Penso, logo existe - Sexo a três depois das tretas - Cap 3



Somente depois de gozar foi que Daniel percebeu que não era um sonho e que aquilo aconteceu de verdade.

- Ricardo? O que você está fazendo aqui? Eu achei que estava sonhando...

- Se for sonho não me acorde! Você foi meio bruto, mas eu adorei!

- Desculpa!!? Eu achei que era um sonho, por isso não me importei com seu prazer.

- Quer dizer que você sonha assim comigo? rs Mas não se preocupe, o que mais senti foi prazer. E adorei você assim, mais bruto. O ruim é que agora vou ficar cheio de dores, dor na bunda, dor no cu, dor no couro cabeludo...

- Desculpa, de verdade. Eu não sou assim.

- Relaxa. Vamos tomar um banho juntos.

- Você não me disse o motivo de estar aqui, muito menos quem te liberou, com tantos guardas lá fora.

- Então, sua mãe meio que me ama sabe? Ela mandou os guardas deixarem eu entrar.

- E você veio fazer o que aqui?

- Vim te dizer que com esse dinheiro que você ganhou a gente pode ir morar longe daqui, começar uma vida nova. Não quero depender de você, não é isso. Mas você pode abrir um comércio e eu posso ser o gerente, você me paga o justo e a gente pode morar juntos, criar uma vida juntos. Não vou depender do meu pai, mas tem que ser bem longe daqui pra ele não ir atrás e a gente vai precisar de muitos seguranças o dia todo. Não vai ser fácil, mas com seu dinheiro temos as armas necessárias para não depender de ninguém.

Daniel ficou meio apreensivo com aquela conversa. Ouvir Ricardo falar em armas fez ele lembrar do sonho e do que poderia significar. Ricardo percebeu a apreensão do amado e falou:

- Dani, eu não quero parecer um aproveitador, nem coisa do tipo. Se você preferir ir com calma, continuar no armário, nos encontrando as escondidas... Não tem problema, corremos até menos riscos de sermos mortos por meu pai.

- Não é isso. É que tive uns sonhos meios estranhos essa semana e uma das coisas desse sonho era você me falando para usar as armas. Mas vamos com calma, pelo menos até eu saber o real objetivo desse patrocinador e ter o dinheiro todo em minha mão. Depois disso a gente decide. Além do mais, preciso deixar bem claro para todos os meus contatinhos que estarei indisponível para sexo e talvez me despedir deles.

- Contatinhos em? Se for Geovani eu não me importo em fazer uma despedida conjunta. Claro que antes da gente firmar qualquer compromisso, pois depois você será apenas meu.

Os dois se abraçaram e deram o primeiro beijo da vida deles. Foi um beijo calmo, apaixonado, como quem quer descobrir cada sensação ao encostar na pessoa amada. Os dois ficaram alguns minutos se beijando, sem querer desgrudar. Até a mãe de Daniel bater na porta no quarto e entrar com tudo.

- Meu filho, tem dois empresários aí na porta querendo falar com você, deixo eles entrarem em casa ou mando marcar uma hora? - Disse dona Maria meio que atropelando as palavras devido a rapidez com que falava e a surpresa de ver os dois pelados, gozados e aos beijos.

- MÃE! ESTAMOS PELADOS!

- Como se eu já não tivesse flagrado isso antes, tô cansada de saber que vocês se amam e que fazer esse tipo de coisa também! Sei que você é gay faz tempo. – Dona Maria estava constrangida, mas não queria demonstrar para o filho não pensar que era por ser um homem que estava com ele e não uma mulher.

- Mas antes era sem querer, agora a senhora sabia que a gente estava aqui. E eu sou bi, não gay!

- Se quisesse privacidade teria ido morar sozinho ou estavam em um motel. Enquanto a gente morar junto eu entro a hora que quiser, não importa quem estiver pagando a conta. E nem vou discutir sobre esse negócio de bi, você é bicha. Eu já aceitei e te amo do mesmo jeito.

- Aff mãe! Da próxima vez vou trancar a porta.

