Estudo de anatomia no cu do primo - Parte I



Estudo de anatomia no cu do primo
Meu primo Guto e eu entramos na faculdade de medicina em Ribeirão Preto, conforme a lista de aprovados que eu não parava de examinar, para ter certeza de que meus olhos não estavam me enganando. Ele estava ao meu lado e parecia estar tão estarrecido e contente quanto eu. Foi ele quem me deu um tapão na cabeça antes de nos abraçarmos e, aos berros, comemorar a conquista. Na família não se falava noutra coisa. Práticos e organizados, meu pai e meu tio logo começaram a traçar planos para a mudança de cidade dos filhos que, naquele momento, representavam apenas alegria e orgulho.
Foi através de um conhecido do meu tio que ficaram sabendo de um apartamento que estava à venda em Ribeirão Preto, não muito distante da faculdade, embora não estivessem interessados em investir num imóvel que serviria tão somente para nos abrigar por uns anos. No entanto, o Guto e eu fomos convocados a acompanhá-los na viagem que visava ver as condições do imóvel e, quem sabe, propor um aluguel ao proprietário. Depois de termos ralado feito mouros por meses seguidos, durante horas a fio, tudo o que eu e o Guto queríamos era aproveitar as ondas daquele final de verão, e não nos envolvermos em questões práticas, mesmo que essas estivessem intimamente relacionadas ao nosso futuro cotidiano. Reclamações à parte, completamente ignoradas pelo meu tio e pelo meu pai, que mais pareciam dois ditadores, não nos restou alternativa a não ser acompanhá-los.
Encontramo-nos com o dono do imóvel num restaurante de onde ele nos levou até o local. Um edifício moderno, recuado da rua e cercado de jardins, causava uma boa impressão inicial. O apartamento era um pouco glamoroso demais para as nossas necessidades, com suas três suítes avarandadas, uma sala exageradamente ampla, uma cozinha que faria a alegria de qualquer gourmet amador e, as demais dependências também com acabamentos de primeira linha.
- Quem vai dar conta de manter uma porra desse tamanho limpa e organizada? – questionou o Guto, no que eu fiz coro com ele, pois não estava disposto a passar horas fazendo faxina.
- Vocês são vagabundos mal acostumados! – devolveu meu tio, impetuosamente, no mesmo instante.
- Vão se conscientizando, a mordomia acabou! – acrescentou meu pai. – De agora em diante, vão ter que se virar, acabou aquela mamata lá de casa! – emendou, jogando as palavras na minha cara.
- Saco! Quem está reclamando é o Guto e sobra para mim! – revidei revoltado.
- Não preciso ser nenhum adivinho para saber que por essa sua cabeça passou a mesma preocupação. Vão fazer faxina sim, quer seja aqui, quer seja noutro lugar onde terão que morar. – sentenciou meu pai, com o sorriso de aval do meu tio. Tenho certeza que aquela cara emburrada do Guto estava mandando os dois tomarem no cu. Acabei rindo, e ele me mostrou a mão fechada com o dedo médio em riste.
- Vamos procurar um lugar menor então. – propus, como se algum deles fosse dar ouvidos ao que nós queríamos.
- É nisso que dá criar esses marmanjos com todas as mordomias, viram parasitas! – declarou meu tio. – Outros precisam se virar dando duro trabalhando e estudando à noite para conseguir um diploma qualquer. Vocês nasceram em berço de ouro e reclamam quando precisam mexer essas bundas para qualquer outra coisa que não seja surfar. – estava na cara que íamos passar por um sermão na frente daquele sujeito, sem ter como revidar, mesmo porque, eles estavam certos, se fossemos pôr a mão na consciência.
Enquanto meu pai e meu tio insistiam no aluguel, o sujeito fincava pé na venda, pois estava urgentemente precisando de dinheiro e, o imóvel parado há quase dois anos o levara a uma situação desesperadora. Como estava notando que naqueles dois anos os únicos potenciais compradores em condições de fazer negócio eram nossos pais, ele fez uma oferta muito tentadora para a compra. Acabou ficando desapontado quando meu tio pediu um tempo para pensarem no assunto.
- As aulas dos garotos começam em duas semanas! Como vão precisar de um tempo para a mudança, é bom se decidirem logo. – disse o sujeito, numa última tentativa de pressioná-los a fechar o negócio. Mal sabia ele que aqueles dois eram mais ladinos do que um mercador árabe dos souks, os bazares árabes e, tão pães-duros e muquiranas, quanto um judeu.
Na volta para São Paulo, os dois já haviam tomado sua decisão. Comprariam o apartamento, tentando mais um abatimento, para que não tivessem que se preocupar conosco pelos próximos seis anos do curso de medicina, ao menos naquela questão.
- Caralho! Em vez de estudar, vamos virar faxineiros! – exclamei quando fecharam a questão.
- Olha essa boca moleque! Não é porque você é maior de idade que não te dou um safanão nessa boca suja! – revidou meu pai.
- Pelo menos vamos poder dar festas de arromba com todo aquele espaço. Tem sempre um lado bom! – exclamou o Guto.
- O lado bom você vai conhecer quando eu te enfiar numa república de estudantes com mais uma dúzia de caras, todos procurando suas cuecas numa montanha de roupas, tendo que lavar um prato sujo que está há uma semana dentro da pia, para poder colocar sua comida em cima dele e, estudar para uma prova quando dois colegas completamente bêbados resolvem fazer uma serenata em plena madrugada. – vociferou meu tio. – E tem mais, se eu souber que você andou promovendo festinhas, importunando os vizinhos, ou qualquer outra queixa chegar aos meus ouvidos, você está lascado, entendeu moleque? – emendou autoritário. O Guto e eu nos entreolhamos e caímos na real.
- É bom mesmo se conscientizarem da situação! – exclamou meu pai. Eu ainda não tinha descoberto como ele conseguia ler a mente da gente, mas ele sempre conseguia.
Sem mais nenhuma chance de pegar umas ondas, me mudei na semana seguinte para Ribeirão Preto. Cada um organizou seu quarto, compramos camas, alguns itens básicos de cozinha e lavanderia, pois o apartamento já estava muito bem mobiliário com armários por todo canto. Deixamos a sala para o final, decidimos mobiliá-la aos poucos, conforme surgissem as necessidades, por não ser uma prioridade naquele momento.
Primeiro dia na faculdade foi para levar o trote dos veteranos, conhecer as instalações, os horários das aulas, e outras chatices. Voltei para casa com o cabelo picotado e pintado de rosa e amarelo, motivado pelo recalque de uma garota que devia estar guardando essa vingança desde o ano anterior. Também desenharam um sutiã ao redor dos meus peitinhos que foram alvo da gozação de outro recalcado que não parava de alardear que se pareciam com os de uma virgem entrada na puberdade. O Guto teve a cabeça raspada só restando uma faixa de cabelos que ia da testa à nuca, à la moicano. Pintaram-na de verde. Em suas costas escrevam – ENFIA AQUI – e fizeram uma seta apontando para o rego. Fomos levados para um cruzamento movimentado da cidade para pedir esmolas, levar cantadas de velhas assanhadas que sentiam suas bucetas se reavivarem com os garotões sem camisa, ouvir sacanagens e palavrões de homens enfadados com aquele ritual bizarro que se repetia anualmente àquela época e, cantadas de garotas sedentas para conhecer a nova leva de rapazes que chegava à cidade. Assim que nos livramos dos algozes veteranos, fomos terminar de cortar o cabelo numa barbearia e voltamos para casa.
- Cara! Tenho que admitir que os velhos estavam certos. Imagina se depois dessa loucura toda tivéssemos que nos enfiar num quarto com beliches numa república. – disse o Guto.
- Nem me fale! Só quero tomar um banho e me livrar dessa nhaca! Por falar em nhaca, você sabe o que está escrito nas tuas costas, gozou tanto de mim e do meu sutiã? – questionei, pois estava certo que ele desconhecia a sacanagem.
