A farmacêutica

Ele não estava bem, o joelho doía mais do que tudo, dor intensa, chata, que lhe impedia de trabalhar, raciocinar, e ainda faltavam 2 horas para o término do expediente.
Mas, bravamente ele resistiu cada segundo da jornada faltante, a dor parecia não iria embora, mas não havia mesmo o que fazer.
Logo que saiu do serviço, ele colocou-se a caminho de casa, entrou no carro e transitou pelas ruas “paradas” da cidade de São Paulo. Carros, motos, caminhões, pedestres todos disputando todo e qualquer centímetro do asfalto quente e escaldante.
A música lhe fazia companhia, Megadeth ao fundo, com Symphony of Destruction a qual misturada com a sinfonia emitida pelos automotores, criava um verdadeiro caos, diria Axel Rose “Welcome to the jungle”.
Os pneus rodavam cada centímetro por minuto, talvez por dezenas deles, até que logrou êxito em chegar em uma farmácia, enfim, a dor seria vencida, senão com tramal, com qualquer droga que iria retirar de seu cérebro o comando da sensação de dor, pois o problema continuaria, mas sem o sintoma.
Logo que entrou no estabelecimento, caminhou pelos corredores da drogaria, até avistar uma moça pequenininha, daquelas que dá vontade de apertar. Cabelos longos, até a fina cintura, magra, olhos castanhos claros, pele branca, lisa, seios irremediavelmente pequenos e firmes, um verdadeiro “filé”.
– “Posso ajudá-lo senhor?”
O senhor soou como uma ofensa, ali a dor do joelho não existia mais, pois a dor da verdade ecoou no cérebro e o fez acordar; era o tio da sukita.
Mas, valente, firme e forte como sempre, respondeu:
“Pode sim moça, preciso de uma faca para amputar minha perna, na ausência, pode ser algo para dor.”
A piada fúnebre parece não ter tido graça, situação que já estava acostumado, mas – ao menos- conseguiria tomar o analgésico e quem sabe, procurar recuperar a autoestima, que já não estava alta.
Quando a farmacêutica se dirigiu para o corredor para pegar o remédio, soltou um elegante espirro:
– “Atchim”
Daqueles controlados, agudo, baixo, mas que – ainda assim – a deixou um pouco envergonhada.
– “Saúde”
Ele disse.
Assim, ela esboçou um sorriso, mas se conteve, agradeceu, mas seus olhos não negaram, ela ficou surpreendida com o cavalheirismo, gostou, parecia que fazia tempo que não testemunhava algo do tipo.
Ele, então, verificou que era a deixa, o “espirro da princesa” abriu a brecha que precisava. Desse modo, ele engatou conversas tíbias sobre o tempo, sobre problemas respiratórios, da dificuldade que passamos com água, etc.
Essa conversa inocente corroborou o pensamento, ela estava gostando de sua presença. Então, ele pegou o remédio, se despediu, desejou melhoras e se dirigiu para o caixa.
Os dias passavam, ele sempre se lembrava dela, logo após o espirro, olhando para ele com olhar de admiração pela saudação e por ver, naquele homem, um verdadeiro cavalheiro.
O fato fez com que ele se tornasse um cliente assíduo na farmácia, de modo que, ainda que não tivesse nada para comprar, passava no estabelecimento apenas para se pesar. Sempre aproveitando-se da situação dava uma espiada na moça, que tinha a pele macia, iluminada, que despertava-lhe a vontade de tocar na três, de sentir o toque sutil, tenso, repleto de sentimento, de respirar o mesmo ar, de modo que dois corpos se unissem em um só, com movimento rítmicos, honestos e apaixonados, que fizessem com que os Deuses despertassem e olhassem para o fato único de entrega, de amor, de paixão, que só poderia ser vivida por mortais, o que faria com que qualquer Deus renunciasse o próprio poder para sentir, viver e guardar para si, os pecados da carne.
Os astros se moviam, o sol, a lua, as estrelas, os cometas viajavam por cada centímetro do espaço, tudo ao mesmo tempo agora, enquanto ela se movimentava sempre em câmera lenta, uma passada, um rebolar, o movimento dos braços, tudo se entrelaçavam para formar o que era a mais perfeita expressão do amor.
Ele não sabia como se aproximar, sem que jogasse fora toda a sensação de cavalheirismo gerado.
E foi em uma data na qual, tudo parecia iria esfriar, ela comentou estar passando por um momento conturbado em casa, o sifão estava vazando, e ela não sabia como arrumar. Logo o atendente da farmácia, sem titubear, diz:

– Mulher que não sabe nem trocar um sifão?! Ainda quer dirigir.

Aproveitando-se do que parecia ser uma brincadeira, mas que soou como um machismo de ponta, ele afirmou:

“- Não ligue para ele, pois o pobre não sabe o que faz. Se tiver um copo de água para me servir, poderei fazer o favor e trocar para você.”