- Deveria mesmo, não é agradável ver meu filho sujo de esperma... Digo o que lá para os dois?

- Diz que eu não vou fechar nenhum negócio enquanto não estiver com o dinheiro na mão e tenho o dia corrido hoje.

Dona Maria saiu do quarto para falar com os empresários, enquanto os apaixonados foram tomar banho. Na verdade ficaram mais se beijando e brincando com a água e o sabão do que tomando banho. Após esse momento, que durou mais de uma hora, Ricardo disse que iria voltar para casa, pois ele precisava almoçar com os pais.

Daniel não perdeu tempo, pegou o celular da mãe, já que o dele não parava de tocar e chegar mensagens, e contou por mensagem a novidade aos seus amigos que enfim ele estava começando a viver o amor. Cada um teve uma reação diferente. Com Lucas a conversa foi da seguinte forma:

- Amigo, estou quase namorando com a paixão da minha vida. - Disse Daniel.

- Fico muito feliz por você e quero conhecer esse ser maravilhoso que te conquistou o mais rápido possível, preciso aprovar se serve pra você, não é qualquer um que vou deixar roubar meu amigo assim. - Respondeu Lucas.

Com Kamila a conversa foi assim:

- Kam, estou nas nuvens. Finalmente Rick me beijou e me propôs ficarmos juntos. - Escreveu Daniel.

- Aí amigo! Estou muito feliz por vocês dois. Mas o que fez ele mudar de ideia do dia para a noite? - Perguntou Kamila, desconfiada da mudança repentina de Ricardo.

- Que agora que vou ter dinheiro ele não vai depender do pai...

- Dani, eu sei que o sentimento dos dois é verdadeiro, mas toma algumas precauções quanto a questão financeira... não que Ricardo vá querer te roubar, não acho que ele é disso, mas não é bom fundamentar o relacionamento no dinheiro.

- Não se preocupe, ele mesmo falou que não quer ficar nas minhas costas, me deu a ideia de abrir uma empresa e contratar ele como funcionário...

- Então eu fico mais tranquila. Mais um motivo pra comemorar hoje. Vai para igreja?

- Infelizmente não posso. O tumulto aqui na porta ainda está gigante, muita gente querendo reunião comigo e meu celular chegou a travar de tantas mensagens.

Com Geovani a conversa foi assim:

- Gi, acho que vou começar a namorar com ele... - Falou Daniel.

- Ele quem? - Perguntou Geovani.

- Você sabe quem.

- Fico feliz por você, pois vocês parecem se gostar de verdade. Mas logo agora que eu desbloqueei e adorei dar o cu, já estava pensando na próxima vez. Toquei uma todos os dias da semana pensando em dar o cu novamente.

- Relaxa o cu dadeira! Ele deixa eu me despedi de você antes da gente namorar efetivamente. E pelo que entendi ele quer participar também.

- Nem brinca com isso... Ele é muito gostoso... Se tu entendeu errado eu te mato... Já estou sonhando com esse momento.

- Vem pra cá hoje! Vão vir alguns amigos meus, a Clara você já conhece, mas vem a Kamila e o Lucas também... Aí você dorme aqui e a gente transa, com ou sem meu futuro namorado.

- Não gosto muito desses ambientes de bebida e música do mundo, mas se é pra dar novamente no final vale o sacrifício.

- Você vai precisar mudar um pouco essa cabeça. Eu sei que sua criação foi na igreja evangélica, cercado de proibições, mas a vida que você vai levar não combina com alguns pensamentos que você tem.

- Eu sei, eu sei. Vamos com calma. Ainda me acho nojento por gostar de dar o cu, estou tentando repensar as coisas, mas não é simples.

- Certo. Não vou te pressionar a fazer nada, só não fica fazendo esses comentários na frente dos meus amigos, eles podem não gostar. Te espero a noite.

Mas com Clara a conversa foi um pouco tensa.

- Amor da minha vida, Rick finalmente quer namorar comigo! - Disse Daniel.

