Estética Urbana 1 - Capítulo Um

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O DESAFIO DE CAMILA

Hoje, como de hábito, ela saiu. Todas as terças se arruma toda gostosinha, perfumada e maquiada, e sai. E eu, como bom corninho, fico olhando da janela aquele monumento em seus passinhos firmes seguir na direção do automóvel que a espera na esquina. Depois que desparece, fico esperando ansiosamente a sua volta. Quando ela chega vamos para o quarto e, enquanto me conta com detalhes a transa, morro de tesão. Nós transamos muito e muito.
Hoje é terça e foi dia dela sair com Bruno. Como sempre, se arrumou, me deu um beijo e saiu lépida e fagueira com aquele brilho nos olhos, típico nestas ocasiões. Como é de hábito, fiquei a admirando até desaparecer no interior do carro que a aguardava. Mas nem sempre foi assim. Quero dizer, ela sempre foi assim – e eu também. Mas houve uma época em que, embora soubesse que Camila era uma putinha que dava fácil para qualquer um, não admitia que, mais do que já ter me conformado em ser manso, aquilo me excitava e, somado à sua beleza, era o que havia feito com que me apaixonasse. Preferia não acreditar, ainda que meu pau insistisse em afirmar o contrário e não pudesse negar o que acontecia diante dos meus olhos – literalmente.
Na nossa antiga cidade, era dia de jogo entre Flamengo e Fluminense. A expectativa era grande. Como havia pouco tinha comprado um aparelho de TV gigante, naturalmente os meus amigos quiseram assistir à partida na minha casa. Éramos todos rubro-negros, somente Camila torcia pelo Fluminense. Eles apareceram por volta das quatro horas da tarde trazendo a cerveja: Rafael, Paulo e Grandão, um crioulo que chamávamos assim não por causa da altura, mas por possuir outras qualidades. Trazerem a bebida era o mínimo, já que eu estava oferecendo a casa. Entregaram a bebida para Camila e sentamos nas poltronas e no sofá em frente à televisão.
Rafael sorriu para Camila e perguntou:
- Ruy, como conseguiu que esta pequena casasse com alguém tão feio como você?
Respondi:
- Charme.
Grandão riu, bateu nas costas dele e disse:
- Um a zero para o Ruy!
Camila sorriu tímida. Ela só tinha visto os meus amigos algumas vezes antes.
Eu vou descrever Camila: ela é a mulher mais bonita e sensual que já vi, uma autêntica loira africana que reúne o melhor dos dois continentes, só não sei se esculpida por Deus ou pelo demônio. A todo instante parece ansiar por ser beijada, inteirinha convidativa, feminina e doce. Possui os olhos verdes agateados e os seios grandes, firmes, arrebitados, lindos. Mas o que mais chama a atenção nela é o bumbum. Nossa! É de dar água na boca... Já me aborreci muito na rua por causa dele. Não há quem resista a olhar, homem ou mulher. É impossível conversar com ela sem ficar de pau duro. Redondo, empinado, é quase oferecido, se é que entendem. A cintura só faz realçar os quadris e, sem ser baixa, não é alta, cabe direitinha sob o braço, gostosa de apertar e proteger, além de naquela época ser bem novinha. Não tinha 21 anos, uma delícia! Nunca vou compreender o que viu em mim, poderia ter aos pés qualquer homem que desejasse. É claro que sempre a sufoquei de carinho e afeto. É o tipo da mulher que vale qualquer preço e a gente não se arrisca a perder de jeito nenhum. Foi uma sorte tê-la encontrado.
Ela só conhecia os meus amigos de vista, a quem se muito a havia apresentado na porta do bar onde costumava beber cerveja, depois de uma partida de futebol no campinho de terra da praça da antiga Sé, enquanto a esperava voltar da escola. Depois da gente casar, como não quis que continuasse no emprego, mas insisti em que não largasse o estudo, havia transferido o curso para a noite a fim de poder aproveitar o dia, curtir a praia e a piscina do clube, o que me pareceu uma ótima idéia. Além de preservar o bronzeado e as marquinhas de biquíni de que tanto gosto, enquanto a esperava podia fazer um pouco de exercício depois do trabalho, conversar e matar a sede antes de voltar pra casa. O time da pelada era bastante heterogêneo, o nosso bairro pobre, e vários eram faxineiros, porteiros, serventes de obras e pedreiros, alguns inclusive do tráfico de drogas local. Mas não sei se por aqueles serem um pouco mais instruídos, lerem o jornal e terem opinião política (um era advogado, embora de porta de cadeia, e outro, bancário, sendo Grandão chofer de ônibus), havíamos nos tornado amigos, um subgrupo do grupo, por assim dizer. Por ela não ter o costume de me buscar no bar ou gostar de beber, porém, não tinha intimidade com nenhum deles e ficou quieta no início – ninguém acredita, mas minha esposa sempre foi tímida.
