A reação é de tentar entender o que estava acontecendo, meu homem caído no chão e sem muito chegava uma ambulância, pedi para leva-lo para o hospital El Kadri e lá logo foi transferido para a retirada da bala, o médico que já me conhecia devido meu pai ter ficado ali nos seus últimos dias de vida tentava entender o que houve e logo a polícia também buscava informações.
Conversei com policiais e então meio transtornado sou tranquilizado por Bruno e Yan, me pediram calma que tudo daria certo, mas não ficaria tranquilo enquanto não visse meu amor.
Naquele momento comecei a perceber o valor de eterno amor, comecei a medir meus sentimentos e em choro pedia a Deus cura para meu homem; ali via o quanto aquele garotão, forte de belo corpo tinha além disto, era carinhoso, real, verdadeiro e único pra mim.
O amar era real, o sentir era acima de tudo algo muito importante, sem dúvidas o perder seria demais pra mim, logo esperávamos notícias do centro médico, minha mente tentava buscar respostas, então veio em mente algo que jamais poderia pensar, acreditava que o culpado por tudo aquilo seria Caio; que depois do desprezo e por me ver bem resolveu tomar esta atitude.
Será? Esta era a dúvida que ficava na minha cabeça, será que ele teria se transformado neste mostro capaz de tirar a vida de uma pessoa por despeito, por desprezo; mas não era hora de achar culpados apenas de somar forçar para aquilo tudo acabar. Logo o médico vem falar com a gente que aflitos o ouvíamos.
- Seu Ricardo o paciente Gabriel Reis está estável, porem foi necessário uma cirurgia de ultima horas para estancar o sangramento e ele se encontra sedado por hora; oriento que comunique a família do seu estado, mas fiquem tranquilos que o pior já passou, a bala atingiu as costas, foi removida agora é aguardar ele acordar para fazer novos exames.
Família? Ixxi não sabia notícias deles pois meu homem nunca falou deles, mas como fiquei com celular dele resolvi ver na agenda, por vez estava escrito MÃE e resolvo ligar.
- Alo; quem fala?
- Gabriel? A pessoa do outro lado perguntava.
- Aqui é Ricardo, a sra é o que dele?
- Sou a mãe dele, porque, aconteceu algo com meu filho.
Ela se apresentava, ficou desesperada e disse chamar o pai dele e já estariam a caminho, parecia ser uma senhora bem humilde, porem simples e simpática, fato este que se confirmou com a chegada deles algumas horas depois.
O pai dele era um homem por volta dos 70 anos, moreno e bem simples, sua mãe Dona Lídia era uma senhora simpática e cabelos brancos, chegou chorando, a acalmamos e dissemos que o estado dele era de melhoras, então os médicos autorizava Dona Lídia e seu Jeronimo os ver; fiquei feliz por aquilo, afinal eles mereciam.
Ficaram bastante tempo com meu príncipe e eu também já estava querendo o ver, fazer carinho nele, cuidar dele da mesma forma que cuidou de mim quando mais precisei, então ao saírem estavam mais conformado, me perguntava quem teria feito aquela barbaridade, disse que a polícia estava investigando ainda.
Dona Lídia estava fragilizada com os fatos me contava onde residia, ela e seu Jeronimo moravam na cidade de Terenos uma cidade distante a 30 quilômetros aqui da capital Campo Grande, me diziam residir em um sitio e que por diversas vezes orientava
Gabriel a morar com eles, mas que ele sempre foi muito teimoso.
Contei a eles onde o conheci e ela demonstrava gratidão por fazer aquilo com o filho dela, seu pai também porem menos conversador, apenas observador.
Agora era minha vez de ver meu herói, assim ao entrar no quarto via ele todo cheio de fios, lindo do mesmo jeito, dormindo e totalmente indefeso, passei a mão em seu rosto, falei palavras de amor e até cantei pra ele, fiquei ali, por momentos e assim pude ao menos tocar em seu rosto.
