A viagem que mudou minha vida: uma paixão proibida - parte 8 (Final)



Olá pessoal, muito obrigado por continuarem acompanhando a história , vamos lá ver o desfecho dessa Narrativa...
Após aquele encontro incrivel eu estava cada vez mais envolvido emocionalmente com o Gui, mas a minha consciência pesava, eu me sentia culpado por está fazendo aquilo, pois ele tinha namorada e em breve seria pai. Dois dias depois do nosso encontro no sítio, o Gui me ligou marcando um outro encontro, eu prontamente aceitei. No dia seguinte eu me preparei para o nosso encontro, eu comprei um presente pra ele, era um perfume que ele adorava, eu fiquei o dia pensando nele, até que aproximadamente às 18:45 ele chegou na minha casa, lindo como sempre. Ele estava com uma camisa preta, com calça jeans azul, sapatos pretos e um relógio.
Ele já estava de capacete e não falou nada, apenas me deu o capacete e eu subir na moto. Após uns 45 minutos nós chegamos naquele bar onde tinha os quartos atrás, eu estranhei o fato dele ter me levado pra lá, mas não questionei. Ele tirou o capacete e eu também, ele pegou no meu braço e nós entramos no bar e depois no quarto. Ele não tinha dito uma palavra desde que me viu, ele parecia tenso, parecia preocupado. Depois de entrar no quarto ele sentou na cama e eu sentei ao seu lado. Quando eu pensei em falar, ele me surpreendeu com um beijo, ele me beijou como se o mundo fosse acabar no dia seguinte, me beijou tirando o meu fôlego. Quando terminou de me beijar, ficamos alguns segundos em silêncio, eu olhei para ele e disse:
- O que está acontecendo? Você parece tenso – perguntei preocupado.
Ele ficou de cabeça baixa e em silêncio. Nesse momento, eu comecei a imaginar um monte de coisas, fiquei tenso, tive a impressão que uma bomba ia estourar, ele estava estranho demais, eu sabia que alguma coisa nada agradável iria acontecer. Ele quebrou o silêncio e disse:
- Eu preciso te dizer uma coisa- falou ele com um tom preocupado
Um silêncio se estabeleceu novamente, mas logo ele continuou:
- Eu preciso sustentar meu filho, eu vou ter que trabalhar, o pai da minha namorada arrumou um emprego pra mim, eu vou ter que ir pra outra cidade (Uma cidade chamada Altamira, um município do interior do Pará). Também vou ter que casar.
Eu fiquei em silêncio, senti o meu castelo desmoronando sobre a minha cabeça, senti os meus sonhos indo embora e junto com ele as minhas esperanças, senti um enorme vazio e um aperto no peito, eu senti uma vontade enorme de chorar, mas me controlei. Eu olhei para ele e falei:
- Eu entendo – falei isso com a voz falhando.
Voltamos a nós olhar, e ele falou:
- Eu juro que vou tentar te visitar pelo menos uma vez por mês, eu até vinria mais vezes, mas é longe – falou ele parecendo sincero.
Eu respondi:
- Eu não quero isso, a gente não pode continuar assim, eu não quero ser seu amante, você vai casar, eu não conseguiria conviver com a culpa, pra você isso parece normal, mas pra mim não – falei com os olhos cheios de lágrimas e aumentando meu tom de voz.
- Eu sinto muito – respondeu ele
- Você estragou tudo. Você me fez ficar apaixonado pra você, porque você não me disse que tinha namorada desde o nosso primeiro encontro ? Se você tivesse dito com antecedência eu não teria me envolvido tanto – falei alto e me exaltando.
- Você se arrependeu de ficar comigo ? – perguntou ele.
- Não é essa a questão – respondi rapidamente
- Eu sei que você tá sentindo, mas eu quero continuar te vendo, eu não posso ficar sem você -falou ele
- Então se separa dela, a gente vive no século 21, ninguém precisa casar só porque engravidou alguem – respondi de forma seca.
- Não é tão simples assim – respondeu ele.
- Você me disse uma vez naquela mensagem que seus pais te ajudariam, seus pais tem recursos, o seu pai pode conseguir um emprego pra você, ou a sua mãe – falei seriamente.
- Mas eu não quero a ajuda deles porque eu conheço eles e sei que eles vão ficar jogando isso na minha cara o resto da vida, eu cansei de depender dos meu pais – falou ele aumentando o seu tom de voz.
- Se o seu orgulho é mais importante, então a gente não pode ficar juntos – falei com a cabeça baixa.
Nos olhamos e ele respondeu:
- Talvez seja o melhor a fazer, me desculpa.
Eu levantei da cama e virei as costas pra ele, ele levantou e pegou no meu braço. Eu me virei pra ele com os olhos cheios de lágrimas e ele me deu um abraço forte e começou a chorar também e disse:
- Eu sinto muito, muito mesmo – falou ele de forma triste.
Eu olhei pra ele e disse:
- Eu preciso ir agora, eu também sinto muito, eu preciso ficar sozinho – falei chorando e com um aperto enorme no peito.
- Não precisa ser assim, deixa eu te levar – falou ele de forma suave
Eu peguei o presente que eu comprei pra ele e coloquei em cima da cama e disse :
- Eu preciso ir agora e por favor não dificulta a minha ida, eu realmente preciso pensar, eu preciso pensar – falei calmamente.
Eu virei as costas e fui embora, peguei um táxi fui para casa.
