No ano de 2015, quando cheguei em João Pessoa, comecei uma graduação. Era novo na cidade, não tinha amigos e uma das primeiras pessoas que fiz amizade foi Leandro. Ele era um ex-militar, de pele morena e cabelo raspado nas laterais estilo militar também. Era um cara muito charmoso com seus 1.74m de altura, braços definidos, bunda cheia e expressão sempre séria.
A primeira vez que nos falamos foi quando ele estava com dúvida sobre quando seria uma palestra X que aconteceria na universidade e eu respondi muito simpaticamente e nisso começamos a nos falar diariamente. Aos poucos, mudamos nossos lugares na sala e passamos a sentar um atrás do outro e sempre ficávamos falando merda durante as aulas. Ele não era exatamente o que eu esperava de um militar: ele, por mais que tivesse uma voz grossa, se embolava em algumas palavras, passando aquela sensação de insegurança; e sempre vinha conversar comigo - e não o contrário.
Ele já sabia da minha sexualidade em uma das inúmeras conversas que tivemos, mas nunca pareceu ter problema com isso; e ele sempre se disse hetero pra mim, então eu nunca tentei nada com ele (diretamente). Vez ou outra eu dava em cima dele por meio de brincadeiras, ao que ele me indagava o que aquilo significava e eu saía de ladinho, dizendo se tratar de zoeira. Até que em um dado dia, de madrugada, conversando pelo whats, ele me soltou: "Tá foda de você entender, né? Que eu to interessado em você". Naquele momento eu senti uma sensação bizarra, como se uma corrente elétrica tivesse percorrendo meu corpo e senti o chão sumir. Em momento algum ele tinha me deixado com a impressão de estar a fim de mim, então aquilo foi uma puta surpresa. Mas uma puta surpresa positiva. Acredito que não só eu tenho esse fetiche de ter algo com um cara hétero - ou que se diz hétero. Então, de repente, tinha ali a oportunidade perfeita para experimentar. Respondi-lhe dizendo que poderíamos tentar e ele me chamou pra sair, dar uma volta na praia à noite no outro dia. Concordei.
No dia, me arrumei, nervoso, e desci até a portaria para esperá-lo. Entrei no carro me sentindo mais tranquilo, por incrível que pareça, e o cumprimentei normalmente. Ele, sim, em compensação, parecia estar tendo um ataque de nervos. Sua voz tava mais embolada e falha, sua direção não estava exatamente lá das melhores e eu tive que me virar ali para tentar acalmá-lo de alguma forma.
"Leandro, pelo amor de deus, fica calmo. A gente só tá dando uma volta." disse pra ele.
"Cara, não é fácil pra mim isso, ok? Me dá um tempo; me deixa processar essa coisa toda ainda e eu já consigo ficar mais calmo."
Sem muita opção, esperei. Continuamos dando role pela cidade até finalmente chegarmos na praia e ele parar o carro numa área mais tranquila e não-movimentada. Ali começamos a conversar trivialidades até que ele me interrompe e diz:
"Tá, vamo ficar só conversando ou a gente vai se beijar?" perguntou, bem sério.
"Sei lá, se você tá esperando que eu vou ter alguma iniciativa você tá enganado. Você que me chamou pra sair e você que demonstrou interesse. Se vira" falei, provocando e rindo.
Ele ficou irritado e constrangido com minha resposta, e até tentou começar um beijo. Mas assim que estava próximo de mim, recuou, suado, e respirou fundo.
"Cara, isso é muito estranho. Você é homem..."
"... você também" respondi, tentando zoar um pouco pra descontrai-lo.
"Tá, agora vai"
E finalmente foi. Nos beijamos. E foi um dos melhores beijos da minha vida. Sentia a língua dele invadindo cada canto da minha boca, sem, no entanto, ser muito invasivo ou incômodo. As mãos dele, grandes, percorriam meu corpo e constantemente me apertavam, me fazendo sentir um arrepio do caralho, dos pés à cabeça. Acho que foi, sem brincadeira, a melhor pegada da minha vida. Era firme, agressiva, mas suave e prazerosa ao mesmo tempo. O tipo de pegada que eu nunca senti com nenhum outro cara gay.
Os minutos foram se passando e eu, obviamente, decidi dar mais um passo. Fui desabotoando sua camisa social, passando a mão por seu corpo definido, até que enfim passei a mão em seu pau por cima da calça. Estava duro, muito duro. Apertei e senti seu corpo arrepiar e um gemidor escapar de sua boca. Repeti o ato e ele repetiu a resposta. Comecei uma semi-punheta, assim, por cima da roupa, e olhava para sua face, que estava de olhos fechados e que a cada movimento meu ia pendendo a cabeça para trás. O prazer era evidente.
Decidi ousar mais e abri o ziper da calça, pegando em seu membro sobre a cueca agora. Foi impossível não sentir o melado excessivo que estava ali, mas isso foi incrivelmente prazeroso de sentir e extremamente estimulante. Alguma coisa eu tava fazendo certo, mesmo ele sendo "hetero" e essa sendo sua primeira experiência com outro cara. Continuei a masturbação e, quando decidi tirar a cueca dele, senti as mãos dele me impedindo.
"Só consigo até aqui por agora. Vai com calma, ok?"
Por desobediência boba, decidi insistir e tentar mais uma vez, mas ele foi bem firme no que havia dito. Não tinha como ele conseguir ser tocado, pele com pele, no pau dele, por mim. Decidi respeitar o tempo dele. Acenei positivamente e subi beijando seu peitoral até voltar para aquela boca carnuda. Continuamos a nos beijar e a ficar no esfrega-esfrega por um tempo, até eu me cansar e decidir pedir para voltar pra casa.
"Tá, agora você me deve uma foda, né? Na próxima você não escapa, 'hetero'" e ri.
Ele não riu, pelo contrário, ficou ofendido. Talvez não estivesse acostumado a ouvir isso das mulheres com quem saía, mas seria assim: eu não era - e não sou - uma mulher, então ele que se virasse pra se adaptar com isso. Me deixou em casa, se despediu com um aperto de mão hetero e foi embora.
Subi pro meu apartamento, entrei no meu quarto e uns minutos depois recebi uma mensagem perguntando se eu toparia sair com ele de novo no outro dia, pra tentarmos mais uma vez. Respondi que sim. Estava ansioso pra minha primeira transa com um cara hetero.
~x~
Então, gente, essa é a primeira parte da minha história com o Leandro. À medida que vocês forem comentando e votando - pq escrever as coisas e postar e não ter um votinho é bem triste hahahaha - eu vou postando a continuação. Não é uma história muito longa, deve ter no máximo uns 3 ou 4 capitulos, mas é bem quente - e dá saudade.
É isso, comentem, votem, assim que der eu posto a continuação com a nossa primeira transa, que foi incrível!
beijo
Quantos o anos o cara? E bacana fantasiei a cena! Chique!
Amei sua história, e espero a continuação.
Parabéns pelo conto. Já torso pelo casal.... kkkkk
Poxa cara.... Sacanagem! Deixou todo mundo ansioso pela continuação...rsrs
Continua.....
Gostei do relato,bem desenvolvido mesmo.Parabéns.
Que delícia de conto. Manda o próximo. Virei, favoritei
Estou amandooooo. Vc escreve mto bem e me dá tesão. Bjus
Continua. Gostei.