De novo ele entrou sorrateiro no meu quarto, sem eu querer, usou meu corpo novamente, como um animal estraçalha a presa ao devora-la.
Meu corpo doía inteiro, como também minha alma, que se esvaia a cada vez que o infeliz me penetrava.
O cheiro do álcool e cigarro que exalavam do seu corpo me dava nojo, me sentia sujo e ao mesmo tempo desamparado.
Quantas vezes ele me fez acreditar , que ninguém acreditaria em mim.
Quantas vezes ele disse na minha cara que eu era uma abominação da natureza, que a ira de Deus cairia sobre mim.
Quantas vezes eu gritei por ajuda e ninguém me ouviu, quantas vezes eu clamei a Deus pra acabar com meu sofrimento e ele não ouviu. Comecei a achar que ele tinha razão e que Deus me abandonou.
Comecei a achar que eu era o culpado do sofrimento dele, por ser a tentação enviada pelo demônio pra destruir o casamento dele.
Quantas vezes tentei reagir e não consegui.
Eu já não aguentava mais ...
Decidi parar de viver, e meu corpo aceitou isso.
Enquanto ele metia e gemia de prazer, eu abri o olho pra encarar pela ultima vez, meu algoz.
Uma tempestade acontecia lá fora naquela noite, e a claridade dos relâmpagos revelaram a verdadeira face do mal. Quando eu consegui focar o olhar, no rosto do mostro, minha mente se embaralhou e ora eu via o rosto do Mauro,ora via o rosto de Cézar.
Um grito de pavor saiu da minha garganta e então eu acordei.
Uma tempestade acontecia lá fora e minha janela estava aberta.
Depois que eu a fechei pude então sentir o cheiro do perfume do Cézar novamente no meu quarto, e senti minha espinha gelar, quando vi a porta do quarto totalmente aberta.
A fechei rapidamente e a tranquei.
Já era a segunda vez que isso acontecia, e comecei a desconfiar que Cézar estava vindo ao meu quarto.
E provavelmente deveria ter vindo mesmo, ainda mais depois de ter me visto beijar o Dudu na noite do truco.
O olhar não era de ódio, nem surpresa ou raiva. Parecia que ele estava excitado com o beijo. E sem dar uma palavra ele saiu de minhas vistas, e sem fazer alarde. O silêncio dele me apavorava de certa forma.
Acordei mais tarde que o normal, já que era feriado e também mais tarde seria a festa, a tempestade que rolou ontem, parecia que nem tinha existido, porque o sol brilhava com todo seu esplendor.
Quando desci para tomar café a casa estava um caos de tantos empregados correndo com os preparativos da festa.
Gloria assim que me viu chamou.
- João, eu deixei seu café separado aqui na cozinha, já que acordou tarde. Todo mundo já saiu, e só estão você e D. Guida, que não saiu do quarto.
-Ok Gloria.
Peguei uma maçã e deixei ela falando sozinha. Quando sai da cozinha vi uma movimentação estranha, Cézar conversava de forma nada amigável com sua concubina Ariela ao pé da escada.
Ela agarrou seu braço como se implorasse por algo, até que ele rudemente a agarrou é sacudiu, deixando-a para trás e subindo as escadas rapidamente. O mais estranho era que fizeram aquilo na frente dos empregados, que por sua vez ignoraram totalmente o que aconteceu ali.
Ariela tirou o celular do bolso e começou a digitar um número e foi se esgueirando até o jardim numa área que não havia ninguém e começou a falar.
- D. Mônica, Dr. Cézar voltou pra casa e subiu agora para o quarto da sua irmã. Se quiser ver tem que vir agora.
Nem terminei de ouvir a conversa e subi direto para o quarto da Guida e não havia ninguém lá.
Fui no quarto do Cézar e comecei a esmurrar a porta.
- Abre logo Cézar é urgente.- falei
- Cézar anda logo !!!!!- falei.
E nada de ninguém responder, até que ouvi um gemido.
- Guida pelo amor de Deus abre essa porta !!! Sua irmã tá vindo.- disse.
De repente Cézar abre a porta pelado de pau meia bomba e cabelos bagunçados com uma cara nada boa.
- O que disse moleque ??- falou ele.
- Isso mesmo !!! E saí entrando.
- Sua irmã tá vindo aí, Ariela ligou pra ela e disse sobre vocês. Cês estão dando muita bandeira .- falei.
