Benditos cafunés

No meu conto anterior, “Pouso nada inocente”, relatei sobre o fim de semana que passei na casa de uma amiga, no qual me arrisquei a lhe fazer algumas carícias. 

Na semana que se seguiu, minha conversa com essa minha amiga tomou um outro rumo: ela passou a questionar o que me levou a ter tomado a iniciativa de lhe fazer aqueles carinhos. Fiquei sem rumo com as perguntas dela; não queria ser sincera em lhe dizer, de cara, que eu morria de tesão por ela, mas também não queria que ela achasse que foi algo fugaz, que não tinha a intenção de dar continuidade, então tratei de levar tudo com leveza. 

Respondi a ela que eu a achava muito linda, que ela tinha uma pele muito gostosa e que foi irresistível tocá-la. Felizmente soube fazer bom uso das palavras e ela ficou lisonjeada por saber que eu a desejava, então começou a me fazer vários questionamentos e praticamente colocou-me na parede. 

Há quanto tempo você presta atenção em mim neste sentido? ela me perguntou.

Poxa, sei lá! Pergunta difícil! Desde que te conheci, sempre te achei linda, você tem uma postura imponente, que chama atenção. Você deve saber disso!? eu respondi.

Imagina! Já sou modelo ultrapassado. Você deve estar com uma visão distorcida.

Ou você pode estar com uma imagem distorcida de si mesma, afinal, ao meus olhos, não há nada de errado no que vejo e, de quebra, você ainda é uma mulher inteligente, há muito tempo não encontro alguém assim, com uma conversa tão boa quanto a sua.

Nossa, está certa que é de mim que está falando? 

Claro! Eu te acho uma pessoa incrível!

A conversa seguiu nesse ritmo e foi, aos poucos, se apimentando:

Mas me fala o que você acha mais bonito em mim? ela questionou.

Eu gosto do conjunto da obra, vejo um todo, há uma harmonia muito linda no seu corpo.

O que mais te atrai em mim?

Além da sua inteligência, que para mim é um tesão, você tem peitos lindos. 

Você teve vontade de tocá-los, quando esteve aqui em casa?

Com certeza! 

E o que te fez parar naquele dia?

Bom, então…  (naquela hora eu travei, não sabia o que responder), eu não queria ser abusada, nem sei como tive coragem de ter feito aquele cafuné.

Também não sei dizer se devia, mas depois que começou…

Me conta o que gostaria de ter feito, ela continuou.

Nossa, você está me deixando sem jeito. Me pondo contra a parede. Eu respondi 

Eu nem te coloquei contra a parede ainda. 

Aquelas palavras me enlouqueceram. Fiquei completamente perdida, será que ela estava falando sério ou só brincando? Estava entrando num beco sem saída e teria que tomar alguma atitude, já que havia chegado até ali.     

- Será um prazer ser posta contra parede por você. Respondi meio sem pensar.

- Quero só ver, ela rebateu.

Ela acabou mudando de assunto e, depois de mais algumas horas juntas, conversando por mensagens, nos despedimos. Naquela noite eu sonhei que a agarrava no corredor da casa dela, mas ficávamos só nos amassos.

No decorrer das semanas que se seguiram, as conversas foram ficando mais provocativas, e ela me mandou até umas fotos bem sensuais da boca dela, o que me deixou com mais vontade de sentir aquela boca na minha. 

Na quinta-feira decidi arrumar uma desculpa para viajar novamente. Marquei um médico qualquer, que eu nem estava precisando ver, só para ter a desculpa de voltar à cidade dela. 

Ela, novamente, foi muito solícita em me oferecer hospedagem, que, logicamente, eu aceitei.

Como o médico estava agendado para a sexta-feira, no fim da tarde, eu primeiro fui à consulta sozinha, e depois segui para a casa dela. Quando cheguei, a vi com um novo visual, cabelo mais curto, uma blusinha vermelha e uma calça jeans bem coloca, estava muito linda! 

Entramos e, como da outra vez, ela me levou até o quarto de hóspedes, onde deixei minhas coisas. Depois fomos à cozinha, pois ela iria preparar o jantar. Ficamos ali, batendo um papo sobre amenidades, falamos bastante de música, e ela foi me dizendo algumas que gostava, ao que fui baixando no app no meu celular. Queria montar uma play list que tocasse seus instintos mais íntimos. Por fim, jantamos, e ela disse que queria ver TV no quarto, perguntando-me se havia algum problema para mim. Respondi que não havia problema algum, apenas que eu gostaria de tomar um banho antes de me deitar. Ela novamente fez questão que eu tomasse banho na suíte dela. Assim, depois do banho, lá estava eu, de novo, na cama dela. Aquela noite estava mais fria, então, ela estava enrolada na coberta quando fui me deitar. 