- Não! Só pode ser um palavrão. – respondeu.
- Escreveram enfia aqui e fizeram uma seta para sua bunda. – revelei.
- Filhos duma puta! Então foi por isso que o gorducho numa camionete me convidou a embarcar dizendo que ele tinha um pirocão para enfiar em mim. Mandei-o à puta que pariu! – retrucou ele. Tirei uma com a cara dele.
As aulas começaram, fomos conhecendo novas pessoas, veteranos nos davam ciência dos professores que seriam nossos carrascos e, até em casa, começou a se estabelecer uma rotina. O que a princípio nos pareceu um grande problema, a manutenção do apartamento, também não se mostrou aquele monstro invencível criado pela nossa imaginação e inexperiência. Parecia que tudo ia caminhar sem maiores problemas. Afinal, o ser humano é capaz de grandes adaptações.
Nos primeiros dias de convívio com o Guto, comecei a notar que ele era um sério candidato a déspota. Digo isso, porque o moleque sabia dar ordens como ninguém e, achava que ainda tinha à sua disposição os escravos de antes. Infalivelmente entrava no banho sem se preocupar com a óbvia necessidade de uma toalha para se enxugar.
- RAFA! RAFA! Você está por aí? Pega a minha toalha que esqueci pendurada no varal da lavanderia. – berrou, quando se deu pela falta dela. Aquilo ia se transformar num hábito.
- Você não sabia que precisava se enxugar? Não vá se acostumando, hein! – protestei, ao entregar-lhe a toalha.
- Obrigado, priminho! Você é um anjo! – devolveu ele, com um risinho bajulador.
- Mas já vou avisando, posso virar o capeta. Portanto, não comece a folgar! – ameacei, sem conseguir ser tão enfático quanto gostaria, ao ter diante dos meus olhos aquele corpão bronzeado nu e, uma prodigiosa rola reta e grossa pendendo pesada entre suas coxas.
Também me incomodei com o fato de ele acordar de manhã e vir tomar o café da manhã com a ereção matinal escancarada sob a cueca.
- Ei, ei! Me poupe de ter que olhar para esse troço todo animado a essa hora!
- Que culpa eu tenho se o bichão acorda assim todas as manhãs? – retrucou ele, dando pouca importância ao meu protesto.
- Nenhuma! Só que não estou a fim de ver essa aberração quando mal acordei!
- Então não olhe!
- E tem como não olhar se isso mais parece um poste do que um pinto! – exclamei, antes de ele vir me encoxar junto ao fogão onde eu preparava uns ovos mexidos.
- Hummm! Delícia! Faz mais um pouco para mim também? Estou varado de fome! – embora tivesse estremecido quando aquela jeba dura tocou minhas nádegas, era preciso não demonstrar essa minha fraqueza.
- Porra! Estou falando para você não andar de pau duro pela casa e você vem e dá uma encoxada! Qual é a sua? – questionei zangado.
- Que mau humor todo é esse logo pela manhã? E, vamos ser sinceros, eu nunca tinha reparado, mas você tem uma bunda gostosa para caralho! – sussurrou, tão rente à minha nuca que pude sentir seu hálito morno roçando minha pele.
- Porra Gustavo! Que merda é essa? Vá se foder! – aquele papo tinha ido longe demais, invadido um espaço que eu nunca havia compartilhado com ninguém e, no qual eu mesmo ainda tateava sem uma definição concreta.
- Está bem, desculpa! Não é para você ficar assim também. Só estava zoando com você. Desculpa!
Se na ocasião eu me iludi pensando que aquilo tinha terminado e ficado esclarecido ali, estava muito enganado. Os berros pedindo a toalha esquecida na lavanderia continuaram, o Guto circulando com a ereção depravada pelo apê virou rotina e, quando queria me provocar, me dava uma encoxada, esquivando-se rapidamente com um sorriso devasso quando eu tentava assentar a mão nele.
Por outro lado, havia momentos muito legais. Geralmente era ele quem vinha ao meu quarto, se jogava sobre a cama, estivesse eu lá ou não, assistia TV ao meu lado por horas a fio, enquanto mais conversávamos do que prestávamos atenção no que se passava na tela da televisão. Como durante a semana era eu quem costumava acordar mais cedo, o que ele só fazia quando estávamos prestes a perder a hora, e preparava o café da manhã, no primeiro fim-de-semana foi ele quem me surpreendeu entrando no meu quarto com uma bandeja montada com um desjejum caprichado.
- Que fogo todo é esse a essa hora? – balbuciei sonolento quando ele entrou na cama e me mostrou seu feito.
- Já passa das dez, seu molenga!
- É domingo! Dá o fora! – continuei, enfiando a cara debaixo do travesseiro.
- Ah! É assim? Desprezando o chocolate quentinho do qual você tanto gosta, feito no capricho e, o mamão picadinho coberto de mel. Valeu, pela ingratidão!
- Não se faça de vítima, seu aproveitador barato! Só de eu ter que buscar diariamente a sua toalha, você continua em débito comigo. – devolvi, aprumando-me para saborear aquelas delícias.
- Juro que não faço de propósito! Eu simplesmente esqueço daquela porra, só me toco quando preciso dela e me lembro donde ela ficou. – sentenciou ele, naquela sua sinceridade despreocupada.
No início da terceira semana, um calouro retardatário, vindo de Rondonópolis, monopolizou a atenção dos veteranos. Tentando se safar do calote, foi a única vítima de uma legião de recalcados que descobriram nele mais uma oportunidade de extravasar suas frustrações. Pintaram e bordaram com o sujeito. O que haviam diluído entre uma centena de alunos durante o calote recaiu sobre aquele pobre infeliz. Eu estava me inteirando dos pormenores da prova prática da disciplina de Primeiros socorros e atendimento pré-hospitalar com uma garota do segundo ano, com a qual travei amizade na lanchonete da faculdade, quando o Guto apareceu com aquele calouro recém-torturado.
- Oi! Oi Camila! Este é o Rodrigo, a vítima da vez, pelo que vocês podem constatar. O que eu queria saber, Rafa, é se você está pronto para voltarmos para casa. O Rodrigo me pediu um help, pois está num hotel onde vai ser difícil ele se recompor. – disse o Guto.
- Só estou vendo com a Camila como é a prova da disciplina de Primeiros socorros, pois dizem que tem um assistente que é bem linha dura. – respondi.
- Beleza! Então a gente se encontra no estacionamento em quinze minutos, ok?
- Tá! – devolvi, pois ele já havia decidido tudo. – Cara folgado! Chega duas semanas depois do início das aulas e já vem querendo ajuda. Azar o dele de ter sido pego pela turma. Acho que o malandro pensou que ia se safar do trote. – afirmei à Camila, quando os dois se foram.
- Eu até me proporia a ajudar. O cara é um gatinho! Gatinho não, gatão! Isso lá em casa ia fazer sucesso entre as meninas. – devolveu a Camila.
- Vocês mulheres não têm jeito mesmo! Basta ver um homem que saem caindo em cima. – retruquei. – Volte a prestar atenção no que estava me explicando e esqueça aquele sujeito! – adverti, como ela não parava de segui-los com um olhar de peixe morto.
- Aquilo não é um homem, é um Deus grego, tem muita diferença! – exclamou ela.
- Valha-me Deus! Haja carência! – bufei.
- É meu amigo, falta homem no mercado. A nossa situação não é moleza. Não é todo dia que aparecem carinhas como você, seu primo e aquele cara. – revidou ela.
- Quer dizer que você virou minha amiga por que me acha um gato, é isso? – questionei.
- Não vou dizer que seja só isso, mas que seu visual pesou na escolha não vou negar. – afirmou ela, deixando a timidez completamente de lado.
- Ah! E você me diz isso assim, na lata! Não fica nem vermelha? – retruquei, zombando
- Esse negócio de ficar vermelha já era, nessa disputa acirrada não dá para ficar fazendo papel de moçoila do século XIX. – revidou ela, rindo
- Pelo amor de Deus! Vocês estão mesmo matando cachorro a grito!
- Para você ter uma ideia.