- E ele vai enfrentar o pai? Vai te beijar? Vai ser homem o suficiente pra ficar ao seu lado? Ele perdeu os medos? - Clara começou a fazer perguntas, super irritada.

- Clarinha, dessa vez sim. Ele está cheio de coragem.

- Muito conveniente, agora que você está podre de rico...

- Sei que é meio estranho, mas quero muito ver no que isso vai dar.

- Dani, você vai se ferrar novamente com esse idiota, ele vai te arrasar, te depenar, te deixar no chão, mas eu estarei aqui, quantas vezes foram necessárias para você entender que ele não te ama.

- Recado anotado. Te vejo a noite?

- Claro. E chama o motivo do seu futuro sofrimento também... Quero analisar de perto como ele vai se comportar dessa vez, se vai ser capaz de te beijar na frente dos seus melhores amigos, já aviso que posso pegar pesado, então se eu passar dos limites tapa minha boca...

Clara não é uma má pessoa, mas ela perdeu a fé em Ricardo quando ele deixou Daniel arrasado da última vez. De tanto ver o sofrimento do amigo ela tomou um ódio mortal de Ricardo e jurou para ela mesma que não deixaria Daniel sofrer por ele novamente. Por muito tempo Clara conseguiu afastar Ricardo de Daniel.

Clara inventava uma mentira nova toda vez que Ricardo perguntava por Daniel, além de sempre dizer que Daniel estava sofrendo muito e com muita raiva. Ela chegou a comprar um chip só para passar o número à Ricardo e fingir que era o número de Daniel, no qual ela olhava as mensagens e ignorava. Porém, o destino não permitiu que isso durasse mais tempo e reaproximou o casal.

Clara, ao saber da notícia, não se deu por vencida, tentou sua última cartada para afastar Ricardo de vez: foi até uma biblioteca pública da cidade, acessou uma rede social fake e enviou aos pais de Ricardo fotos do filho deles dando o cu para Daniel. Nas fotos não apareciam o rosto de Daniel, somente o rosto de Ricardo e a pica de Daniel entrando no cu dele.

As fotos em questão ela conseguiu no celular de Daniel, na época que Daniel e Ricardo ainda eram "amigos". Os dois tiravam as fotos e até gravavam alguns vídeos deles transando para matarem a saudade quando estivessem longe.

Quando Clara transferiu as fotos do celular de Daniel para seu celular, sem Daniel saber, era com o objetivo de sentir prazer, pois ela adora ver homens transando, principalmente os que não tinha jeito afeminado, assim como Daniel e Ricardo. Mas acabou arquivando no momento que Ricardo fez o amigo sofrer, pensando em ter um trunfo contra Ricardo. E agora, anos depois, ela estava enviando essas fotos aos pais de Ricardo com o objetivo de fazer Ricardo ser afastado de Daniel.

Ricardo resolveu passar na casa de Debora, para terminar o namoro com ela, antes mesmo de passar em sua casa. Em resumo, Debora não ficou por baixo, jogou tudo na cara dele, falou que traia ele, que sabia que ele era gay, que ele iria para o inferno se ficasse com homem... a conversa foi bem tensa. Mas no fim estava feito: eles não eram mais namorados.

Quando Ricardo chegou em casa seus pais já tinham visto as fotos e isso rendeu o pior momento da vida dele.

- Meu filho, diz que isso é uma montagem! - Falou a mãe de Ricardo mostrando uma das fotos pra ele.

- Isso só pode ser brincadeira de alguém do quartel, eles pegaram muito pesado dessa vez, esses trotes precisam parar... Eles sabem que eu não criei filho viado... - Disse o pai de Ricardo visivelmente nervoso.

- Onde vocês conseguiram isso? - Perguntou Ricardo, reconhecendo as fotos e quase chorando.

- ONDE A GENTE CONSEGUIU??? ENTÃO ISSO NÃO É UMA MONTAGEM? SEU DEMÔNIO! NOJENTO!! ABERRAÇÃO!!! VOCÊ NÃO SAIU DE DENTRO DE MIM!!! SÓ PODE TER SIDO TROCADO NA MATERNIDADE. EU NÃO CRIEI VOCÊ PARA TE VER INDO PARA O INFERNO DESSE JEITO!! - Gritava a mãe de Ricardo, fazendo-o chorar ainda mais.

