CASAL BONDAGE

CASAL BONDAGE

As amarras estavam apertadas!
A mordaça machucava o rosto!
Os olhos tentavam expressar um pedido de súplica!
O Algos levava nas mãos um pedaço de corda,que esticava e soltava aos poucos,enquanto se aproximava de sua vítima amarrada sobre a cama.
Nisso,o telefone toca!
Os olhos esbugalhados daquela que jazia imobilizada se voltam para o aparelho que esta longe!
Gemido!
Um toque,dois toques!
O Algos vai ate o aparelho,retira o fone do gancho e atende:
-Alô?Sim dona Clotilde,ela esta aqui,vou passar para ela...
Ele segura o gancho do telefone,com a mão sobre os orifícios da fala:
- Sua mãe!
O olhar de súplica da lugar a um olhar desapontado.
Ele leva o fone ate a mulher sobre a cama,retira a mordaça e coloca o fone próximo ao rosto dela:
"- Oi mamãe."
- Não,eu estava me depilando...
- Não,é que nós vamos sair...
- Não,hoje não da mamãe,mamãe,mamãe??
- Droga!!- exclama a mulher -
- Me solta amor,ela esta vindo para cá!
Comecei a desamarrar minha mulher.
- Vem cá amor- perguntei enquanto a soltava -,sua mãe não sabe o significado das palavras;"casados" e "intimidade"?
- Amor- respondeu ela -Mamãe ainda não se habituou a nova situação.
- Poxa,faz um ano e meio que ela não se habitua a nova situação...
Bem,é mais ou menos isso;eu e Elisabete,minha mulher,somos casados a um ano e meio.
Namoramos e noivamos como qualquer outro casal.
Foi em um motel que descobrimos que gostávamos do mesmo tipo de prazer:o bondage.
Eu tive vergonha de falar com ela,mas ela,foi direta ao assunto!
- Posso te pedir uma coisa,você faria por mim??
- O que é meu amor,pode pedir.
- Me amarra??
Ao mesmo tempo que fiquei meio bobo eu subi para o céu!
Nós éramos um casal perfeito!Tirando o detalhe da minha sogra,dona Clotilde.
Depois que casamos ela sempre dava um jeito de aparecer nas horas mais inconvenientes!
Parece que a mulher sabia quando estávamos em um momento íntimo!
Eu e Elisabete adorávamos fantasiar!
Naquela noite mesmo eu queria reviver uma cena do filme "O fotógrafo".
Minha sogra veio,entrou,tomou um café conosco,ficou meia hora e se foi!
Megera!
Só para atrapalhar mesmo!
E não que ela mora-se perto de nós!
A bruxa precisava tomar dois ônibus ate chegar em nossa casa!
Para fechar a noite com chave de ouro,a porta do quarto bateu sozinha e um defeito na maçaneta nos fez ficar acordados ate as duas da manhã,quando consegui abrir a porta!
Seguíamos com a nossa vida de casal bondagista.
Eu amava a minha mulher e ela me amava!
Elisabete sempre achava uma forma de me deixar excitado!
Ela fazia visitas frequentes a sex shopings e sempre vinha com alguma novidade.
Uma noite ela cuidou de mim usando um modelito de enfermeira sexi e eu acabei a amarrando na cama.
Perfeito!
Cheguei em casa um dia e ela me disse:
- Tenho algumas surpresinhas para você amor.
- Que ótimo!- exclamei -
A primeira surpresa foi um modelito de empregada domestica .
Meia 7/8,cinta liga,corpete,sainha preta transparente,uma tiara branca ,salto bem alto.
Elisabete preparou o jantar,serviu,jantamos e depois ela sentou no meu colo trazendo uma sacola de papelão preto.
- O restante da surpresa esta aqui.- disse ela -
Eu enfiei a mão dentro da sacola e de lá eu tirei presilhas de couro com cadeados e uma mordaça de couro com cadeado.
Elisabete se levantou e foi ate o quarto,trazendo de volta mais uma sacola de papelão preto.
Quero que você me amarre com isso e me de um tempo para me soltar...se eu não conseguir,quero que me bata com isso...
Disse ela tirando da sacola uma chibata preta.
- Uma chibata meu amor?Mas você odeia apanhar??
- Por isso mesmo!- disse ela,vindo e sentando no meu colo de frente a mim com as pernas abertas- Se eu não conseguir me soltar,quero que me surre com isso!
Eu estava excitado demais para raciocinar, por isso ,concordei!
Prendi seus tornozelos,joelhos,pulsos e braços com as cintas de couro e cadeados.
Coloquei a mordaça e o cadeado.