Contrariando os seus hábitos, talvez só para se enturmar, ela começou a beber conosco, mas só na metade do primeiro tempo se sentiu à vontade para fazer comentários sobre a partida. Não entendia nada, fazia perguntas bobas à beça, entretanto não era surpresa que meus amigos lhe dessem muita atenção. Justiça seja feita, faziam tudo para que não se sentisse constrangida por estar no meio de uma porção de homens – não faziam comentários obscenos, tão freqüentes nas partidas de futebol, e quando escapava algum palavrão sempre pediam desculpas a mim e a ela. Por sua vez Camila nos mantinha abastecidos, indo à cozinha buscar cerveja ou lingüiças para que não arriscássemos perder os melhores lances. No fim do primeiro tempo todos estavam bastante familiarizados – e também um pouco altos, admito.
Estávamos bebendo muito e Camila não ficava atrás. Não demorei a perceber, não havia ocasião em que levantasse para buscar cerveja que todos os olhos não a seguissem. Não era para menos. Além de só andar rebolando, Camila vestia uma camisa do Fluminense amarrada abaixo dos seios e um shorte branco não menos curto e justo que mostrava todas as curvas do bumbum e da buceta, pois estava sem calcinha, para não falar das nádegas metade nuas. Concordo, talvez não fosse a maneira de uma garota tão bonita e gostosa ficar em meio a um bando de homens –mas, diabos, estava em casa, não? Os outros é que eram visitas e tinham que saber se comportar. Além disso, o shortinho era moda e ela estava na minha companhia, para que se trocar? Sempre se vestia assim, quase sem roupa, até para ir na rua! Nunca reclamei, realmente não ligo. Gosto. Quem possui mulher bonita não pode ser ciumento. Olhar não arranca pedaço, é o que dizem, e o que é bonito é para se mostrar. Não fiquei incomodado, estava acostumado. Sabia o que todos comentavam pelas minhas costas:
- A mulher do Ruy é boa pra burro!
O que me deixou cismado foi a impressão de Camila estar rebolando um pouco mais do que o costume, não sei se por causa da cerveja ou por a estarem olhando. Provavelmente as duas coisas: tinha bebido a mais e gostava que a achassem bonita. Os mamilos sob a blusa indicavam o quanto estava excitada, deixando-a ainda mais tentadora. Mas o bicho pegou, digo, a situação fugiu ao controle durante o intervalo da partida. Estávamos esperando o jogo recomeçar, quando de repente ela virou para Grandão e perguntou, tocando-o no joelho:
- Por que o chamam de Grandão? Você não é tão alto assim.
Ele sorriu e o resto de nós começou a rir.
Sem perceber a malícia, Camila perguntou o que era tão engraçado.
Grandão respondeu:
- Você não quer saber, Camila.
Ela olhou para nós com um sorriso hesitante e perguntou, ingênua:
- Por que não?
O riso aumentou e a expressão de Camila mudou de diversão para frustração:
- Não gosto desse tipo de tratamento! Por que não podem contar?
Perguntei:
- Quer mesmo saber? Realmente quer?
Camila fez sim com a cabeça.
- Está segura disso?
- Claaaaaaarooooo! – disse com os lábios de batom, uma tentação. Eu tinha loucura pela sua boca pintada por aqueles batons brilhantes, purpurinados e com sabor, que então eram moda e usava o tempo inteiro, mesmo dentro de casa: era quase uma adolescente.
Dei de ombros e mandei Grandão responder.
- É por causa do tamanho de meu órgão genital – disse o crioulo pernóstico, sem graça. – É acima da média.
Ela ficou corada. Não sei se por não esperar tal resposta ou por todos rirem: não suporta que riam dela. Depois de uma pausa, perguntou:
- Bem, qual o tamanho?
Ponto para Camila, não sei como ninguém disse, porque Grandão arregalou os olhos:
- Quê?
Camila esclareceu:
- Qual tamanho adquire?
Ainda sem jeito, mas sem disfarçar o orgulho, Grandão respondeu:
- Não sei. É do tamanho de uma régua.
- É um aleijado! – disse Paulo.
E todos caíram na risada, menos Camila, que estremeceu:
- Não acredito.
Grandão ficou ofendido.
- Quer que prove?
Para minha surpresa, Camila disse:
- Sim, prove!
Sem pensar, Grandão baixou o shorte mostrando o pau para a minha mulher. Se eu não estivesse sentado teria caído de costas. Não por causa do tamanho, que já tinha visto de relance em uma ida qualquer ao banheiro, mas por causa da ousadia. Mas foi tudo tão rápido que fiquei sem reação. Não consegui tirar os olhos de Camila que chegou a abrir a boca, um fiapo de cuspe nos lábios.
Camila não era cabaço quando a conheci e sabia que aquele não era o primeiro pau de outro homem que via desde então. Mas que pau ela estava olhando! Duro, o meu não alcança 13 centímetros (na verdade não chega a 12) e, mole, o de Grandão, dobrado sobre as bolas, parecia ter 20.
- Grandão! – consegui reclamar, as têmporas latejando, o coração batendo forte.
