Dizia Seu Carlos e prontamente me levantei, dava uns 10 minutos da sede até lá, caminhando pensando na vida ao chegar noto que a porta esta apenas encostada, chamo e ninguém responde, ao entrar na sala vejo que saiu recebido por Demétrio e logo atrás dele vem Caio totalmente nu me deixando sem entender nada. Ou entendendo tudo.
Naquele momento me contenho pra não quebrar a cara de ambos, sai e fui em direção e sede, muito chateado por perder meu tempo com aquele garoto que demonstrava somente querer me usar, e assim ele fazia, retornei a roda meio desnorteado e pedi licença pra retornar pra casa, chegando a casa fui em direção ao meu quarto e me coloquei a chorar.
Não conseguia reagir a tamanha situação, afinal eu e ele nunca tivemos nada a não ser sexo e eu não poderia cobrar dele nada, mas doía muito, meu coração estava despedaçado diante de tudo aquilo.
Minhas lágrimas cobria meu jeito de ser, nunca havia ficado naquela situação, meu pai estava na sede e eu ali jogado até que o vejo em minha frente. Era Caio me pedindo desculpas.
- Perdoar por quê? Nunca tivemos e nunca teremos nada real, era apenas um jogo sexual.
Caio parecia entender meus sentimentos e queria se consertar, mas prometi a mim mesmo que jamais iria ficar com ele, afinal ele não merecia meus sentimentos, meu carinho e muito menos meu amor.
Demétrio era outro usado, mas vai saber desde quando né. Caio garantia que não tinha muito tempo que ficava com ele, mas eu garantia que a nossa não iria acontecer mais.
Aquele domingo foi um dos piores de toda minha vida, estava eu agora retornando a capital e Camila achando eu muito estranho, parecia que agora se entendíamos mais, ela era uma patricinha bacana.
Chegamos oito da noite e meu primeiro dever era sair pra não ter que explodir ou ficar ouvindo aquele babaca tentando consertar o que não tinha nada haver, afinal era meu coração e não a razão dos fatos.
Liguei para Bruno o convidando pra aquele barzinho que fomos ao outro dia, prontamente ele aceitou e marcamos pra nove e meia., coloquei uma camisa social, uma bota e fui todo arrumado, queria mesmo é mudar a cabeça, buscar outro ponto de partida, colocar as coisas no lugar..
Bruno estava lá todo bem vestido, alias filho de politico né tinha banca pra isso, escolhemos uma mesa e ficamos por ali, logo ele me dizia que não estava bem e me perguntava o que havia acontecido, contei alguns detalhes pra ele, claro que inverti os personagens, contei que estava curtindo uma garota e ela me traiu e por ai foi...
E falando em garotas, uma garota de olho nele e outra em mim, ele parecia não dar muita moral e eu sem cabeça pra pensar em comer uma buceta como vingança, pois não era meu jeito de ser.
Ficamos até tarde da noite, foi então que resolvemos dar um passeio pela cidade, deixei meu carro em casa e fomos no dele, aventura demais, musica e felicidade era isto que necessitava e nem me importava que no outro dia teria que trabalhar, queria ali era me divertir.
Paramos no lago do amor, um lugar turístico aqui de Campo Grande MS e ficamos ouvindo música, curtindo o momento, até que ele já meio cheio de cerveja começou a conversar comigo.
- Ricardo já beijou garotos?
Neguei como reação ao momento e ele foi se aproximando, nossa era uma sensação de calafrio, um cara daquele porte ali junto comigo e querendo me beijar, meio o clima parou e ficamos meus lábios perto do dele.
Estava agora eu e Bruno se beijando ao som de Charlie Brown Jr - Dias de Luta, Dias de Glória.
#Continua
Autor > Escritor Danyel