O menino que comi

ANDRÉ A RENATO

Caro amigo Renato, embora tenhas ficado há muito sem me escrever, creio que ainda te lembras das volúpias que compartilhamos, no tempo em que tu e eu ousamos viver sob o mesmo teto. É claro que te lembras! A tua última carta, aliás, não me deixa mentir. Falaste das belas e mais esbeltas bundas que fodemos, e, se queres saber, também te confesso que sinto saudades. Escrevo-te, meu companheiro de travesseiro, não para te relembrar as delícias do passado, já que resolveras te casar com uma mulher, por covardia, mas para mostrar-te o que tens a perder no presente. Senti, acredites ou não, na tua missiva, a tua angústia. Um pedido de socorro. Quiseras acaso tu uma iluminação, um conselho? Se é isto, então tranca a porta do teu quarto, certifica-te de que não há ninguém por perto. Afinal, sei que o teu estado emocional naturalmente se alterará, e, destrambelhado como és, ruborizar lendo uma carta não ajudará em nada na manutenção da tua farsa.

O que foi aquela notícia? Casado? Ah!, Renato! Não faz tanto tempo que desfrutamos do melhor da terra: lindos garotos, de nádegas altas, carnudas e macias, loucos por nossos toques. Que corpinhos famintos! Renegas mesmo todas essas belezas? Pergunto-me como consegues. Não digo que consigas, apenas sei do teu temperamento compassivamente calmo; irritantemente calmo, inclusive, a ponto de fazer-te aceitar todos os despautérios irracionais impostos a ti, seja por mim, que abusava da tua graça, seja agora pela sociedade que te assusta. Só que agora chega! Independência, filho! Livra-te de ser subserviente! Que coisa! És homem ou menino?