Encontrei o Guto e o Rodrigo junto ao carro do Guto. Como nossas aulas coincidiam viemos para Ribeirão com apenas um carro, que bastaria para nos locomovermos pela cidade e regressar para casa nos feriadões prolongados, reduzindo as despesas dos nossos pais. O Rodrigo nos seguiu no carro dele, uma BMW X1 branca.
- Você não acha esse cara folgado demais? Porra, aparece depois de duas semanas e já vai pedindo ajuda. Qual o problema de ele ir se limpar no hotel? – questionei.
- O cara é legal, você vai ver! É meio desligado, mas parece um cara legal. Que custa dar uma força? – retrucou meu primo.
- Custa que vai ficar uma meleca lá em casa! Já que você convidou, leva o cara para o seu banheiro. Não estou a fim de ficar limpando tinta do box do chuveiro. – determinei.
- Você implicou com o cara mesmo, não é? Tem o chuveiro do quarto livre, vou mandar ele para lá com escova, pano e detergente, ele que se vire para deixar tudo em ordem outra vez. – devolveu o Guto.
- Não é implicância! Só não estou a fim de deixar um folgado montar nas minhas costas.
- Puta exagero! É só o tempo de o cara tomar uma ducha e se livrar daquela meleca.
Meia hora depois de ter se enfiado debaixo do chuveiro, o Rodrigo reapareceu. O Guto e eu estávamos fazendo um lanche na cozinha, pois estávamos famintos por ter passado o dia todo na faculdade. Foi aí que quase me engasguei com o suco de tangerina que estava tomando. Enrolado numa toalha que ia da cintura ao meio de um ar de coxas grossas e peludas, com o torso musculoso onde dois redemoinhos de pelos na altura dos mamilos se destacava pela uniformidade do desenho, um abdômen tipo tanquinho, aquele sorriso efusivo expondo dentes enormes e brancos entre os lábios sensuais e, aquela saliência impudica debaixo da toalha que deixava muito bem localizado um cacete cujas proporções eu nem queria descobrir, ele entrou na cozinha todo lépido e faceiro.
- Valeu! Porra, foi foda me livrar daquela tinta. Puta bando de babacas! – esbravejou, ao tomar acento numa das cadeiras ao redor da mesa.
- Passamos por isso, não é novidade nenhuma para nós! – devolvi, ainda sob o impacto daquela figura que estava mexendo comigo.
- Pensei que fosse me livrar do trote, por isso até raspei o cabelo, para pensarem que já tinham zoado comigo. – revelou ele, confirmando minhas suspeitas.
- Também ficamos putos, mas passou. Tem uma galera até bem legal entre os veteranos. A Camila, que você viu com meu primo é uma delas. Está nos dando uma força com as disciplinas. – revelou o Guto. Eu não consegui acrescentar nada, pois não conseguia pensar noutra coisa que não naquele corpão seminu ao meu lado.
- Maneiro o apê de vocês. Tem mais alguém morando com vocês? – perguntou o Rodrigo.
- Não, somos apenas os dois. É bem exagerado mesmo. Coisa de pai coruja, saca como é? – respondeu o Guto. Eu ainda não conseguia pensar em nada. Aliás, conseguia, como seria o toque daqueles lábios? O Rodrigo lançou um olhar para mim, para entender aquele silêncio.
- Preciso procurar um lugar para ficar. Não vi nada antes e acabei precisando ir para um hotel. Mas, com o início das aulas, não vou poder ficar por lá. Se meu pai descobre que não me preocupei com isso, vai ser um esporro só. – afirmou.
- As aulas já começaram há duas semanas! – sentenciei. Eu precisava encontrar defeitos naquele cara, o mais rápido possível, antes de começar a suspirar por aquele corpão feito um idiota deslumbrado.
- É, eu sei! Até isso eu escondi lá em casa, para poder ficar uns dias na fazenda sem ficarem me aporrinhando. – disse ele.
- Temos uma suíte vaga. O que você acha, Rafa, se o Rodrigo quiser ficar por aqui, podemos usar a parte da grana dele para contratar uma faxineira, sem precisar depender dos velhos? – sugeriu o Guto. A solução fácil pôs imediatamente um sorriso na cara daquele safado.
- Vamos levar um papo a respeito, ok, Guto? Ter um estranho morando com a gente implica numa porção de coisas. – ponderei. Algo me disse que o Rodrigo sacou que não tinha me impressionado tanto quanto desejava.
Tive uma pequena discussão com o Guto depois que o Rodrigo voltou para o hotel, a primeira depois de irmos morar juntos. O Guto e eu nunca tínhamos convivido muito juntos. Nossos encontros se resumiam àquelas reuniões de família em datas comemorativas, casamentos, enterros e por aí vai. Conhecíamos pouco um do outro, especialmente o temperamento e as manias. Embora sutil, aquele foi nosso primeiro embate, expondo a maneira diversa de como pensávamos. Para não deixar um climão, resolvi ceder, com a condição de o Rodrigo se afinar com a gente, não criar problemas, não deixar tudo espalhado pelo apê e, principalmente, não nos usar como estacas para apoiar sua falta de iniciativa.
- Porra! Você mais parece um general, caralho! O cara vai tomar um susto quando você for lhe impor as regras. – afirmou o Guto.
- Eu impor as regras? Nada disso! É você quem está dando mole para o sujeito, você que deixe tudo bem claro com ele. – revidei. Mesmo porque, era quase certo que ao ter aqueles olhos castanhos me encarando eu ia amarelar.
- Puta merda! O pior sempre sobra para mim. – esbravejou meu primo.
- Então não o convide, simples assim!
Duvido que o Rodrigo tenha dado um mínimo de importância para as palavras do Guto quando este lhe explicou como funcionava a rotina do apê. Mas, eu não ia deixar barato, esse era um ponto pacífico. Ele trouxe poucas coisas, duas mochilas de roupas amarrotadas que eu podia apostar não viam uma máquina de lavar roupas há algumas semanas. No entanto, me surpreendeu quando já na primeira noite se pôs a lavá-las e, também, como tinha ajeitado organizadamente seus outros pertencentes dentro do quarto.
- Tenho que comprar uma cama, roupas e mais algumas tralhas, você topa ir comigo, Guto? Não conheço bem a cidade e talvez você possa me dar umas dicas, já que passaram por isso há pouco.
- Pô cara, até ia te dar essa força, mas já combinei um lance para depois das aulas e não posso te acompanhar. O Rafa vai com você! – quando ouvi isso, quase mando o Guto à merda.
- Valeu! Nem sei como te agradecer, Rafa. – a satisfação na cara do sujeito era tanta que resolvi não dar uma de chato. Até porque, ele me deixava de pernas bambas com aquele sorriso que acentuava os ângulos de seu rosto másculo. Contudo, não deixei de fuzilar o Guto com o olhar. O puto riu.
Depois das aulas rodei uma porrada de lojas com o Rodrigo até ele se dar por satisfeito com as compras. Parecia um cego perdido no meio do tiroteio para algumas escolhas, e pediu minha ajuda. Embora eu também não fosse nenhum expert em roupas de cama, era ao menos um pouco mais descolado para não me deixar enganar por uma vendedora espertinha. Havia anoitecido quando terminamos as compras e ele propôs que comêssemos alguma coisa no próprio shopping antes de voltar para casa. Aquela proximidade durante toda a tarde, tinha desmistificado alguns conceitos que eu tinha a respeito dele. Até que ponto isso se devia à minha racionalidade eu não podia afirmar. Porém, que eu estava mais atraído por ele do que seria o recomendável, não restava dúvida.
- Bom, segundo o vendedor, você ainda precisa dormir mais duas noites sobre esse colchonete, até entregarem sua cama. – eu não sei porque disse isso quando ele passou pelo meu quarto para me agradecer pela companhia daquela tarde, e me entregar uma das caixas onde mandara embrulhar duas camisetas polo, sobre as quais tinha pedido a minha opinião antes de compra-las.
- Vão ficar muito bem em você! – afirmou, quando me deu a caixa. – Obrigado!
- Cara, você não precisa fazer isso. Obrigado, valeu. Mas não precisa me recompensar. – retruquei, arrependido de ter sido tão pouco cortês quando o Guto me jogou nas mãos dele.