- E agora? – perguntou Guida.
- Como voce tem certeza que foi Ariela? E como posso confiar em você ? – disse Cézar.
- Eu ouvi Ariela ao telefone, mas se quiser pagar pra ver... mas ontem ainda escutei uma conversa estranha entre as duas, sobre te vigiar Cézar. Deixei pra lá porque Ariela é tua amante, logo achei que ela era tua cumplice, mas pelo jeito ela tem problemas com rejeição. Se não acredita em mim, checa o celular das duas. ( mentira não ouvi conversa alguma).
- Tá mas e agora ? – falou Guida já começando a se vestir.
- Continuem a se vestir e rápido. Eu tenho um plano.
Mandei mensagem no celular do Dudu, chamando ele para fazer uma sacanagem no quarto do pai dele, mesmo sabendo que o Dudu, já tinha saído pra ir buscar o Sérgio e só chegaria quase a noite. Sérgio é o melhor amigo de infância dele, que morava em um outro município.
- Prestem atenção ! Cézar chegou e me viu pelado na cama e começou a me dar um esporro. Guida ouviu e veio saber o que houve. Eu fiz isso para o Dudu, porque achei que ele ainda estava em casa. Entenderam?
Quando falei isso, a porta se escancarou e uma Monica revoltada gritou.
- Que porra vocês estão fazendo ?
- Menos Monica!!! Estou dando sermão no João por entrar em nosso quarto sem permissão para ter um encontro amoroso com Dudu.- disse Cézar.
- Com o Dudu? Mas ele nem em casa está- cuspiu Monica
- Senhora me desculpa, a porta estava aberta e eu achei que ele estava em casa ainda.
- E você o que faz em casa Cézar não era pra estar trabalhando ?- disse Monica
- Eu estava a caminho da delegacia, quando me dei conta que tinha esquecido de pegar alguns documentos no cofre.
- Eu só vim aqui, porque me assustei com os gritos raivosos do Cézar e vim acalmar os ânimos. O miúdo é adolescente e só queria fazer uma surpresa pro carinha que ele gosta.- disse Guida.
- Mas as minhas custas. Já não confiava nele, agora piorou, quero ele fora da minha casa. Ele é da criadagem e não tem que se meter nos quartos dos patrões. E que historia é essa com o Dudu. Esse garoto só pode estar delirando !!!! Dudu é hétero e segundo Isabela disse que ele tá saindo com a Fabi. Imagina ! Coitada da Fabi !!! Mas ela vai saber disso. - Cézar ponha ele para fora daqui.- disse Monica.
- Não vou por ninguém pra fora. O moleque errou e se arrependeu e vai ser castigado. – disse Cézar.
- Não aceito isso. Ponha- se pra fora agora e leve sua mãe junto.- disse Monica.
- CALA A BOCA PORRA!!! A CASA É MINHA E EU FAÇO O QUE QUISER NELA. O GAROTO FICA. – gritou Cézar.
- Calma Cézar !!! – disse Monica. – mas algum corretivo ele tem que sofrer.
- Eu cuido disso Monica. Agora me responda, o que faz aqui a essa hora?
- Eu ...- divagou ela.
- Você...- disse Cézar
- Surgiu um problema aqui no buffet e vim resolver. – falou Monica.
-Entendi. Jão vá para seu quarto e não saia de lá até segunda ordem. E vocês duas voltem ao seus afazeres.
Fiquei trancado no quarto o dia inteiro.
Estava no chuveiro quando comecei a ouvir o som da festa, estava lavando meu cabelo, de costas pra porta, e por um segundo senti que poderia estar sendo vigiado e comprovei quando senti o cheiro do perfume amadeirado.
- Se quisesse me ver pelado, era só ter pedido. Teria poupado essa situação constrangedora, fica feio um homem nessa idade bancando o tarado punheteiro. – falei.
- Garoto abusado ! – sussurrou Cézar.
- Tira essa mão de dentro da calça e diga logo o quer. – disse me virando pra encarar Cézar, que fechava o zíper da sua calça branca, que combinava com o blusa branca de botões com estampa de folhas de coqueiros que estava usando.
- Tá certo, então serei breve. Suas atitudes tem cconsequências, e sua punição é não participar da festa.
- Tá de sacanagem comigo !!! E o que eu fiz agora.