Ela sorriu inocentemente e disse:
-Você não faria isso por mim.
“ – Claro que faria”, ele respondeu.
Assim, ele combinou de pegá-la no término do expediente, já com a peça comprada e a levaria para casa.
Chegado o horário marcado, ele aguardava-a na frente da drogaria, com a peça comprada, cheiroso e elegante. Logo que ela saiu e o avistou, esboçou um pequeno sorriso, sendo surpreendida pela movimentação rápida do rapaz, que fez questão de abrir-lhe a porta e colocá-la dentro do carro.
Ao entrar, percebeu que o som não era o mais apropriado para uma quarta-feira, horário de pico, pois rolava músicas lentas, anos 60, propícias para um jantar romântico. Assim, ele retornou ao banco do motorista, entrou no veículo e iniciou a dirigir. Era inevitável olhar para as coxas da moça, bem “feitinhas”, apetitosas, milimetricamente delineadas pela calça branca que vestia. O traseiro ele já havia conferido e viu tratar-se de um um belo derrière.
Chegando à residência, ele aguardou o convite para entrar e logo se colocou à disposição para terminar logo o serviço.
O conserto foi rápido, não demorou 15 minutos. Tratava-se de retirar o antigo, passar veda rosca na peça nova, rosqueá-la e pronto. Ele se tornara o herói.
Assim, ela ofereceu-lhe o copo de água prometido, ambos riram da situação criada. Após uns segundos de silêncio eloquente, ele a convidou:
– Vamos jantar fora?
A resposta foi direta:
-Não…..
O silêncio predominou, dando um lugar para uma risada confortante:
– Não, antes de eu tomar um banho.
Ele a aguardou na sala, analisou as fotos de uma menina sempre sorridente, que demonstrava muita felicidade e beleza desde sempre. Fotos de quase toda uma vida. Logo ela retornou, encontrando-o praticamente no mesmo lugar, encantado com o que via.
Ela surgira em um vestido branco com flores rosas e vermelhas, próximas da barra, linda, cabelos semi molhados, sorridente como nas inúmeras fotos. Os olhos castanhos brilhavam como uma joia, igualmente raros de tamanha beleza. O rosto ainda roseado, em virtude da água quente que o higienizou. A moça cheirava a primavera, delicado e harmonioso.
Assim, foram em um restaurante com vista para o mundo, jantaram, beberam um Jacob`s Creek especial, dançaram, riram, se divertiram, as horas passaram como segundos. Era difícil acreditar que no dia seguinte a labuta os esperava.
Ele foi até a casa da senhorita deixá-la no conforto do lar, quando recebeu um convite:
– “Fica mais um pouco, a noite está boa”
Ele, nada contrariado, ficou.
Então, como ela não tinha vinho, acabou apenas oferecendo a companhia e uma estação de rádio qualquer, daquelas que tocam “love songs”, que – ainda que brega – se adequam aos momentos românticos.
Assim, eles começaram a dançar, rir, tocavam-se como velhos conhecidos e quando um olhar cruzou o outro, bem lá no fundo, perceberam que as almas gritavam por um toque mais quente, com maior paixão, os arrepios no corpo foram imediatos.
Um beijo aconteceu.
Beijo esse acompanhado de aperto de mãos, ambos se entregaram perdidamente, as mãos para o alto, encostadas na parede da sala, corpos em uníssono gritavam por amor.
Não demorou muito, ele começou a beijar o pescoço dela, que não aguentando de tesão, começou a mordê-lo nos ombros, deixando as marcas de seus dentes muito bem tratados e reluzentes na camisa.
Ela o agarrou pelos bíceps, sentindo os músculos bem torneados, enquanto ele ia se abaixando tocando os pequenos seios que testemunhavam as estrelas no céu, ele enfim se ajoelhou e começou a beijá-la, a lamber cada centímetro da buceta molhada e praticamente pelada. Enquanto apertava as nádegas pequenas, mas perfeitas.
Ela urrava de tesão, então, ele após lambê-la inteirinha e fazê-la gozar pela primeira vez, levantou-se e pôs a chupar seu pau que já estava petrificado desde a primeira música.
Assim, sentou-se no chão, ela de quatro, agachada ao seu lado, passou a degustar a pica gulosa latejante que estava à sua frente.
Ato contínuo ela sentou de uma só vez, sendo penetrada em ato único, soltando um gemido gostoso e sentindo-se preenchida na totalidade. Ela começou a rebolar, movimentar os quadris como poucas que ele já havia testemunhado.
A cada rebolada, um gemido, um prazer, um novo tesão.
Ele agarrava-a na bunda dando tapas e arranhando toda a extensão. As línguas se acariciavam e os lábios se completavam.
Assim, ele fez uma manobra heroica, colocou-se de pé, e caminhou para o sofá, onde a colocou deitada de pernas abertas.
Então, começou a roçar a cabeça do pau entre os pequenos e grandes lábios e acariciar o clitóris. A buceta se movimentava, pedindo para ser preenchida. Ele a penetrou, olhando-a nos olhos mais uma vez.
Após alguma estocadas, ele retirou o pau de dentro e gozou na barriga da moça, melando-a inteira.
O ápice do prazer havia sido alcançado.
Assim, ele a pegou no colo, foi até o banheiro, colocou-a embaixo do chuveiro e, assim, tomaram banho juntos. Ainda se beijando loucamente.
Como ele logo voltou a se alegrar, a penetrou mais uma vez, segundo a perna esquerda, enquanto a perna direita dava apoio ao corpo que se inclinava para trás, em busca de uma penetração mais profunda.
Após alguns instantes, ele gozou novamente, mas internamente, não se segurou.
Terminaram o banho, foram para a cama, onde ela recebeu uma bela massagem.
Ambos caíram no sono, o sono de quem testemunhou o verdadeiro amor.”


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Ficha do conto

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Nome do conto:
A farmacêutica

Codigo do conto:
164066

Categoria:
Heterosexual

Data da Publicação:
10/09/2020

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