Levei as chaves ate o quarto,joguei-as sobre a cama e voltei ate a sala.
- Você tem dez minutos!-disse-
Elisabete começou a se contorcer sobre o sofá!
Ela tentava ficar de pé para ir pulando ato o quarto.
Passado alguns minutos,ouvimos a campainha tocar e a voz de minha sogra gritando do outro lado da porta:
- "Beti","Betinha",abra,é a mamãe!
- Mas que droga!- praguejei-
Elisabete olhou para o quarto como quem dizia;"Pegue as chaves!"
Eu corri para o quarto,mas a janela estava aberta e uma rajada de vento fez com que a porta bate-se sozinha!
Tentei abrir a porta,mas a maçaneta saiu em minha mão!
Elisabete gemia e se contorcia no sofá,enquanto minha sogra gritava do lado de fora:
- Betinha,Betinha!!
Voltei para a sala.
Os olhos de Elisabete mostravam que ela estava apavorada!
Não me ocorreu nada melhor senão pega-la no colo e leva-la para o escritório!
Chegando lá,procurei por um local onde colocá-la.
Tirei o que pude do armário e coloquei Elisabete dentro dele!
- Desculpe amor,fique calma!- disse,fechando a porta -
Voltei para a sala e abri a porta.
- Por que demorou tanto para abrir?- praguejou minha sogra -
- Eu estava no banheiro!
- Onde esta Betinha??- perguntou ela -
- Ela não esta!
- Por que esta com essa cara de assustado?Esta escondendo alguém aqui??
- Dona Clotilde,me respeite,por favor!
- Onde esta Betinha??
- Já disse que ela não esta aqui!
Nisso,toca o telefone.
Eu atendo,é uma vendedora de telemarketing.
- "Boa noite senhor,sou Sofia e gostaria de saber se o senhor já possui a assinatura da revista "Óia."
- Ah!- comecei - Oi meu amor,onde você esta?No trânsito??
- Pois é,sua mãe esta aqui!
- Ah,você esta indo para a casa dela?
- O celular esta com a bateria fraca??
- "Cê" ta entrando em um túnel??
- Me deixe falar com ela!- disse minha sogra -
- Alô,amor,sua mãe quer falar com você!
- Alô,alô??
- Xi dona Clotilde,acho que acabou a bateria dela!Mas ela esta indo para a sua
casa!
- Que absurdo!Ela não me disse que iria na minha casa!
- Pois é,a senhora vê...
- Bem,eu vou para casa,não vou ficar aqui só com você!
- Isso dona Clotilde,vá para casa,Elisabete esta indo pra lá!
Minha sogra saiu,eu fechei a porta e corri para o escritório.
Abri a porta do armário e tirei Elisabete de dentro dele.
Ela estava toda suada e gemia muito.
Um tesão enorme tomou conta de mim e mesmo com os gestos de "não " que Elisabete fazia entre gemidos,eu a possui!
Mais tarde,depois que estava solta deitada na cama ao meu lado ela confessaria ter alcançado o orgasmo mais gostoso da sua vida!
Como disse antes,Elisabete adorava me fazer surpresas!
Certa tarde ela ligou no escritório:
- Edu Master Consultoria,Ferreira,boa tarde...
- Oi amor...
- Elisabete??
- Uhmmmm...sabe o que estou fazendo ?
- O que amor?
- Estou amarrando meus pés...minhas pernas...
Eu estava com uma xícara de café nas mãos e não percebi que a inclinava enquanto ouvia Elisabete no telefone.
Terminei por derramar café na camisa,onde disse para Elisabete:
- Amor,vou desligar um instante,volte a ligar!
- Mas que droga!- praguejei!-
Sai de minha mesa e fui ao banheiro me limpar .
Nisso,Elisabete ligou novamente.
Um trainee que passava viu a mesa vazia e achou por bem atender.
- Sim??
-"Estou amarrando meus pés,minhas pernas,estou colocando a mordaça..."
-Ãh??- fez o trainee -
- E vou colocar as algemas...quando você chegar estarei prontinha...esperando por você...meu amor...
Nisso,eu voltava do banheiro,passando um papel toalha na camisa.
Quando vi o trainee com o fone na mão entrei em pânico!
- O que você esta fazendo??
-Eu,eu,eu,eu,eu...ouvi o telefone tocar...eu...atendi...desculpe...eu...
- Isso é uma ligação pessoal rapaz,sai daqui!!
Tomei o fone das mãos do trainee e atendi:
- Amor?
- "Gugucho"??
- Oi...eu...eu tive um problema aqui,não foi eu quem atendeu agora...
- Quem atendeu??
- Foi um trainee...
- Ai meu deus!!Que constrangimento!!!- disse Elisabete do outro lado -
As vezes eu costumava sair do trabalho e passar no bar do "Jêra".