- Tá medindo forças comigo, te dei uma ordem claro e não cumpriu. Logo, logo você irá chorar amargamente por sua decisão, mas saiba que quando esse momento chegar, eu estarei te esperando de braços abertos.
- Fala sério! Tô cansado de suas ameaças vazias. Te fiz um favor hoje e é assim que me paga ?
- O que fez hoje, não passou despercebido, mas mesmo assim você ainda precisa de um corretivo.
- Que ridiculo seu megalomaníaco de merda, não sou obrigado a fazer o que você quer.- falei saindo do box.
- Sinto muito !!!- disse Cézar fechando a porta do banheiro e trancando ela.
- Me solta daqui Cézar. Abre essa porta.
- Quando acabar a festa eu venho te tirar. – disse ele saindo.
-SOCORROOOOOOOO
- POR FAVOR ALGUÉM ME AJUDA
- ABRE ISSO !!!!!
Gritei em vão por mais de uma hora e ninguém apareceu.
Senti tanta raiva do idiota do Cézar, que o mataria se o visse naquele momento.
Passou mais uma hora e meia e eu já tinha desistido, quando ouvi alguém destrancar a porta do meu quarto.
- SOCORRO !! ME AJUDA !!
A pessoa me ouviu e destrancou a porta e a abriu.
- Gloria ????
- Oi João !!
- O que faz aqui?
Eu achei estranho, não te ver circulando na festa, e você queria muito estar nela, mas o senhor Cézar me disse que você estava de castigo por ter invadido o quarto dele, então trouxe um lanche pra ti, só não sabia que estava trancado aqui.
- Ele sabe que você veio aqui ?
- Não, por que ?
- Ótimo. Não conte nada a ele. Agora sai , preciso terminar de me arrumar.
- Não João, eu vou perder o emprego.
- Fica tranquila Gloria, aqui ninguém vai perder nada. Só teremos a ganhar.
-Cuidado João, essa gente é poderosa.
- Terei. Agora sai e finge que nada aconteceu.
Fiz algumas tranças na lateral direita da cabeça, vesti um short curtinho branco é um blusa azul de botão, manga curta de renda florida. Deixei a blusa aberta e usei o cordão de prata com um crucifixo, esse cordão era do Dudu, na noite anterior ele tinha deixado comigo para usar hoje.
Pronto e lindo, desci as escadas e encontrei o Domenico desesperado.
- Te procurei em toda parte, a Guida tá surtada, vem comigo.
Entramos no escritório do Cézar e Guida estava encima da mesa fazendo um strip-tease para um monte de adolescentes punheteiros e armados com smartphones filmando tudo.
- O que eu tenho a ver com isso? Deixa ela se foder.
- O que aconteceu com você hoje ??? Ou que te fizeram ?
- Não quero falar sobre isso.
- Foco garoto !!! Vai perder a oportunidade de ter um trunfo?
- Você cuida dessa pirralhada e fico com a bebum. Dá um jeito de sumir com essa situação, chama o teu amigo que tá lá fora pra te ajudar. – falei.
- Guida queridinha!!! Chega disso né.- falei.
- Oieeee Gostosinho. Vamos curtir !!!- disse Guida.
- Ebaaa !! Mas o que acha de curtir no seu quarto? – falei.
- Me destrói hoje delícia. – disse Guida.
Levei Guida até o quartou dela e lá ela me agarrou.
- Me solta Guida !!! Não quero você !!!!
- Ninguém me quer- iniciou um choro compulsivo. – Cézar me expulsou da casa, meu marido me odeia, ninguém me ama.
- Claro que te ama Guida. Por exemplo lá no fundo até que gosto de você. Bem lá no fundo.( O que era um mentira total)
- Mateus você sempre foi sincero comigo !!!! Meu único amigo de verdade.
- Não sou o Mateus, sou o João.
- João, o novinho delicia ??
- Isso mesmo sua doida- falei.
- Você é muito parecido com o Mateus !!! Me arrependo tanto ! Quando ele mais precisou eu não ajudei. Me perdoa meu amigo.
- Tá Guida. Agora deita e descansa.
Ela agarrou minha cabeça e falou:
- Não pude alertar o Mateus, mas a você eu vou. Cézar é um homem perigoso e implacável. Ele não ama ninguém, nem os filhos, só o pau dele que importa. Você é o novo projeto , ele está obcecado e vai te levar para o tumulo ou para o sofrimento eterno.
