pensado. As duas me disseram que o faziam com o conhecimento de seus maridos, o que me levou a contar à minha mulher que ia entrar numa aventura (não contei logo os pormenores) e que fazia parte dum triângulo que eu sonhava tornar num hexágono. Minha mulher ficou excitada e pediu logo para eu contar todos os detalhes. Mas, eu tinha poucos detalhes e fiquei de contar mais tarde. Ainda perguntei se ela queria ir comigo mas me disse para eu ir à frente ver, pois noutras situações já ela tinha ido antes de mim. Referia-se a um clube swing do qual sou sócio e que frequentamos muito aos fins de semana. Tornar num hexágono significava que eu gostaria de juntar os três casais. Acredito seria também inesquecível.
No dia combinado, encontrei-me com a dama para jantar. Linda de morrer, cheia de classe, vestida com discrição mas muito chique. Bebemos um aperitivo, eu pensando que aquela mulher faria de mim o que quisesse e quanta razão a minha amiga brasileira tinha. Preocupado que não lhe tivesse agradado fiquei um pouco ansioso. Mas não podia demonstrar isso. Apetecia-me agarrá-la, beijá-la e despi-la, mas estávamos em público e não seria ajuizado por ela e também por mim. O jantar correu muito bem, foi já o triângulo em funcionamento, muito falámos da nossa comum amiga e chegámos a imaginar que ela ali estava connosco. De resto, quando marquei a mesa para o jantar disse que eramos três pessoas, para o cenário ser mais real. Havia três lugares na mesa e foi como se esperássemos que ela chegasse a todo o momento. Brincámos que talvez o avião estivesse atrasado. Apesar de estarmos muito bem sentimos a falta dela. No fim do jantar a minha amiga pediu a conta e disse-me com um ar muito seguro: combinámos que o assunto não tinha discussão. Respondi que não discutia nada e que não faria nada. Mas afinal já estava tudo feito. Eu tinha avisado que pusessem a conta do jantar na conta da minha suite. Furiosa, agarrou-me a mão com força e com ar sério disse: Grande sacana, não gosto de ser enganada. Nunca mais deixámos de estar de mão dada e quando nos levantámos demos discretamente um beijo na boca.
Como o hotel é em cima do mar, para digerir um pouco o jantar demos um passeio a pé. Durante o passeio alguma marmelada e demorados linguados. Eu estava nas nuvens e só pensava o que se estaria a passar lá longe no Brasil. Estaria ela tão bem como nós? Já pensava no que lhe ia escrever no dia seguinte. E para já tinha muito a agradecer-lhe. Claro, compartilhei esse momento maravilhoso com a minha companheira.
Então ela me disse que de facto bebera muito ao jantar, eu também e por isso não podia voltar para casa a dirigir. Mais uma vez me perguntou se eu me importava que ela dormisse no sofá da sala da suite. Respondi que não me importava mas, como era um cavalheiro, iria eu para o sofá e ela ficava na cama (risos).
Fomos para o quarto e…….

Se ler o próximo conto é porque está a gostar. E votou??