- EU VOU TE MATAR SEU DIABO - Gritou o pai de Ricardo já partindo pra cima dele.

Foram tantos socos e chutes que o pai de Ricardo tentou disparar, alguns acertaram e outros não, mas foi o suficiente para Ricardo sair correndo da casa dos pais, meio tonto, somente com os documentos que estavam no bolso e o celular.

Antes de sair ainda ouviu a mãe dizer para ele nunca mais voltar lá, que ele estava morto a partir daquele momento. E o pai dizer que se ele voltasse iria mata-lo com as próprias mãos.

Ricardo chegou na casa de Daniel ao prantos, os guardas quase não o deixaram passar, devido ao evidente abalo emocional que Ricardo aparentava. Daniel precisou liberar pessoalmente e ainda esperar os guardas ligarem para o prefeito e somente após a liberação do prefeito que os guardas liberaram a entrada dele na casa de Daniel.

Foram momentos complicados, muitas lágrimas, muita dor.

Mas Ricardo achou em Dona Maria, mãe de Daniel, uma mãe. Dona Maria acolheu e cuidou de Ricardo como ninguém tinha feito na vida. Depois de alguns minutos e muita conversa, ele finalmente se acalmou e conseguiu comer e dormir.

Thiago, conselheiro do reino de Dradon, resolveu agir antes do tempo determinado pelo concelho. Ele foi até a casa de Daniel tentando falar com ele antes de Rodolfo colocar o plano em prática, pois apesar de não saber exatamente qual era o plano de Rodolfo, ele sabia que não deveria ser nada de bom.

Quando Thiago chegou à casa de Daniel e viu os guardas na porta ficou preocupado, mas logo soube que o novo guardião do poder ficou rico e por isso precisava de proteção.

Para chamar a atenção de Daniel foi preciso mandar dizer que ele sabia interpretar todos os sonhos. Thiago sabia que isso chamaria a atenção de Daniel, pois todos os guardiões têm sonhos enigmáticos dias antes de receberem os poderes. E funcionou, Daniel permitiu a entrada de Thiago, que já foi dizendo:

- Me chamo Thiago, precisamos conversar a sós e você precisa me ouvir até o final. - Thiago sabia que não seria uma conversa fácil.

- Tudo bem, me siga. - Daniel disse e caminhou até a cozinha, pedindo a sua mãe para não interromper a conversa. Na cozinha não tinha janelas, o muro era colado em outra casa e não haveria ninguém na casa dos vizinhos naquela hora.

- Eu vou direto ao assunto. Sei que vai parecer loucura, mas por favor me deixe falar tudo. Prometo que você vai entender, não agora, mas em pouco tempo. - Thiago falava com receio, ele não conhecia Daniel ainda.

- Tudo bem. Adoro ouvir loucos falarem. - Daniel quis levar o caso na graça, isso melhoraria sua tarde, o tiraria do tédio.

- Então, eu não sou da terra. Sou de um planeta que na sua língua se traduz como Existência, mais especificamente do Reino de Dradon desse planeta. - Ao ouvir Thiago falar aquilo Daniel achou super engraçado.

- Você é um ET? Então realmente não estamos sozinhos no universo?

- É muita pretensão dos terráqueos se acharem os únicos do universo. E prefiro que me chame de Existencialista, Dradomiano ou Dradoniano, como uma adaptação da sua língua, já que meu reino pode se chamar Dradon ou Dradom.

- Tudo bem então. Prossiga, o que um mero terráqueo pode fazer por você?

- Calma, vou chegar lá. Meu reino sofre ataques espirituais de reinos vizinhos, ataques que nos enfraquece e torna o reino sombrio, depressivo, lá não temos alegrias, motivos para sermos felizes, nos roubam tudo que nos alegra minimamente.

- Está muito interessante. Posso anotar? Isso daria um livro incrível. – Daniel ainda se divertia com a conversa.