Ele me olhou confuso, arrependido, e ia se cobrir, mas Camila, talvez com medo de ser outra vez motivo de riso, não quis passar recibo e impediu, segurando-o no braço.
- Não! – e virando-se para mim. – Deixe, Ruy! A culpa foi minha. Eu o provoquei.
E, sem dar importância para o meu espanto, como uma enfermeira, meio que espichou o pescoço para olhar de perto, aproximando o rosto da geba, procurando não transparecer quanto estava impressionada:
- Para mim, aí não tem 30 centímetros.
- Bem, não está duro...
- Ora, mas não se irrite! – ela parodiou um programa humorístico. – É claro que você é enorme!!!
Grandão se enfureceu:
- Por que não dá uma chupadinha? Então verá a régua!
De súbito, lembrou de mim e olhou em pânico, com vergonha, subindo o shorte:
- Desculpe, Ruy. Perdi o controle! Ela me provocou – repetiu. Bobo, não era.
Apesar de confuso, tentei restabelecer o controle da situação:
- Tudo bem, Grandão, somos todos grandinhos aqui. Mas fique vestido daqui pra frente.
Percebi que Camila me olhou de um jeito estranho. Se não a conhecesse, diria que meio decepcionada. De repente me ocorreu que queria mesmo ver o tamanho que o pau de Grandão adquiriria em riste.
- Há qualquer outro modo de deixar isto daí duro sem que toque nele?
Grandão tornou a me olhar e eu, sentindo-me exangue, mas excitado, dei novamente de ombros: pelo menos ela não estava pensando em tocar, pensei – era o que faltava!
- O que posso fazer? Ela já viu... Se é o que quer, mostre, vai!
- Bem, se seu marido não se importa, você poderia dançar para a gente – disse. – Sabe, algo sensual...
Camila olhou para sondar a minha reação. Chateado, porém de pau duro, tornei a dar de ombros, deixando para ela a decisão. Não sei porque fiz isto. Realmente não me importo que os outros homens a cobicem e a vejam quase nua, do jeito que gosta de andar. Aprecio vê-la assim e também que se mostre, o que sempre me provocou tesão – e nela também, embora se faça de sonsa, dizendo que é como todas as mulheres se vestem. Mas a idéia de vê-la dançar para meus amigos mexeu comigo. Eu nunca soube dançar e sempre que a levo para boates fico sentado na mesa, bebendo um drinque, observando-a se divertir na pista com alguém melhor dançarino. O que Grandão estava sugerindo, no entanto, era um strip-tease. E isto ela nunca havia feito, nem mesmo só para mim, no quarto...
Com uma mistura de alívio e frustração difícil de compreender até hoje, julguei que ela afinal havia caído em si e fosse entregar os pontos, dando-se por vencida com uma risada – ora, se iria dançar para ele! Era casada! Mas não disse nada. Por segundos ficou pensativa, pensativa demais, os olhos indo do rosto de Grandão para seu shorte e dali novamente para mim. Embora não houvesse outra escolha afora acabar a brincadeira com uma gargalhada e voltar ao jogo que tinha recomeçado, todos seguraram a respiração. Ninguém olhava a TV. O Flamengo poderia ter feito um gol que sequer notaríamos.
De repente, correu para quarto. Ainda com aquela estranha mistura de alívio e decepção, pensei que tivesse ficado envergonhada. Cheguei a levantar para ir tranqüilizá-la, quando ouvi a música. Camila voltou trazendo um aparelho de som portátil – vestida igual mas, para pisar meu coração, agora calçada com lindos sapatos vermelhos de saltos altos.
Boquiabertos, pasmos, acompanhamos ela abaixar o volume da TV, colocar o aparelho na mesa de centro e começar a dançar Sultans of swing, do Dire Straits, ao redor de Grandão – e do seu pau, diga-se, ainda coberto em respeito a mim, mas já dando inquietantes sinais de vida. Digo em torno do pau porque, na dança, não tirava os olhos dele. Camila começou deslizando as mãos pelos seios, pôs as mãos nos joelhos, deu uma agachadinha e, de costas para nós, pertinho dele, ficou rebolando a bunda, o que fez com que o shorte encurtasse ainda mais, nos deixando adivinhar tudo o que ocultava – se ocultava: dizem que pingo é letra? Havia um dicionário ali.
Eu sabia que a minha esposa dançava bem, mas não assim.
A dança provocou reação no pau de Grandão. Porém, pelo que dava para ver, não havia conseguido 30 centímetros (ele não havia dito quanto, mas é o que mede uma régua) – o que era de espantar, porque o meu estava feito aço e imagino que os de Rafael e Paulo também.
Quando a música terminou, Camila observou:
- Não dá pra ver, mas não parece duro – fez beicinho. – Eu não estou dançando direito?
Todo mundo respondeu:
- Está!
Camila continuou:
- Então por que Grandão não está duro?
