Calouros Part. 1

Deixe me apresentar, Sou o Dylan e tenho 18 anos. Vou contar a vocês uma história que está ocorrendo comigo faz alguns meses já.

Tudo começou em Fevereiro com o inicio da faculdade. Ao chegar no primeiro dia de aula, me deparei com uma galera que eu nunca tinha nem visto até hoje, e eram cerca de 50 alunos, ali sentados, todos aglomerado olhando para a lousa. Foi ai que percebi que já havia uma outra galera, cerca de 12 pessoas. Fiquei tão constrangido com aquela situação de todos me olhando que pedi desculpa e fui direto para o primeiro lugar vago que consegui encontrar de longe, sem nem mesmo olhar os demais alunos que me olhavam.

Sem entender o que estava acontecendo comecei observar que estava escrito na lousa dois nomes em forma de lista. Não entendia apenas o que aquelas pessoas estavam fazendo a frente. Mas antes mesmo que eu conseguisse perguntar a alguém, uma das pessoas que estavam à frente disse em voz alta:

- Depois da interrupção do nosso calouro atrasado, vou continuar a lista, é a vez do André.

Foi então que percebi que os alunos estavam se apresentando um de cada vez e pela maneira que aquele menino havia falado, eles deveriam ser os veteranos.
O aluno chamado deveria ir à frente da sala, até o meio, onde havia uma cadeira e assim subir nela. Lá encima os veteranos faziam algumas perguntas como: “Qual seu nome?”, “idade”, “Estado civil”, “Vai participar do trote sujo na parte da tarde?”.

Aquela última perguntava me deixava morrendo de medo, já que sempre ouvi falarem mal desses trotes de universidades. Porém antes mesmo que eu conseguisse pensar mais sobre isso, o menino que estava sentado atrás de mim se levantou e foi em direção a cadeira.

Como eu estava viajando em meus pensamentos nem notei qual era o seu nome, mas enquanto ele caminhava pude perceber que ele era muito bonito. Um menino de cerca de 1,79 de altura, olhos cor de mel, mas eram tão bonitos que quem olhasse acabava se perdendo em tanta beleza. Ele tinha pele bem branquinha e cabelos castanhos escuro. Porém percebi que eu não era o único que admirava aquele garoto, já que era possível diversos coxixos das meninas e também das veteranas, soltando risadinhas. Mas tudo ficou em pleno silencio quando ele subiu e disse:

- Bem, me chamo Breno. Tenho 18 anos e estou namorando a quase 3 meses.

Nesse momento pode se ouvir em um único coro tanto das veteranas quanto das outras calouras um: “-Ahhhhhhhhh” que foi interrompido com uma risada do Breno que prosseguiu em dizer:

- Fazer o que né, esse mel já tem abelha e sim vou ao trote no turno da tarde.

Breno desceu da cadeira e veio caminhando em minha direção, dando sorriso de quem estava um pouco sem jeito. (Vou confessar, que sorriso maravilhoso aquele heim) Ele passou por e acenou com cabeça como quem diz “eai”. Eu muito sem jeito apenas balancei a cabeça também o cumprimentando e voltei olhos ao chão, até que chamaram mais outro aluno.

Assim se seguiu até chegar a minha vez. Fui meio sem graça até a cadeira, subi e me apresentar:

- Oi, é sou o Dylan, tenho 18 anos, e vou ao trote.

Quando já ia descendo, ouvi uma voz do fundo da sala que gritou: “Qual seu estado civil?”.
Com isso voltei para cima da cadeira e falei:

-Feliz? – Todos deram risada, mas tratei de responder corretamente. – Sou solteiro.

Desci da cadeira e fui para o meu lugar, e sentindo meu rosto queimar de vergonha vi todos me olhando, mas único conseguia reparar era aquele menino com olhos cor de mel.

Após todas as apresentações fomos liberados para irmos almoçar e retornar para o período da tarde para que pudesse ocorrer o trote sujo. Eu acabei me enturmando com galera e fui com eles para um restaurante próximo ali. Lá acabamos conversando e rindo bastante, nos conhecendo cada vez mais. Quando já era quase uma da tarde retornamos para a universidade e fomos para o gramado principal, onde os veteranos já nos esperavam com diversos itens para realizar aquele trote sujo.