- Eu sei que parece absurdo, mas preste atenção, por favor. Eu não sei quanto tempo eu tenho. – Thiago não sabia quais eram os planos de Rodolfo, por isso não sabia quanto tempo tinha.

- Ok, ok.

- Certo dia um de nossos mestres descobriu que um terráqueo ganhava poderes, ao receber a luz azul do meu planeta. Mas isso é cheio de complicações, é uma luz que só se une a uma pessoa a cada 40 anos e a escolha é aleatória, não descobrimos o motivo ainda. A luz sai de uma pessoa e entra na outra, mas ao entrar ela permanece por exatos 40 anos, não importa o que aconteça.

- Essa luz pede permissão pelo menos? Ela pergunta se a pessoa quer ter poderes?

- Não, ela não pede permissão, mas a pessoa não é obrigada a usar os poderes. - Quando Thiago falou isso Daniel se assustou, pois lembrou do seu sonho e reconheceu a voz de Thiago, com certeza foi a voz de Thiago que ele ouviu no seu sonho.

- Calma, por que você está aqui? O que é tudo isso? Você falou que me explicaria os sonhos! Eu não aguento mais esses sonhos. - Daniel perguntou um pouco eufórico.

- Estou aqui para te explicar isso. Quem recebe esse poder passa a ter a responsabilidade de proteger Dradon, trazendo a paz. Não vou ter como te explicar tudo agora, com o tempo a gente volta a conversar e eu te explico tudo. O fato é que o último que recebeu o poder não é leal a sua missão, ele chegou a matar um conselheiro e só usou os poderes para enriquecer, fazendo favores. Rodolfo é o nome dele, guarde bem esse nome, ele deve te procurar em breve.

- E onde eu entro?

- Você vai receber os poderes em alguns dias, ou horas.

- Agora você passou dos limites. Eu não quero poder nenhum.

- Você não tem escolha, isso não é uma democracia. A luz já está se alinhando sobre você, já é bem visível para meu povo.

- Isso é uma violação do meu corpo.

- Não é culpa minha, não sou eu que escolho. Eu só estou aqui para te avisar que Rodolfo, o atual guardião, vai procurar você. Não caia na conversa dele, ele só quer continuar ganhando dinheiro e fazendo os favores.

- Ele vai tentar me matar?

- Não. Não se preocupe com morte. A luz começa a proteger seu guardião assim que o escolhe. Mas ele vai tentar te enganar, não sei ainda como, nem sei de que forma ele vai aparecer em sua vida.

- Vocês não são superiores? Cheios dos poderes.

- Não temos poderes, somente o guardião da luz azul tem os poderes. Também não somos tão superiores... Em tecnologia sim. Já inventamos a máquina do teletransporte que vocês tanto sonham. E um tradutor simultâneo para qualquer idioma no universo, além de indutores de imagens, isso facilita nossa vida fora de Existência. Mas no geral não somos mais inteligentes, pois somos facilmente abatidos em nosso psicológico, vocês chamam de inteligência emocional, nós não temos isso, por mais que busquemos.

- Isso é muita coisa para minha cabeça.

- Tenta relaxar, vive a sua vida normal. Só presta atenção no Rodolfo. E quando você receber seus poderes me chama.

- Como vou te chamar?

- Serei seu mentor, basta pensar em mim que eu venho, a luz me chama.

Thiago foi embora e Daniel precisou se trancar no quarto para pensar. Enquanto Ricardo dormia um sono pesado, a cabeça de Daniel estava fervendo, parecia loucura, mas ao mesmo tempo fazia muito sentido com seu sonho e tudo o que aconteceu no sonho estava acontecendo.

Outra pessoa que não se sentia bem naquele momento era Clara, mas no caso dela era consciência pesada. Ela ficou sabendo o que aconteceu com Ricardo e se sentiu muito culpada. Ela nunca imaginou que os pais de Ricardo fossem bater nele e o expulsar de casa, na cabeça dela Ricardo seria mais vigiado, receberia um castigo e teria medo de se aproximar de Daniel, ou mudaria de cidade.