Grandão respondeu relutante:
- Estou, Camila. Acredite. Mas um pau quando é muito grande é diferente. É maior, tem que jorrar mais sangue dentro, compreende? Preciso de algo mais picante.
Camila me olhou espantada e riu incrédula:
- Mais picante?! Você quer que faça strip-tease?!
- Bem, é o que costuma funcionar – ele respondeu consultando-me entre constrangido e excitado, quase a medo, como se observasse uma roleta, a respiração suspensa.
Eu podia ver nos olhos de minha esposa o quanto também estava apreensiva, num misto de receio e tesão, sem saber se devia e eu permitiria que tirasse a roupa diante dos meus amigos. Hesitei, mas assenti. Ela sorriu e eu soube que realmente queria fazer o strip-tease.
- Mas vai ter que baixar o shorte para eu ver – barganhou.
Grandão tornou a me olhar. Fazer o quê? Àquela altura... Ela já tinha visto mesmo...
Enquanto ele tirava o shorte, Camila quase saltou em cima do aparelho e ligou a música. Começou a dançar devagar, com movimentos sugestivos, Money for nothing, também do Dire Straits. Com a música em crescente, desamarrou e começou a tirar a blusa, detendo-se à altura dos seios, não revelando deles senão uma tenra nesga. Arrependida, deixou-a cair e se dedicou ao shorte. Polegares na cintura, foi arriando devagar, sem deixar de rebolar, deslizando as mãos pelas coxas, a nudez mal surgindo porque a blusa cobria o que somente em vislumbre podíamos ver. Sem parar de dançar, brincando com a demora, ao entrar o solo da guitarra terminou de tirar e chutou-o para longe, ficando somente com a blusa no corpo e aqueles sapatos que entonteciam tanto quanto o que não mostrava.
Ansiosos em vê-la tirar tudo, ninguém conseguia acreditar no que estava acontecendo. Camila parecia relutante, alternando os olhos entre mim e Grandão para avaliar as reações. No que me dizia respeito havia entregue os pontos: a queria nua, estava quase a arrastando para o quarto, admirado por vê-la fazer um strip-tease sem mostrar nada que já não houvéssemos visto, deixando todos se remexendo inquietos. Quero dizer, todos não. A dança estava fazendo efeito na pica de Grandão, mas a bichorra continuava somente entumecida, sofrendo contrações como uma cobra em pesadelos, ele visivelmente se contendo para não a punhetar, a toda hora levando a mão até ela mas a sustendo no ar – em uma curiosa moral que não o impedia de mostrar o pau para a minha esposa, praticamente exigia que tirasse a roupa, se refestelava sem calça na minha poltrona, mas não se atrevia a apressar as coisas, se é que queria apressá-las. Suponho que não. De qualquer modo era hora dela parar, se quisesse parar. Havia calado todo mundo com um belo strip-tease sem ficar nua ou prejudicar a sua honra de casada, e ainda poderia, se desejasse, tirar um sarro, mudando o apelido do negão para grande broxa. Mas não queria. Estarrecido, percebi que estava determinada a fazer o pau endurecer todo o prometido.
Sem parar de dançar, girando em torno de si, agachando até o chão, as mãos deslizando pelo corpo, se acariciando enquanto mordia o lábio de tesão, uma das mãos apertando os seios, a outra descendo pelo ventre para as pernas abertas e, ao subir, como sem querer movendo a blusa e deixando todos verem a bucetinha linda, os pelinhos loiros emoldurados pela marca do biquíni no triângulo bem aparado, ao se dar conta fazendo carinha de escandalizada e cobrindo a boca, no esvoaçar da blusa mostrando a bunda e a outra marca de sol da calcinha, sem perder o ritmo da música, determinada a arrebentar a geba de Grandão, ao virar curvou-se e, uma das mãos no joelho, já que tinham visto que vissem mais: ergueu a blusa e, olhando sobre o ombro, o cabelo no rosto deixando-a ainda mais linda, afastou uma nádega e mostrou o cuzinho apertado mas não cabaço que eu não era besta, deixando todos saberem o quanto gostava que a comessem ali. Depois, virando de frente, balançando os ombros, fingindo avançar para de novo recuar, cruzou os braços ao longo do corpo, despiu a blusa, girou-a e jogou-a não sei onde – ninguém retirou os olhos dela para ver onde aquele trapinho foi parar. Dançando nua, parecia entregue a si e a cada um, vulnerável e onipotente, ausente e onipresente, cega e onisciente, movendo-se igual a um espectro de sonho por entre o que havia de mais real, rebolando e se acariciando, sentindo nossa falta e bastando a si, desejando e se fazendo desejar, inspirando gozo e gozando, até que, numa apoteose perfeita, caiu de joelhos, os braços esticados, a cabeça baixa e submissa em oração, no exato instante em que a música acabava, deixando-nos em êxtase.
