Eu e ela sempre nos demos bem, desde a época em que nossos filhos namoravam, e depois do casamento deles a nossa amizade se fortaleceu, do tipo sairmos juntas, trocar segredos, até o ponto desses segredos envolverem desejos sexuais reprimidos.
Nossos filhos decidiram ser pais apenas uma única vez. Depois de algumas tentativas sem sucesso, Matheus, uma criança linda, esperta, e que desde pequeno já carregava os traços de beleza que iriam acompanhá-lo quando crescesse, conseguiu ser concebido.
Com cinco, seis anos, o Matheus começou a aparentar uma anatomia um tanto “diferente” dos outros meninos da idade dele... Bom, quem é avó sabe que é praticamente comum dar banho no neto, vê-lo nu em algumas ocasiões mesmo depois de grandinho...
Calma.
Matheus não era nenhum anormal, apenas o seu pênis chamava a atenção quando comparado ao dos outros meninos de sua mesma faixa etária.
Por fim, os anos se passaram e ele se tornou um belo de um rapagão, e hoje, aos 20 anos de idade, Matheus é um ragazzo lindinho (rsrs), e não temo em reconhecer isso, e mais, não é porque é nosso neto não; com sua personalidade introvertida e seu jeito tímido de ser, um charme muito peculiar que se acentua aos o seus traços meio delicados: Matheus tem os cabelos meio cacheados e é branquinho, e só deixou de ser magro porque entrou na academia tem um tempinho, aonde vem ganhando corpo, nada, graças a Deus, que o tenha deixado deformado.
Não posso negar que eu e a Marta, como boas avós, sempre mimamos Matheus.
Muita coisa.
Avó é pra isso, não é não?
E talvez por ter sido tratado dessa maneira ele tenha se tornado bastante carinhoso conosco.
Quando o avô paterno morreu, Matheus não saiu do lado da Marta, e há seis meses, quando o meu marido se foi, se fez presente todo o tempo, chegando mesmo a faltar alguns dias na faculdade, mesmo sob protestos da minha parte.
Como relatei no início desse conto, fui morar com a Marta após a viuvez. A amizade que já tínhamos facilitou essa transição e praticamente começamos a viver como duas irmãs e, naturalmente, Matheus passou a frequentar a nossa casa, bastante, alegando que por morarmos na zona sul era bom para ele sair nas suas noitadas e voltar com tranquilidade, sem pressa, sem receios de perder a condução.
Claro que concordamos. E também os pais deles.
De uns três meses para cá algo mudou. Matheus vem chegando bem tarde nos finais de semana. Óbvio que sugerimos para que repensasse essa rotina, afinal, a juventude não dura para sempre… O menino pediu para relaxarmos, que estava tudo sob controle e saia para o banho, sem mais.
Bem… Numa dessas noitadas ele chegou aqui meio alterado, parecia ter tomado algo forte, mas não estava com odor de bebida, o que nos deixou, a mim e a Marta, ainda mais preocupadas. Matheus negou todas as nossas conjecturas e seguiu para o seu banho, e para nossa surpresa, saiu de lá tão somente enrolado em uma toalha.
Ok. Deveria ser algo relativamente normal, mas ele nunca, nunca fizera isso antes, e como eu disse, meu neto é a prova viva da timidez, tanto que várias vezes eu e a Marta questionamos como ele conseguia participar dessas noites sem fim fora de casa.
Bom… voltando à reação inusitada de Matheus, o vimos andar pela casa com a toalha em volta da sua cintura, parecendo pouco se importar com a nossa presença até o instante em que foi para o seu quarto, mantendo o mesmo ritmo, sem pressa, acabando por deixar a porta entreaberta atrás de si...
Eu e a Marta nos entreolhamos, e rimos, um tanto sem graça, mas sabíamos, mesmo em silencio, que nem uma e nem a outra tinha deixado de notar o corpo do nosso neto. Da mesma forma que compartilhamos essa cumplicidade quase pervertida, também compartilhamos a critica, reprovando-nos diante daquela transgressão emudecida.
