Agora eu quero mais! (parte 1)

Eu me chamo Fellipe, moro no Pará. Tenho 23 anos, pele morena, 1,70 de altura, magro definido – tenho cara de novinho. Acredito que desde sempre sinto atração por garotos. Tanta que nem sei dizer quando começou. Entretanto, sou bissexual, não assumido. A história que vou contar hoje (e a história é real) aconteceu no ano de 2012, em Belém.
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No meu último conto, vocês conheceram o Ricardo, meu amigo de faculdade que me comeu pela primeira vez. E seria a última, até hoje. Nos afastamos após aquela noite, mas o desejo de ficar com homens não se afastou de mim. Pelo contrário, foi crescendo a cada olhar que eu trocava no ônibus, por exemplo. A cada rapaz que passava por mim nos corredores da faculdade.

Nessa época, eu fazia estágio em uma empresa que precisarei manter sigilo. Mas, o fato é que eu tinha um colega de trabalho que era homossexual assumido, o Válter. Eu ria muito das piadas, histórias e até do jeito dele. Adorava a companhia dele. Ele era um pouco gordinho, peludo, um "ursão" mesmo. Eu tomei coragem de desabafar o que havia acontecido entre o Ricardo e eu. Ele ficou chocado, não esperava isso de mim. Sequer desconfiava dessa minha tara por homens.

- Mas, já que esse Ricardo é um babaca mesmo, você precisa seguir em frente. - ele disse, me deixando esperançoso por uma solução milagrosa.

- É, mas não sei o que faço. Eu olho pra ele e sinto vontade de socar a cara dele até ele confessar e dizer que gosta de mim, que seria passivo comigo, que tudo seria equilibrado e perfeito pro resto das nossas vidas. - eu dizia, torcendo pra haver realmente uma solução para isso.

- Olha, pelas fotos dele e por tudo o que me contou, ele não faz esse tipo. Sinto dizer, mas você precisa esquecê-lo e mostrar que você está bem. - Válter disse, com um olhar malicioso. - Tenho até um convite pra te fazer.

- Ai meu Deus, você vai me chamar pra sair? Olha, é que você não faz o meu tipo e também…

- Claro que não viado! Nem você faz o meu! - ele logo me cortou - É uma boate que vai inaugurar sábado à noite. Boate hétero. Tenho um amigo que coloca a gente na lista vip. A gente vai, você pega alguma mulher e tenta esquecer o Ricardo. Fechado?

- Ok, acho que posso tentar. - confirmei, mas meio desconfiado se realmente ia dar certo. - Faz tempo que não fico com mulheres mesmo.

Sábado à noite, aquele mundo de gente pra entrar na nova boate e nós chiques passando direto. A noite prometia. Eu tava com uma camisa cinza manga longa, mas subi as mangas. Calça jeans e sapato cinza também. Definitivamente não estava ali pra pegar alguém, fui mais pra curtir o som. Comprei cerveja e fiquei ali dançando e bebendo com o Válter. Algum tempo e umas sete long necks depois, Válter já estava chateado pois só tinha cara hétero e eu já tinha levado dois tocos de garotas. Putos, saímos da festa.

- Fê, ainda são duas da manhã. Quer saber de uma coisa? Vamos pra outra boate. Uma boate gay. Você já foi em alguma? - ele perguntou, falando rápido demais.

- Hã? Gay? Sei lá. Nunca fui. Mas, já estamos na noite mesmo, vamos lá! - eu confirmei, meio zonzo pela rapidez com que saímos do lugar.

- Beleza, eu pago o táxi!

Não demorou muito e estávamos na famosa Boate Malícia, no bairro do Reduto. Outro mundo de gente pra entrar, mas mais uma vez Válter era o cara dos contatos. Conhecia o dono e entramos. No pequeno hall de entrada, luzes brilhantes, paredes escuras e foto gigante da Britney Spears ocupando a grande porta de vidro à frente. Um pote de camisinhas ficava num balcão e cada pessoa que entrava pegava uma ou duas. Eu fiquei desconfiado, mas peguei duas.

Entramos na pista e estava lotada. Fumaça, luzes, música mais alta do que na outra boate, muuuita gente. E muitos homens. De todos os tipos. Fiquei mais à vontade no ambiente. Conhecia a música que tocava. Um remix de Where Have You Been, da Rihanna. Comecei a dançar, enquanto o Válter foi pro bar comprar cervejas. A bicha já volta de lá com um macho no encalço. Me apresentou aquele projeto de Super Man. Musculoso, tinha uns 40 anos, mas bem conservado. "Fê, não fica sem, aproveita. Tem um moreno atrás de ti, te comendo com os olhos."

Virei lentamente. Pele morena, minha altura, meu tipo físico, cabelo com topete, boca carnuda e um olhar penetrante. Me senti violado à distância. Ele se apresentou como Carlos e em 2 minutos eu já era o Fê, alguém que ele gostou de cara e tava muito afim de ficar. Ele veio pra me beijar e eu deixei. A boca dele estava quente, a língua fazia movimentos esguios, excitantes. Ele segurou minha cintura. Fiz o mesmo e arrisquei deixar os dedos em cima da bunda dele. Ele pegou a minha mão quase boba e apertou na bunda dele e eu logo entendi o recado.

Nos beijávamos intensamente, encostados em uma parede e sentíamos os paus duros um do outro. Ele parou de beijar de repente, me olhou com olhar de lobo selvagem e segurou minha mão. Me levou para o outro lado da boate, para os fundos. Entramos cada vez mais, chegamos a um corredor ao ar livre, com mesas e uma escada interditada do lado. Passamos direto por uma porta do lado da escada e havia outra porta para um lugar sem iluminação. Estava um breu ali. Entendi que ele queria privacidade. E eu estava muito excitado. Mas, havia algo estranho.

Quando nos aproximamos da entrada desse lugar, eu pude ouvir respirações ofegantes, gemidos baixos, beijos… Havia gente ali dentro. Uma lanterna de celular acendeu nos fundos, por alguns segundos. Pude ver umas dez pessoas. Alguns em pares, ou trio. Se beijavam, faziam boquete, fodiam. Tudo em pé, não havia cadeiras. Um cheiro de sexo exalava no lugar e, curiosamente, isso me excitou mais ainda. A lanterna apagou. Uma mão passou na minha pica dura, por cima da calça. Vinha da esquerda, mas o Carlos estava na minha direita. Eu retribuí e descobri que vinha do rapaz de olhos azuis, magro, que eu vi sendo comido. Ele dava de pau duro, que babava muito. "Caramba, esse moleque está sentindo um tesão do caralho", eu pensei.

Os gemidos eram excitantes demais. Vozes de machos e de bichinhas passivas se misturavam naquele lugar escuro. Na minha mente, imaginava cada barulho daquele. O branquinho de olho delirando na pica do cara malhado, que fodia com intensidade. O moreninho afeminado no fundo, à esquerda, que revirava os olhos por ser chupado por um careca musculoso. O gordinho passivo, que chupava o cara musculoso com pinta de go go boy, que por sua vez era chupado nos mamilos por um novinho moreno.

Paramos no meio e encostei em uma parede. O quartinho não tinha mais de três metros por dois. Afinal, que lugar era aquele? Logo eu iria descobrir. Aqueles seis metros quadrados iam ficar na minha memória para sempre.

Continua…

Foto 1 do Conto erotico: Agora eu quero mais! (parte 1)


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Ficha do conto

Foto Perfil Conto Erotico fellipemaciel

Nome do conto:
Agora eu quero mais! (parte 1)

Codigo do conto:
90906

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
22/10/2016

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1

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