- Faço questão de vê-lo usando-as! – disse, antes de me desejar boa noite.
Qual seria o interesse dele em me ver usando camisetas polo? Até pegar no sono, essa questão ficou martelando na minha cabeça. Seria o mesmo interesse que eu tinha em descobrir o que tinha por debaixo daquela toalha no dia em que ele veio se limpar aqui em casa? Delírios, Rafa, delírios! Você anda romântico, sonhador e carente demais para um virgem que nem ao menos sabe que rumo tomar na vida. Concentre-se nos estudos, e deixe as bobagens para trás! Foi a última coisa que ponderei antes de cair no sono.
Os meses iam passando e nós três cada vez mais envolvidos com a demanda da faculdade. O período integral nos deixava apenas algumas curtas janelas para outros afazeres, no mais, tínhamos que nos empenhar nos estudos e naquela batelada de matérias que pareciam não ter fim. Mesmo em meio àquela enxurrada de assuntos exigidos nas provas, eu notei que um professor adjunto de uma das disciplinas começou a ficar íntimo demais comigo. Eu não havia simpatizado com ele desde o primeiro dia, embora não houvesse nenhuma razão aparente para tal. Me incomodou um pouco a maneira como se trajava, sempre com os primeiros botões da camisa abertos exibindo os pelos compridos do peito, onde também pendia um cordão de ouro fora de moda, cuja presença fazia lembrar algum pagodeiro ou traficante. Bem como o fato de ele usar uma cueca samba-canção por baixo da roupa branca bem ajustada às suas pernas, dentro da qual aparecia nitidamente alojada a sua rola e o sacão, toda vez que ele caminhava ou se apoiava numa mesa ou bancada, deixando algumas alunas tão alucinadas quanto uma boa dose de cocaína. O cara era um quarentão chegando ao final dessa década e, segundo a Camila e umas amigas, tinha fama de ser chegado nas alunas mais assanhadas e nos garotões sarados. Corria uma história de que teria sido o pivô do suicídio de uma aluna, que teria sido violentada para conseguir obter uma nota que a permitisse ser aprovada na disciplina. Nada pode ser provado, eram meras especulações dado um relacionamento que fugia aos padrões entre ele e a aluna. Simples fofocas, diziam alguns. Vingança por ele ser muito exigente e bastante econômico ao atribuir notas pela parte prática da disciplina, diziam outros. O fato, era que sua imagem continuava ilibada. Eu só comecei a sacar que algo estava errado quando tivemos que fazer um trabalho no qual ele seria meu orientador, entre outros quatro alunos. Durante as aulas práticas sua constante presença ao meu lado me irritava, tanto por aquela aparência cafajeste, quanto pelo linguajar que usava ao me esclarecer algumas dúvidas. Quando, por necessidade do trabalho precisei de sua ajuda para desenvolver o texto da pesquisa, ele me propôs que eu fosse ao seu consultório, pois na faculdade estava ocupado demais para tratar do assunto. Fui numa boa, os outros alunos também tinham ido ao consultório dele pela mesma razão. Ele havia agendado comigo no final da tarde de uma sexta-feira. Além dele, só havia a secretária que me recebeu e, que ele dispensou tão logo adentramos à sua sala. Mostrei-lhe o levantamento bibliográfico que havia feito, assim como um esboço inicial do texto. Enquanto eu explanava, pude notar que ele não prestou atenção em nada do que eu dizia, um olhar estagnado se fixava no meu corpo a ponto de eu me sentir nu diante dele. Fui ficando cada vez mais constrangido e envergonhado. Ao notar meu embaraço, ele fingiu me orientar dando algumas sugestões que não me satisfizeram e, que nada acrescentavam à qualidade do trabalho.
- Você gosta de pegar sol? – perguntou do nada, examinando meu corpo como se eu fosse um de seus pacientes.
- Sim.....gosto. – balbuciei quase gaguejando, pois tinha ficado sem ação ante a pergunta.
- Essa pele bronzeada contrastando com a roupa branca te deixa muito sensual, sabia? – continuou. Não tivesse tão bronzeado, ele teria notado como meu rosto enrubesceu.
- Bem! Qual dessas conclusões devo incluir no meu texto? – perguntei, agora gaguejando visivelmente perturbado por sua observação. Ele sentiu que estava indo pelo caminho certo para me deixar sem graça.
- Vocês estão na melhor fase de suas vidas. Você, particularmente, é um rapaz de sorte por ter esse corpão e uma bunda para lá de tentadora. – ele havia se aproximado tanto de mim que, além de sentir os pelos do braço dele resvalando em mim, pude sentir o cheiro do seu corpo quente. Abalado, meu olhar se fixou numa fotografia na estante atrás de sua mesa onde apareciam uma mulher, um menino e uma menininha todos sorrindo com a felicidade estampada nos semblantes.
- Vou incluir essa aqui. – afirmei, antes de dar sua pseudo-ajuda por encerrada.
- Nós ainda não terminamos! Você é sempre tão acanhado quando te elogiam? Sabe que isso chega a dar tesão? – eu queria sair correndo dali, mas pesava o resultado dessa atitude desesperada refletindo sobre as minhas notas.
- É que tenho um compromisso daqui a pouco, e não posso me atrasar. – inventei.
- Eu queria muito que esse compromisso fosse comigo! Quem sabe não agendamos um para a próxima vez em que vier me consultar sobre o trabalho. – enquanto falava, sem disfarçar, ele manipulava a pica, cuja ereção incontrolada começou a formar uma rodela úmida no tecido da calça, exalando um cheiro que chegou às minhas narinas, tão aviltantemente quanto seu assédio.
- Professor! Eu tenho mesmo que ir! Vejo que o senhor não tem mais nada a acrescentar ao que estou lhe mostrando, portanto, não há motivo para continuarmos. – nem sei de onde saiu essa coragem que acompanhou minhas palavras.
- Estamos no caminho certo! Mais duas ou três vezes em que venha aqui, teremos seu trabalho concluído. Espero que até lá, tenha deixado a timidez de lado e aceite meu convite para um compromisso mais agradável. Até amanhã, na faculdade! – ele havia lançado a isca e, achou que por ora não deveria exercer mais pressão sobre mim, pois poderia acabar sem fisgar seu almejado peixe. Nem me despedi, apenas me atirei porta afora como se um bando de leões estivesse no meu encalço.
No sábado de manhã, ainda abalado com o que havia acontecido na véspera no consultório do professor e, não tendo pregado o olho a noite toda, pensando em como me livrar daquele crápula, me pus a preparar meu café pouco antes das sete horas. Estava distraído com meus pensamentos quando o Guto entrou na cozinha, esfregando os olhos para afastar o sono.
- Caiu da cama? – perguntou, aproximando-se de mim para bisbilhotar o que eu estava preparando. E, sem intenção, descuidadamente, aproximou-se tanto de mim que aquele cacetão duro de todas as manhãs, tocou minhas nádegas.
- Não consegui dormir! – respondi, sem dar importância àquela proximidade invasiva. Quando ele notou que eu não estava reagindo agressivamente àquele toque, encoxou-me com mais determinação.
- Sonhou comigo? – questionou, esfregando a verga insidiosamente na minha bunda, animado com aquela sensação prazerosa que meus glúteos quentes provocavam em seu falo.
- Hã? Não fala besteira! Sonhar com você é pesadelo! – exclamei, quando me dei conta do que ele estava fazendo.
Atraído por nossa conversa àquela hora da manhã de um sábado quando podíamos dormir até um pouco mais tarde, o Rodrigo também chegou à cozinha só de cueca e com o mastro no mesmo vigor e excitação que o Guto. Ele nos encarou com um risinho devasso quando viu o que o Guto estava fazendo na minha bunda. Levou uma das mãos à pica a fim de acalmar o súbito desejo que se apossou dela ao presenciar aquela cena.