A culpa estava tão grande que ela não conseguiu conduzir a reunião dos jovens. Pediu que Lucas fizesse a oração inicial e rezasse o Pai nosso e a Ave Maria. Clara até iniciou a mensagem, pois ela era a coordenadora paroquial, mas não conseguiu falar muito, deixando aberto aos comentários dos jovens. Foi a reunião mais rápida que já ocorreu. Todos estranharam.

No caminho para casa de Daniel, Kamila e Lucas tentaram saber qual era o problema, mas Clara não disse, ela preferiu colocar um sorriso no rosto e dizer que queria beber a noite toda.

Os seguranças já estavam avisados sobre a visita dos amigos, nenhum deles gostava de ter tantas movimentações na casa de Daniel, eles sabiam que isso atrapalhava o trabalho deles, mas não podiam fazer nada.

Eles levaram um engradado de cerveja e cada um dos amigos de Daniel levou mais alguma bebida diferente, Clara levou vodka e cachaça, Lucas levou Ice, e Kamila levou Gin e alguns salgados. A noite deles prometia, apesar da maioria dos presentes não estarem se sentindo bem.

Daniel foi recepcionar seus amigos e já mandou mensagem para Geovani encontrar com eles. Geovani se arrumou e pegou um suco de uva para levar, ao passar por Debora ele viu a irmã já atracado com outro homem na porta de casa. Pelo visto Debora não era de ficar sofrendo, ela estava seguindo a vida, apesar de não ter gostado nada de ter levado um pé na bunda.

Quando Geovani chegou à casa de Daniel já encontrou todos bebendo e Kamila cantando MPB, ele fez uma cara estranha, afinal não era seu ambiente favorito, mas disfarçou e se enturmou, bebendo apenas seu suco de uva e observando tudo.

Nesse momento Ricardo resolveu sair do quarto e aproveitar a noite com eles. Ao chegar na sala, mesmo não estando 100% bem, ele não teve vergonha de dar um selinho em Daniel e dançar uma música coladinho com seu amado. Essa atitude de Ricardo deixou Clara ainda mais envergonhada pelo que fez, mas ela preferiu se manter calada.

Enquanto Kamila cantava as músicas mais românticas, Lucas simplesmente não sabia ficar ouvindo parado, ele precisava cantar e dançar, era seu momento de liberdade. Lucas dançava sozinho pela casa, em algumas músicas Clara dançava com ele, em outras Daniel dançava. E em um momento especial Lucas convidou Geovani para dançar e não aceitou a negativa do outro. Sem saída e sem ter quem o defendesse, Geovani aceitou dançar a música ‘Se eu não te amasse tanto assim’, de Ivete, com Lucas. Os dois bailavam pela casa enquanto os outros olhavam e sorriam.

Dona Maria quis deixar a casa livres para os jovens e foi dormir na casa da amiga, que mora ao lado da sua. Essa atitude fez o prefeito mandar mais seguranças para vigiar a casa que Dona Maria iria passar a noite, tudo para proteger o tesouro da cidade.

Assim que a mãe de Daniel saiu, Clara se levantou, já bêbada, e falou:

- Já está dando meia noite e é hora das crianças virarem adolescentes.

- O que você tem nessa mente diabólica? - Perguntou Kamila.

- Verdade ou consequência. - Clara respondeu já pegando uma garrafa e girando no chão. Todos a seguiram.

- Eu começo. - Disse Lucas girando a garrafa, que parou para Kamila perguntar à Geovani.

- Verdade ou consequência? - Kamila perguntou.

- Verdade. - Geovani respondeu.

- É verdade que você gostou de ter dançado com Lucas? - Kamila perguntou.

- Verdade. Dançar é bom. - Geovani respondeu como se não fosse nada, mas no fundo ele sentiu algo diferente durante a dança. Ele girou a garrafa e parou para Clara perguntar a Lucas.

- Verdade ou consequência amigo? - Perguntou Clara.