A minha vontade foi aplaudir – e devia ter aplaudido, transformando numa performance a dança. Quem sabe não haveria tempo de manter as aparências e salvar a situação, convertendo tudo numa obra de arte? Mas fiquei estático. Percebendo o silêncio, ela ergueu a cabeça, mas se eu ainda alimentava alguma esperança perdi quando os seus olhos me ignoraram, fixando o pau de Grandão com uma frustração pungente:
- Nada? – perguntou qual uma criança que vê todos os presentes de uma árvore de natal serem distribuídos sem que um só fosse para ela.
Não era verdade. O pau estava quase em pé, mas ainda não do tamanho prometido.
Camila perguntou com um tom frustrado:
- O que tenho que fazer para ele ficar duro?
Todos sabíamos e Camila também.
Engatinhou nua na frente dos meus amigos ainda calçada com aqueles absurdos saltos, se enfiando por entre as coxas de Grandão. Assim de quatro, ao se colocar entre suas pernas foi recompensada por um crescimento de mais alguns centímetros do pau ainda não completamente duro. Então me olhou frustrada e, não encontrando a resposta que desejava, como implorando que a impedisse, pegou na pica, namorando-a, o rosto mais próximo, acariciando-a, deixando-a sentir seus lábios, tocando-a com os dentes, a ameaçando morder, até que afinal abocanhou de vez.
Estava excitado, não preciso dizer, e quase gozei. Todo o tempo, cumpre reconhecer, a minha indecisão e a excitação provável que existia nos meus olhos haviam dado a Camila o seu curso de ação. Mas até hoje não sei se aprovei ou a incentivei àquilo porque todo o tempo fiquei também tentado a fazê-la parar. Agora, porém, satisfeita por não tê-la impedido, fixava os olhos em Grandão chupando, subindo e descendo, engolindo o caralho até onde dava, pondo-o de lado para lamber o saco, respirando os seus pentelhos, já sem olhar para mim – o que me afetou mais do que julgava possível: Camila não somente estava chupando o pau dele, o maior que qualquer um de nós havia visto, mas sequer parecia se dar conta de que eu estava na sala.
Grandão também ficou surpreso. E o diabo daquele cacete, que até ali não havia subido, num instante ficou duro – afinal havia conseguido. Mas a que preço! Já agora nenhum dos dois queria parar. Os olhinhos dela o hipnotizavam enquanto lambia e chupava. O cacete de Grandão era maior do que o pulso de Camila na grossura e maior do que seu antebraço no comprimento. Sem roubar nada de sua beleza chegava a deformar o rosto. Ela mal conseguia colocar a glande na boca. Os seus lábios eram alargados pela tentativa de tragar o monstro e mesmo assim apenas conseguia levar um pouco daqueles quase ou mais de 30 centímetros para dentro da boca que eu tanto gostava de beijar, lambendo a pica e as bolas do crioulo com os olhos fixos nos seus – um inferno de espetáculo!
Grandão estava agora completamente duro como o resto de nós havia tempo. E como se não bastasse ter conseguido provar que o seu pau era tão grande quanto havia dito, saboreava a minha esposa nua a seus pés, entre suas pernas, chupando-o e lambendo-o no saco. Ela poderia ter parado mas não quis. E se eu havia ficado surpreso quando começou a chupar Grandão, nada se compara com o que veio a seguir. Depois do banho de língua e uma breve espanhola, escalou seu corpo até ficar sobre o colo, puxando pela nuca a sua boca enquanto a outra mão encaixava a tora na entradinha da racha.
Fui alertado por Paulo:
- Ele vai foder a sua mulher.
Mas novamente não parei Camila, hipnotizado de tesão. De tão grosso, o mastro parecia não caber. Ele ajudou a alinhar, pincelou e então, segurando-a pela cintura, fez descer, cravando em parte, arrancando-lhe um esgar de prazer misturado à dor. Camila parecia sentir dificuldade em enfiar o monstro por mais que rebolasse. Finalmente interrompeu o beijo, endireitou-se e tornou a sentar. A pica começou a desaparecer fazendo-a gemer como nunca. Olhos fechados e abraçando-o, a minha mulher voltou a beijar Grandão apaixonadamente. Eu a conhecia e sabia que estava tendo um orgasmo após outro desde antes da glande entrar. Imaginem, então, com o pau dentro dela e ainda boa parte fora! Ela começou a subir e descer na tora até que, finalmente, trepavam como loucos.
Cada descida na pica de Grandão engolia mais um centímetro. Faltava pouco para o pau entrar inteiro. As mãos na sua cintura, Grandão a puxou com vontade para baixo e, agarrando as nádegas, um dedo não menos grosso e comprido no cu, abocanhou um seio enquanto ela gemia. Contei pelo menos quatro orgasmos seus nesta posição.
De repente, Grandão reduziu a velocidade e disse:
- Deixe comer você igual uma cadela.
Camila levantou do pau parecendo sentir falta assim que o tirou. Então se pôs de quatro e pousou a testa no chão, deixando a linda bunda empinada, aberta. Sem perder tempo, Grandão ajoelhou e enterrou a ferramenta. Os gemidos recomeçaram em uma foda ainda mais intensa. A velocidade e a força com que metia eram de enlouquecer. Camila chorava, tamanho o prazer. De novo Grandão enfiou um dedo no cu fazendo-a gritar, um orgasmo e mais outro – e eu, pasmo. Nunca tinha provocado nada igual em minha mulher.