O dia havia sido bem corrido para nós duas, assim, acabamos apenas dormindo naquela noite. Mas, pela manhã, acordei com ela bem encostadinha em mim, estávamos quase de conchinha. Não resisti e encaixei-me nela. Ela não fez nenhuma reação contrária... Fui tomando a liberdade de acariciar sua barriga e, simultaneamente, com a outra mão, eu acariciava seus cabelos, fazendo novamente um cafuné. Dessa vez decidi que iria ousar mais, passei a beijar suas costas, depois sua nuca, chegando às suas zonas erógenas, na região dos ombros. A partir daí, ela já não era indiferente aos meus carinhos, deixando escapar um gemido. Aquilo atiçou-me e continuei as provocações. Fiquei passeando com meus dedos pelas costas dela, alternando toques mais suaves e toques mais intensos. Sentir seu corpo se contorcer levemente com alguns toques era um tesão delicioso.

Não podia acreditar que estava tocando nessa mulher… Agora, minha mão já estava dentro da sua blusa, mas ainda não tinha ousado ir para os seios, embora louca de desejos. 

Eu não sei o que me acontece perto dela, eu fico meio travada, logo eu, que sempre fui tão despachada quanto ao sexo, que nunca tive vergonha de ir para cama num primeiro encontro, mas, com ela, tudo era novo… e eu simplesmente ficava sem ação! 

Ela é uma mulher de surpresas e mistérios… Foi nesse momento que ela me surpreendeu, pela primeira vez, abaixando suavemente sua blusa, deixando parte do seio à mostra para mim. Como se não bastasse aquela visão maravilhosa, que me deixou molhada na mesma hora, ela ainda começou a tocar levemente seu mamilo, provocação que levou-me ao delírio. Assim como ela é surpreendente com os mistérios e gestos, ela também é provocante ao ponto de chocar, sem ser vulgar! Pegou minha mão e levou em seu peito, suavemente, porém intensamente. Gelei! Mas estava adorando tudo aquilo e fui em frente… Tomei aquele seio, redondo e durinho que preenchia minha mão, e não sei se eu me deliciava mais com ele ou com aquela pele macia… Ah..., com aquele bico rígido entre meus dedos, veio a maior surpresa… 

Liz colocou as mãos em sua vagina, molhando os dedos em sua lubrificação e passando sobre a minha mão, para eu sentisse que ela estava excitada. Fui aos céus quando ela fez aquilo, porque eu não sabia, até esse ponto, o quanto realmente ela estava curtindo essa “novidade” em sua vida. Contive-me e fiquei ainda mais um tempo lhe acariciando os seios, beijando-lhe o pescoço, a nuca e, levemente, a orelha. Quando a coisa estava esquentando mais, resolvi por uma das música que, na noite anterior, ela havia dito que achava sexy.

Agora você apelou, disse ela.

A gente luta com o que tem, respondi.

Comecei a ousar mais nos toques, até que fui adentrando a bermuda do pijama que ela usava. Senti sua pele lisinha. Ela estava totalmente depilada. Uma visão e um toque deliciosos. Fui descendo a mão até encontrar seu pequeno clitóris. Comecei a massageá-lo e ela gemeu levemente. Liz é muito discreta verbalmente, mas seu corpo todo fala… Ela não precisa de muitas palavras para demonstrar o que sente… Seus olhos, sua respiração, suas mãos, enfim… Mexeu seu quadril, esfregando-se contra o meu corpo. Eu soltei um gemido, pois tenho uma tara imensa por bunda. E Liz é muito instintiva. Ao perceber que eu gostei das reboladas do seu quadril, ela começou a repetir os movimentos, o que fazia com que meu toque nela também se intensificasse. Ficamos assim por um bom tempo, até que ela passou a soltar gemidos mais intensos, e eu senti sua lubrificação aumentando, de modo que meu dedos escorregavam em sua vagina, tão meladinha e quente, denunciando seu gozo, sem que ela precisasse me dizer que gozou.

Ficamos por mais um tempo deitadas juntas na cama, porém, tínhamos coisas para fazer e precisamos levantar. Até esse momento, incrivelmente ainda não havia rolado sequer um beijo, embora a vontade estivesse grande demais!