- Estão brincando do quê? Tem lugar para mais um? – questionou, tomado pelo tesão.
- Estou só levando um papo com meu priminho madrugador! – respondeu o Guto, julgando prudente acabar com aquela devassidão que ia se instalando entre os três.
Cada um deles começou a fazer alguma coisa para podermos tomar nosso café e afugentar aquela sensação libidinosa de suas rolas. Conversamos um pouco sobre algumas questões práticas que precisavam ser resolvidas. Falou-se sobre o que fazer naquela noite, talvez ir a um barzinho encontrar com a galera. Assim como, jogamos conversa fora sem nos preocuparmos com o horário, que parecia ser infindável naquela manhã.
- Cara, se eu tivesse um primo como o Rafa, com essa puta bunda gostosa, comia ele todos os dias. Esse é um daqueles rabos que nasceu para levar pica! – afirmou o Rodrigo zombando, quando fui colocar minha louça e talheres na lava-louças.
- Epa! Que merda de papo é esse? Quem você pensa que é para ter toda essa intimidade comigo? Se toca, seu merda! – revidei, enfurecido.
- Só estou elogiando seu rabão! Vamos e venhamos que ele dá um tesão do caralho! – continuou.
- O negócio é o seguinte, Guto, quero esse camarada fora daqui! Foi você quem trouxe esse escroto para cá, agora trate de se livrar dele. Puta merda! Só me falta ter que aturar uma porra dessas dentro da minha própria casa! – exclamei aos berros e irritado, deixando os dois embasbacados e boquiabertos com minha reação descontrolada, ao me enfurnar no meu quarto.
O Guto bateu timidamente à minha porta depois de algumas horas. Apesar de dizer que não estava a fim de papo, ele entrou cautelosamente, temendo outro ataque de fúria.
- O que foi aquilo? Ele estava só zoando. Tenho certeza que não falou para te humilhar ou denegrir. Deve ter sido tipo aquelas coisas que a gente fala sem pensar. Você não é de reagir daquela maneira, eu estranhei. – falou, manso e cuidadoso.
- O cara me tratou como se eu fosse um viado rameiro que fica dando o rabo por aí. Como você queria que eu reagisse? Dando uma risadinha e sentando no colo dele? Puta que o pariu! Aquilo foi ofensivo demais! – respondi.
- Tenho certeza que ele não pensa isso de você! Foi uma colocação infeliz! – alegou o Guto.
- E eu preciso ouvir essa colocação infeliz e deixar por isso mesmo? – questionei.
- Claro que não! Mas bastava você dizer que não gostou da brincadeira, não acha?
- Não! Não acho! Quero que fique bem claro que não vou dar a bunda para ninguém e por motivo nenhum.
- Mas ninguém está pedindo para você dar o cu por aí! O que é que está acontecendo para você pensar uma coisa dessas? – ele percebeu que aquela reação enfurecida não podia ser por conta do comentário do Rodrigo.
- Nada não. Preocupe-se em mandar esse cara para fora daqui. – respondi.
- Não vamos fazer nada de cabeça quente, ok? Vou falar com ele, tenho certeza que ele virá se desculpar com você pelo que disse.
- Não quero mais papo com aquele sujeito! Se não sai ele, saio eu! – meu primo percebeu que ainda não era hora de tentar me dissuadir e me deixou sozinho.
No final da tarde o Rodrigo veio me abordar. Foi conciso, pediu desculpas que vi serem sinceras, mas não me impôs sua presença por mais tempo do que o necessário para expressar seu arrependimento. Nem isso me demoveu de vê-lo longe do nosso apê, embora eu começasse a me questionar porque aquela distância me traria algum conforto.
Pelo resto do final de semana o Rodrigo sumiu das minhas vistas, saíra de casa bem cedo e voltava já tarde da noite quando estava certo de não encontrar mais ninguém acordado. Na segunda-feira, depois das aulas, meu primo voltou a me procurar no quarto, de onde eu não saí depois de ter chegado em casa. Ele me trouxe um lanche e um copo de suco, como pretexto para me sondar mais uma vez, agora sem a raiva dos primeiros momentos.
- Por que não veio jantar com a gente? Ainda está zangado?
- Você fez o que te pedi?
- Não, não fiz! Quero saber o que está acontecendo com você.
- Não está acontecendo nada.
- Está sim! Você é tão dócil, sempre agregador, todos te admiram por isso. – afirmou
- Pois deixei de ser paciente! Estou de saco cheio de ficarem tirando uma com a minha bunda. – de repente, mal consegui terminar a frase, e minha voz embargada denunciava algo muito mais errado do que parecia.
- Você sabe que as pessoas zoam por qualquer coisa. Não leve as coisas tão a sério, por que não são! – as lágrimas que desciam pelo meu rosto confirmavam um problema muito maior.
- Você acha que não são quando essa mesma bunda está sendo alvo do assédio de um professor que deixa claro que vai me ferrar se eu não deixar ele me foder, acha? – desabafei, não suportando mais aquela pressão.
- Rafa, que história é essa? Por que você nunca me contou nada? Do que é que você está falando, cara? – questionou surpreso e indignado.
Contei-lhe detalhadamente sobre as minhas suspeitas, os fatos reais que aconteceram na faculdade e no consultório do professor, onde as coisas tinham avançado ao ponto de me deixarem naquele estado, sem que eu encontrasse uma solução para tudo aquilo. Enquanto o Guto me abraçava para conter o choro que brotou à medida que eu lhe punha a par dos fatos, o Rodrigo, que ouvira toda a conversa pelo lado de fora da porta ligeiramente entreaberta, entrou de supetão, tão enfurecido que me assustei com sua invasão repentina.
- Cara, como você pode ficar em silêncio, deixando aquele filho da puta fazer isso com você? Você tinha que ter contado o que estava acontecendo. Vamos acabar com aquele filho da puta, eu te garanto! – esbravejou, tomado de uma raiva que transbordava em seus movimentos, nos punhos cerrados, no rosto contraído.
- Ninguém vai acreditar seu abrir a boca. O cara sabe como fazer as coisas sem deixar provas. Vai ser a minha palavra contra a dele. Se eu o denunciar, não vai em nada, e eu vou ficar mais visado e exposto. Vão me ferrar nas notas em solidariedade ao colega acusado injustamente. Só eu perco nessa história. Já pensei em pedir transferência para outra faculdade assim que o tempo mínimo acabar. – retruquei.
- De jeito nenhum! Eu vou dar um jeito de foder esse cara, custe o que custar! – exclamou exaltado.
- Não sejamos loucos! Acho que precisamos conversar com nossos pais, um advogado talvez, alguma solução há de haver. – ponderou meu primo.
Naquela mesma semana, o carro do professor pegou fogo no estacionamento, houve perda total. Em meio aos questionamentos daquela barbárie, voltaram a circular boatos sobre as atitudes do professor e aquele incêndio. Alguns veteranos com os quais eu tinha feito amizade, em papos descontraídos, tinham a mesma opinião, de que aquilo estava relacionado com as safadezas do sujeito. Eu ficava cada vez mais alarmado, pensando que o Rodrigo podia estar por trás daquele incidente. Embora ele negasse, sua mobilização, com o apoio do Guto, junto aos estudantes que mais se mostravam indignados com o destino de algumas colegas que tinham passado pelo assédio grotesco do professor, para que colocassem um fim nessa história, ia tomando fôlego.
- Você vai ser nossa isca, uma vez que ele está dando em cima de você. – disse o Rodrigo, diante de um grupo de estudantes engajados naquela desforra, numa clara demonstração de que minha história já corria de boca em boca. Fiquei péssimo ao saber que já havia muita gente acompanhando minha agrura, enquanto ele comunicava seus planos para desmascarar o professor.
- Isso é uma loucura! Não vai dar certo! Vamos todos nos ferrar. – protestei, quando terminou de expor suas ideias ousadas e malucas.
- Vai dar certo sim! É a única maneira de pormos um fim nesses abusos. – sentenciou ele, encarando-me duramente.