- Consequência! Vamos esquentar o jogo. - Respondeu Lucas.

- Quero só ver! Te desafio a beijar o Geovani. - Clara falou com um sorrisinho de quem estava se divertindo.

- Mas o desafio é dele, não tenho nada com isso. - Geovani protestou.

- Clara, menos. - Falou Kamila.

- Eu beijaria, mas beijar sozinho não tem como. - Respondeu Lucas, encorajado pela bebida, deixando Geovani envergonhado e dando a entender sua sexualidade.

- Então vamos deixar passar e girar a garrafa novamente. Eles vão ter tempo para se beijarem na próxima vez. - Falou Daniel perturbando os amigos. Ele girou a garrafa e parou para Clara perguntar a Daniel.

- Amor da minha vida, não vale consequência para você agora, somente verdade. É verdade que você sofreu quando esse aí te deixou por pura insegurança? – Clara falou apontando para Ricardo.

- Clara, agora você passou dos limites. Lucas, me ajuda a levar ela pra casa que acho que ela já bebeu demais hoje. - Kamila falou e já foi se levantando e puxando Clara.

- Não tem problema Kamila, eu respondo por Daniel. Imagino o quanto ele sofreu sim, eu fui um babaca, a pior pessoa do mundo, entendo que vocês não gostem de mim, afinal foram vocês que acolheram ele quando eu me afastei. Mas eu amo muito esse homem e estou disposto a conquista-lo. - Ricardo falava enquanto as lágrimas desciam.

- Amar agora que está rico é fácil. Você vai atrapalhar a vida de Dani novamente, uma hora vai sentir medo e vai sumir e isso vai ter custado a liberdade sexual do meu amigo. – Clara falava enquanto era arrastada por Kamila e Lucas.

Kamila levou Clara e Lucas para suas casas. Nenhum deles estava muito bêbado, mas não seria bom prolongar a noite. Na casa ficaram apenas Geovani, Daniel e Ricardo. E Daniel não perdeu tempo.

- Enfim a sós... Podemos transar loucamente agora. - Daniel falou sem olhar para os dois.

- Você está falando sério? Depois de tudo isso? - Ricardo perguntou.

- Claro, você não me disse isso mais cedo? Precisamos nos aventurar antes de começarmos a namorar e antes que Geovani namore com Lucas. - Daniel falou olhando nos olhos de Ricardo.

- Eu não vou namorar com Lucas. - Geovani falou se defendendo.

- Isso a gente vai ver depois, mas nossa transa de hoje como fica? - Daniel perguntou.

- Como vai ser isso? Quem vai meter? Quem vai dar? Vai rolar boquete? - Geovani começou a perguntar.

- Acho que a gente pode ir para o quarto de Daniel e descobrir. Só não quero ver vocês dois se beijando, beijo pra mim é muita intimidade, mas de resto vale tudo, vamos simplesmente deixar rolar. - Ricardo falou.

Eles foram para o quarto de Daniel e antes mesmo de entrar já estavam tirando suas roupas. Geovani ajoelhou para chupar os paus que estavam a sua disposição enquanto Daniel e Ricardo se beijavam apaixonadamente. Os paus ainda não estavam completamente duros, mas Geovani se encarregou de endurece-los da melhor forma que existe.

Ora Geovani colocava o pau de Daniel na boca, ora o de Ricardo, mas enquanto chupava um ele masturbava o outro e ia revezando. Ele não era tão experiente no boquete, mas a vontade de agradar compensava tudo, o prazer de Geovani era ouvir Daniel e Ricardo soltarem gemidos involuntários entre os beijos.

- Quem vai ser o primeiro a meter em mim? - Geovani perguntou, fazendo os dois olharem para ele sorrindo.

- Antes eu quero provar esse cu, não é justo Dani ter provado e eu não. - Ricardo falou já direcionando Geovani para ficar de quatro sobre a cama.

- Eu quero continuar sendo mamado mais um pouco. - Daniel falou e foi para cabeceira da cama, receber a mamada de Geovani enquanto Ricardo fazia um cunete espetacular.

