Na Chuva. - parte 3 -

Fiquei boquiaberto no quarto com meu short em mãos. Sentei na cama e de repente senti uma dor forte, minha bunda. Fiquei em frente ao espelho e tentei ver como ela estava. Eu nunca tinha visto nada comparado àquilo. Ela estava completamente vermelha e em alguns pontos, pequenos, estava sangrando. Vestí minha roupa, fechei a porta e fui pra casa. Tomei um banho longo e depois me deitei e dormí até 16:30, horario em que meus amigos vêm jogar bola na quadra que fica aqui perto. Já dava pra ouvir os chutes e as vozes deles. Troquei de roupa e fui pra lá na intenção de jogar também, embora ainda sentisse um pouco de dor.

Enquanto me aproximava da quadra podia ouvir as vozes dos meus amigos, suas risadas altas e os chutes na bola. Quando entrei todos olharam pra mim. Tive uma sensação ruim. "Será que Matheus disse pra todo mundo" me perguntei. Do outro lado da quadra, lá na outra trave estava ele encostado na trave enquanto conversava com João Guilherme. Gui olha pra mim, sorri e acena com a mão, eu aceno de volta. Nesse momento Matheus me vê e começa a andar na minha direção, eu desviei o olhar e me voltei para os meus amigos e comecei a conversar com eles.

- Lee - disse Matheus se aproximando. Era assim que ele me chamava quando queria me irritar. Não conseguia. - como você está?
- Oi Matheus - ele pareceu um pouco desapontado - Estou bem, e você?
- Também.
- Hum, que bom né - falei sarcasticamente.
- É - falou.

Ele estava desapontado, com o quê eu não sabia, mas ele estava. Será que era por eu estar ali e ele não esperava me ver ou será que foi por eu tê-lo chamado de Matheus e não de Math? Não sei, só sei que eu não ligava pra ele ou o quê ele estivesse sentindo. Começamos a jogar e durante o inicio do jogo ele parecia determinado a me machucar, a todo momento ele me dava pancadas fortes e depois pedia desculpas com uma cara de falsidade odiosa, eu o desculpava e voltava a jogar como se nada tivesse acontecido. Fingindo não sentir as dores de suas joelhadas em minhas coxas e até mesmo na minha bunda de vez em quando, ele sabia que ela estava machucada e que se acertasse ali a dor seria maior.

Mais ou menos na metade do jogo me passaram a bola e eu segui em frente com ela. Matheus veio pra cima de mim e chutou minha perna, perdi o equilíbrio e caí. Foi tudo tão rapido, só me lembro de sentir seu chute e depois minha cabeça batendo com força no chão. Quando abri os olhos, segundos após a queda, vi todos os meus amigos ao meu redor preocupados. No meio dos meus amigos vi Matheus aterrorizado, olhava fixamente para mim e perguntava se eu estava bem. Me ajudaram a levantar e me levaram até a arquibancada para me sentar. Eu disse que estava bem e que eles poderiam voltar a jogar.

Na quadra Gui e Math discutiam.

- Você estava doido? O quê foi que ele fez pra você estar com raiva dele?
- Nada. Foi sem querer.
- Ata. Desde que o jogo começou você está dando pancadas nele e agora isso.
- Cale sua boca, idiota.
- Não, eu vou ficar calado .... - Math puxou Gui pela gola da camisa e sussurrou algo em seu ouvido. Gui olhou pra mim assustado. Eu sabia o que ele disse.

O jogo continuou e Guilherme veio falar comigo.

- Desculpe pelo que ele fez.
- Você não tem que pedir desculpas, você não fez nada.
- Ele disse que nos viu.
- É, imaginei - falei.
- O que nós vamos fazer?
- Nada. Ele não vai dizer a ninguém.
- Como pode ter certeza disso? - perguntou.
- Ele sabe que se disser alguma coisa vai ser pior pra você do que pra mim, eu acho.
- Tá - ficamos em silêncio - ah, e em relação a hoje a noite, ainda vai rolar?
- Hoje não vai dar, desculpa.
- Tudo bem, eu entendo.
- Que tal depois de amanhã? Da certo pra você ? - perguntei.
- Acho que sim - ele sorriu.
- Ok. então, depois de amanhã.
- Tá marcado - respondeu.

Ficamos batendo papo enquanto os meninos jogavam. O jogo acabou e nos preparamos pra ir embora.

- Liam, posso falar com você? - gritou Math.
- Claro - ele se aproximou.
- A sóis - falou olhando pra Gui, que pós sua vez olhou pra mim.
- Tudo bem - Guilherme saiu.
- Eu queria te pedir perdão pelo que eu fiz hoje, não só no jogo. E gostaria que pudéssemos ser amigos como antes.
- Tá, eu te perdoo. Mas não seremos amigos como antes. Jamais.
- Sério? - perguntou.
- Sim. Se você já acabou eu preciso ir agora - saí e deixei-o sozinho.
- Espera .... O que eu posso fazer pra nossa amizade voltar ao normal?
- Nada. Não tem nada que você possa fazer.

Fui para casa e naquela noite não sai pra lugar nenhum. Fiquei em casa e fui dormir cedo. Dois dias passaram e chegou a noite em que Guilherme viria dormir na minha casa. Nós já havíamos nos falado e confirmado que daria certo. Eu estava no alpendre quando ele chegou. Eram 19:45 mais ou menos.


Pessoal, desculpe a demora pra postar a continuação.
Esse conto ficou pequeno, mas o próximo será maior.
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Ficha do conto

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ropauzudo

Nome do conto:
Na Chuva. - parte 3 -

Codigo do conto:
141156

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
07/07/2019

Quant.de Votos:
3

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