Sem piedade, Grandão estocava e, quando terminou de enfiar o dedo, perguntou:
- Está gostando, piranha?
Camila respondeu:
- Ahhhh, muiiiiiiiitoooo!!
Grandão continuou:
- Gosta de dedo no cu, safada?
Camila gemeu:
- Adoroooo!
Grandão disse:
- Quer que enfie a pica, gata?
Camila arregalou os olhinhos verdes por sobre o ombro:
- Siiiiiiimmm! Fode! Enfia tudo! Come a minha bunda, por favor!
- Ela pediu por favor... – escutei Paulo comentar, não sei se comigo ou com Rafael, e só então me dei conta de que os dois estavam ali, assistindo a minha esposa ser fodida, punhetando o próprio pau, se masturbando devagar, dando-me a certeza de que tampouco a iriam perdoar.
E não perdoaram. Enquanto chocado assistia Grandão puxar o pau para fora da buceta de Camila e empurrar no seu cu, ela gritando a cada punhalada, se até ali eles haviam se contido à espera de ver o que eu faria, até onde iria deixar correr aquilo, ao perceberem que não ia fazer nada (cá entre nós, demoraram), presenciando minha esposa ser enrabada na sala de visitas, não se contiveram mais e, um de cada vez, se acercaram dos dois. E do ponto de vista deles fizeram bem, porque Camila não vacilou e abocanhou os seus paus: chupava e lambia ora um ora outro. Eles a seguravam com força pelo cabelo, tiravam o pau e o batiam no rosto, ela com a língua de fora tentando voltar a engoli-los. Sem que reclamasse, Paulo lhe deu um tapa na cara e tornou a meter na boca enquanto Grandão comia o cu. Ela não conseguia mais gritar, emitindo gemidos abafados, mas eu sabia que estava adorando.
A excitação foi muita para Rafael. Ao substituir Paulo tentou resistir, mas não demorou e jatos de porra a atingiram no rosto quando, com as bochechas infladas, teve de tirar a piroca da boca para engolir. Engoliu tudo, não cuspiu nada, mas com receio de que a pica amolecesse, ao invés de se voltar para o outro, não o deixou se afastar e tornou a abocanhá-la. Paulo aproveitou para tirar a roupa. Em seguida deitou e, atrapalhando-os, se enfiou por baixo. Ela o montou com gosto, apesar de sua pica não ser grande. Grandão, que havia ficado de lado, aguardando, tornou a enfiar no cu de minha mulher, fazendo-a novamente sentir cada polegada, e logo estavam os três dentro dela. Ela gemia sem deixar de remexer os quadris com uma satisfação que eu jamais havia visto. Nem no meu pior pesadelo havia imaginado vê-la receber três paus de uma vez na minha sala de estar, dentro da minha casa. Mas, ao que parecia, era um sonho para ela. Quando Grandão finalmente gozou, só em parte nas suas costas porque não conseguiu retirar a tempo, Rafael, recuperado, sem se importar com a porra do outro, o substituiu na hora, deixando a boca de Camila livre para o amigo descansar. Ela não perdeu tempo e, enquanto o meu amigo enfiava no seu cu, agora fácil de penetrar por causa da dilatação e do esperma, sugou Grandão com mais determinação do que antes. Não demorou, Grandão tornou a explodir, agora na boca.
Eu nunca havia visto tanta porra! O cara havia terminado de gozar no cu e mesmo assim a boca de minha mulher voltou a inflar, tão cheia que o esperma escorreu por entre seus lábios. Ela engoliu quanto pôde e, deixando o resto descer pelo queixo, voltou a lamber sôfrega a pica, àquela altura meio frappé como no início da dança, se concentrando no saco, a geba no rosto. Metendo no cu, Rafael de novo não agüentou e a inundou, gozando dentro, enquanto Paulo se esvaía na buceta em contrações violentíssimas.
Não preciso dizer, eu estava excitadíssimo, mas permanecia estático – aliás, era o único vestido, embora o pau estivesse a ponto de rasgar o shorte. Um a um, os meus amigos saíram de dentro de minha mulher, voltando Grandão exausto para a poltrona e os outros para o sofá não menos esgotados enquanto, deliciada, Camila se retorcia, lambuzada, o esperma escorrendo pelo rosto e pelas costas, a buceta e o cu transbordando, parecendo lamentar por terem terminado e querendo mais. Não resisti. Cai de joelhos, arriei a bermuda e, segurando-a pelos quadris, trouxe para mim aquela bunda toda melada, metendo na buceta. Surpresa, Camila olhou sobre o ombro como se fosse reclamar e gozei um dos gozos mais fantásticos de minha vida, tão violento que cheguei a arquear como se estivessem me drenando a alma pela pica. Num movimento inverso, curvei-me para a frente e a abracei, agarrei seus seios, beijando e mordendo sua nuca, de novo caindo sobre os calcanhares, trazendo-a em contrações, não sei se ainda ou outra vez gozando, ejaculando sem tirar, maravilhado embora o meu prazer fosse tamanho que prescindisse disto e gozar fosse só parte da coisa. Colada em mim, imunda de porra e suor, Camila olhou por sobre o ombro, mas não para reclamar, ao contrário. Com o lindo rostinho melado de esperma deu-me um beijo de língua daqueles, lambuzando-me o rosto: o fedor e o gosto de pau perturbaram, mas diabos! Era ela! E retribuí mais apaixonado do que sempre fui, se isto é possível.