***
Amanheceu e a Marta foi chamar o Matheus para tomar o café e não demorou muito para a coitada entrar na cozinha, tão branca como um boneco de cera, quase perdendo o ar.
Preocupada, perguntei o que tinha acontecido e então ela me pegou pela mão e me levou até à frente do quarto do nosso neto, ao mesmo tempo em que me pedia silencio com o indicador sobre seus lábios.
Deparei-me com a seguinte cena ao olhar pelo vão da porta: Matheus havia dormido só de cueca e estava, como posso dizer, “alterado”… Aliás, depois do que vi pude entender a razão de Marta ter invadido a cozinha tão desesperada.
Retornamos e acabamos por tomar nosso café da manhã, sozinhas, as duas, em completo silencio, apenas trocando olhares tensos, imaginando o que a outra estaria pensando.
Por fim Matheus apareceu no batente da porta da cozinha, devidamente vestido, nem parecendo mais o “louco” da noite anterior e se despediu da gente, sem querer comer nada, apesar da nossa insistência.
Os dias se passaram. Matheus acabou ficando um pouco ausente por causa das provas da faculdade e eu e a Marta acabamos por confessar o desejo que ele despertou em ambas.
Claro, o desejo de ter um corpo jovem, perfeito, sem nada fora do lugar... Não o dele, certamente.
Assim, transbordando de pensamentos e vontades, acabamos decidindo contratar um garoto de programa, mesmo morrendo de medo. O argumento final, para derrubar todos os nossos temores e hesitações foi o fato da aproximação do aniversário de Marta, dali a três dias.
- Eu mereço ganhar de presente um piru duro, ainda mais depois de tanto tempo sem ver um, não é mesmo?
Adorei a desenvoltura da minha amiga e caímos na gargalhada imaginando o quão confuso e tenso, porém inebriante, seria essa possibilidade: duas coroas sem experiências e atrapalhadas nesse assunto um tanto peculiar.
Fomos para a internet e acabamos numa sala de bate papo e teclando com um rapaz com o seguinte apelido: NETINHO GP DOT…
A conversa foi fluindo, confessamos ser nossa primeira vez naquele ambiente e ele então disse que ia mostrar o corpo para ver se iríamos gostar.
Ficamos muito, muito e muito nervosas, tensas, a ponto de nossos corações parecerem que iam saltar de nossas bocas.
De pronto informamos que não tínhamos câmera e o rapaz, então, nos explicou que não haveria problemas, e que uma “cam” funcionava independente de outra.
O tal jovem ligou sua câmera, mas antes avisou que não mostraria o rosto.
BUM!
Eu e Marta mal tivemos tempo pra respirar. Lá estava ele, pelado, excessivamente branco, e com um brinquedo muito bem armado.
Sem chão, fascinadas, riamos e respirávamos fundo, pesado, enquanto o menino se exibia segurando o pênis, simulando uma masturbação… Impossível não ficarmos extremamente excitadas e no final daquele rápido show concordamos com o serviço oferecido.
Três dias depois eu a Marta estávamos em um quarto de motel, em cima da cama, tremendo, seminuas, de cinta liga, bebendo alguns drinques para não perder a coragem do que estaria por vir ao passo em que especulávamos um plano de como agiríamos com o tal garoto de programa, como se tivéssemos ensaiando passos para uma dança.
Por fim o telefone tocou, nos dando um susto, e era a portaria confirmando se o tal jovem que lá estava poderia subir… Claro que autorizamos e depois que
desligamos o aparelho, respiramos fundo e tomamos mais um gole e rimos, muito, risadas transbordando medo, desespero, nervoso...
A campainha do quarto tocou. Marta decidiu ir atender, dizendo que queria receber o presentinho dela pessoalmente; eu, da cama, conseguia ver a porta sem problemas enquanto me divertia com a forma como minha amiga ia andando, tentando parecer normal, descolada...
Marta não demorou a abrir a porta e qual não foi a nossa surpresa ao nos deparar com Matheus ali, em pé, na nossa frente: ELE ERA O GAROTO DE PROGRAMA QUE HAVÍAMOS CONTRATADO.
***** contunua
muito das avôs