A IRMÃ DA MINHA MELHOR AMIGA III




        Existe uma única e derradeira decisão para mudar tudo, entre o sim e o não, pois, o talvez é uma entranha de incógnita, de mistérios incompreensíveis, portanto, o errar ou acertar, está vinculado entre as duas hipóteses sempre conhecida, um sim ou um não; uma é e/ou deve ser a escolha certa. E esse era o momento de acertar ou errar, quer dizer, pegar ou largar, o destino estava em suas mãos, ele olhava para ele total firmeza no outro lado da imaginação. Precisava agir logo, era o momento, quanto mais pensava, mas tenso ficava e o tempo corria, Júnior está quase inerte, Kath aproximava-se dele com aquele andar sedutor e mordendo os lábios, passou por ele sorrindo sem tocá-lo, sentou-se no cadeirão, cruzando os pés, deixando às vistas a sua coxa semi-nua e traços da sua calcinha, esperava ansiosa, ele continuava de costas para ela, parado no mesmo lugar. Não era fácil escapar dela e por mais que tentasse, ela mantia-se firme, com garras fiadas feito uma fera, e essa fera era capaz de devorar.

        Ela pegou no controlo da TV e trocou o canal, colocando o BE-Kuduro, passava uma música daquelas dos jovens, músicas que para muitos é música, enquanto para outro não, quer dizer, barulho por nada. Passava Noite e Dia, aquela canção do "abre o livro", como era uma daquelas que ela adorava, deu alguns toques mesmo sentada. Ele virou-se para ela.
- Então, já se decidiu? - ela questionou-lhe sorrindo.
- Não totalmente. - ele respondeu frio.
- Ehh! O tempo está contando, decida-se já! - exclamou sorrindo e voltou os olhos para TV.
- Com tantos outros escolheste a mim? Mesmo sabendo que tenho uma namorada, e sobretudo, ser amigo da sua irmã mais velha. - falou olhando para ele.
- Meu querido, quando a tesão vem não escolhe quem é, é só mesmo excitação mesmo - disse sorrindo para ela - essa teoria "num sei quê, num sei quê" não bate certo, você come só sem perguntar.
- Você só pode estar droga - falou sorrindo ironicamente - não usou nenhuma droga?
- Ahh! Sim, a minha droga mesmo és tu, faz tempo que desejava comprar e inalar, mas não dava tempo, então, visto que o tempo apareceu, estou pronta para pegar e inalar perfeitamente! - rematou directamente e gargalhou-se da cara dele.
- Epáh, mas antes diga-me uma coisa... - reticenciou as falas.
- Vá lá, atire. - ela disse firme, estava atento na sua narração, algo dizia-lhe que estava acertando o alvo, só restava manter a calma e agir de forma natural.
- Bem, você insiste tanto e até estás deixando-me com enjôo. - ele disse aproximando-se dela em passos lentos.
- E, então? - questionou-lhe curiosa.
- Bem, bem... - falou quase gaguejando - precisas prometer que ficará só entre nós.
- Claro que sim, meu amor, ficará só entre nós e mais ninguém saberá. - respondeu sorrindo de felicidade, parece que era o esperado, a missão em luzes verdes.
- Não é tão fácil assim. E se assim for, prometes que não voltarás a encomodar-me? - indagou-lhe chegando mais próximo.
- Claro, mas sempre que você quiser, estarei aqui de prontidão para ti, e está fechado o nosso segredo... - ela disse-lhe feliz - vamos alinhar?