Ao chegar em casa eu desabei e fiquei chorando igual uma mulherzinha, que ódio, eu não queria me sentir daquele jeito, eu estava completamente envolvido emocionalmente com o Gui, mas pelo jeito tudo tinha terminado, eu sabia que tudo iria mudar, era o fim. O Gui ficou mandando mensagem durante dias, mas eu ignorei, eu precisava terminar com ele de vez por mais doloroso que fosse. O dia da viagem do Gui chegou, ele mandou mensagem pedindo que eu o encontrasse, mas eu não fui, ele me ligou, mas eu ignorei. Tudo isso foi muito difícil pra mim, pois cada mensagem que eu ignorava eu sentia um aperto no peito, mas eu precisava ser forte, eu não tinha o direito de destruir uma família. O Gui finalmente partiu e me mandou a seguinte mensagem:
“ Poxa é uma pena você não ter vindo se despedir de mim, agora eu estou longe, me desculpa se as coisas não saíram do jeito que a gente imaginou, eu vou sentir muita saudade de você, eu não desistir de você, eu te amo”.
Finalmente era o fim, acabou, naquele momento tive a certeza que nunca mais veria ele, eu tinha que seguir minha vida.
Dia a pós dia se passaram, as férias da escola terminaram, as aulas voltaram e minha rotina voltou a ser o que era, o Gui mandava mensagem quase todos os dias, dizia que vinria me visitar, mas eu sempre dizia que ele não deveria vim, pois a gente tinha terminado e ele precisava ser fiel a futura esposa dele, já que ele escolheu ela. Com o passar dos dias, ele começou a diminuir a quantidade de mensagens, ele já enviava 1 vez por semana apenas, eu sempre ignorava, não respondia nenhuma, apesar de sofrer com isso.
Conforme o tempo foi passando ele já quase nem me enviava nada, eu tentava seguir a minha vida, apesar de ainda pensar nele, com o passar do tempo a dor da ausência dele foi diminuindo e foi dessa forma que eu conseguir resistir a ausência dele durante uns 4 meses após a sua partida. Não havia um só dia que eu não pensasse nele. Já era final do ano e eu estava preste a concluir o ensino médio e estava chegando a hora de retornar a Brasília, pois o combinado era que eu ficaria um ano com a minha mãe em Belém e depois eu voltaria para a casa do meu pai em Brasília-DF, enfim esse dia estava se aproximando e eu sabia que depois que fosse embora eu e o Guilherme nunca mais nos veríamos. Como aquele ano era o meu último ano do ensino médio , logicamente eu me inscrevi no vestibular para as universidades de Brasília, portanto, esse era mais um motivo pelo qual eu tinha que voltar pra Brasília. Era final de dezembro, chegou o Natal e depois finalmente o ano novo, eu e o Guilherme tínhamos nos afastado completamente, ele já não mandava nenhuma mensagem, não tive mais notícias dele, mudei de número, enfim, eu segui a minha vida, porém durante o silêncio da noite eu ainda pensava nele, as vezes ficava até emocionado, ficava pensando como seria minha vida se ele estivesse comigo, eu não me envolvi com Nenhum homem durante esses meses, no fundo eu ainda me sentia preso emocionalmente ao Gui.
Depois do ano novo, no início de janeiro eu arrumei minhas malas para voltar para Brasília. Fui para o Aeroporto Internacional de Belém pegar o Avião, era hora de ir embora. Me despedir dos meus amigos, que sinto muita saudade e embarquei rumo a Brasília-DF, quando entrei naquele avião percebi que meu relacionamento com o Gui estava enterrado.
Cheguei no aeroporto de Brasília, e meu pai me levou para casa. Enfim passaram-se dias e a minha vida estava voltando ao normal, eu estava ansioso para receber o resultado do vestibular e finalmente saiu e eu passei, eu estava pensando em alugar um Ap perto da faculdade, meu pai viajava muito e quase não parava em casa, então conversei com ele e pedi para rachar aluguel de um apartamento com alguém, que ficasse perto da faculdade, pois eu teria que pegar uns 3 ônibus pra chegar na faculdade se eu morasse com ele, entrei em contato com outros calouros e conseguir um cara para dividir o apartamento comigo, o nome dele era jonas, que era um cara até bonitinho, mas o Gui era mais. As aulas na faculdade estavam quase começado e eu me mudei para o novo Ap. Uma nova fase da minha vida estava começando.
Os dias se passavam e eu quase já nem pensava no Gui, eu achava que já tinha superado tudo. Em uma manhã qualquer, quando eu estava de bobeira em casa com o jonas eu escuto a campainha. Fui até a porta e abrir, eu não acreditei quando vi, minhas pernas ficaram bambas , meu coração acelerou e eu fiquei gelado, parece que eu tinha visto um fantasma, mas na verdade era o Guilherme, lindo, maravilhoso como sempre. Naquele instante eu percebi que eu ainda sentia algo por ele. Eu fiquei olhando para ele, e ele falou :
- Oi .
- Oi – respondi tímido
- Entra – falei com a voz falhando.
Ele entrou e eu o conduzir até o meu quarto, eu não podia acreditar naquilo, enquanto andávamos em direcão ao quarto eu não conseguia pensar em nada, eu estava perplexo com aquilo, depois de meses ele voltou e veio até mim. Eu não poderia acreditar no que estava acontecendo. Chegamos no meu quarto e ele falou :