- Não vou participar dessa maluquice! Vamos encontrar outra solução.
- Se você amarelar vai acabar enrabado e, depois será um próximo ou uma próxima e a coisa vai continuar indefinidamente. Não há outra maneira de agir que dê o resultado que queremos. – suas palavras só extraiam expressões de fomento e demonstrações de apoio explícito ao seu plano.
- Estou fora! É definitivo! – ouvi-lo se expressando com tanta clareza e, naqueles termos diante da galera, quanto ao que o professor queria comigo, era mais do constrangedor, era tão vergonhoso que comecei a sentir vontade de largar tudo e voltar para São Paulo, só para não ficar na berlinda do assunto que agitava toda a faculdade.
Em casa, a pressão continuou. O Guto fazia coro com ele e ambos tentavam me fazer aceitar aquela maluquice. De tanta insistência acabei concordando, relutante, mas disposto a que tudo aquilo acabasse. A mobilização foi tamanha que, dias depois, tinham conseguido um microfone discreto, me convencido a atrair o professor para a biblioteca a fim de dar continuidade à sua orientação no trabalho, com a sinalização de que poderia rolar o que ele tanto queria após a saída da biblioteca onde, tinham plantado uma porção de câmeras camufladas que registrariam toda a ação.
Eu tremia e sentia minha barriga se revolvendo quando o professor apareceu no corredor isolado da biblioteca, caindo na arapuca, com um sorriso de jubilo já desenhado naquela cara nojenta. Posicionei-me exatamente onde haviam definido, para que tudo fosse captado nitidamente. Em poucos minutos, ainda fingindo uma timidez regatada, senti a mão do professor me bolinar. Ele se encostou em mim, beijou minha nuca enquanto eu lhe mostrava o progresso do trabalho, e tirou o pinto para fora da calça, balançando-o acintosamente diante do meu olhar assustado. Se fossemos flagrados ali, eu seria certamente expulso, ele alegaria que fiz isso para conseguir sua nota e, mais uma vez, sairia ileso. Nem sei quanta gente, nos bastidores, estava ouvindo minha voz trêmula e suas palavras de assédio murmuradas num tesão que ganhava força a cada minuto. Era mais do que humilhante. Satisfeito por ter conseguido me dobrar, percorremos os corredores da biblioteca rumo à saída, quando ele pensava estar me levando para um motel onde consumaria o estupro. Mas, um grupo de policiais diante da porta do edifício e algumas viaturas com os giroscópios ligados se destacando na última luz do entardecer, fizeram-no tirar a mão da minha bunda.
- O senhor está preso por assédio a vulnerável, atentado ao pudor e o que mais eu puder lhe imputar para lhe garantir uns bons anos de prisão. – sentenciou um delegado, que havia ajudado a montar o flagrante.
A caminho de casa eu não sabia se ria de tanta felicidade por ter me safado dessa sem passar pela humilhação de ser enrabado ou, se chorava para aliviar toda aquela tensão que se acumulara em mim nas últimas horas. Na entrada do prédio, uma galera da faculdade me recebeu com festa, enquanto cabeças curiosas iam aparecendo nas sacadas dos andares procurando descobrir o que era aquela algazarra. Levei umas semanas para superar aquele episódio, especialmente porque tive que prestar depoimento na delegacia e, o pior, ter que relatar aos meus pais, mais detalhadamente do que eu gostaria, que vieram apressadamente de São Paulo se inteirar dos fatos. No entanto, o que mais me surpreendeu, foi que de vítima passei a herói e, até com quem eu nunca tinha conversado na faculdade, veio me parabenizar. Um conselho exonerou o professor que, meses depois, divorciado pelo escândalo, foi levado à júri popular e condenado. Eu virei a página e segui adiante, havia muito pela frente antes de eu me formar.
O apoio do Guto durante todo esse processo foi fundamental para mim. O safado foi se aproveitando da minha condescendência para com suas brincadeiras e liberdades. O Rodrigo conseguiu ficar morando conosco, uma vez que desisti de expulsá-lo depois da valiosa ajuda que me deu. E, também já estava começando a folgar novamente.
- Porra Guto! Enfia essa geringonça pelo menos dentro da cueca. – bradei numa manhã de domingo quando cheguei à cozinha e ele colocava a cafeteira para funcionar com a pica à meia bomba saindo pela braguilha da cueca. Ele deu de ombros.
- Quer o seu com leitinho daqui ou da geladeira? – devolveu como resposta, não escondendo a cara inchada de sono, ao mesmo tempo em balançava a pica.
- Puto!
- Estou com uma comichão bem aqui na cabecinha do pau, você bem que podia dar uma mamadinha para quebrar essa! – proferiu sacana.
- Não tem como eu colocar essa pica na boca dessa distância! – retruquei num desatino. Havia tempo que, a proximidade dele se esparramando na minha cama para estudarmos juntos, assistirmos televisão, jogarmos videogame ou simplesmente batermos papo, as constantes visualizações daquele falo me davam tesão. Ele me encarou não acreditando no acabava de ouvir.
Em dois passos apressados ele estava diante de mim sentado à mesa, à espera do prometido café. Tomei sua jeba pesada numa das mãos, enquanto arriava a cueca com a outra. Levei lentamente a boca até sua rola excitada e, suavemente, fui tocando a língua ao redor da cabeçorra rosada. Senti seu primeiro fluxo de pré-gozo salgado chegando aos meus lábios, e fechei-os ao redor da glande para não perder nenhuma gota.
- Cazzo, Rafa! Puta tesão do caralho! Vê lá o que você vai aprontar, isso aí é muito delicado. – gemeu, enquanto procurava uma posição mais confortável.
- Gostou? O que você queria que eu aprontasse? Não acabou de falar que estava com comichão na pica? Então, eu só estou tentando abrandar esse fogo. – devolvi, intercalando minhas palavras com lambidas e chupadelas no membro que crescia com um ímpeto desenfreado.
- Porra, eu não pensei que você estava falando sério. Isso está gostoso demais! Juro que se você parar vou te pegar de jeito! – ele só rosnava, tão excitado e maluco estava com minha boca se movendo gulosamente ao redor de seu membro. Devo confessar que eu também estava adorando ter minha primeira rola dentro da boca.
Havia ao menos um quarto de hora que eu chupava sem parar o cacetão do Guto, só parando quando ele afastava minha cabeça para retardar um gozo iminente. Ele só grunhia, e deixava que eu brincasse com seu sacão peludo, contorcendo-se ante o prazer das minhas carícias. Eu ainda não havia reparado que o Rodrigo estava encostado junto à porta, assistindo a cena e manipulando o caralho que crescia em sua mão. Só fui notar que ele estava ali quando senti ele afastando a cadeira na qual eu estava sentado para poder me colocar em cima da mesa da cozinha. Sem que o Guto permitisse que minha boca se afastasse de sua rola, ajudou o Rodrigo a apoiar minhas costas na mesa. Aquilo estava ficando embaraçoso demais, a cara de desejo do Rodrigo transparecia luxúria e devassidão. No entanto, eu não pensava noutra coisa senão na pergunta que o Guto tinha me feito, se eu queria o leitinho da sua pica ou da geladeira. O tesão que me movia tinha a resposta definida, eu queria sentir o sabor do leitinho dele. Não era mais uma fantasia, podia ser real dentro de alguns minutos se eu continuasse focado e chupando aquela verga deliciosa. O Rodrigo tirando meu short, afastando minhas pernas e, se colocando de pé rente à mesa entre elas, era como movimentos em segundo plano numa tela onde acontecia a ação mais importante. Eu só vi que eles estavam para se tornar mais uma ação quando ele tirou o imenso cacetão e o pincelou no meu rego aberto. Eu gemi de tanto tesão, mal podendo acreditar que uma rola me instigava a boca e a outra o cuzinho. O Rodrigo começou a me lamber as