na mostra de cinema



Mostra de cinema de SP, sexta feira de noite, sala cheia. Eu me sento ao lado de 2 garotas. O assento do meu lado direito está vazio. Eu estou mexendo no meu celular, assim como quase todos também estão já que as luzes ainda estão acesas e a sessão não começou. Escuto alguém perguntar: este lugar está ocupado? Respondo que não, sem levantar os olhos no meu celular. Não vi quem era, só escutei uma voz masculina.
A pessoa se senta. Acomoda a mochila no chão, tira o pulôver (faz um pouco de calor na sala). Bebe um gole de água. As luzes diminuem de intensidade. A sessão vai começar.
Começa o filme, estrangeiro, asiático. Eu acomodo meu braço no apoio entre as cadeiras. Eu sou alto e minhas pernas ficam um pouco apertadas, o espaço entre o meu assento e a poltrona da frente não é muito largo. Para me acomodar melhor, abro as pernas, “invadindo” um pouco o espaço do meu lado direito.
De repente, sinto o braço do cara que está ao meu lado encostar no meu cotovelo. Automaticamente os dois retiram o braço do apoio. Foi como se tivéssemos tomado um choque. Volto a apoiar o braço entre as poltronas. Me passa rápido um pensamento: será que foi de propósito? Sinto o cara ao meu lado se ajeitar na poltrona, trocar as pernas de posição e, como eu estava quase invadindo o espaço dele por estar com as pernas abertas, o joelho dele ralou na minha perna. De novo, cada um recuou imediatamente, naquele gesto instintivo de quando a gente esbarra num estranho. Pouco depois, fui cruzar a perna e bati na perna dele. Me virei e falei baixinho: desculpa.
Nisso sinto de novo o braço dele encostar no meu. Não me mexi. Pensei: aí tem... vamos ver se continua.
E sempre prestando atenção no filme que era muito bom!
Nossos braços ainda continuavam se encostando. Dei uma pequena mexida no braço, ele mexeu o dele também, mas não tiramos do apoio. Olhei para o lado, o menino (sim, agora vi, era um menino bem jovem, de óculos) olhava fixamente para frente, para a tela do cinema.
Eu deixei meu braço apoiado e deixei minha mão pendendo solta no final do apoio entre nossas cadeiras. Foi aí que senti um roçar de dedos no meu dedo mindinho. Pronto. Foi a deixa! Agarrei aquela mão, apertei os dedos, ele apertou meus dedos, senti ele olhando pra mim e deu um suspiro de alívio. Foi uma descarga de adrenalina. Cara, que delicia, no escuro do cinema, o menino e eu de mãos dadas, descobrindo a textura dos dedos, apertando a mão, tentando conhecer cada detalhe. Ele com a respiração ofegante de leve ao meu lado. Ambos olhando pra tela do cinema, prestando atenção no filme. E trocando carícias nas mãos.
Eu decidi que não ia ficar só nisso. Me soltei dos dedos dele e coloquei minha mão na perna dele. Acariciei a coxa, ele retesou a perna e pude sentir os músculos tensos na coxa, fiquei passando a mão pra cima e pra baixo na perna dele, do joelho chegando até quase a virilha. E aí já dei uma pegada na mala dele. Já pus a mão no volume e deixei ela lá. Estava quente. Fui acariciando e sentindo o pau crescer, ele pôs a mão dele em cima da minha e cobriu com o pulôver. Eu fiquei de pau duro na hora. Fiquei com a mão lá, alisando por cima da calça. Nisso, ele encosta a cabeça no meu ombro. Olhei pra ele, foi a primeira vez que nos olhamos, ele sorriu. Um menino lindo, óculos de armação preta, cabelos encaracolados, magro. Me aproximei do rosto dele e beijei a boca dele. Ele retribuiu, abriu a boca quente, sua língua invadiu minha boca, estava doce, tinha gosto de chiclete de hortelã. Um tesão. A mão dele apertava a minha mão em cima do pau dele. Tirei minha mão e deixei em cima da coxa dele.
Ele pôs a mão dele na minha coxa e veio pegar no meu pau que estava estourando dentro da calça. Meu pau tem 16cm, grosso e estava pro lado esquerdo hehehe e seu sentia que tava babando, melecando a cueca. Ele apertava meu pau por cima da calça. Tive que tirar a mão dele porque a menina que estava do meu lado me deu uma olhada séria.
