Da janela aberta eu vi



Terça-feira de carnaval. Preparava o café-da-manhã para minha esposa já perto das 9 horas quando ouvi gritos que vinham do prédio ao lado. Aproximei-me da janela para tentar localizar. Vi vultos passando de um lado para o outro com dedo em riste e mãos espalmadas no apartamento que ficava bem em frente à janela de minha sala. Era minha sala e o quarto do casal vis-à-vis. Eu sabia pois vez ou outra a cortina se abria e podia vê-los espreguiçar, arrumar a cama, trocar de roupa. A mulher especialmente parecia saber que eu a observava e fazia questão de sair do banheiro apenas de toalha, escolher a roupa que ia usar distraidamente de frente para mim e vestir-se escondendo-se apenas parcialmente.
Mas naquele dia, eles não haviam dormido ali. Chegaram àquela hora, sabe-se lá de onde, enfurecidos um com o outro e partiram para a discussão escancarada. Dava para ouvir "puta", "canalha", "você me traiu, vagabunda", "você que é um galinha" e por ai iam às turras. Procurei me esconder e continuei espiando. Depois de uns tapas de ambos os lados da face, a mulher me viu. Chorava. O rosto vermelho de vergonha e sangue. Ela viu que eu me compadecia dela. E estranhamente acalmou-se. Olhando para mim, refez-se, enxugou as lágrimas, virou-se para o marido e sussurrou alguma declaração de amor ou pedido de perdão, não sei bem, mas ele derreteu-se. Caminharam em direção ao meio do quarto e abraçaram-se. Beijaram-se. Com paixão. Eu via as mãos dele na nuca da mulher levantando seus cabelos. Afastaram-se. Ela deixou cair um vestido de malha solto e tirou o sutiã. Ainda de costas para mim, pude ver suas costas bem torneadas, e os ombros fortes. Não havia marca de bronzeado nas costas o que me fazia supor que ela costumava fazer topless. Quando ele, já nu, a abraçou novamente ela girou o casal de forma que pôde conferir se eu ainda estava ali, observando. E sorriu quando eu sorri para ela. Imagino que ela sabia que se se deitassem na cama eu não os poderia ver, então ela o puxou para trás até encostar-se na parede. Ali eu via o corpo todo deles. Ela tirou a calcinha e a jogou em direção à janela, para mim, óbvio. Deu um pulo e encaixou suas pernas nas costas dele, e ele meteu nela em pé. Os músculos da bunda do homem contraiam-se freneticamente e os gemidos dela eu podia ouvir. Ele gozou rápido demais e ela ficou a querer gozar. Ele se afastou em direção ao banheiro e ela ficou ali encostada na parede as pernas abertas com a porra escorrendo pela coxa esquerda e de cabeça baixa, os cabelos cobrindo seu rosto. Lentamente foi endireitando o corpo e me encarou. Deu um sorriso sacana, aproximou-se da janela e me falou muda, com os lábios: "Agora quero ver você". Fiz mímica explicando que minha mulher ainda dormia, e que ela me esperasse que eu ia dar um jeito de comer a esposa ali na sala só para que ela me visse.
Mas minha esposa demorou a acordar, o café esfriou, e o casal da janela foi dormir.

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Comentários


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aventura.ctba Comentou em 22/05/2015

Nossa amei seu conto meu amigo, que delícia, me deixou com muito tesão. Votado. Quando puder, faça uma visitinha na minha página, sua amiga aqui vai adorar, tenho contos novos postados. Ângela: Casal aventura.ctba




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Ficha do conto

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Nome do conto:
Da janela aberta eu vi

Codigo do conto:
60800

Categoria:
Exibicionismo

Data da Publicação:
17/02/2015

Quant.de Votos:
4

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