Era um bar fechado perto da Paulista.
Tinha piano bar,jogo de dados,e a maioria do pessoal dos escritórios fazia seu happy hour ali.
Como de costume sentei-me junto ao balcão.
Tomei uma doze de wiske e pedi uma cerveja.
Já estava na segunda cerveja quando o "um companheiro" ao lado disse:
"- Estou falido!Ninguém mais compra carros usados nesse pais!Carros zero estão a preço de banana!"
Bem,depois do segundo wiske e da terceira cerveja,não pensei para falar:
- E eu não consigo amarrar a minha mulher!
Um elemento que estava sentado a minha esquerda disse:
- Não consegue amarrar uma mulher "colega"?
- Pois pegue isso! - disse ele tirando um pequeno frasco do bolso do paletó-
- Umas gotas disso na bebida dela e ela vai capotar!
- Capotar?- perguntei eu -
- Depois você pode levá-la ate um depósito desativado na zona norte...
- Depósito ??
-- Sim!Depois de amarrá-la você pode amolar a faca diante dela...elas ficam apavoradas com isso!
- Amolar faca??- perguntei,segurando o pequeno frasco na mão-
- Dai,quando tudo terminar,você pode levá-la ate o parque estadual...nos fundos tem um corte no alambrado onde você pode entrar com o corpo...
- Entrar com o corpo???
- Tem uma árvore bem grande ali,você vai encontrar uma pá...deixe-a no mesmo lugar depois que usar...e você pode dar com a pá na cabeça delas se elas se mexerem demais enquanto as enterra...
- Dar com a pá na cabeça??
- É!Elas não gostam de ser enterradas vivas!
- Que???
Nisso entram no bar dois policiais militares.
- Eu tenho que ir agora !- disse o homem a minha esquerda - Boa sorte na sua empreitada " colega"!
- Jêra,ta aqui a cerveja!Fique com o troco!
Disse o estranho homem largando uma nota de dez reais sobre o balcão.
Olhei para o pequeno frasco em minha mão,olhei para o dono do bar e disse:
- Jêra,desce mais um chopp...
As vezes me pegava pensando sobre a minha vida com Elisabete!
A vida de um casal bondagista era diferente das de outros casais.
Tínhamos um prazer diferente,mas não eramos diferentes das outras pessoas!
O nosso modo de prazer era algo tão sagrado!
Nós nos amávamos e respeitávamos tanto!?
Nós não eramos loucos,não eramos desviados sexuais!
Tínhamos apenas aquele fetiche!
Eu gostava de amarrar Elisabete e ela gostava de ser amarrada!
Eramos errados em que?
Estávamos cometendo algum crime??
Passado algum tempo entrei em férias.
Fomos para o norte do pais.
Longe de tudo,longe de minha sogra!
Em certa noite amarrei Elisabete na cama...mas não consegui ficar excitado como antes!
Mudamos as amarras,mudamos os modelitos dela.
Nada!
O que estava errado??
Eu estava sentado na cama,enclinado para frente,pensativo.
Elisabete veio andando de joelhos sobre a cama e me abraçou por traz.
- O que esta acontecendo meu amor??Não sente mais tesão por mim??
Fiquei em silêncio...pensando...
De súbito,virei na cama e peguei o telefone.
- Boa noite!- disse para a atendente do hotel -,quero uma ligação para São Paulo nesse numero!
Passado alguns minutos,o telefone toca.
- Esta ligando para quem amor??-perguntou Elisabete -
- Calma!- respondi -
- Alô??Dona Clotilde?Ferreira,seu genro!
- Sim,estamos aqui em Porto de Galinhas...é que Elisabete não esta se sentindo muito bem e eu acho que a senhora deveria vir ate aqui...ah,a senhora vem??Ótimo!
Desliguei.Olhei para Elisabete e disse:
-"Dentro de seis horas faremos a nossa próxima sessão!"
- Amooooooooooooorrr!!!- disse ela me abraçando -
- Minha gostosinha!!


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Comentários


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Comentou em 15/12/2014

Gostei , muito interessante esse tema de conto eu votei...




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Ficha do conto

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Nome do conto:
CASAL BONDAGE

Codigo do conto:
57543

Categoria:
Fetiches

Data da Publicação:
11/12/2014

Quant.de Votos:
3

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