Violência e iniciação sexual 13 (Nascimento da paixão)



Era o dia do aniversário de Caio e ele tinha convidado Ale no dia anterior para irem ao cinema. Porém, quando pegou o celular pela manhã ele tinha mandado uma mensagem cancelando, dizendo que sua mãe tinha passado mal e ficaria com ela no hospital. Sua mãe entrou no quarto cantando parabéns com seu pai ao lado e um bolinho na mão. O dia decorreu normalmente e Caio resolveu que iria ver o pôr do sol na praia de Itaipu, se arrumou e já ia pedir o uber, quando sua mãe o chamou para um passeio em família. Os pais de Caio o levaram para um salão de festas, ele ficou muito surpreso quando entrou e viu seus amigos da faculdade, seus parentes, alguns amigos da escola. Ele só chorava, eu estava lá e realmente foi muito lindo a forma como tudo aconteceu. Lembro-me que uns trintas minutos depois da entrada triunfal do aniversariante Arthur chegou, tinha um embrulho nas mãos, eu estava com Caio e Ale conversando quando nós o vimos:
- O que ele tá fazendo aqui?
- Eu que chamei, na verdade ele me perguntou se haveria alguma comemoração e eu contei, não imaginei que ele viria (Falou Ale)
- Amiga, às vezes acho que não te entendo real.
As palavras de Caio para Ale foram diretas e de fato não havia como discordar dele. Eu também não entendi, qual foi o pensamento dela.
Arthur se aproximou da gente, dava para ver na sua cara que ele estava desconfortável:
- Parabéns Caio.
Ele estendeu o embrulho, que Caio não pegou.
- Ter que te aturar na facul tudo bem, mas, aqui? Você não se manca?
Arthur ficou em silêncio e deu pena real na hora.
- Eu… é… tipo. Não imaginei que…
- Você nunca imagina nada, né cara?
Eu tentei acalmar o Caio, afinal era aniversário dele. Ale estava super incomodada, deu para ver na cara dela, que ela havia percebido seu erro. Gente, onde ela estava com a cabeça.
- Preciso de ar.
Caio saiu em direção à varanda e Arthur, tão sem noção, o seguiu e eu questionei Ale:
- ALE CARALHO QUE PORRA FOI ESSA.
- Ai Rafa, não sei. A mãe dele sugeriu chamar o Arthur e sei lá, achei que, nem sei o que achei. Só chamei.
- A mãe de Caio sugeriu isso? Mas, você sabia como estava essa relação, isso foi uma bola fora, real.
- Nem precisa me dizer isso tá. Já estou me sentindo um lixo. Era para essa festa ser especial para ele.
Depois que a festa acabou Caio nos contou o que aconteceu na varanda:
- Desculpa, eu não queria te chatear no seu aniversário eu…
- Você achou o que garoto? Que iria sorrir e dizer que bom que você veio? Será que você liga a mínima para o que eu sinto ou só pensa no seu pau?
- De verdade, eu, é. Sei lá, quando Alessandra me ligou e me chamou eu pensei que…
- Ah ele te ligou e chamou? Caralho não to acreditando nisso.
Arthur puxou Caio pela cintura com a sua mão livre e o beijou, ele correspondeu, queria aquilo. Estava com saudades daquela boca, que o devorou como se ele fosse o ar dos seus pulmões:
- Caio eu nunca menti para você. Nunca e você sabe disso.
- Esse papo de novo, já deu.
Arthur o olhava nos olhos e parecia sincero.
- Antes de me interromper de novo e que eu perca a coragem me deixa falar e só me escuta.
Caio concordou com a cabeça, a vontade de chorar era lancinante, porém, ele se prometeu que não choraria mais por macho nenhum.
- Eu nunca tinha ficado com um cara, de verdade. E depois da primeira vez que rolou, eu quis de novo. Eu sempre zuei os gays e de repente eu me vi fazendo sexo com outro homem. Você é cara legal e eu pensei que poderia juntar o sexo contigo, como uma espécie de amizade, até o Pedro falar que vocês transaram.
Caio o ouvia tentando entender onde aquele papo chegaria.
- Eu não sei de verdade te dizer o que senti. Se era ciúme ou só fato, de eu não ser o único a fazer sexo com você. Eu tô te falando isso, porque apesar de tudo, eu sempre fui honesto com o que eu queria de tu. E quero continuar sendo, era bom te chamar de princesa.