Francamente, parece que os horrores e medos de que falas não existem senão dentro de ti; o mundo exterior, real, pouco tem a ver com eles, de certo. Temes ser perseguido? A sociedade não se importa contigo, mas com o que tu pareces ser. Sejas bem-sucedido, fala com pompa, e serás bem aceito; de resto, apenas não comenta com ninguém os teus pecados e tudo ficará bem. Tu bem sabes. Foi como levamos há 10 anos, e tu agora com 35 parece mais bobo e meninil que antes.
Eu não!, com os meus 35 me sinto ainda mais jovem e até me impressiono, às vezes, com não sei o quê de maduro que percorre a face dos mais jovens. Em seus olhares indiferentes flutua a calma das paixões satisfeitas; os seus gestos e as suas maneiras gentis exprimem o domínio das coisas fáceis. A sensualidade e a perdição, que tomam o coração e o corpo de homens libertinos como nós, ou, melhor, como eu. Ah, tu não sabes o que perdes!
Mudei-me, te contei? Pois é! Cidade interiorana, como tu e a tua senhora -- desculpa, não resisto à piada --, e tu juravas que eu nada conseguiria aqui. Bobagem, os garotos desses lugarecos distantes são os mais carentes, e tão repressivo é o sistema que, na tristeza dos seus olhares, podemos identificá-los. Apresento-te Beto Lizard, filho do único médico da vila. Uma graça! Menino de 18 aninhos, muito bonito, elegante e criado com mimo. Assim que cheguei na vila, Dr. Leonardo Lizard veio até minha casa me cumprimentar; convidou-me a passar à tarde em sua fazenda, para aquele papo maçante de sempre: costumes, negócios, etc. Aceitei por cortesia. É sempre bom causar boa impressão. Impor respeito às pessoas faz com que elas temam mal falar de ti. Elas dizem: "O André? Que isso! Um homem tão fino, bem educado, deixemos de falar dele. É até moralmente condenável falar de homem de tal dignidade". E pronto! Encerram-se os olhares, e o respeito até aumenta, com boatos bons e não maus ao teu respeito. E eu fui, sim, à fazenda dos Lizard. Fui recebido na porteira pelo Beto, filho único do casal Lizard. Rapaz de olhos negros, pele pálida e boca desdenhosa. As suas roupas eram de uma excelência tal, que sentia-se-lhe o dinheiro, desde na delicada escolha do perfume dos seus cabelos até no lenço do seu pescoço. Tudo nele era belo e caro. E, embora não tivesse me olhado uma vez sequer nos olhos, não demonstrava timidez alguma, pelo contrário, era de uma altivez de príncipe, com a cabeça sempre alta, a olhar para a paisagem e a me receber sem me dar importância. A sua voz calma e os seus modos elegantes enganariam os menos astutos, dir-se-ia que se tratava de um metido e arrogante, mas eu senti uma revolta na sua essência. E então fiquei pensando do que tinha um menino com toda a sorte de apoio a reclamar da vida? O que mais ele poderia querer?
Como sabes, seduzo fácil a simpatia mundana, e logo nos primeiros minutos de conversação, o casal Lizard sorria descompassadamente a todo e qualquer gracejo que eu fazia. Estavam nas minhas mãos, numa confiança de velhos amigos. A senhora Lizard, mulher distinta, mas de modos simples, transpirava admiração por grandes homens, e falava sobre os feitos do seu marido com orgulho. O melhor médico -- dizia ela -- de todo o estado de São Paulo. E eu, naturalmente, concordava e brindava em sua homenagem. Terminamos aquela tarde rindo e discutindo sobre os lugares adoráveis da pequena vila que eles apresentariam ao forasteiro aqui que te fala. Sim, os Lizards ficaram encantados comigo e já imaginavam programas para fazermos juntos. O Dr. Lizard sugeriu que o seu filho, Beto, levasse-me para pescar no "Lago das Andorinhas". Ele dizia que faria bem ao filho ter um amigo de estirpe para trocar ideias. O rapaz concordou, meio desanimado.
Que cosia mais estranha! Tão jovem e com tantas possibilidades e ao mesmo tempo tomado de um mau-humor constante e incompreensível.
No outro dia, logo pela manhã, estava Beto na minha porta, com uma mochila estufada sobre as costas, uma sacola cheia de instrumentos de pesca e uma vara na sua mão direita. Perguntou se eu estava pronto. -- sim, eu acho -- respondi. Ele pela primeira vez deu um leve sorriso e disse: siga-me. E eu o segui. Ele não conversava em momento algum, e, apesar das minhas investidas, sempre saia pela tangente, com respostas curtas e certeiras, que me faziam parecer um idiota. Calei-me o resto da trilha.
Chegamos no tal lago. Era enorme e, curiosamente, não tinha ninguém pescando nele. Estávamos a sós, quer dizer, nós e os pássaros: andorinhas que voavam juntas por toda a extensão, ecoando os seus cantos por toda a parte. Na grama simples e baixa, na colina do rio, corriam pequenas fontes por entre as ervas no chão; ouvia-se um doce murmúrio sobre o terreno, que era semeado de flores de todo o tipo, algumas amarelas e pequenas, outras alaranjadas e maiores. Tudo isso junto à frescura doce do rio elevava-me ao paraíso. E sentei-me; e fechei os meus olhos; e senti-me atordoado por longos minutos prazerosos, no silêncio