preguinhas, rondando feito um predador, o diminuto buraquinho rosado que tinha diante de si. Eu gemia sem soltar a pica do Guto. Só o fiz quando o Rodrigo, já em pé, meteu a chapeleta enorme e arroxeada dentro do meu cuzinho, me obrigando a gritar de dor. O Guto voltou a me exigir atenção, segurou minha cabeça e a levou até a rola, enfiando-a na minha boca. O Rodrigo tirou a pica do meu cu e tornou a enfiá-la, eu gritei com a verga do Guto na boca, pois ele impediu que eu virasse a cabeça. O Rodrigo ia repetindo as enfiadas e, a cada vez, atolava mais profundamente sua jeba imensa no meu cuzinho completamente distendido. Eu já não sabia se queria que ele parasse, pois cada estocada desencadeava uma dor lancinante, ou se não via a hora de ter todo aquele caralhão pulsando dentro de mim. Seus olhos brilhavam a cada ganido ensurdecido pela rola do Guto entalada na minha garganta. Comecei a gozar quando senti a porra do Guto entrando na minha boca. Encarei-o cheio de ternura, enquanto engolia seus jatos abundantes e espessos. Ele grunhia guturalmente deixando aquele gozo prazeroso tomar conta de seu corpo, enquanto liberava seus culhões da pressão que todo aquele esperma acumulado provocava ao fluir em jatos. O Rodrigo quase enlouqueceu quando me viu engolindo toda aquela porra. Ele estava inteiro dentro de mim, seu vaivém potente parecia estar cavando um túnel nas minhas entranhas, eu só conseguia gemer e pedir para aquilo nunca mais acabar, pois o prazer que sentia não tinha paralelo.
- Cazzo! O que foi isso? Quase me acabei de tanto tesão! Nem acredito que você engoliu toda a minha porra, demais priminho, demais! – festejou o Guto, enquanto eu terminava de limpar seu cacetão lambuzado.
Bastou eu encarar o Rodrigo, deixando-o meter sua verga no meu cuzinho receptivo para ele sentir que já não podia mais segurar o gozo. Seria demais pedir para que tirasse a pica do meu cuzinho antes de gozar, ficou conjecturando, enquanto aquela sensação devastadora ia se tornando mais presente em sua pelve retesada. Ele deu uma última mergulhada em mim, eu travei meus esfíncteres ao redor daquele mastro impiedoso, nossos olhares se encontraram desencadeando algo devastador e sublime entre nós e, a porra eclodiu, como um gêiser, inundando minhas entranhas com o creme denso que não parava de minar do cacetão. Eu gemia, ele soltava urros, ambos expressando o prazer daquela conjunção. Ele segurava minhas pernas pela dobra dos joelhos, arfava, estava suado conforme atestavam a testa brilhante e os pelos do peito reluzindo. Sem o vaivém, a presença daquele caralhão pulsando se tornava mais perceptível. Mesmo depois de terminar de gozar, notei que ele hesitava em tirá-lo do meu cuzinho, mantendo fixo em mim aquele olhar que ainda expressava o prazer que havia terminado de vivenciar, mas que continha algo mais, tão enigmático quanto ele próprio. Relutante e, percebendo que o Guto continuava ali ao lado, um tanto afobado, o Rodrigo começou a tirar lentamente a pica do meu rabo. Um gemido acompanhou minha careta de dor quanto a glande colossal e muito destacada do corpo da rola atravessou, mais uma vez, minhas pregas esfoladas. Não resisti e, num ligeiro relance, olhei para aquilo que acabava de sair de mim e, que agora pendia entre suas coxas peludas, gotejando seus derradeiros pingos de esperma.
- Pô Rodrigo! O Rafa está sangrando, caralho! – protestou meu primo, tão logo havia se posicionado no lugar onde o Rodrigo estava e, assumido o controle das minhas pernas, para enfiar sua jeba em mim.
Ante a observação do Guto, fechei as pernas, recolhi meu short do chão e caminhei desajeitadamente para o banheiro. Não tive coragem de olhar para trás, encará-los naquele momento seria impossível. Sob a ducha, constatei que realmente havia sangue no meu rego, mas ao ver minha imagem refletida no espelho sobre a bancada da pia, meu rosto tinha estampado um sorriso bobo de felicidade. Permaneci pelo restante da manhã no meu quarto. Primeiro, assim que saí do banho, recostado na cabeceira da cama, meditando sobre o que tinha acabado de acontecer, sobre a origem daquela vontade que tive de colocar o cacete do Guto na boca, sobre o impensado desejo de me abrir para o Rodrigo quando vi seu falo duro de tesão por mim. Segundo, quando a insegurança de os encontrar se abateu sobre mim, e resolvi sentar-me diante do computador para terminar umas tarefas da faculdade, mantendo-me recluso até poder encará-los com um discurso coerente e menos envergonhado. Próximo ao horário do almoço, o Guto abriu lentamente uma fresta da porta e enfiou a cara para dentro.
- Tudo bem com você? – perguntou, vindo sentar-se à beira da cama.
- Sim, tudo bem. – respondi lacônico.
- Está machucado? Dói? – percebi que ele não queria mencionar algumas palavras, mas sabia a que ele se referia.
- Um pouco.
- Nunca imaginei que você fosse fazer o que fez. Posso te perguntar por que chupou meu pau? – ele avançava cautelosamente, receando que qualquer palavra mal expressa pudesse me contrariar.
- Deu vontade! Eu quis saber se era gostoso ou não.
- E?
- Foi muito gostoso!
- Sério! Jura?
- Juro!
- E, .... digamos assim, .... existe a chance de acontecer de novo? – precisei rir da cara depravada dele.
- Grandes chances!
- Você está falando sério? Não está tirando uma com a minha cara? Porque eu simplesmente adorei o que você fez. Nunca tinha sentido tanto tesão. E, quando você começou a engolir a minha porra, pensei de fosse pirar. – desatou a falar entusiasmado.
- Não quero que pense que estou te bajulando, nem que fique convencido, mas ela é muito gostosa, sabia? – respondi.
- Eu lá quero saber do gosto de porra! Você está tirando uma onda comigo, abre o jogo, vai. – foi quando notei que não era o único inseguro nessa história.
- Juro que não estou! Eu engoli porque gostei do sabor, da textura, do cheiro. Que mais quer que eu diga, gostei e pronto.
- Te acho incrível, sabia? Foi muito maluco o que aconteceu, mas eu curti muito. Não vejo a hora de acontecer de novo. – admitiu ele.
- Eu também! – exclamei, girando a cadeira na direção dele. Ambos nos levantamos ao mesmo tempo, e ele me apertou num abraço forte. Nenhum de nós sabia que o Rodrigo estava encostado junto à porta do lado de fora e, que tinha ouvido toda a nossa conversa.
Não sei porque fiquei contente quando fomos almoçar e o Rodrigo tinha saído. Eu não estava preparado para encará-lo do outro lado da mesa e, ter que talvez falar sobre o que aconteceu naquela manhã. Levar um papo como o que levei com o Guto era uma coisa, já com o Rodrigo seria como estar diante de um júri tentando provar que não sou um depravado que transa com dois machos simultaneamente. Vimo-nos apenas no dia seguinte, na faculdade, pois ele tinha ido com o próprio carro e saído antes de o Guto e eu levantarmos. Essa atitude me fez suspeitar que ele tinha se arrependido de transar com um viado e que, eu talvez tivesse alguma expectativa em relação a ele. No entanto, quando estávamos reunidos em casa à noite, ele se mostrou tão natural como sempre. Varri aquela suspeita da minha mente. Enquanto guardava alguns frios na geladeira ao final da janta, e contava uma piada que tinha ouvido aquele dia, com seu jeito único e hilário de replicar as piadas, tive vontade de dizer que também tinha sido muito gostoso senti-lo dentro de mim, particularmente devido ao short que estava trajando, no qual seu caralhão se movia livre e solto a cada um de seus movimentos. Segura sua onda, pensei comigo. Provavelmente ele nunca mais vai querer saber do seu cu, por mais que este se assanhe ante a simples presença dele.