- tudo bem ? Olha eu quero que você saiba que eu nunca esqueci de você, eu passei por muitos problemas, eu fui preso, me separei da minha namorada e sofrir muito com a sua ausência – falou ele com um tom suave e gentil.
Eu fiquei em silêncio e depois falei a primeira coisa que veio a minha mente:
- Porque você está aqui ? Porque você está me contando tudo isso? acabou tudo – falei de forma rispida
Um silêncio se estabeleceu novamente e depois ele respondeu:
- Eu vim aqui por você, eu só pude vim agora, eu sinto muito, eu nunca te esqueci.
Olhei pra ele com um olhar de decepção e falei:
- Você não tem o direito de vim até aqui, você não faz ideia do quanto eu sofri com a sua ausência, eu finalmente segui a minha vida em frente, você não pode chegar aqui e fazer aquele drama todo voltar a tona, acabou, você fez a sua escolha, eu sinto muito por tudo que aconteceu com você, mas eu não quero sofrer de novo – falei com um tom calmo.
Por fora eu parecia frio e calculista, mas eu estava me corroendo por dentro, a vontade que eu tinha era de me atirar nos braços dele e beijar aquela boca maravilhosa dele, mas eu tinha que ser forte. Ele continuou com o olhar fixo em mim e disse:
- Eu sei que eu errei, mas eu quero acertar dessa vez, eu sei que eu deveria ter sido honesto com você desde o começo, deixa eu te amar, por favor. Pra mim é difícil tudo isso, eu nunca me relacionei com um cara, isso é algo novo pra mim, eu não sei lidar com isso, mas eu tenho certeza do que eu sinto por você.
Nesse momento, parece que tudo que a gente tinha vivido voltou à tona na minha mente. Ele se aproximou de mim, eu tentei resistir, mas ele passou a mão no meu rosto, eu senti um calafrio, ele se aproximou mais e me beijou, foi um beijo quente, molhado, intenso e longo. Eu estava completamente entregue, naquele momento eu percebi que precisava dele. Quando ele parou de me beijar eu olhei nos olhos dele e comecei a lagrimar e disse:
- Nunca mais me abandone, se não eu acabo com você.
- Eu não quero viver sem você, eu não consigo – falou ele com lágrimas nos olhos.
Nos abraçamos e ficamos em silêncio, sentamos na beira da cama e eu perguntei:
- Você não pode me fazer promessas, que não pode cumprir, eu agora vou ficar morando em Brasília e você vai...
Antes que eu pudesse terminar, ele me intorrompeu:
- Eu vim pra ficar, quando descobrir que você tinha voltado pra Brasília eu arrumei um emprego aqui, eu vou mandar a pensão do meu filho e meus pais estão me ajudando, foi meu pai que me ajudou conseguir um emprego aqui, foi difícil, mas eu consegui, eu vim por você. Meu pai me apoiou pra vim até Brasília, porque depois que eu fui preso por terem me pegado com maconha ele não quis que eu ficasse marcado por lá, então ele achou melhor.
Fiquei emocionado, eu nem sabia o que dizer, parece que finalmente as coisas estavam fluindo. Continuei olhando pra ele e disse:
- Onde você tá morando?
- Tô rachando um Ap com dois caras da universidade – respondeu ele.
Eu sorrir para ele e ele sorriu pra mim e disse:
- Nós vamos ser felizes.
Depois daquilo, ficamos conversando sobre várias coisas, eu contei as novidades da minha vida pra ele e ele contou as novidades da vida dele, enfim, conversamos muito. Até que ele foi embora, eu me despedir com um beijo. Eu nem acreditava que aquilo estava acontecendo, parecia um sonho. Dois dias depois do nosso reencontro, eu e o Guilherme transamos, foi uma transa maravilhosa como sempre e depois disso, chamei ele pra morar no meu Ap junto com o Jonas, na semana seguinte ele se mudou e passamos a morar juntos, passaram- se dias e nós ficamos cada vez mais próximos. A gente ficava se pegando quando o Jonas não estava, a gente só não podia transar todo dia, pois o Jonas poderia desconfiar, mas agente vivia de forma intensa e perigosa.
Uns 2 meses depois, jonas consegui um Ap mais barato e se mudou e foi morar com outro cara, eu não me importei, pois agora eu e o Guilherme ficaríamos sozinhos. A partir daí tudo melhorou, eu e o Gui viramos um verdadeiro “ casal” , a gente vivia de forma intensa, ele me pegava do nada e pedia pra transar, tomávamos banho juntos, eu adorava chupar o pau dele no banho, eu cuidava dele e ele cuidava de mim, a gente andava pelado pela casa, a gente transava em todos os lugares do Ap, enfim, era uma aventura. Vivemos de forma intensa e amorosa, a gente cuida um do outro, ele faz café da manhã pra mim, eu faço o jantar dele, a gente se ama, nós somos companheiros, namorados, amantes e amigos, enfim, nós somos tudo um para o outro, mas tudo isso em segredo, ninguém sabe de nada, pelo menos eu acho, mas a gente não se importa com isso. Nunca imaginei que aquela viagem mudaria a minha vida, nunca imaginei que o rumo da minha vida tomaria um contorno diferente depois de conhecer o Guilherme. Viver ao lado dele nunca é monótono, pois ele sempre me surpreende sempre me faz surpresas, cada dia que passa nossa relação fica mais forte.
FIM.