barulhento dos ruídos naturais. Que manhã agradável estava sendo! Eu, sentado, meio encostado, naquele chão esverdeado, com os cotovelos apoiados na grama fofa, de olhos fechados, e com o brilhar de um sol efervescente no rosto. Finalmente, abri os meus olhos, o lumiar do sol me invadiu através das pálpebras, e coloquei a mão direita sobre eles, enquanto com a outra apoiava o meu corpo ao chão. Aos poucos a minha visão se retomava, e então eu vi um anjo naquele momento:
Já o seu corpo magro e esbelto; já a definição do seu abdômen, e toda a forma dos seus membros, já os seus ombros largos, o seu caminhar cadenciado; a sua respiração ofegante ao manusear os instrumentos de pesca; tudo harmonizava de uma maneira tal, que dir-se-ia mesmo ser um anjo, e não o filho dos Lizard, que, não muito depois, eu via caminhar despreocupadamente à minha frente, descamisado. Os seus músculos pareciam dançar, num movimento encantador. O seu abdômen seco arfava conforme ele respirava, de modo que eu não conseguia, nem se quisesse, tirar os olhos dele. Que belo mancebo! E eu agradeci a deus naquela manhã pelo dom da visão!
Beto veio em minha direção, sentou-se ao meu lado e jogou o anzol ao rio. Ali ficou parado, olhando, como da primeira vez, para a paisagem. As árvores altas que rodeiam aquele local chacoalhavam conforme os ventos, e a brisa molhada flutuava nas nossas faces, e o calor do sol casava-se com a frescura dos ventos.
-- És casado? -- perguntou-me Beto. Qual não foi minha surpresa com essa pergunta, já que ele mal falava! E respondi que não. O silêncio novamente. E a natureza fazia trilha sonora nas lacunas das falas. E tu namoras, certo? -- não -- Meu pai quer que eu namore, mas não sinto vontade.
-- Por que? -- Beto olhou pela primeira vez nos meus olhos e disse: -- Tu bem sabes!, não é de me espantar um homem de 35 anos como tu sem uma senhora ao lado. Os meus pais podem não perceber, mas eu sei das tuas perversões. Eis que o maldito rapaz sabia desde o começo, Renato!, acredita?
Eu logo disse que não sabia do que ele estava falando e exigi respeito -- e ele então gargalhou de verdade, por vários segundos. O que me encheu de cólera! Eu ia me levantar e ir-me embora, quando Beto largou a vara de pesca ao lado no chão, girou a sua perna direita por sobre o meu colo, se colocando sentado sobre minhas pernas. E não parava de sorrir. -- Eu sei o que o senhor quer, André!, e eu quero também. -- Tu provaras agora que eu estava certo ao teu respeito! Eu vi como me olhaste.
As sua calças de algodão macio pressionavam o meu pau, e eu sentia as suas pernas fortes repousadas sob as minhas. A ereção foi inevitável! O seu corpo era todo liso, exceto uma pequena fileira fina de pelos na diagonal, que vinha percorrendo desde o seu umbigo até o local escondido embaixo dos gomos de algodão, que encobriam o elástico da calça, no sopé do abdômen, onde começava a marcar as dobras curvas da sua virilha. Ele respirava com calma, líder da situação. Mestre das circunstâncias. E começou, de vagar, a esfregar-se no volume que se precipitava atrás do pano do meu shorts. Olhava para o meu pau com certa ternura, como se tivesse o cuidado de agradá-lo, -- como se o seu prazer fosse dá-lo prazer. Eu nada fiz. Fiquei parado recebendo as carícias daquele moço, enquanto olhava no seu rosto os seus olhos baixos, os seus cílios cerrados, a encarar o encontro das suas coxas com o meu pau, colados um ao outro. Segurei a sua cintura e, com as minhas mãos, o ajudei na tarefa de esfregar a sua bunda em mim. Ele começou a suspirar discretamente, baixo, erguendo ou abaixando a sua cabeça, enquanto fazia o seu corpo dançar sobre o meu. As nossas tristes peles, separadas, imploravam para se conhecerem. E, de modo que ele não saísse de cima de mim, eu me livrei da minha camisa e do meu shorts, e a minha rola ficou livre, gorda e cheia de pele, ela latejava. Ele parado, com os olhos fechados, parecia balbuciar algumas palavras, ininteligíveis. E, erguendo um pouco o corpo, separando-o do meu, com as duas mãos, rasgou o pano das suas calças, e, no rombo, as sua pele branca ganhava espaço por entre o tecido, e o seu cuzinho estava ainda escondido, em meio aqueles dois gomos enormes, juntos, inseparáveis. O meu pau então encontrou a sua bunda. Pele a pele, nós gememos, nos adoramos um ao outro. Ele abrindo com as suas próprias mãos a sua bunda, o meu pau sentindo encontrar o caminho; eu hesitei: -- não! Quero você completo. Abaixei as suas calças, tirei todo e qualquer tecido que pudesse nos separar. Os seus lábios irresistíveis me chamaram a atenção antes mesmo que as suas delícias em baixo. E eu avancei neles instintivamente. Tato a tato e lábio a lábio, e por entre os dentes a língua buscava encontrar o encaixe. Chupamo-nos, salivamo-nos, e tudo ao redor desapareceu. Os seus lábios despencaram de pressa, e o meu pau esperava ansioso pelo seu toque. Eles brincaram na cabeça vermelhusca; o menino