- Guida, tem muito álcool, na sua mente. Vai dormir.
- Não deixe ele fazer, o que fez com o Mateus e o Sérgio à você. FUJA.
- Pode deixar ! Eu fugirei.
- Mateus eu te amo tanto, meu amigo !!!
Ela abraçou o travesseiro e começou a murmurar coisas sem sentido, quando eu sai do quarto, esbarrei com o Willy, o imundo.
- Oi imundo. Tá perdido ? – Falei.
- Vim atrás de você amor. Isabela disse que você está de castigo, então vim aqui pra te dar uma chance de se redimir.- falou ele apertando o próprio pau.
- Sabe Willy, você é muito engraçado, poderia ser comediante.
- Vai tomar no cu seu viado.
- Nossa temperamental. Veja bem, não vou ficar contigo jamais. Tenho um ranço e um nojo enorme de ti. Me desculpe mas não vai rolar.
- Vai rolar sim, seu filha da puta !!!- ele me empurrou na parede e começou a apertar meu pescoço, com mais força. Comecei a me debater e consegui acertar o saco dele com toda a força que eu tinha, que o fez cair no chão de dor.
- Nunca mais encoste em mim, seu bosta ! – gritei.
- Vai se arrepender disso !
- O que houve com vocês hoje? É o dia das ameaças? Escuta aqui seu pitboy de 25 de março, não tenho medo de você, mas saiba que se me fizer algum mal, farei contigo em dobro. -falei.
Sai de lá e deixei o idiota me xingando.
A festa estava lotada, bem colorida, já que a temática era tropical e estava bem quente. Todo mundo se divertindo, inclusive a familia feliz da margarina.
Cézar e Monica estavam conversando com um casal diferente, que eu não os conhecia, mas o homem loiro e gordo não tirava os olhos de mim, até que os três olharam pra mim com uma cara de espanto.
Por estar com meu olhar neles, acabei esbarrando numa menina baixinha, com traços asiáticos, e que vestia um macacão lindíssimo rosa e usava um óculos de armação dourada.
- Me desculpe, menina !!!- falei.
- Tudo bem Jão ! Sem problemas. – falou ela sem graça.
- Como sabe meu nome ?
- Eu estudo na Baker, fazemos aula de literatura juntos.- disse a menina.
- Como nunca te notei ?
- Andar com Squad demanda muito tempo... e conversar com nerds não é o forte de vocês.- disse a menina.
- Tempo mal gasto, né. Me diz qual o seu nome ?
- Sandra Kaito. – disse ela me estendendo a mão.
- Kaito ? Da Kaito tênis ?
- É meu pai é o dono. – disse ela.
- Caramba !!! Tô passado. Com sua grana voce compraria o Squad todo.
- A grana me coloca no mesmo lugar dessas megeras, mas jamais seremos iguais e nem andaremos juntas.- disse ela.
- O que Isabela te fez ?
- Olha desculpe eu vou indo, que meu pai está me procurando. – falou Kaito.
- Espera quero conversar com você.
- Outra hora. – e saiu correndo.
O DJ trocou a musica e o remix de Scared to be lonely de Martin Garrix e Dua Lipa.
Caminhei até a pista de dança, mas antes meu olhar cruzou com Dudu.
Ele estava lindo vestindo a bermuda e a blusa de cor verde musgo e estampas florais.
Minha mente por um segundo retornou sobre a conversa que tivemos no dia anterior.
Flashback
- Tenho que te contar uma coisa, seu pai viu a gente se beijando no quarto e não fez nada.
- Isso é uma boa noticia. A gente vai poder ficar junto, sem ninguém atrapalhar.- disse Dudu.
- Não acho isso. O olhar dele era estanho e acho que ele pode estar tramando algo contra gente.
- Cê não acha que tá sendo mundo paranoico, esquece essa teoria de conspiração.- falou Dudu.
- Como esquecer, ele me ameaçou lembra.
- Quer que eu faça o que ? – falou ele.
- Fale com ele novamente, sei lá.
- Não podemos simplesmente engatar um namoro como todo faz. – disse ele roubando um beijo.
- Vamos com calma, seu pai é um homem, digamos que colérico demais.
- Isso é um elogio para ele. Sua ultima decisão é nos esconder?
- Digo não sermos pegos.
- É a mesma coisa seu idiota.
Fim do flashback.
