Me chamo CARLOS, sou um cara simples, 1,80m , branco, cabelo e olhos pretos, corpo magro definido, venho de uma família simples e religiosa, não fui nenhum garanhão, mas namorei bastante, nem pegador, mas me aproveitei de muitas meninas e casei cedo, com 24ª, não foi minha primeira namorada fixa, e tivemos 1x filhas.
Depois de ter as minhas 3x meninas senti a necessidade de tentar a vida numa cidade com mais recursos e condições de um bom trabalho para criar e dar condições para minhas filhas e minha esposa.
Bom foi aí que tudo começou.
Vendi minha casa e com a pouca grana que conseguimos comprei uma casa até que bacana, no pé de morro da cidade, era o que eu podia pagar. Não achei o local violento e então aos poucos nos acomodamos e ainda com uma graninha guardado deu tempo de correr atrás de um trampo bacana.
Eu saía cedo e voltada sempre a noite, passava o dia tentando um trabalho.
Um certo dia ao voltar vi uma de minhas filhas de papo com um cara voltando do mercadinho, os cumprimentei, dei boa noite e logo despachei o cara que estava cortejando minha filha RENATA, o cara é mais velho, muito mais, aí minha filha disse que ele estava a semana toda tentando conseguir o tel da minha esposa MÔNICA.
- Sua mãe? exclamei, como assim? Sua mãe!!!
- Você não falou que ela é sua mãe?
Ela respondeu, sim pai, mas mesmo assim ele insistia, disse que era para um amigo dele, tinha visto a mamãe circulando aqui no bairro e tentou cortejá-la, que conseguiu até roubar um beijo dela, mas que por muito relutância ela não deu o número do celular.
Antes mesmo de entrar em casa eu pedi a minha filha para não comentar com ela que eu sabia, que seria melhor para não a constranger.
A recepção era sempre a mesmo, desde quando nos casamos, com muito carinho ele me recebia e aos poucos até esqueci do ocorrido.
Uma semana se passou e recebi uma ligação me chamando para uma entrevista, a euforia foi grande, passei no teste e já iniciei numa casa de construção a 10 minutos de minha casa. Muito feliz lá ia eu para o trabalho, esperança de uma vida melhor.
Fui me adaptando a minha função que era de estoquista, elogios não me faltava, o dono da loja sr FELIPE era um cara novo mais muito bacaninha mesmo. Fiz novas amizades e até peladinhas de final de semana e churrasco em família eu e minha família frequentava.
O tempo foi se passando e eu sempre naquela vidinha boa, trabalho, casa, pelada e passeios com amigos e família.
Até que um certo dia começou a rolar rumores de que o morro tinha sido invadido e depois de uma semana em guerra com a polícia, tudo tinha se acalmado. Nesse período sem destino meu patrão sr FELIPE tinha nos convidados para ficar em sua casa para nos abrigar dos tiroteios. No desespero aceitei, como ele é solteirão minha esposa dominou a cozinha e todos os dias fazia agrados, era a forma que ela tinha de agradecer a hospedagem. Percebi olhares dele para a minha filha, mas não passou de olhares, foi o que eu pensei.
Depois desse susto voltamos a nossa casa, e para mim tudo tinha voltado ao normal. O morro tinha um novo chefão que era o MÃO LEVE (MAURO), o mesmo que tentou conseguir o número de celular na minha MÔNICA.
No outro dia quando voltava do trabalho não encontrei minha esposa em casa, estranhei, mas cansado tomei banho e sentei na sala para esperá-la, achei que elas estavam por perto no mercadinho por exemplo. 1h depois e nada dela chegar, liguei e o celular estava desligado, a estranheza tomou conta de mim. Preocupado coloquei uma camisa e fui caminha por perto, tentei ligar para ela e para minha filha várias vezes e nada de atender. Se se passava das 23h quando recebo uma ligação, era ela me dando desculpas que era para eu me acalmar que ela não iria voltar para casa aquela noite, perguntei nervoso o que havia acontecido, onde estavam, ela não tinha tantas amizades por ali. Ela foi curta e taxativa. Fica calmo, durma bem e até amanhã.
Não dormi aquela noite, passei a noite todo imaginando mil coisas.
Por volta das 7h da manhã um carro todo de vidro escuro parou em frente de casa, eu do 2º andar as vi um cara forte mulato abrindo a porta e as duas descendo do carro, meu coração parecia que ia sair da boca, gritei com o cara, esperai!!! Em vão, desci as escadas correndo e ao chegar no portão o carro já tinha saído e elas entram, minha esposa se esquivou quando fui beijá-la, até me empurrou com a mão no meu peito.
