Continuamos com a caminhada até finalmente chegarmos ao local. O portão estava aberto, música no ar, estava cheio, fomos recebidos por alguns amigos, Pedro, Vandra, Sandro, Marcia e Júnior, a festa já havia começado, colocamos uma conversa em dia, dançamos e nos sentamos aguardando os próximos momentos. O Rui já havia soltado-se mais, estávamos um ao lado do outro.
- O que está achando da festa? - questionou-me sorrindo enquanto dava um gol no seu refrigerante.
- Até aqui, interessante. - respondi apreciando a volta e olhando novamente para ele - O que estás achando?
- Como dizes mesmo, interessante, bom para descontrair, há novidades de todo tipo aqui.
- Até de mulheres! - disse para provocar.
- Claro, até de mulheres, não poderia faltar. - respondeu-me e voltou a empurrar mais um gol.
- Bom p'ra vocês! - falei quase enciumentada, às vezes era difícil pensar que ele andava por ali apreciando outras mulheres, isso deixava-me sei lá, mas ele tinha razão, para além de ser homem, eu era apenas uma amiga para ele, queria-me, mas eu não dava bolas para ele.
- Quase isso. Além do mais, estou solteiro, talvez a minha outra metade deve estar vagueando por ali. - ele falou apreciando a volta, fiquei quase sem o que falar, apenas apoiei-me em seu ombro esquerdo.
A festa continuou, o aniversariante já estava no quintal, cantou-se os parabéns e apagou-se a vela, houve aquelas palavras de agradecimentos, seguidos pelas mensagens de felicitações por parte dos amigos e familiares. Tomando os nossos lugares, restava comer, dançar e beber. O Rui providenciou logo a nossa comida, em poucos minutos estávamos repletos, apreciando a festa, quase que perdia-se a nossa do tempo na medida que a escuridão ficava mais intensa.
Sentia a respiração dele enquanto mantia a cabeça em seu ombro, bateu aquela saudade estar abraçado com alguém, sentir a respiração mais próxima do meu corpo, eu estava ao lado do homem que ama-me, mas eu não correspondia, ele era apenas um amigo para mim, um amigo a quem sentia certa atracção. Quebrar as regras, loucuras, essas palavras não saiam da minha cabeça, sem perceber em meio ao pensamento, acabei falando num tom audível: podemos fazer loucuras?
- O que foi? - Rui questionou olhando para mim.
- Não foi nada, estive acompanhando a música. - menti para disfarçar.
- Ahh! Entendido, são as vossas músicas. - disse-me sorrindo.
- Rui? - chamei-lhe com mais atenção.
- Sim, gata!
- Podemos ir para outro lugar? Aqui está mesmo muito barulhento mesmo, nem dá para conversar. - sugeri-lhe.
- É festa mesmo, né! Barulhos por aqui por lá, mas é na boa, vamos lá no outro lado então. - respondeu-me sentindo aquele olhar de suplica em mim.
Abondamos o lugar onde estávamos, fomos à um lugar mais afastado, pelo menos havia menos barulho visto que o quintal era grande, havia algumas pessoas ao arredor, achamos um espaço um pouco isolado, havia alguns blocos.
- Acho perfeito aqui mesmo. - Rui falou sorrindo.
- De facto, assim podemos estar a sós. - falei sorrindo para ele.
Enquanto ele sentava, aproveitei aconchegar-se mais próximo e sentei em seu colo, de fronte para ele, colocando as pernas em volta da sua cintura, era possível sentir aquela intimidade entre nós, eu queria beijá-lo, sentir a sua respiração e tê-lo para mim, precisava disso.
- O que foi isso, Vanessa? - questinou-me quase inocente.
- Só um beijo, Rui. - falei olhando sedutoramente para ele, antes que dissesse mais alguma coisa, acabei beijando ele, ele correspondeu.
- O que significa isso? - questionou-me depois do beijo, sei que ela havia gostado.
- Não gostou, bobo? - questionei-lhe fazendo alguns carinhos.
- Não é isso. É quê... - não permiti que continuasse, coloquei o dedo indicador em seus lábios.
- Algumas regras merecem serem quebradas, você mesmo diz-me isso, acho que já era hora de quebrar. - falei e voltei a beijá-lo.
Era isso, quebrar as regras, ele amava-me, apesar de não correspondê-lo, sentia-me atraída por ele, o seu toque, o seu falar, faziam-me delirar, já imaginei-me algumas vezes sendo tocada por ele, beijando-me, acariciando cada parte do meu corpo, sugando os meus seios, dando tapas na minha bunda, adorava imaginar tudo aquilo. Algumas regras merecem serem quebradas. Os beijos continuavam intensos, que até já nada fazia sentido, ele apertava a minha bunda, o seu corpo mais próximo do meu. Só queria tê-lo agora para mim, transando com ele, sentia a minha gruta inchada, estava completamente molhada, excitada e, eu não queria que isso parasse.