- Mas, eu não sou sua princesa. Eu sou um homem que sentia desejos por você. E sim, você não me prometeu nada, mas, também não podia me exigir.
- Sentia, não sente mais?
- Sinto, droga eu sinto. Mas, isso não muda nada.
Enfim, uma lágrima solitária desceu pelo seu rosto.
- Ei Hoje não é dia de chorar. Eu vou embora e prometo não te incomodar mais.
- O que você ia me dizer lá em casa?
- Não sei se tô pronto mano, para falar.
- Mas, eu quero saber.
Arthur ficou um tempo em silêncio, pensando. Ele por fim olhou para Caio que já não continha mais as lágrimas.
- Eu te pedir uma chance. Tipo uma condição da gente ficar e ir vendo o que rolava no sigilo. Não seria só sexo, mas, também não seria um namoro aberto. Entende?
- Claro que entendo, seria um tipo "me comer quando ninguém tá vendo, e pegar umas meninas para ninguém desconfiar"? Bem a sua cara.
- Foi isso que eu falei?
- Não. Porém, é o que se entende né?
- Eu sei que você está magoado. E você tem todo direito disso. Só não bote palavras na minha boca. Quando você me mandou embora da sua casa, eu não te disse essas coisas, pois sabia que era injusto essa condição. Só que é o que eu posso te oferecer hoje, é o que posso te dar. E caso você aceitasse, eu não ia sair por aí comendo ninguém, você seria o único. Seria minha princesinha na cama e na vida.
Arthur levou a mão até o rosto de Caio, limpando suas lágrimas, Caio levantou sua mão e acariciou a de Arthur que estava em seu rosto. Arthur levantou a cabeça piscando os olhos rapidamente.
- Vou embora. Feliz aniversário princesinha.
- Odeio quando você me chama assim.
- Eu sei que é mentira.
Caio deu um meio sorriso. E Arthur lhe beijou o rosto.
- Toma, pega seu presente.
Caio pegou o embrulho da mão de Arthur. Ele lhe deu mais um beijo no rosto.
- Isso tudo ainda é estranho para mim. Eu sinto sua falta, sinto mesmo.
Caio sentiu vontade de beijá-lo, de agarrá-lo mais se conteve.
- A gente se vê amanhã e conversa melhor se você quiser.
Arthur não esperou respostas se virou e partiu, Caio também não o chamou. Na verdade estava muito perdido para isso, todavia, ria sozinho. Ele voltou para o salão, eu Ale já esperávamos que ele voltaria puto da vida, porém, ele a abraçou e disse para nós:
- Agora eu só quero beber e dançar. E nem me perguntem nada, ainda estou processando tudo.

Estamos de fato chegando ao fim. Apesar dos efeitos de linguagem e de alguns floreios estou tentando ser fidedigno aos fatos. A história de Caio, me fez acreditar que correr riscos vale a pena. Comentem, votem e claro, sonhem com o amor e um bom sexo os dois podem muito bem vir juntos. Bjs


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Comentários


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rotta10 Comentou em 16/06/2022

Chorei muito nesse conto

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renantridantas Comentou em 06/06/2021

Ai meu Deus do céu, ok... Eu estou nesse exato momento, passando pano pro Arthur, mas ao mesmo tempo quero que o Caio fique com o irmão da Ale.

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eder1904 Comentou em 06/06/2021

Nossa está maravilhosa... Um história super demais .... Pena que estar acabando ...

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khaleb Comentou em 06/06/2021

Pelo amor de Deus, no seu tempo, mas quando puder nos conta mais. Amei seu conto




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Ficha do conto

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rafanegao

Nome do conto:
Violência e iniciação sexual 13 (Nascimento da paixão)

Codigo do conto:
179990

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
06/06/2021

Quant.de Votos:
13

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