Como a coisa começou

Já faz quaze quinze anos. Eu tinha cerca de 30, carioca, namorada firme, advogado bem empregado, vida normal, morava em uma cidade vizinha ao Rio de Janeiro.

Só que por dentro, aquele desejo estranho que de tempos em tempos me fazia ficar horas teclando no bate-papo, a coisa proibida que excita sem a gente entender porque. Comecei por curiosidade, depois por prazer mesmo, e com apelidos discretos que quase sempre atraíam caras ativos, como "quieto", "tímido" etc.

Tinha interesse em conversar com coroas casados com mulher, do tipo sigilosos, que me deixassem seguro. Cheguei até a topar encontrar um ou outro depois de muito papo e muita cantada, em lugares públicos mas discretos como uma lanchonete ou um café, mas a realidade nunca chegava perto da imagem que eu havia fantasiado. Quase sempre faltava masculinidade no sujeito ou, se não, o cara já chegava a mil por hora praticamente convidando pra transar, eu me assustava e vazava, o medo de alguém sequer imaginar algo de mim já me fazia suar frio, coisa típica de cara criado em família tradicional de classe média.

Um belo dia um cara puxa papo no chat, vi logo que não era meu perfil porque o apelido dele indicava ser negro. Eu nunca tive preconceito mas minha família sim, tinha muito, e uma mulher negra não me atraía nem um pouco, imagine então um homem rs. Mas o cara insistiu, Luciano o nome dele, muito bom de papo, fui dando trela e gostei muito, conversamos quase a tarde inteira. Era novo ainda, estudante de direito, e portanto o papo girou em torno de outros assuntos também, mas claro que o interesse dele era sexo, e meu perfil o deixou super interessado, dava pra perceber que só conversava comigo no chat, respondendo rápido, dizia que procurava um cara com namorada, acima de qualquer suspeita, pois era noivo e não podia se expor, mas já era experiente e deixou claro desde o início que de outros caras gostava só do bumbum, pinto já bastava o dele. Chamou pra nos conhecermos, eu respondia que negro e jovem não era o que eu procurava, mas depois de muita insistência e com o papo gostoso dele acabei topando, desde que fosse só uma conversa mesmo.

Marquei no centro da cidade, fui de carro e o peguei no ponto combinado. Confesso que me arrependi quase que imediatamente, o achei feio, e admito que na hora percebi que eu tinha sim preconceito, se eu pudesse teria pedido pra ir logo embora mas não tive coragem, ele sorria com grandes e bonitos dentes brancos, mas de resto era absolutamente negro, "azul" como se costumava brincar na época. Tinha um corpo normal, roupa básica de estudante de faculdade no centro, morava num bairro distante, era um suburbano típico, não sei se ele percebeu mas meu desapontamento era total, só que ele não se intimidou nem um pouco, conversava bem ao vivo tanto quanto no chat, ia falando sem parar e quebrando meu gelo, no início eu só pensava "o que to fazendo aqui?" mas acabei entrando na conversa dele, falava sobre a faculdade, a mulherada, o calor, e ao mesmo tempo ia me mandando entrar aqui, seguir por ali, até que entramos no estacionamento da faculdade da cidade, ficava de frente pra Baía de Guanabara, na época era bem tranquilo, havia um vigilante na entrada mas lá dentro era uma área bem grande e sossegada. Me mandou parar numa vaga mais escondida, pensei que seria bom pra conversar sem dar bandeira. Eu estava ainda acanhado mas um pouco mais solto, Luciano ria, conversando sobre tudo menos sobre aquilo que eu sabia que cedo ou tarde ele ia chegar, e isso dava um certo frisson que me agradava, bem diferente de outros que eu havia conhecido antes, ia me perguntando sobre minha vida, o que eu fazia etc.