Um dos veteranos recomendou que nós tirássemos nossas camisas para que não acabasse tendo que jogar fora. Nenhum dos meninos pensou duas vezes e tirou rapidamente e eu também não tardei a tirar a minha e guardar na mochila, mas antes mesmo que eu conseguisse fecha-la vi uma mão esticada com uma camisa. Levantei a cabeça, olhei e vi que era o Breno que disse:

- Dylan né? Então brother eu acabei não trazendo mochila já com receio de sujar, porém posso guardar a minha camisa em sua mochila? Depois eu pego contigo. –Ele deu um sorrisinho e estendeu a mão novamente com a camisa. Mesmo que eu fosse recusar, seria possível com aquele par de olhos cor de mel e aquele sorriso bem a minha frente. Então apenas concordei com a cabeça e peguei a camisa de sua mão e guardei junta a minha.

Ao levantar voltei a olhar ele, e vi que ele já estava pouco distante, conversando com alguns outros garotos. Mas mesmo com distancia era possível ver aquele abdômen pré-definido e tórax quase definido também muito bem desenhado. Mas fui disfarçar e para que ninguém percebesse, porém era tarde, já que ouvi uma voz:

- Ele é bem bonito, pena que namora não concorda?

Eu apenas olhei pra trás assustado e me deparei com uma menina que complementou a fala:

- Oi, me chamo Karina, e relaxa, não precisa ficar com essa cara, não vou contar a ele que estava secando ele! –Ela voltou a rir e eu sem graça apenas disse: -E eu eu não estava secando ninguém se é loco?.

A Karina apenas revirou o olho e disse. -Pronto o garoto agora virou gago, relaxa cara, estamos na universidade, somos quem queremos ser!! –Ela disse essa frase e saiu dando risadinha e de braços abertos como quem tivesse voando e sentindo o vento.

Depois daquela cena se iniciou o trote, com brincadeiras como futesabão, bexiga d’água (mas com lama) e diversas outras brincadeiras que pudessem nos sujar. Foi assim pela tarde toda, e por todo o tempo eu olhava para o Breno e quando ele me olhava eu desviava o olhar. No fim da tarde fomos todos liberados para voltarmos para nossas casas e como eu estava muito cansado apenas segurei a mochila apenas com uma mão e fui caminhando até para o ginásio da universidade, até que ouço alguém gritando meu nome. Ao me virar vi que era o Breno que vinha correndo para me alcançar.

-Cara a minha camisa, sorte que te encontrei,–Ele até tentou continuar, mas estava recuperando o fôlego. –Você está indo onde louco?

-Vou tomar banho ali no ginásio, preciso me limpar.

-Sério que vai tomar banho lá? –Breno me disse dando uma risada sarcástica. E então respondi revirando os olhos:

-Vou! Motorista jamais vai me deixar entrar no ônibus na situação que eu estou.

-Mas ouvi dizer que tinham queimado todos os chuveiros que tem no vestiário do ginásio, você vai acabar tendo que tomar banho no gelado e ficar gripado cara!

-Igual me disseram mais cedo, bem vindo a universidade, fazer o que né, vou ter que ir!

Abri a mochila e peguei a camisa do Breno, porém depois que entreguei ele disse:

-Velho eu moro a uma quadra e meia daqui, toma um banho em casa e de lá tu pega seu ônibus, e não adiantar negar por que tu já me ajudou guardando minha camisa, então minha vez de ajuda!

Como eu odeio banho gelado acabei aceitando sem fazer muito rodeio. Fomos caminhando até a casa de Breno, que realmente não era longe. Ao chegarmos sua mãe estava lavando a calçada. Breno apenas deu um berro e falou:

-Mãe esse é o Dylan, faz faculdade comigo e como ele tem que pegar ônibus pra ir embora disse que poderia tomar banho aqui ok?

-Claro, só vá os dois direto pro banheiro, não quero que sujem a calçada, sou empregada pra ficar me matando de limpar aqui! –Disse a mãe de Breno em um tom meio brava.

Breno com isso grudou eu pelo braço e falou: -Venha, não queira ver ela brava de verdade, vamos por aqui.

Ao chegar no banheiro, ele esperou eu entrar e entrou, trancou a porta e foi tirando o shorts e ligando o chuveiro. Eu fiquei paralisado e perguntei:

-Pera, vamos ter que toma banho juntos?

(CONTINUA E COM O BANHO)