Prometi voltar com este tema se achassem interessante. Porque recebi mensagens e comentários encorajadores e estimulantes cá estou de novo para contar algumas dessas situações.
É muito frequente ser solicitada através dos hotéis para ser acompanhante durante fins de semana. Só aceito quando estou sozinha porque o Michel viaja muito e nem sempre o posso acompanhar. Por razões profissionais ele acompanha todo o campeonato do mundo de Fórmula 1. Se o Grande Prémio é na Europa acompanho-o ou vou ter com ele no fim de semana. Nas deslocações intercontinentais é muito difícil por razões de disponibilidade de tempo
Foi num desses fins de semana que aceitei fazer companhia a um cliente desde 6ª feira ao fim da tarde até domingo à noite.
Ao chegar ao hotel e dizer o número do quarto disseram-me que o cliente me aguardava no bar do hotel. Assim que entrei no bar o cliente estava sentado, levantou-se e sem hesitações dirigiu-se a mim, deu-me dois beijinhos e disse-me que eu era linda e que tinha uns olhos espectaculares. Agradeci e gostei. Era italiano, muito bem-parecido e como de costume tentei perceber qual a sua profissão. Quase sempre fazia esse jogo comigo própria e muitas vezes acertava. Imaginei banqueiro, industrial, médico ou político. Convidou-me para uma bebida e pediu dois Campari (aperitivo tipicamente italiano).
Simpático e conversador, falando olhos nos olhos e uma expressão muito franca. Homem entre os quarenta e cinco e cinquenta anos.
Perguntei-lhe a profissão, respondeu que era uma longa história e que mais tarde falaria sobre isso. Não insisti.
Jantámos no hotel e conversámos sobre tudo. Mundo, política, cultura, música e tantos outros assuntos.
Disse-me que vivia e trabalhava em Roma. Gostou de saber que eu conhecia bem Itália e Roma. Ele já tinha estado várias vezes aqui em Paris, sempre em trabalho e não tinha tido tempo de ver muito da cidade.
Resolvera vir passar o fim de semana a Paris em turismo e regressava a Roma no domingo à noite. Além de visitar Paris queria também visitar Versailles e o seu Palácio. Disse-me que no dia seguinte ia pedir um carro com motorista para irmos a Versailles. Fica a trinta quilómetros daqui. O meu carro é pequeno, mas estava com o carro do Michel, carro desportivo e muito bom e sugeri em vez de irmos com motorista irmos no meu carro. Gostou da ideia e aceitou. Depois do jantar, voltámos para o bar e disse-me que ia falar sobre ele. Disse que me ia fazer uma confidência e que eu seria livre de querer ficar com ele ou ir-me embora. Fosse qual fosse a minha decisão o pagamento do fim de semana estaria sempre garantido. Em alternativa podia pedir um quarto para mim e eu fazer-lhe companhia durante o dia. Um senhor.
Perguntei qual era o problema Disse-me que não havia problema mas que tinha que me revelar um segredo. Perguntou-me se eu era católica e se era praticante. Respondi que católica sim, praticante não.
Estava perante um cardeal da Cúria Romana, vivia no Vaticano e estava muito perto do poder da Igreja. Era cardeal há seis anos. Defensor do casamento dos padres, achava que a não autorização de casamento contribuía e muito para muitos desvios sexuais no clérigo. Pedofilia, homossexualidade e adultério. Considerava-se um bom cardeal mas não aceitava os votos de castidade. Contudo tinha aceitado o celibato. Muito respeitador das regras nunca aproveitou da sua posição de ascendência enquanto padre, bispo e cardeal para seduzir mulheres solteiras ou casadas. Contrário à confissão, que considera o brinquedo sexual de alguns padres.
Muito ligado à parte financeira do Vaticano ( economista também) muito tem feito pelo empenho social da Igreja na luta contra a diferença e aos limiares da pobreza. De resto tem obra publicada que li mais tarde e que muito gostei. Nunca tinha procurado mulheres em todos os lugares por onde tinha passado como padre, bispo ou menos ainda como cardeal. Sempre procurara mulheres em cidades distantes e de preferência estrangeiras.