Depois de tomarmos café, ela perguntou se eu gostaria de ver um filme, ao que concordei. Ela disse que havia ouvido falar de um tal "Azul é a cor mais quente". Pensei comigo: que safadinha! Andou pesquisando os filmes de tema lésbico.

- Você sabe qual o tema desse filme, não é? 

Ela sorriu e respondeu: 

- Sim, eu sei!

- Então tudo bem, vamos assistir.

Eu fui até o quarto e peguei um creme e sentei com ela no sofá e comecei a massagear seus pés e pernas. Ficamos assim por um bom tempo, até que ela disse que queria se deitar, então, fui para o outro sofá. 

O filme foi avançando, as garotas começaram a se pegar e eu comecei a ficar envergonhada, principalmente porque ela começou a me fazer perguntas, até que, num dado momento, ela se incomodou com o fato das atrizes não se beijarem mais intensamente. Aquilo ficou martelando na minha cabeça! Levantei-me do sofá em que eu estava, fui até ela, debrucei-me e dei-lhe um beijo de língua, que ela, imediatamente, correspondeu, penetrando intensamente sua língua na minha boca. Me afastei e voltei para o outro sofá. Por fora estava tudo bem, mas por dentro, eu estava desconcertada! Que beijo foi aquele!!! Enfim, assistimos mais um pouco do filme, mas tivemos que interrompê-lo, porque tínhamos um compromisso. Nos levantamos e fomos nos arrumar. Eu roubei novamente um beijo seu na cozinha. Estava tão gostoso e intenso… Mas Liz ama chocar! Ao se arrumar em seu quarto, Liz me jogou contra a parede, dando-me um beijo louco,  intenso, rápido, desses meio no susto, então, ela deixou-me ali, contra a parede, e simplesmente saiu, para eu tomar um banho e me arrumar. 

Nosso compromisso foi rápido, em menos de duas horas já estávamos de volta. Voltamos ao filme. Em minutos, Liz veio até mim dizendo:

- Tenho uma coisinha para você.

Ela deu-me um delicioso beijo, deixando em minha boca uma bala que ela estava chupando.

E as provocações foram rolando, até a hora de "dormir". Eu perguntei se ela não gostaria de uma massagem nas costas. Prometi que me comportaria e só faria a massagem. Ela topou e comecei, realmente massageando suas costas nos pontos ela sentia mais incomodar. Acabei por subir em seus quadris e não resisti: passei a enchê-la de beijos por toda costa, ombros, nuca… Em retribuição, ela começou a me provocar, mexendo os quadris. Foi aí que a coisa desandou…Ergui minha blusa e passei a esfregar meus peitos nas costas dela, coloquei minhas mãos por baixo dela e enchi minhas mãos com seus seios, enquanto beijava sua nuca. Virei-a de frente e começamos a nos beijar, depois passei a chupar com desejo os seios dela. Minha mão foi descendo eu brinquei com o grelinho dela, mas dessa vez continuei descendo até chegar ao seu canal e aí veio a mais maravilhosa de todas as surpresas: ela estava deliciosamente molhadinha. Toques cada vez mais intensos. Ela excitada, ousei então penetrá-la e tive a mais deliciosa das surpresas:  sentir o quanto ela era apertadinha. Aquilo me coagulou o sangue… A adrenalina percorreu todo meu corpo. Com certo esforço, consegui penetrá-la com um só dedo. Brinquei um pouco ali, mas ela se esquivou e eu parei, continuando nas provocações. Ela veio para cima de mim, sentou-se nos meus quadris e começou a me provocar, passando os dedos molhados nos bicos dos seios. Não resisti e cai de boca. Peguei seus seios em minhas mãos e chupei-os com vontade, gulosamente, alternando lambidas, chupadas, passada da ponta da língua nos biquinhos, e nessa hora ela gemeu gostoso. Coloquei minha mão por dentro da bermuda e novamente penetrei-a. Ela sabia o que queria… Fazia movimentos de vai e vem, ditando o ritmo da penetração. Senti novamente sua lubrificação aumentar e ela arcou o corpo para sentir o êxtase do gozo. Desta vez, Liz tremia… Seu gozo foi intenso, o que me fez ver que ela tem uma tara especial por chupadas intensas nos seios… Fui guardando para mim cada detalhe. Tudo com Liz era muito diferente do que havia sido a com minhas outras parceiras. Eu estava sem chão! Não tinha parâmetros… Era como se eu tivesse transando pela primeira vez. E Liz, tão apertadinha… Quase jurava que também estava passando pelo mesmo que eu…  

Ela, então, caiu na cama e eu esperei que ela recobrasse o fôlego, antes de atacá-la com um beijo bem safado, até que pegássemos no sono, ali, abraçadas de conchinha.