Enquanto as luzes piscavam, senti Dudu encostar seu corpo no meu e dançar conforme a musica.
- Por que não me procurou quando chegou?
- Meu pai disse o que aconteceu e eu tentei ligar para seu celular e ninguém atendeu.
- Tive um contratempo e não peguei no celular ainda.
- Adorei a sua ousadia mais cedo no quarto do meu pai, mas não te entendi já que pediu descrição.
- Quer saber. – disse me virando pra ficar de frente pra ele. – Que se foda a discrição !! Quero você.
- Me quer? – disse ele entrelaçando os dedos em meus cabelos da nuca e aproximando nossos rostos.
- Quero. – falei enquanto ele me envolvia num beijo cheio de tesão e muito gostoso. Seus lábios estavam doces e com sabor de piña colada.
Depois que nos beijamos, fui até seu ouvido e implorei a ele que me comesse. Os olhos dele brilharam e me puxou rapidamente da pista de dança e me levou para a casa.
Mas antes algumas coisas aconteceram.
Primeiro foram os ataques de raiva e ódio do trio ameba do mal, Fabi, Isa e Willy. Nem a roupa delas super cara e na moda, fizeram delas o destaque da festa, cheguei em tanto pouco e já era o assunto.
Antes de chegarmos a área da casa, Cézar fez questão e parar a gente para dar as felicitações, só que não.
- Pai sem drama.- disse Dudu.
- Nem disse nada filho. Só queria que você falasse com seu padrinho.
- Deixa o rapaz Cézar. – disse o homem gordo loiro.
- Me desculpe padrinho, tinha muitas pessoas pra cumprimentar, mas já ia vir aqui mesmo, quero te apresentar meu namorado João.
Cézar cuspiu todo o champanhe que tinha bebido.
- Namorado ? – disse Cézar.
- Namorado ? Eu ouvi isso – disse uma mulher loira de vestido vermelho curto que chegava com Monica trazendo bebidas. – Quem está namorando?
- Nós , Tia . – Esse aqui é o João meu namorado.
- Prazer senhor. – falei
- Me chame de Marco Aurélio, filho já que agora é da familia.
- Nem me chame de senhora !! – disse ela rindo. – me chamo Cassandra.
- Prazer Cassandra.- falei.
- Eu ouvi bem vocês estão mesmo namorando? – disse Monica. – Não vai fazer coisa Cézar ?
E ele ficou calado, olhando para nossa direção.
- Moniquinha depois daquele beijo na pista de dança, não restou duvida alguma. E outra coisa, fiquei até excitada depois do beijo. Vocês são jovens e lindos, tem mais é que se curtirem mesmo.- disse Cassandra.
- Obrigado tia Cassandra.- falou Dudu.
- Por nada. Agora voltem pra festa e Dudu leve o João pra almoçar comigo para nós nos conhecermos melhor.- falou Cassandra.
- Pode deixar, iremos !!! Até mais... – falei.
- Vem amor, preciso te apresentar uma pessoa.- disse o Dudu.
Ele me levou até um garoto de aparência triste que andava, na sala com um copo de cerveja na mão. Era loiro, alto, magro, um tanto branquelo, e olhos castanhos. Vestia uma calça jeans e uma blusa floral.
- Me deixou sozinho nessa festa de gente esnobe, mas depois eu vi o motivo lá na pista de dança. Vocês são lindos juntos.- falou Sérgio.
- Foi mal amigo, é que...- disse Dudu.
- Tudo bem nem precisa explicar. E você deve ser o Jão, não é? Muito prazer eu sou Sergio, melhor amigo desse babaca.
- Prazer Sergio !!!
- Vamos sentar e conversar gatinho, tenho muitos podres do Dudu pra te contar.- disse Sergio.
- Nada disso. A gente tem uma situação pra resolver e já voltamos.- falou Dudu.
- Quero ir embora por favor. Me leva pro hotel.- disse Sergio.
- Assim que eu terminar eu te levo.- falou Dudu.
- Tudo bem. Estarei aqui esperando e vê se não demora.- disse Sergio.
Subimos as escadas rapidamente e Dudu me levou para o seu quarto.
O quarto dele era muito bagunçado, e imagino que por conta da festa Gloria não deve ter conseguido arrumar os quartos.
Tinha um cheiro de macho, e cheio de pôsteres de banda e alguns artistas que ele gostava.