Perguntei, agora quero saber tudo o que aconteceu.
Minha filha tentou abrir a boca, mas logo minha esposa mandou se calar, que ela falaria tudo.
Vamos entrar amor, lá dentro falo tudo.
Percebi que elas estavam com cara de cansadas e abatidas, tipo que não dormiram a noite toda.
Eu ainda trêmulo, com respiração ofegante, pergunto, o que rolou?
MÔNICA – Então amor, muitas coisas aconteceram e nunca o relatei para te poupar. Fui chantageada e para te proteger tive que fazer coisas, nossa filha também. As vezes nós achamos que conhecemos as pessoas, mas na verdade nem imaginamos o que elas são capazes de fazer. Eu sempre me dediquei a nossa casa, a nossa filha e a você. O chefe do morro vivia me cortejando, eu sempre tentava me esquivar dele até que as ameaças começaram, ameaçaram de lhe matar se eu não cedesse as suas cantadas. Então a mais de 8 meses eu estou transando com o chefe do morro o NELSINHO.
Nessa hora me bateu um desespero, fiquei sem chão, comecei a chorar.
MÔNICA – Amor se acalma, lembra que eu te amo, te amo muito amor, mas eu tive que ceder, senão ele podia matar você, um homem bom, trabalhador, até u pouco ingênuo.
Falei chorando, como você pode fazer isso comigo?
MÔNICA – Meu amor, fiz isso por você, o vi dias e dias correndo atrás de emprego, se sacrificando por nós, não queria o ver assim. Então nesses 8 meses estou transando com o chefe do morro, toda vez que ele quer me usar, ele mandava um capanga vir aqui me buscar. Só que agora o novo chefe do morro o MÂO LEVE quer que eu vá morar com ele. Ontem um dos capangas dele veio aqui e deu ordem para eu ir até ele e levar nossa filha, obedecemos com medo, ao chegar na casa dele havia uma festa com muitos homens, eles comemoravam a sua vitória, eu tive que servir a ele e nossa filha com mais outras meninas tiveram que servir os seus convidados.
Eu perguntei, servir como? Tipo garçonete?
MÔNICA – Não amor, ele mandou que nós tirássemos nossas roupas e ficasse só de calcinha e sandálias. Nesse momento nossa filha abaixa a cabeça, acho que envergonhada e diz que ele transou com mais de 10 homens, e cada um a usou como quis, chorou com medo de engravidar pois eles não usaram camisinha e gozaram dentro dela, na boca que até mijo ela teve que beber.
Meu olhar e corpo paralisados ouvindo cada palavra que ela entoava, eu tremia de raiva, imaginando as cenas que teimavam se reproduzir em minha mente.
E você? O que você fez? Também deu para vários machos?
MÔNICA – Não amoro o MÃO LEVE sabia que eu era a mulherzinha do outro chefe e ele quis me usar como quis, fotografou e gravou nossa transa para mandar para o NELSINHO.
Ele também te comeu sem camisinha?
MÔNICA – Sim amor, eles nunca usam camisinha com a gente. Mas calma, eu estou controlada, tomo meu anticonceptivo regularmente. Não corro risco de engravidar. Nos dias que eu estou muito fértil, eu convencia o NELSINHO comer meu cu, para não correr o risco.
Eu nessa hora sentei no chão e chorei muito, muito mesmo.
Elas tentaram me acalmar, mas o que eu queria mesmo é só saber o que mais tinha acontecido sem eu saber. Me sentia o corno manso, porque mediante as confissões da minha esposa não sentia raiva dela, mas sim dos machos que a comia, não sabia o que fazer. Falei, vou meter a porrada nesse filho da puta.
MÔNICA - Amor, calma, não vai fazer besteira, não tem como você conseguir fazer nada contra eles, eles são protegidos por vários capangas. A única coisa que podemos fazer e respeitá-los.
Mas e você? Vai mesmo morar com ele?
MÔNICA – Ele me deu até amanhã para subir o morro de mudança, e nossa filhão também irá morar comigo. Mas foi tentar fazer ele acabar com essa ideia e voltar amor.
Eu vou ficar aqui sozinho? Vocês vão me deixar?
MÔNICA – Não tem outra solução. Eles são agressivos e não perdoam quem os desobedecem.
continua