A festa foi em um sítio à uma hora de Brasília e quase todos da sala foram e levaram algumas pessoas convidadas. Eu fui de carro com uns colegas de sala e não levei ninguém de fora, pois meus amigos de antes da faculdade são completamente diferentes das pessoas de agora. Chegamos no local, cumprimentamos a dona da casa que estuda com a gente e fomos sentar. Isso era mais ou menos umas sete da noite. Sim, chegamos cedo. Queria aproveitar esse mundo novo ao qual a vida me proporcionou que é estar rodeado de pessoas diferentes, animadas e com a mente aberta.
Na minha turma tinha um cara que é homossexual assumido, o Charles. Ele é um cara bem animado e muito gente boa e troquei ideia algumas vezes com ele já que senta no lado oposto da sala. Charles chegou com dois amigos quase onze da noite e foram cumprimentar o pessoal. Estava na cara que vieram direto de outro lugar, pois estavam animados demais. Essas horas eu já tinha bebido pra caramba e também estava levemente alterado. Chegaram à nossa mesa, cumprimentaram e saíram, super tranquilo. Festa animada, muita gente, música alta, muita bebida, pessoal animado e tal. Cenário perfeito para flertar e quem sabe sair dali com algum esquema. Eu estava de olho nas meninas que tinham chegado, em especial não tirava o olho de uma delas. Negra, perfeita, sorriso mais lindo do mundo, o corpo então, era de comer com os olhos. Ia dar um contraste bacana comigo já que sou bem branco. A troca de olhares era constante. Em certo momento, fui à cozinha pegar mais algumas latas pro pessoal e na volta eu cruzo com um dos amigos do Charles saindo lá de dentro. Diego (depois eu descobri e acabei comendo ele) passou por mim e me encarou de cima até embaixo como nenhuma mulher havia feito antes e no final olhou no fundo dos meus olhos. Eu fiquei completamente sem reação. Eu nunca tinha tido experenciado algo do tipo. Fiquei com muita raiva, muita mesmo. Quase voltei pra dar um murro na cara dele. Meu coração ficou disparado. Fui pegar a cerveja, voltei pra mesa, mas mudei totalmente o humor. De vez em quando eu olhava para o Diego com a cara de bravo. Queria entender porque ele fez aquilo. Será que ele achou que eu era viado? Fiquei inquieto pensando nisso. Nossos olhares se cruzaram algumas vezes, mas eu estava com a cara fechada. Ele estava em pé balançando ao som da música agindo como se nada estivesse acontecendo. Nesse intervalo já tinha até esquecido a menina que estava de olho. Depois fiquei sabendo que ela me achou devagar.
O tempo passava e eu ainda estava sério. Como em toda boa festa, quando percebem que a música já não empolga mais os convidados, começam a tocar funk. Sim, o ritmo da putaria. Ainda tinha bastante gente no local e como havia uma área enorme ao lado piscina (onde eu estava do lado), a maioria das pessoas foram para essa pista improvisada para dançar. Eu continuei sentado. De repente eu vejo da cadeira o Diego, Charles e o outro amigo dançando ao ritmo do pancadão. Eles não estavam perto, mas o suficiente para ter uma boa visão deles. Diego dançava melhor que uma mulher, puta que pariu, eu pensei. Comecei a ficar mais nervoso ainda. Meus colegas perguntaram se tinha acontecido alguma coisa. Neguei e continuei bebendo. Aliás, bebi muito mais do que antes, misturei bebidas e tudo mais. A realidade é que eu não queria acreditar que eu estava de pau duro com toda aquela situação. Aquela olhada, a troca de olhares e ele dançando funk foi demais pra controlar. Fui ao banheiro lavar o rosto e fiquei pensando que aquilo só podia ser efeito do álcool. Não tinha outra explicação. Eu nunca imaginei sentir tesão por outro homem. Eu tenho fama de pegador da mulherada, não queria acreditar, só isso. Fiquei um tempo no banheiro até me acalmar e voltei para meu lugar. Fiquei procurando Diego e não encontrava em nenhum lugar. Discretamente perguntei para meu colega se tinha visto o Charles. Ele me disse que tinham ido embora. Não sei porque eu fiquei com uma mistura de sentimentos. Estava nervoso por conta da situação em si e também por ele ter ido embora sem que eu pudesse tirar satisfação. Na verdade, depois de um tempo, descobri que estava é gostando daquele lance com o Diego.
A festa pra mim já tinha acabado. Resolvi ir embora. Convenci um colega a ir também e voltamos para casa. Na mesma noite já no meu quarto, um pouco mais sóbrio, eu curiosamente quis pesquisar vídeos pornô gay. Caramba. Lembro perfeitamente dessa noite. Amanheci vendo filme gay. Me acabei na punheta a noite toda. Gozei umas duas vezes e cada vez que eu via um vídeo, mais tesão eu tinha. Naquele momento me dei conta que tinha que comer um cu. Mas por total desconhecimento não sabia como. Era uma mistura de vontade e medo que me deixou perturbado por um bom tempo, mas no final aceitei a ideia de que morria de tesão em bunda de homem e que tinha que ter um jeito de matar esse desejo de pegar outro cara. Criei coragem e finalmente aconteceu mas não foi com o Diego. Eu comi ele em outra oportunidade que eu contarei em breve.
Delicia de conto