Gente, quero agradecer a todos que acompanharam a história até agora, muito obrigado pelos comentários e mensagens positivas. Eu nunca contei essa história pra ninguém, então falar aqui pra vocês foi a forma que eu encontrei para desabafar, então muito obrigado pelo prestígio. Quem sabe mais adiante eu posso contar umas histórias de aventuras sexuais que eu tive com o Guilherme, mas isso fica pra depois, obrigado por tudo.


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Comentários


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25psonhador Comentou em 29/04/2018

Parabéns pra vocês. Tomara que dê tudo certo.

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dstebt Comentou em 06/03/2018

Muito legal. Enfim juntos. Parabéns!

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dannalbuquerque Comentou em 04/03/2018

Eu amei esse conto, fico mais feliz em ver que vcs ficaram juntos, felicidade!

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theweekend Comentou em 04/03/2018

Obrigado você por compartilhar essa história linda <3

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felipinho18 Comentou em 04/03/2018

Obrigado gente. Vocês são demais !

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joaopass12 Comentou em 04/03/2018

Socorroooooo, melhor escritor everr... Parabéns pela história e já quero prestar vestibular pra outro estado pra ficar longe dos meus pais e encontrar um homem ou mulher tanto faz

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sanjorge Comentou em 03/03/2018

Caiu uma lágrima aqui 😢..história linda,




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Ficha do conto

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Nome do conto:
A viagem que mudou minha vida: uma paixão proibida - parte 8 (Final)

Codigo do conto:
113964

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
03/03/2018

Quant.de Votos:
18

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