Aquela promessa de que haveria um futuro atiçava o Guto. A vinda dele ao meu quarto naquela noite com a desculpa de não ter entendido uma questão das disciplinas daquele dia, não colou. Mesmo porque, ele não conseguiu parar de mexer na pica enquanto eu esclarecia sua dúvida, provavelmente fajuta. Depois do quarto boa-noite ele se convenceu de que não ia rolar, e foi dormir. A tentativa do dia seguinte foi bem sucedida. O dia todo o sorriso dele despertou meu tesão. O Guto era um cara muito bonito, eu pouco tinha notado isso antes. Mas, ao mesmo tempo em que o sabor de seu sêmen não saía da minha cabeça, seus músculos e aquele físico atlético também não. Por isso, quando saí debaixo da ducha e o vi ali parado nu, me estendendo a toalha, senti que precisava saborear sua verga com explícitos sinais de excitação. Ele se aproximou de mim e enrolou a toalha no meu corpo, deslizou as mãos sobre ele como se estivesse me enxugando. Virei de costas para ele e girei ligeiramente a cabeça expondo minha nuca e meu pescoço. A encoxada veio junto com o primeiro beijo, propositalmente molhado para que eu o sentisse e me arrepiasse. As pequenas elevações de arrepio na superfície da pele mostraram-lhe que sua investida tinha sido assertiva. Outros beijos e lambidas ao longo do meu ombro fizeram minha respiração se acelerar, o que o instigou a enfiar a mão por baixo da toalha e apalpar minha bunda. Numa pegada forte ele amassou uma das nádegas, enquanto soltava a toalha que caiu aos meus pés. Virei-me de frente para ele e enlacei seu pescoço. Sua boca foi se aproximando da minha já aberta e sôfrega. Bastaram os lábios se tocarem para ele pressioná-los contra os meus e enfiar a língua na minha boca. Chupei-a sedutoramente, como tinha feito com sua rola há dois dias. As duas mãos sobre as minhas nádegas me trouxeram mais junto dele. Seu membro duro parecia uma espada querendo duelar com o meu. Num pulo enrosquei minhas pernas ao redor de sua cintura. Ele caminhou comigo até o quarto, enfiando o dedo no meu cu, enquanto sua língua vasculhava cada canto da minha boca. Ao me soltar sobre a cama, permaneceu em pé com a pica em riste diante do meu rosto, à espera do mesmo prazer daquele primeiro arroubo. A cabeçorra já estava úmida quando a abocanhei. Seu gemido dominou o quarto. Passei um bom tempo empenhado nas lambidas, mordiscadas e beijinhos que distribuía ao longo daquele jeba colossal. As mordiscadas carinhosas no sacão o ensandeceram.
- Caralho, Rafa! Cuidado com essa boca cheia de dentes, esse lugar é muito sensível. – grunhiu, afastando ainda mais as pernas para franquear meu acesso.
- Prometo que vou cuidar com muito carinho dessa delícia. – sussurrei.
- Porra, você vai me fazer gozar, Rafa! – urrou.
- Vou? É exatamente essa a minha intenção. – devolvi.
- Puta merda! Eu preciso te enrabar, não aguento mais. – disse apressado, enquanto se atirava sobre mim, esfregando a rola no meu rego.
Ele agarrou meu tronco, acariciou meus peitinhos, chupou meu pescoço e cuidadosamente foi metendo o cacetão babando no meu cuzinho. Perguntou-me se estava me machucando quando ouviu meu ganido ao sentir minhas preguinhas encapando sua rola. Eu neguei. Ele forçou e, lentamente, deslizou para dentro de mim. Eu certamente ainda estava esfolado, pois minha mucosa ardia intensamente enquanto sua verga se alojava no meu cu. Eu procurava sublimar a dor empinando a bunda e me abrindo para aquele mastro que continuava, decidido, penetrando minha profundeza. Ele parou de se mover pelo tempo necessário para sentir que a minha respiração acelerada estava no mesmo compasso que a dele. Chupou meu pescoço, mordeu meu ombro, apertava meus mamilos até me ouvir gemer e sussurrava, repetidamente, tesão, tesão, tesão. Era exatamente isso que eu sentia, tão poderoso que mal conseguia controlar o frenesi que se espalhava pelo meu corpo, levando-me a gozar sobre uma toalha que, precavidamente, ele havia jogado sobre a cama. As primeiras bombadas no meu cu eu aguentei gemendo, mordendo o travesseiro, agarrando o lençol; mas, à medida que ele passou a agir não mais pela razão, apenas pela necessidade animalesca e primitiva que guiava seus movimentos, eu comecei a ganir. Os ganidos chegaram sufocados ao quarto do Rodrigo, tirando-lhe a concentração. Era preciso checar o que estava acontecendo, muito embora ele já soubesse do que se tratava. Então era preciso ver com os próprios olhos. Por que ele não saberia dizer. A discreta abertura da porta do meu quarto descerrou o cenário. Uma cópula sensual, um coito comungado, os gemidos de prazer envolvendo aqueles corpos se satisfazendo, a ereção que o obrigava a manipular a própria rola, o desejo que voltar a mergulhá-la naquele corpo aprisionado sob a lascívia desenfreada do amigo não o deixariam dormir naquela noite. À medida que as contrações tomaram conta de todo o corpo do Guto, tanto ele, no papel de voyeur, quanto eu, sentindo a potência das estocadas, sabíamos que ele estava gozando; o Rodrigo por dedução e eu, por sentir o esperma abundante e espesso escorrendo pelas minhas entranhas. No meu quarto o silêncio foi ganhando espaço e o Guto e eu, abraçados, caímos no sono. No outro quarto o silêncio era ensurdecedor e seu ocupante solitário se debatia entre os lençóis não encontrando guarida no sono.
- Está chateado comigo? – perguntei ao Rodrigo, após notar que havia semanas que ele pouco falava comigo.
- Não! Por que haveria?
- Não sei! Sinto que você está diferente.
- Impressão sua! Quem sabe não seja a proximidade das provas, estou um pouco perdido em algumas disciplinas. – justificou.
- Posso te ajudar, se quiser.
- Ok, valeu! Vou dar uma pesquisada onde estão as dificuldades e te aviso. – aquilo me pareceu uma dispensa elegante.
- O que acha de estudarmos juntos para as provas? Assim um tira as dúvidas do outro. – propus.
- Talvez. Quando chegar a hora a gente se fala.
- Eu vou estudando aos poucos, para não ter que ficar horas debruçado sobre os livros às vésperas das provas. Podemos começar hoje mesmo.
- Pode ser. – qual seria a razão daquele desinteresse todo era uma questão a ser pesquisada, e eu iria a fundo para descobrir.
Foto 1 do Conto erotico: Estudo de anatomia no cu do primo - Parte I

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Comentários


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aventura.ctba Comentou em 25/05/2020

Amei seu conto amor votado. Adoraria sua visita na minha página, tenho conto novo postado bjinhos, Ângela

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nonny Comentou em 25/05/2020

Eu amei esse conto! Por favor, continua.

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tilapia Comentou em 25/05/2020

Mano, sinceramente meus parabéns. Seu conto é maravilhoso, ele nos deixa mal frente ao abuso sofrido pelo protagonista, escreve de forma que se ver no papel principal não é difícil. Não conheço o autor, mas se não o fez, deveria procurar uma editora. Você vai longe.

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nonny Comentou em 23/05/2020

Eu amei esse conto! Por favor, continua.

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nonny Comentou em 23/05/2020

Eu amei esse conto! Por favor, continua.

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felipinhosoares Comentou em 22/05/2020

Excitante!




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Ficha do conto

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Nome do conto:
Estudo de anatomia no cu do primo - Parte I

Codigo do conto:
156740

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
21/05/2020

Quant.de Votos:
16

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