lambeu, beijou, cheirou, e o engoliu, em êxtase. Ele era seu dono. A sua língua descansava o corpo do meu cacete em seu veludo quente. Ele então parava, por vezes, segurava com a sua mão, descia e subia o prepúcio, admirado, observava as veias, a forma, cheia de vida; queria conhecer as nuances e os pormenores do meu mastro lustroso. Eu não me contive, quis meter-lhe na bunda. Então, novamente, ele sentou-se sobre mim. E percebi que o pau dele não estava duro. -- Tu não estás excitado. -- o que tive como resposta: -- estou, muito! Mas eu concentro o meu tesão no cuzinho. Segurei o seu saco, estava cheio, inflado, e o seu pauzinho, coberto na cabeça, deixava sair uma baba, a qual eu manuseei entre os dedos e levei até o nariz, para sentir o cheiro do meu rapazinho, logo engoli. Virei-o de costas, o seu bumbum fechadinho era lindo. Então pedi para que ele o trouxesse até o meu rosto, para poder namorá-lo. Beijos de leve por todo o comprimento do glúteo. A sua pele eriçava-se no meu queixo. O cheiro dela junto ao cheiro natural das dobras de sua virilha me enlouquecia. E abri as bandas! E ele estava lá, fechadinho, pequeno e clarinho, o seu cuzinho, pedindo para ser linguado. E foi! O meu nariz era engolido por sua bunda, enquanto minha língua dançava ao redor do seu orifício. Ele se comprimia, gemia, rebolava na minha cara. E eu abraçava o seu quadril e pressionava o seu rabo contra a minha cara. Ele, insatisfeito, ajudava com as mãos a pressionar a minha cabeça contra o seu bumbum. Coloquei-o de quatro, ele naturalmente abaixou suas costas e empinou seu rabinho para mim. As bandas da bunda entreabertas, pois, naquela posição, a pele esticada já expunha o cuzinho rosa dele. Primeiro encostei de leve a cabeça no seu cu; ele insistia em não deixá-lo entrar, e eu pressionava um pouco mais; eu o sentia. Ele se alargava, aos poucos. E logo fechava novamente. O menino queria, mas o contrair-se do seu cu era involuntário, dizia. Eu então fui de cara, lambuzei a sua entradinha, babei no seu cuzinho, lambi, e ele piscava, e o garoto gemia. Levantei-me novamente, esfreguei o pau entre o cu e a baba, e ele se alargava, agora, com facilidade, já começando a dar espaço. E eu pressionava um pouco mais. Entrou a cabeça. Senti a pressão forte e quente, juntamente com o molhado da saliva. E eu enfiei mais, e quando vi o menino já acolhia todo o meu membro dentro de si. Imóvel, ele gemia mais ou menos conforme eu massageava com o meu pinto do seu rabinho. Até que ele mesmo, depois de alguns minutos rebolava timidamente, com calma, a sua bunda no meu pau. O rapazote já era, de novo, dono da situação. Dono de mim e do meu amor. Aos poucos eu o fodia, com carinho, com calma, e ele, uma gracinha, pegava a minha mão e colocava os meus dedos na boca. Fazia de tudo para me dar prazer. O meu saco batia contra o dele e minhas pernas davam encontrões no seu bundão. Ele se entregou para mim. Quem diria! Um moço tão jovem e bonito tinha amor por se entregar a homens como eu. E, quanto mais eu tomava conta da perfeição daquele garoto, mais latejante o meu pau ficava. E a visão da sua bunda contraindo-se enquanto engolia o meu pau, e o rapaz gemia baixinho, foi o bastante para que a porra viesse. E veio! Gozei com um rabinho novinho entre as minhas pernas. E ela escorria do seu ânus, calmamente, pelo seu saco, e pingava no chão -- como as nascentes que percorriam pela grama até o rio. O rapaz se punhetava, e o seu pau que, antes estava pequeno como uma azeitona empanada, agora ganhava tamanho, e babava. Toda molhada a pica dele mostrou uma cabeça rosinha, pequena, e o corpo inchado ficava vermelho. A expressão da sua face era linda! Um espetáculo que eu agradecia poder presenciar! Olhos lá!, boca a tremer, e rosto a empalidecer; ele chorava -- ou será que gritava? -- e logo que fechou os olhos, o óleo saiu de dentro dele, branco, pastoso, saudável. Ele havia gozado! Ficou ali um tempo parado, com um sorriso nos lábios. Depois levantou-se, sorriu para mim. Pérolas em sua boca! Seu rosto mudou. Estava feliz, realizado.
Eu e Beto nos tornamos confidentes. Eu o tenho e ele tem a mim. Para ele está perfeito, ele diz, porque então não terá de contar nada e se satisfará comigo. Um presente que ganhei? Não sei! Convido-o, meu amigo, a vir conosco por estes bosques da vida. Descobrir o filão por trás dessas plantações. Há aventuras em todo lugar, basta ter bom olhar e um apurado gosto para as coisas bonitas. Beto me disse que está louco para te conhecer. Acredito que estejas louco para conhecê-lo, depois desta narrativa que te faço.
Bom, espero pela tua resposta. Um abraço do seu eterno companheiro André!


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Ficha do conto

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Nome do conto:
O menino que comi

Codigo do conto:
83766

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
23/05/2016

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