Ele não parava de imaginar coisas, ainda que a razão ordenasse a calma, sentado naquela cadeira na sala, o acómodo dava-lhe porções de frescuras que ajudava-lhe acalmar os nervos, sobretudo para a organização dos pensamentos. Minutos depois de calma, seu celular vibrou, era uma mensagem dela, um texto curto que dizia "Você decide baby, o tempo está contando, Bjs". Essa menina é muito maluca mesmo - pensou consigo mesmo e sorriu.
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Como era de esperar, os dias seguidos estavam sendo agitados demais, as chantagens dela tornavam-se intensas, ele procurava um jeito de acabar com tudo de uma, só não sabia como e/ou o quê fazer. Sabendo que a Neydi, a namorada dele, estava na província de Benguela por motivo de cursos, Kath aproveitava frequentar diversas vezes a cada do Júnior, sempre como o mesmo intuito, era uma missão que queria cumprir de qualquer modo, e se não fosse com ele, com outro não pensava, e se por caso ele resistisse, aprontaria tudo para destruir às suas companhias - a amizade com a sua irmã Gabriela, e o namoro com a Neydi -, a decisão estava por conta dele e ela aguardava atentamente.
Vinha sempre decotada, de qualquer modo, ele não permitia a sua entrada em casa, usava a razão para olvidar a emoção, o desejo carnal que emanava cores vivas e dava luzes verdes, só não sabia até quando isso iria continuar. Fazia quase três semanas que não estava com a sua amada, sentia falta do calor do seu corpo, saudades de estar aconchegado naqueles braços, sentir a maestria que só a Neydi sabia fazer, adular os seus lábios e dizer várias vezes o seu eu amo-te. E, Kath estava sempre ali, querendo dar-lhe o calor, oferecer-lhe o aconchego, o sabor dos seus lábios rosados, o aroma do seu corpo, o encanto das suas aventuras, enfim, os versos mais vivos da poesia do amor.
Até quando e onde isso iria? Era uma incógnita que jazia no ar, aproveita-se o momento com ela e provar do fruto proibido, sairia ganhando, recebendo a energia que precisava, e se assim for, por mais que ficasse oculta, seria uma traição - primeiro, por ser irmã menor da sua melhor amiga, seria como destruir os laços de amizades que une-lhes, e isso não seria ético, afinal a grande amizade suportou diversos momentos difíceis, supostou tempestades, e no final, ergueu-se sempre; segundo, por estar comprometido com alguém e ter jurado a fidelidade, desfazer a regra seria anti-ético, e isso ele não desejava -, escondida parece que também não ficaria, há mulheres que, ainda que aceites a sua proposta - sexo ou qualquer outro trato - com juros de que deixaria em paz, no final de tudo sempre seria capaz de fazer qualquer coisa para ter o indivíduo em sua posse, acharia sempre um jeito de acabar com qualquer relacionamento, em especial quando estiver apaixonada, parece que era o caso dela, que já afirmava estar apaixonada para além da excitação, ainda qe Júnior aceitasse deitar-se com ela, seria como colocar mais fogo na paixão e desejo na carne, o mesmo de tê-lo para ela; por outro, se não aceitarm devia arcar com as consequências que viria. Qual sera a a decisão?
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Naquela tarde de terça-feira, Júnior havia chegado mais cedo em casa, estava descontraindo na sala enquanto via o filme "PANTERA NEGRA", quando o relógio marcava 15hs, recebeu a ligação da Neydi, que infornava da chegada em Luanda, ele ficou radiante de alegria, agora sim mataria a saudade, sentiu-se mais felizardo e confiante, mais dentro de si. Finalmente, já tinha saudades - falou consigo mesmo sorrindo - já era p´ra ser.
Enquanto jazia a alegria, alguém bateu a porta e sem permissão acabou entrando. Ele mora sozinho, numa casa de aluguer, um espaço pequeno composta de um quarto e uma sala, era o suficiente para ele, afinal de contas moraria sozinho por alguns tempos, não precisava logo um espaço tão grande, atendendo os custos, energia e outras despesas eram contados, estar dentro dentro dela era o seu lar. Residir no município de Cazenga, Bairro Gesso, foi umas das melhores coisas que o tempo lhe havia presenteado. Kath acabou entrando sem aguardar por uma permissão, estava nem ali para o que encontraria, tinha uma missão para cumprir, ela notou a felicidade dele.
- Nem tentes mandar-me sumir! - falou séria, olhava para ele sem passar os olhos no filme que passava.
- O que fazes aqui!? - ele indagou-lhe, mesmo conhecendo a causa, visto que havia passado dois dias sem qualquer sinal dela.
- Esqueceu do nosso trato? - questionou-lhe irónica, ela estava mais séria do que nunca.
- Trato? Que trato? Eu já lhe disse que, não quero nada com você! - falou sério.
- Júnior, não me faça de tola - falou sorrindo ironicamente - seu olhar diz outra coisa, e até parece que o seu irmão aí também deseja.
- Não me traga problemas. - falou calmo.
- Satisfaça só por hoje e deixo-te em paz - ela falou firme - por outram sei que a sua namorada está de volta.
- Como você sabe disso? - questionou-lhe admirado.
- Eu mesma vi quando chegava e entrava no quintal, ué - disse sorrindo, aproveitando-se da ocasião - eis o o último momento.
- Não quero nada con você, por favor, entenda-me! - falou-lhe mais calmo concentrando-se nela.
- Júnior - falava aproximando-se dela, num tom calmo - tens a última oportunidade, sabes que eu gosto muito de ti e isso não é de hoje, faz tempo que tens frequentado a minha casa, parece que és um filho de lá, todos têm uma grande consideração por ti, então não me obrigues a estragar os seus relacionamentos, tanto com a minha irmã bem como com a sua namorada, sou muito capaz de tudo, por favor, não teste a minha capacidade. A decisão agora é sua, estou esperando, o que dizes baby?
Entre a parede e a espada, existe um espaço para refugiar-se, uma escapatória, só há um, qual será? Está tudo claro, pegar ou largar, uma é a opção, Júnior mantia-se pensativo, era a hora da decisão, ela olhava para ele de barços cruzados, esperando por uma reacção. Trajava um mini-vestido azul que deixava a vista suas coxas, ténis Adidas nos pés, seu cabelo organizados num rabo de cavalo, o rosto maquiado, seus lábios brilhavam por efeitos do blush em volta, ela comia-o com os olhos, aguardava ansiosa pelo seus fantasio príncipe, não tinha pressa, cada plano estava traçado, estava na mira, pressioná-lo seria como estraar o outro lado da missão, o presente momento, seria o início ao fim da missão que há uma semana vinha projectado. Ele permanecia quieto olhando para ela, mirando os seios fartos em volta do sutião, os lábios sedutores, o corpo puro que tinha em frente, navegar nas curvas ágeis desse paraíso, dar-lhe-ia à uma passo dos deuses. Vacilaria? Ela aproximou-se dele em passos sedutores, parece que viajava no mundo das suas imaginações.
delicia demais
Como sempre um conto maravilhoso e cheio de tesão! Parabéns