        E o clima parecia que vai rolar, os dois estavam próximos um do outro, Kath estava sentada de pernas cruzadas, enquanto Júnior mantia-se em pé olhando para ela, não deixou de reparar a sua formosura, os lábios que aguardavam-lhe prontos. Ela deixou-se apoiar mais no cadeirão, colocando as costas mais confortável, deslizou as mãos sobre as pernas cruzadas num modo de libertá-las da cruzada, passou a mão no ombro esquerdo e abriu um pouco as pernas, abertura essa que deixava às vistas suas roupas íntimas, mordeu o lábio inferior, esperando uma iniciativa dele. Então, rolaria? Ele continuava olhando para ela, deu dois passos para trás e alisou o cabelo pensativo, parece que estava ficando louco mesmo, havia uma luta dentro dele, a razão e a emoção, a razão alertava à fuga, enquanto a emoção mandava fogo de desejos, só ele escolheria onde refugiar-se. Era o momento, a musa esperava pelo príncipe encantado, restava o príncipe montar no cavalo e cavalgar triufante ao encontro da princesa. Venha o que vier, falou consigo mesmo, sorriu e aproximou-se dela.
- Levante daí, menina! - falou totalmente sério puxando-a pela mão.
- Ficou maluco? - ela berrou sem perceber enquanto tentava soltar-se.
- Maluca aqui és tu, menina boba, não me faça usar as forças! - gritou para ela.
- Não me faças tu usar as forças, entendeu? Solte-me antes que eu grite! - berrou raivosa.
- Vá lá, grite, grite..., todos aqui já sabem o que leva-te aqui - falou furioso - achas que sou um qualquer é isso, um tarado para deitar-se com você?
- Solte-me. - gritou tentando libertar-te mais uma vez.
- Você vai sair daqui agora e nunca mais voltar, entendeu? - gritou para ela.
- Nunca! - cuspiu no rosto dele quase chorando.
- Menina, menina... - falou sorrindo ironicamente, com mais garra forçou-lhe até na porta - você falhou, desperte do sono. Uma menina como você querendo fazer da vida de outros um inferno, onde já viu-se isso?
- Solte-me, solte-me... - falava enquanto batia nele com a outra mão.
- Estou falando para o teu bem - falou acalmando-se e soltou o braço dela - se você quiser denunciar, vá lá fazer, faça tudo o que quiser, pois saiba que tenho as minhas provas e talvez tu nem notas, a sua irmã já sabe sobre isso, eu mesmo falei com ela, e como você mais uma vez aprontou e foi longe demais, precisas ouvir umas boas.
- Vai à merda... - ela berrou chorando, a missão estava falhada, as tentativas de conquistar estava muito longe do que ela imaginava, estava ciente que daria certo, quando na verdade enganava-se.
- Obrigado, já estou indo nela - falou sorrindo da cara dela e apontou a porta - já agora, podes sair livremente e nem penses em voltar enquanto não resolver os seus pensamentos malucos.

        Ela enxugava as lágrimas que caíam-lhe dos olhos estragando a sua maquilhagem, ele sentiu a compaixão dela, fizera a coisa certa, mas magoara-lhe com as palavras duras e isso precisava concertar. Sabia que na idade dela, era muito normal aqueles desejos e idealizações, faz parte do organismo, isso demonstra que as células estão em funcionamente, as paixões são várias vezes e as ganas de conhecer mais o seu corpo, atracção pelo sexo oposto, enfim, às diversas transformações que ocorrem na fase da juventude, ele connhecia tudo isso, leccionava a cadeira EMC e Biologia num dos colégios próximos. Aproximou-se dela e enxugou-lhe as lágrimas, ela tentou refutar, mas acabou cedendo, não conseguia concentrar os olhos nele, sentia-se envergonhada, conduziu-lhe no cadeirão e fez com que sentasse, sentando ao lado dela.
- Vá lá, não chores mais - falou enxugando-lhe as palavras com guardanapos que retirou sobre a mesa - assim estragas a sua beleza.
- Deixe-me assim. - ela falou com olhos para baixo.
- Olha, na sua idade é muito normal isso acontecer, afinal estás crescendo, tornando-se mulher, mas há que ter cuidado para não torná-lo um vício - explicava ele com total alegria - pois, quando isso leva à cabo, as atitudes mudam e isso não parece bom.
- Eu sei, já falavam-nos na 9ªclasse - ela falou ganhando coragem e levantou os olhos, mas sem olhar para ele.
- Pois sim, então leve sempre em consideração, não faça daquilo que é natural um vício - falou delicadamente e puxou o controlo da TV, colocando o canal Blast.
- Vou tentar! - falou sorrindo.
- Certo! Está fazendo-se tarde, precisas caminhar já. - ele falou fixando os olhos nela.
- Já estava prestes a sair - falou levantando-se, ajeitou um pouco o vestido mais para baixo, cobrindo as coxas.
- Então, até mais, deixe que lhe acompanhe até à porta.
- Nem precisas, conheço a saída.

        Kath caminhou em passos lentos sem olhar para trás até sair, o desânimo lhe acompanhava, a missão fracassou, mas de certo modo também foi uma aprendizagem. Júnior olhava firme na porta, revirou o olhar na TV e sorriu, agradeceu a razão pelo momento. Lembrando-se da sua amada que já estava em casa, levantou-se do cadeirão, dirigiu-se para o quarto, precisava organizar-se para o tão desejado encontrado com a Neydi.

Fim!


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Comentários


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heloisa40 Comentou em 17/04/2022

Muito bom mesmo. Além da história envolvente, a beleza literária salta aos olhos. Parabéns, leva meu voto.

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leilafiel Comentou em 07/03/2022

Trilogia bem original e diferente. O normal seria qualquer um possuir essa garota com tudo. Gostei.

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casalbisexpa Comentou em 22/01/2022

delicia demais




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Ficha do conto

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Nome do conto:
A IRMÃ DA MINHA MELHOR AMIGA III

Codigo do conto:
193927

Categoria:
Fantasias

Data da Publicação:
21/01/2022

Quant.de Votos:
4

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