Cambaleamos até a sua cama nos beijando com muito tesão.
- Tem certeza de que quer fazer isso?
- Claro que sim. Desde o dia no mirante não consigo esquecer. Eu te quero !!!
Ele me girou e agarrou por trás e esfregou a rola dele na minha bunda, senti aquelas mãos fortes no meu ombro, apertando meus mamilos.
O cheiro inebriante que saia do corpo do Dudu, invadiu minhas narinas, me fazendo procurar pelo anseio de seus lábios, enquanto me provocava esfregando a rola na minha bunda.
- Aí , que delícia!!! Me come vai, por favor.- gritei sentindo a respiração próximo ao meu rosto.
-Empina meu amor. Quero sentir o teu sabor !!! – disse ele dando um tapa na minha bunda.
Senti ele devorando meu rabo com mordidas e lambidas. Esfregava a barba no meu cú de forma frenética que me causava uns espasmos, que me fez pular.
- Jão tá tudo bem ? – disse ele rindo.
- Tá tudo bem. Só continua o que tá fazendo.
Deu uma cheirada gostosa no meu rabo, e veio lambendo as minhas costas, até chegar na minha nuca, ao mesmo tempo voltou a pincelar a piroca no meu cú.
- Ai que delícia!!!!- deixa eu te chupar.- falei.
Me ajoelhei de frente e a abocanhei a rola. Não era enorme, mas tinha um tamanho normal, toda preta, de glande rosada , cheia de veias, sacudo e pentelhudo.
- Engole tudo amor !!! Toma rola gostoso !!
- Bate na minha cara, vai !!! Me dá uma surra de piru.
- Vou te encher de leite. !!!
- Me lota de leite seu safado, me destroi.
- Ishhhhhhhhhhh
- Glup, Glup, Glup.
Nem conseguia mais falar enquanto ele socava na minha garganta..
Ele levantou e me arrastou até uma poltrona dentro do quarto e fez sentar no seu colo. Dei um tapa na cara dele, segurei no seu rosto e o trouxe para perto da minha boca.
- Da próxima vez, me procure até no inferno, seu safado.- falei enquanto tentava beijar a sua boca, mas ele recuava.
- Não sabia que você era tão agressivo assim.- falou Dudu que estava com seus olhos brilhando, enquanto sua mão direcionava a rola dele para penetrar no meu cú.
- Ahrrrrrrrr !!!! – gemi.
Fui sentando devagarinho, e pouco a pouco, ele entrava dentro de mim.
Naquele momento foi pele na pele, olho no olho, e meu pau estava tão duro e babão, que melou o abdômen dele. Ele entrelaçou seus dedos no meu cabelo começou socar, parecia uma máquina.
- Nossa Jão ! Que cuzinho apertadinho !! Que gostoso !!!!
- Oh, oh ,oh Duduzão, não para.!!!
O safado me levou para a cama novamente, e me colocou na posição de frango assado continuou metendo mesmo assim, me encarando.
- Oh, que tesão porraaaaa !!! Mete mais. – falei.
- Caralho que cu gostoso. Isso é viciante, vou te querer todo dia.- disse Dudu
- Ooooh !!!
De repente ele parou de meter e começou a chupar meu pau, parecia que iria me consumir vivo, chupou meu saco, mordiscou a glande, e sugou a minha baba.
Depois disso, ele juntou nossas rolas e começou uma punheta gostosa.
Não demorou muito eu gozei, sujando a minha barriga e a mão dele. Ele lambeu o meu gozo, e me beijou.
Voltei a mamar ele, e cai de boca cuzinho peludinho dele até ele gozar. Ficamos abraçados por bastante tempo e adormecemos.
Mais tarde, saí do quarto sem acordá-lo, e encontrei a casa silenciosa e sem vestígio da festa, com exceção da discussão acalorada ao pé da escada.
- Você não me manda mais seu demônio !!!- disse Sérgio.
- Vai se arrepender por me desafiar seu viado de merda.- disse Cézar levantando a mão para bater no menino.
- Ei seu brutamontes, vai arrumar alguém do seu tamanho seu covarde. – falei descendo as escadas rapidamente.
- Não se mete garoto !!!- disse Cézar.
- Sim me meto. Você não vai encostar um dedo nele, se o fizer farei um escândalo que até a policia federal virá.- falei.
- Que ridículo. Quem é você garoto pra falar assim comigo ?