- Eu te amo – sussurrou como se tivesse sido eu quem houvesse feito tudo aquilo e não os outros.
Boa esposa! Pena que os três não fossem tão bons amigos. Dali pra frente, iriam querer continuar comendo Camila – eram bobos? Depois que se desenganchou de mim, pegou a blusa no abajur (ah, ali estava!) e, esquecida do shorte, nua exceto pelos saltos, rebolando, foi tomar banho, tentei retomar as rédeas da situação – mas já era tarde.
- Tudo bem – disse apesar de prever a inutilidade de qualquer acordo. – O que ocorreu, ocorreu. O que aconteceu, aconteceu. Todo mundo comeu, todo mundo gozou, mas ela continua a ser minha esposa e somente minha.
Na hora todos concordaram, claro. Quero dizer, Paulo não. Assustado, reclamou. Tinha sido o único a gozar apenas uma vez, argumentou com a sua lógica de advogado, e não comera a bunda. Se não ia poder mais, tivesse paciência, queria dar mais uma. E sem esperar a resposta, deixando-me boquiaberto, pelado como estava foi caçá-la sob o chuveiro.
Por instantes pensei que os outros também fossem reivindicar que não era justo. Paulo a estava comendo sozinho, o que era mais gostoso. Apesar da distância, podíamos escutar os seus gemidos pela porta provavelmente esquecida aberta – quando estava nalgum lugar em que não precisava se preocupar em não chamar atenção, Camila era muito barulhenta e gemia como se a estivessem assassinando. Pensei até no que contrargumentar, que a diferença não existia, comer a minha esposa sozinho ou em grupo dava no mesmo e eles a haviam saboreado de tudo quanto era jeito, mas ficaram quietos, deixando-me sem saber se por estarem esgotados (afinal, ali não havia nenhum garoto, todos estávamos na faixa dos trinta, eu com 36) ou porque não sabiam o que dizer, envergonhados daquela catarse – julgo por mim, ao menos. Para ser sincero, eles não pareciam confusos, tanto que só eu me preocupei em vestir o shorte: bebendo cerveja, assistiam o fim do jogo pelados como vieram ao mundo, os pés sobre a mesa de centro, as pernas abertas, coçando o saco, acariciando o pau ainda duro por causa dos gritos de minha esposa varada pelo Paulo lá dentro.
Quando ele afinal retornou esfregando minha toalha no saco, fiquei tão abestalhado com este detalhe que não maldei ao ver Rafael se esgueirar, pretextando ter que dar uma mijada.
- Cara, que piranha! Depois de tudo, ainda gozou – disse abandonando a toalha sobre a cadeira. – E olhem que comi o cu! Desculpe, Ruy! Não sei se vou resistir a não voltar.
- Não, voltar vocês podem, claro – expliquei sem saber o que dizer. Que situação! – O que não podem mais é comê-la, né? Tem graça! Ela é a minha esposa!
- Não? – perguntou Grandão mostrando com o dedo os gritos de Camila ecoando.
- Mas... O quê? – corri para o quarto e a encontrei na nossa cama, Rafael entre as pernas fodendo-a vigorosamente num papai-e-mamãe.
- Perdão, Ruy – disse. – Lembrei que não tinha metido na buceta... Que delícia! É isto o que você come todos os dias? – e gozou sem querer ouvir a resposta
- Desculpe, Ruy – disse Grandão às minhas costas. – Agora sou eu. Também não gozei na buceta e, você sabe, é despedida.
Mal Rafael saiu de cima e caiu para o lado, sem se preocupar com ele nem muito menos comigo, o negro virou de bruços a minha esposa toda desmilingüida e, a segurando pela cintura, trouxe para si a sua bunda, metendo na buceta gozada sem mais qualquer dificuldade, fazendo-a gritar, passando a fodê-la com gosto.
- Estou em desvantagem de novo – se queixou Paulo. – Oh, não fique assim! – sorriu da minha cara. – Acho que não agüento mais! – E acrescentou, percebendo a minha ereção: – Mas que você está gostando, está – deu dois tapinhas no meu ombro. – Vai lá, homem! Deixe a vadia dar ao menos uma chupadinha. Ela gosta!