Geovani quase não conseguia chupar Daniel direito de tanto que gemia e só sabia se concentrar no prazer de ter o cu chupado. Na maior parte do tempo Daniel ficava batendo com o pau no rosto dele e olhando os olhos do amigo emanarem prazer.

Ricardo chupava, mordia, dava tapas e enfiava o dedo no cu de Geovani, as vezes com carinho, as vezes com mais intensidade e força, ele queria testar as reações do passivo em cada detalhe e foi percebendo que quanto mais intensos eram os movimentos mais Geovani rebolava, gemia e pedia rola no cu.

- Acho que já está bem preparado, pode levar pau a vontade. - Ricardo falou já colocando um camisinha e forçando na porta do cu de Geovani.

- Mete em mim vai. Mas mete com força, não precisa ter pena que...

Ricardo nem esperou Geovani terminar de falar e foi metendo com força, arrancando gemidos altos dele e fazendo Geovani gozar sem encostar no próprio pau, apertando o pau de Ricardo a cada piscada de cu durante a gozada. Gozar não fez o fogo de Geovani diminuir, pelo contrário.

- Ahhhh... Ahhhh... PORRA!!! METE MAIS VAI!! ME ARROMBA... - Geovani estava delirando de tesão.

- Safado, então pisca esse cu pra mim. - Ricardo falava e Geovani obedecia.

- É assim que você quer? - Geovani piscava o cu e rebolava no pau do ativo.

- Porra! Também quero meter - Daniel falou já colocando uma camisinha, querendo participar mais da foda.

- Então mete em mim amigo, eu acho que aguento os dois juntos.

Geovani falou aquilo e não perdeu tempo, desencaixou do pau de Ricardo e sentou em cima da pica de Daniel, controlando os movimentos de subida e descida, e esperando Ricardo meter a dele. Mas Ricardo aproveitou a posição para levantar as pernas de Daniel, abriu o cu dele e meteu.

- Porra, Rick! Não esperava! - Disse Daniel, sentindo o pau de Ricardo invadir seu cu aos poucos, sem ao menos ter cuspido antes, entrando apenas com a lubrificação da camisinha.

- Pensou que não iria dar o cu hoje? Pensou errado. - Ricardo falava enquanto ia metendo lentamente em Daniel.

- Porra! Safado! Já está aí mesmo, então mete vai. - Daniel falou sentindo os movimentos de Ricardo em seu cu.

Enquanto Geovani rebolava e quicava no pau de Daniel, Ricardo metia no cu do amado. Isso fazia Daniel se sentir completo, tendo seu cu preenchido e seu pau engolido. Os três gemiam bastante, o prazer era enorme. Até que Ricardo decidiu meter em Geovani novamente, dando a dupla penetração que ele tanto esperava. Invadir um cu já preenchido não foi fácil, mas ele conseguiu com cuidado, paciência e aproveitando a própria sentada de Geovani, que ao finalmente sentar em dois pau ao mesmo tempo sentiu seu cu ser rasgado, deu algumas quicadas e reboladas e gozou pela segunda vez, se jogando na cama completamente sem força.

Mas Daniel e Ricardo ainda não tinham gozado e Daniel queria gozar dentro do cu de seu amado.

- Rick, fica de frango assado que eu quero gozar no seu cu. - Daniel falou e eles não perderam tempo.

Ricardo se abriu para receber o cacete do amado e gemeu alto quando sentiu o pau de Daniel pedindo passagem, ele precisou ajudar, abrindo a bunda enquanto Daniel segurava suas pernas e metia. Os dois já estavam prestes a gozar, então Daniel acelerou os movimento enquanto Geovani tirou a camisinha do pau de Ricardo e começou a chupar ele. E gozaram assim, Daniel metendo em Ricardo e Ricardo na boca de Geovani.

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Ficha do conto

Foto Perfil Conto Erotico danlopes2017

Nome do conto:
Penso, logo existe - Sexo a três depois das tretas - Cap 3

Codigo do conto:
188112

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
15/10/2021

Quant.de Votos:
6

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