Na manhã seguinte, eu tinha hora para voltar para casa, pois era um dia normal de trabalho. Liz, com sua intensidade, resolveu me provocar mais um pouquinho, serpenteando seus quadris em mim por um tempo, antes de sair da cama. Fui para o banho, enquanto ela preparava o café da manhã. Na hora de sair, ela ficou me esperando ao lado da porta e, quando fui passar, ela fechou a porta e nos beijamos loucamente. Liz não é de fazer nada “meia boca”. Tudo para ela envolve significados e sentidos… Sua intensidade e atitudes constrangem aos mais fracos. Não no sentido dela ser vulgar ou atirada, ao contrário! Liz tem uma doçura e delicadeza que espantam… Mas ela sabe usar seus mistérios e se fazer como ninguém uma mulher fatal. É preciso estar preparada para se relacionar com ela, pois ela exige respostas, reciprocidade e conteúdo! Estou como naquela música de Jorge e Matheus: “Tá doido que eu vou fazer propaganda de você?”.

Estou certa que você, leitor(a), iria enlouquecer de conhecê-la… Mas para chegar onde eu consegui, foram meses e meses de aprendizado sobre o mapa de mundo da Liz. Alguém que chega chegando, com ela, quebra a cara! Liz é hoje como uma flor, que desabrochou para mim… Foi tudo e foi nada que nos ligou… Fomos da culinária, dos assuntos frívolos da vida profissional, aos mais complexos momentos das crises da existência humana! Liz é química, física, geografia, história e arte, com uma pitadinha de matemática e uma boa dose de literatura! Tem que ter conteúdo!

Assim, tivemos um fim de semana maravilhoso, empolgante, cheio de surpresas arrasadoras, às quais não vejo a hora de repetir. 

Cada segundo com Liz valeu a pena, e descobri que ela é ainda mais gostosa do que eu poderia imaginar nos meus sonhos. 

Você já conheceu alguém assim? 

Estou certa que encontros como este, onde há muito mais que simples desejos físicos, são situações vividas por poucos mortais… Conto as horas para viver novos momentos, tão intensos e mágicos como este!

 


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Comentários


foto perfil usuario carla31

carla31 Comentou em 10/10/2020

Amei seu conto, ele me faz lembrar a minha amiga Lu, estou na fase do encantamento com ela. A gente se olha, se abraça , mas ainda tenho medo. Ela sabe que sou lésbica , ela hetero e nunca teve nenhuma experiência. E eu cá estou a admirá-la. Amei seu conto.

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casalbisexpa Comentou em 26/09/2020

delicia de conto

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laureen Comentou em 25/09/2020

Seu gozo foi intenso, o que me fez ver que ela tem uma tara especial por chupadas intensas nos seios… Fui guardando para mim cada detalhe. Tudo com Liz era muito diferente do que havia sido a com minhas outras parceiras. Eu estava sem chão! Não tinha parâmetros… Era como se eu tivesse transando pela primeira vez. E Liz, tão apertadinha… Quase jurava que também estava passando pelo mesmo que eu… Ela, então, caiu na cama e eu esperei que ela recobrasse o fôlego, antes de atacá-la com um beijo

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Comentou em 25/09/2020

Votado! Amei como detalhou seu fim de semana. Parabéns por ser capaz de mergulhar nesse mar cheio de mistérios e charme chamada Liz.

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erotico40 Comentou em 25/09/2020

Nossa Maravilhoso conto magnífico muito ela é escorpiana ou uma virginiana

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lucasemarcia Comentou em 25/09/2020

Maravilhoso ! Votadooo

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robertoeluiza Comentou em 25/09/2020

Parabéns pela conquista!!! Já valeu todo seu choro! Agora virá a sua segunda parte que será ela assumir o relacionamento!! Felicidades e si desejar compartilhar mais mande msg em privado Torcendo por vc. Votado




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Ficha do conto

Foto Perfil jadebaret
jadebaret

Nome do conto:
Benditos cafunés

Codigo do conto:
164906

Categoria:
Lésbicas

Data da Publicação:
25/09/2020

Quant.de Votos:
8

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