Como se só precisasse de autorização, obedeci. Me aproximei da cama e baixei o shorte. Não sei, porém, se porque não subi no colchão, apenas fiquei em pé ao lado, não me perceberam – nem Camila, que mordia o lençol, a bunda arreganhada, nem Grandão, que a fodia encantado.
- Assim não. Deixe mostrar como se faz – Paulo me empurrou.
Puxando Camila pelo cabelo, aproveitou o esgar de dor para enfiar o pau na boca – pau nem de longe tão grande quanto o do crioulo, creio que já disse, mas bem maior do que o meu.
- Chupa, piranha! Desse tamanho está bom pra você?
E virando-se para mim:
- Está vendo? Ela gosta de pica, não importa o tamanho. Com puta a gente não tem que pedir ou esperar. Chega e enfia, porra!
- Veja como fala – protestei. – Ela é minha esposa.
- Oh, perdão – disse fazendo a cabeça de Camila ir e vir no pau enquanto o crioulo, sem se importar conosco, continuava a meter e meter.
De tão exauridos, quando finalmente gozaram, quase não expeliram esperma. O negão tirou o pau e bateu-o na bunda de minha mulher igual uma mangueira que quisesse desentupir, mas não tinha mais nada ali. Paulo tampouco inflou as suas bochechas. Os dois saíram da cama deixando-a se contorcendo, a mão brincando com o clitóris, sem parar de gozar. Rafael há muito fora tomar banho.
- Muito boa! – disse Grandão.
- Bota boa nisso! – concordou Paulo.
- Como fode, a piranha!
- Pena que não agüento mais.
- Mais... Mais... – ela gemia. – Quero mais!
Não suportei. Subi na cama e a cobri. Meu pau deslizou para dentro de sua buceta, mas quase não consegui aproveitar. Mal senti suas nádegas nos pentelhos, gozei estremecendo tanto que parecia estar sofrendo uma síncope, os músculos vibrando, mordendo-a na nuca.
- É pouco, Ruy – Paulo riu debochado. – Desse jeito vai terminar perdendo-a pra gente!
Grandão também riu sacana.
- Será que ainda tem cerveja? – perguntou. – Estou com a garganta seca!
- Quem ganhou o jogo?
Depois que saíram do quarto, fiquei ainda por muito tempo na cama namorando Camila, fazendo cafuné e cobrindo-a de beijos.
- Me chupa, benzinho... – pediu com lágrimas nos olhos, a voz trêmula. – Ainda estou muito excitada... Preciso gozar mais...
Trocamos um longo beijo de língua e mergulhei na sua xoxota. Perdi a conta de quantas vezes gozou na minha boca – mais de cinqüenta, no mínimo, um orgasmo emendado no outro, deixando-me com a cara toda lambuzada de esperma: nunca engoli tanta porra. Quando, não sei quando, afinal cansou, se cansou, e paramos, foi a sua vez de me cobrir de beijos e de carinhos.
- Eu te amo, benzinho... Amo, amo, amo, amo! Nunca mais vou amar ninguém assim!
- Já ficaria contente se nunca mais trepasse com ninguém...
Ela sorriu, travessa:
- Desculpe, benzinho... Quando vi aquele pau, perdi o controle. Acho que perdi quando ele disse ter uma régua no lugar da pica. Já ouvi falar, é claro, mas nunca deparei com nenhuma. Ainda mais assim, delivery – sorriu.
- Boba! – sorri. – Mas você não vai mais fazer isto, promete?
- Se você quer, prometo – prometeu sem intenção de cumprir. – Prometo o que quiser.
- Deixe ver se não está com os dedinhos cruzados.
Ela mostrou as mãos abertas.
- E os pezinhos...
Ela ergueu os pés:
- Prometo, prometo, prometo – pulou sobre mim enchendo-me de beijos. – Eu prometo! – aninhou-se apertando-me feliz. – Amo tanto você! É o melhor marido do mundo, o adoro! Sou sua, sua, sua para sempre, enquanto me quiser e mesmo se não quiser. Eu te amo, Ruy...
- Também te amo, Camila.
Não sei se cochilamos. Quando levantamos os meus amigos já haviam ido, deixando a sala um caos. Cinzeiros sujos, cerveja quente sobre os móveis, a minha toalha no chão e pratos sobre o sofá.
- Arre! – Camila reclamou. – Custava arrumarem? Você ajuda, benzinho?
Depois que lavamos, guardamos, varremos, perguntei:
- Que tal um sorvete?
- Vamos! – bateu palmas.
Saímos abraçados como namorados para ir à praça da antiga Sé, trocando beijos e rindo à toa de tudo, brincando. Não havia quem cruzasse conosco que não nos olhasse, não só porque ela era linda, mas por estarmos apaixonados.

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66391 - Estética Urbana - Capítulo 2 - Categoria: Traição/Corno - Votos: 0

Ficha do conto

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Nome do conto:
Estética Urbana 1 - Capítulo Um

Codigo do conto:
66390

Categoria:
Traição/Corno

Data da Publicação:
14/06/2015

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