Ficamos de mão dadas assistindo ao filme, com a outra mão ele ficava alisando meu braço, meu bíceps, fazendo carinho. Encostava a cabeça no meu ombro, estávamos assistindo o filme juntos, tipo namoradinhos. Que loucura!
Ele se ajeitou na poltrona ao meu lado, eu pus minha mão de novo na mala dele, enfiei a mão por dentro da camiseta, subi pela barriga lisinha e chapada até o peito, apertei o mamilo, belisquei de leve, ele chegou com o rosto perto do meu e me deu um delicioso beijo de língua, tesudo, explorando minha boca com a língua, chupando minha língua pra dentro da boca dele, eu sentia as respiração ofegante. Caralho, a gente estava no meio de uma sessão lotada num cinema normal, não era um cinemão de pegação!
Desci com minha mão pelo peito dele, pela barriga lisinha e enfiei dentro da cueca. O pau estava duraço, cabeça molhada, passei o dedo pela cabeça melecada, uma delicia. Ele quase gemeu no meu ouvido. Mas não dava pra enfiar mais a mão dentro da calça dele. Ele tirou minha mão de lá. Ficamos de mãos dadas.
Eu olhei para ele, ele me olhou de rabo de olho, deu um sorriso de lado e apontou pra tela, tipo dizendo: vamos assistir ao filme.
Claro, afinal, estávamos ali pra isso, ele tinha a credencial da mostra, eu vou todos os anos, a vários filmes. O propósito era ver o filme asiático. Por acaso, estávamos de mão dadas, fazendo carinho um no outro.
O filme foi terminando.
As luzes se acenderam, finalmente nos olhamos no claro. Ele era um lindo fofo. Ele me sorriu encabulado.
Me aproximei do seu rosto, deu um beijo na bochecha e disse meu nome no seu ouvido. E perguntei qual era o nome dele. Ele me disse. Eu repeti o nome dele e disse que tinha gostado muito do filme e da companhia.
Perguntei se ele ia assistir mais algum filme, ele disse que não, já estava tarde e que tinha que ir pra casa.
Descemos juntos, conversando um pouco sobre o filme que havíamos acabado de assistir, que outros da mostra tínhamos visto, que ele tinha já tinha visto 20 filmes, a sua idade... fomos caminhando pela avenida, eu em direção ao estacionamento onde estava meu carro, ele em direção à casa dele (assim me disse). Ele me perguntou a quantas mostras eu já tinha ido, eu disse que a muitas, mais de 20! ele me disse que curso fazia na faculdade, eu no que trabalhava. A avenida estava cheia de gente, final de campanha eleitoral, folhetos, discursos e adesivos. E eu acompanhando um menino com menos da metade da minha idade que tinha se encontrado comigo num cinema escuro e que tínhamos trocado carinhos e afeto.
Chegamos na frente do meu estacionamento.
Falei seu nome mais uma vez, dei um abraço apertado, um beijo no rosto e lhe desejei boa sorte e felicidades.
Entrei no carro com esperança que no domingo o eleito fosse alguém que pudesse fazer a vida deste menino mais leve, alegre e fácil. Hoje, na segunda, sei que não vai ser.
Desejei, hoje, mais uma vez, nos meus pensamentos, boa sorte e felicidade a este lindo menino.


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Comentários


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anjogabriel Comentou em 13/05/2019

pode ser qualquer presidente ....sou livre........

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pnm2001 Comentou em 30/10/2018

Tesão de conto! Mas você tem razão, todos que são homossexuais devem ficar mais atento daqui para frente. Logo logo grupos de skin head e milicias estarão nas ruas caçando pessoas que eles classificam de abjetas.

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olavandre53 Comentou em 30/10/2018

Lindinho esse conto, adorei. Bjs




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Ficha do conto

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depauduro2008

Nome do conto:
na mostra de cinema

Codigo do conto:
127255

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
29/10/2018

Quant.de Votos:
8

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