- Posso ser seu pior pesadelo. Seja homem uma vez na sua vida, pare de se comportar como um garoto mimado e preconceituoso.
Ele avançou pra cima de mim, fazendo com que minhas costas se chocasse com a parede gelada e com uma das mãos, começou a me enforcar. Ou seja, aquele é o dia oficial em toda a republica brasileira de enforcar o Jão.
- Solta ele seu imundo !!!- disse Sérgio dando tapas inúteis nos músculos de Cézar.
- Em breve irei te mostrar o que é um homem de verdade, e será mais breve do que pensa.- disse ele com um bafo horrível de bebida.- Seu cabelo tem o cheiro do Bostinha ! MERDA !!!- disse ele socando a parede, a centímetros do meu rosto.
Cézar me soltou e foi parar no escritório.
- Que porra acabou de acontecer, viado? – disse Sérgio
- Não sei Sérgio.
- Mentira, eu percebi a tensão sexual de vocês, ele até tentou disfarcar mas não conseguiu.
- Para de falar besteira Sergio.
- Olha só vou te dar um conselho, se afasta desse demônio, ele tira toda sua felicidade até te deixar uma pessoa em que você mesmo se odeie. – disse
- Ele te fez alguma coisa? Pode me contar, por favor ?
- Não posso dizer nada, mas eu quero muito o seu bem e do Dudu. Cadê ele, tô aqui há horas querendo ir para o hotel.
- Ele tá ferrado no sono. Dorme no meu quarto, vai estar seguro e vou fechar a porta, tudo bem ? E amanha cedo ele te leva embora, o que acha ?
- Não tenho roupa
- Relaxa, acho que meu short deve dar em você.
Horas depois, por volta das 5 da manhã, acordei espantado com uma chuva repentina, que havia se iniciado. Ao olhar para a porta do quarto, mais uma vez ela estava aberta, e próxima a ela, sentado em uma cadeira estava Cézar me encarando.
Olhei para trás e vi Sergio dormindo tranquilamente , o que me deixou até mais calmo, porém Cézar já não estava no quarto, mas a porta ainda continuava aberta.
Quarto da Guida, na manhã do dia seguinte.
- Bom dia Guida !! Dormiu bem ? - falei
- O que faz no meu quarto Jão, disse ela se cobrindo com o lençol.
- Para de fingir ser a boa moça por um instante. Veja esse videozinho seu, acredito que vai adorar sua pervertida.
- Seu filha da puta, eu vou acabar com você.
- Olha que desenvoltura, dançando quase pelada pra adolescentes. Imagine se a midia descobrir ou quem sabe a Ordem dos Advogados, hein? Licença cassada em três, dois..
- O que você quer?
- Muitas coisas, mas por enquanto quero que se afaste desta casa, sua presença aqui e agora não está ajudando.
- Quem me garante que agora já esta tudo na rede social? Tinha muitos jovens lá.
- Sim claro. Cheque a rede social, os sites, só vão ter elogios sobre a festa. Achou algo ?
- Não achei.
- Ótimo !! Fique tranquila que limpei muito bem sua bagunça. Temos um acordo ?
- Esse acordo é vago sem sentido. Jamais irei te ajudar a prejudicar a minha familia.
- Bom você decide, sua reputação ou sua familia? Apesar de que não tem muito pra onde correr, porque mais cedo ou mais tarde um dos dois ainda te levará pra lama.
- Vai pro inferno.
- Sim ou não Guida, seja clara.
- Sim, estamos de acordo.
- Excelente. Desfrute sua manhã e saia da casa até o anoitecer.- disse já de saída do quarto.
- Cézar, vai te destruir quando ele descobrir suas verdadeiras e todos sabemos quem você é. Logo será o seu fim.
- Nossa Guida, quanta hostilidade ! Achei que fossemos amigos.
- Ele jamais permitiria você fazer isso, o coração dele era puro e...
- E você, sua vadia, o abandonou... e não tem direito algum de falar dele. – Isso tudo me cansa, e mudei de opinião, tem até as 15hs para sair de casa ou seu video e vai parar na internet.- falei
- O tempo tá correndo vadia !!! q-tac.
Obrigado leitores e fãs em especial aos leitores Sssul, Geomateus e Sairaf30 pelo carinho.
Amei seu conto meu amor, votado, adoraria sua visita na minha página, tenho conto novo postado, bjinhos Ângela