A noite eu ficaria ali ao seu lado, dona Lídia queria ficar com o filho, mas pedi pra ela ficar em casa, meus amigos Bruno e Yan estaria levando até minha residência pra eles descansar e no outro dia eles voltaria, pois eu iria trabalhar, abracei aquela senhora e fiquei muito feliz por conhece-la, afinal era minha sogra.
Passei a noite em claro ao lado do meu príncipe e assim fiquei, e por volta das quatro da manhã ele acorda, todo cheio de dor, eu ao seu lado, pequei na sua mão, falei que o amava muito e ele falando bem devagar dizia que sentia o mesmo, pedi pra ele não falar muito e nesse momento se descansar.
ERA SETE DA MANHÃ e dona Lídia já estava ali, junto com Yan e Bruno me dizendo que Jeronimo teve que ir na chácara dar alimento aos animais, mas retornaria, conversei com ele ao entrar no quarto ele ficava todo feliz, via lágrimas saindo do seu rosto e ela o abraçar, uma cena linda, que nunca antes tinha visto, era meu homem Gabriel tendo o afago da mãe, sinal de felicidade e de alimento para melhoras, e por sinal chegava o café da manhã e mamãe iria dar na boca dele rsrsrrsrs todos rimos.
Os deixei e conversei com os meninos, eles me parabenizavam pela linda família que tinha construído, mas os alertei que não sabia se a família dele sabia de nosso caso, das situações e afirmei que eles pareciam ao mínimo conservadores, logo os abracei e agradeci o apoio e a força por tudo; Bruno me perguntava se tinha dinheiro para pagar o hospital, disse que iria pagar com meu acerto da transportadora. Porem voltar a aquele local era a única forma de saber sobre a inocência de Caio, afinal minha mente ao mesmo tempo que o inocentava o condenava, pois os últimos fatos me alertaria no mostro que poderia se transformar.
Chegando lá estava tudo mudado, desde a pintura e as placas, na frente uma recepção e logo uma loira me encarava e eu ia direto ao assunto.
- Sr Caio se encontra.
Ela meio repulsa me dizia que ele estava em uma reunião, então sem mais nem menos entrei, mal deu tempo dela falar alguma coisa, ou me conter, fui em direção a antiga e chegando lá a bela família estava reunida com outras pessoas,
- Sr Caio – que papel de homem você fez; mandar atirar contra a pessoa que mais amo; apenas peço que me deixei em paz e pode ter certeza que vou até o fim pra provar o mandante do tiro que atingiu Gabriel; como sempre você é um bundão, e se transformou em um canalha, safado e perverso, capaz de tudo pra ser o machão do papai.
Seu Carlos me mandava calar a boca, a secretaria loira se justificava da minha invasão e até seguranças ali tinha; falei tudo o que tinha que falar.
- Respeito e sou grato ao Sr Seu Carlos, mais seu filho virou um garotão, comedor de mulheres pra ter apenas o poder e o Sr sabe muito bem disto.
Por momentos apenas via os seguranças me conter e Caio vir na minha direção e eu sentir um soco tomado dele, o sangue corria e eu logo revidava, começamos nos esmurrar e toda uma baderna, era contido por todos, vindo em minha mente a tanto que sofri por amor a aquele babaca.
Camila me pedia cautela e que não era hora de se exaltar, afinal eu não tinha provas e estava blefando, sai dali carregado por seguranças e fui jogado porta a fora, tudo muito tenso, o que me fez mais ainda detestar a atitude daquele moleque.
Caído na calçada me contive a tentar entrar novamente, mas deixei minha marca, meu recado e fui direto pra casa tomar um banho.
No chuveiro uma punheta gostosa pra acalmar-me; meu cacete ali e eu a curtir, saudades do abraço, do beijo e da delicia do meu homem, era tudo que mais queria, e logo gozei gostoso, sai do banho liguei pra dona Lídia e ele estava bem, se recuperando rápido, pra minha felicidade.
Fui para o jornal e chegando lá vi uma viatura da polícia, ao entrar sou confrontado.
- Sr Ricardo Rios o Sr nos acompanha até a delegacia.
#Continua
Autor Escritor Danyel