Claro que lhe respondi não ter nenhum problema em me envolver com ele e que pelo contrário, pela forma leal e directa como punha as questões, tinha ficado com enorme consideração e estima por ele.
Mais do que sexo, ele procurava uma mulher para comunicar e senti que tinha muito amor e carinho para dar. Tanto assim que, ao contrário de qualquer outro cliente que teria querido subir de imediato para o quarto, disse-me que gostava de conhecer a vida nocturna de Paris e ir a um local onde houvesse boa música e se pudesse dançar.
Aquele homem começou a exercer um enorme fascínio sobre mim e uma admiração sem limites.
Apanhámos um táxi e fomos para uma discoteca conhecida por ter a melhor música de Paris e ser muito gira. Ele gostou imenso
da música. Gostava de dançar e dançava muito bem. Confesso, comecei a sentir uma forte atracção por aquele homem tão gostoso e charmoso. Aos poucos comecei a sentir uma ligeira pressão e percebi que ele estava a ficar excitado. Sentamo-nos e bebemos mais um copo, ficámos de mão dada e naturalmente surgiu o primeiro beijo. Mais parecíamos um casal apaixonado e não uma GP com um cliente.
Conversa sempre muito interessante e dançámos durante muito tempo. Já era tarde na noite quando regressámos ao hotel. Subimos ao quarto e tudo aconteceu de uma forma natural, suave e lenta. Despiu-me meigamente e ainda vestido beijou literalmente todo o meu corpo. Quando começou a beijar a minha xoxota, também eu o despi e comecei a chupa-lo.
Ele sabia dar prazer a uma mulher e gostava de ser retribuído. De tudo aconteceu um pouco e durou quase toda a noite. Gozei muito e ele também. Em nenhum momento pensei estar a satisfazer um cliente. Aconteceu magia entre um homem e uma mulher. Mais parecíamos dois apaixonado e amigos de longa data.
No dia seguinte fomos almoçar a Versailles, adorou o carro do Michel, ofereci para ele guiar e gostou muito. Guiava rápido e muito bem.
Visitámos o palácio, sempre muito bonito e com uma exposição fabulosa que por sorte estava a decorrer. Quando voltámos para Paris já era noite. Fomos ao hotel para tomar um duche antes do jantar mas acabámos enrolados na cama num envolvimento que surgiu espontaneamente. Foi muito bom e ele bem sabia como dar prazer a uma mulher.
Fomos jantar a um pequeno restaurante muito acolhedor e tipicamente parisiense. Jantámos muito bem. Depois de jantar, de carro fui mostrar-lhe a cidade de Paris que nas noites de sábado tem todos os monumentos iluminados e é de facto uma cidade muito bonita. Voltámos ao hotel, pus o carro na garagem, pedimos um táxi (para podermos beber à vontade) e desta vez levei-o para a discoteca que estava mais na moda, dançámos toda a noite. Era quase de manhã quando regressámos ao hotel. Passámos todo o dia de domingo na cama, só descemos ao restaurante para almoçar. Ele adorava as minhas mamas e uma das vezes veio-se nelas e gostou de me lamber toda depois disso.
Estava na hora da despedida. Ele ia ao fim da tarde apanhar um avião de regresso a Roma. Queria chamar um carro, não deixei e fui eu levá-lo ao aeroporto.
Quando quis fazer contas comigo, recusei perentoriamente, insistiu e eu disse que ficava ofendida. Expliquei-lhe que pouco depois de o conhecer já não estava ali como GP e que já não o considerava um cliente mas um amigo.
Ficámos com os contactos um do outro e prometi ir visitá-lo a Roma. Ele prometeu também voltar. A nossa despedida foi muito ternurenta.
Claro que quando o Michel regressou lhe contei tudo isto. Não ficou surpreendido e disse que era por isso que tanto me amava e me considerava diferente de todas as outras mulheres.
Acrescento eu, se sou assim muito devo ao Michel.
Passadas três semanas fui a Roma visitar o meu amigo.
Conto mais tarde.