Por fim ele parou de perguntar e eu de responder, e aí ele se virou bem pra mim e me olhou bem diretamente, primeiro o rosto e depois foi baixando pro meu corpo, sem pressa, e disse "Bonito você. Deve fazer sucesso hein?". Eu sempre fui alto e na época era magro mas bem distribuído. A mãozona dele me tocou pela primeira vez, primeiro no braço e depois por cima da calça no joelho, eu lembro que fiquei parado, não me mexia, não sabia se corria ou se ficava. O preto sorria seguro, sabendo o que fazia apesar de ser anos mais novo. Me perguntou se eu tava com medo, me mandava relaxar e ao mesmo tempo já me tocava o corpo de alto a baixo. Finalmente olhei detidamente pro rosto dele, era preto reluzente, os traços típicos da cor, boca grande, lábios grossos, nariz largo, "um negão de respeito" eu pensei na hora e então percebi como ele era masculino, os olhos grandes não escondiam o desejo que tava sentindo, e eu instintivamente baixei os olhos pra sua calça jeans e vi o volume estufado. "Pega", ele falou, mas eu não me mexi, minha razão me dizia pra fugir dali. Talvez se antes tivéssemos parado num bar e bebido uma cerveja teria sido mais fácil em todos os sentidos.

Suas mãos foram até a braguilha de seu jeans e a abriram num segundo, apareceu a cueca branca já molhada, e no segundo seguinte ele puxou o membro. Já estava escurecendo e eu olhei aflito pros lados, mas não tinha ninguém pra nos surpreender ou me "socorrer", rs. "Pega", ele disse de novo, a voz firme, já não sorria mais. Aí pela primeira vez na vida botei a mão, parecia enorme pra mim, muito quente, e bonito. Sem pensar fui apertando devagar, acariciando como um brinquedo novo, o bicho parecia querer saltar, e o dono dele fazia um som baixo que parecia uma cobra sibilando, "issss", cheio de tesão. A mão grande veio por trás da minha cabeça, na altura do pescoço, e pressionou pra baixo, mas eu não cedi. "Cheira", ele disse, mas eu balancei a cabeça negativamente, eu sabia que tinha que ir embora dali o mais rápido possível, "só vim conversar, cara" eu falei, e Luciano respondeu "tamo conversando, mas abaixa aqui po", mas eu não abaixava, só continuava com minha mão fazendo o carinho. Ainda ficamos alguns momentos assim nesse jogo de gato e rato, até que ele relaxou a mão no meu pescoço e eu pensei que afinal ele tinha desistido, só que logo em seguida me deu um tapa rápido no rosto, de leve, mas suficiente pra me assustar. "Anda, vem fuçar", e com minha inércia mais um tapa da mãozona aberta estalou mais forte, e depois outro e mais outro, até eu sentir a face quente e me dar vontade de chorar e conseguir pedir baixinho pra ele parar. "Então abaixa, porra!", e a expressão dele mostrava aquela raiva típica do desejo que tem pressa. Dentro de mim os sentimentos se misturavam, era humilhação, medo, raiva... E tesão. Eu reconhecia finalmente um macho à minha frente, um macho alfa onde eu menos esperaria encontrar.

A mão voltou pra minha nuca e dessa vez não encontrou resistência. Me abaixei, e olhei aquele enorme piru negro a poucos centímetros, senti o cheiro característico de limpo e levemente suado ao mesmo tempo, e finalmente envolvi a cabeça com meus lábios do jeito mais delicado que pude, igual tantas mulheres já tinham me feito antes. Ouvi o gemido rouco de negro, e entendi que fiz certinho. Fiquei longos minutos agradando o macho do melhor jeito que pude, e surpreendentemente ele agora parecia o cara mais carinhoso do mundo. Ainda tentei fazê-lo gozar ali, mas definitivamente aquele negro não era um amador, se controlou muito bem durante um bom tempo, até que determinou "liga o carro e vamos sair daqui". Relutei um pouco, disse que minha namorada me esperava no shopping, o que era verdade, mas outro tapa me fez ver que já não tinha escolha. Me lembro bem da bocona dele quase engolindo a minha ainda dentro do carro quando parávamos nos semáforos, meu corpo todo ficando mole com tanta volúpia. Chegamos no motel, eu quase morro de vergonha quando a atendente olhou pra dentro do carro na direção do carona, pedi um quarto com garagem. Já lá dentro Luciano se fartou, era beijo, língua e fungada do negão pelo meu corpo todo, e às vezes mais um tapinha quando eu fazia doce pra negar alguma coisa. Ele não tinha pressa. Finalmente me botou de quatro na esquina da cama e se postou de pé atrás. Ele parecia fascinado com meu corpo de falso magro, com um bumbunzão grande e firme, e a imagem que guardo até hoje é do espelho grande da parede, eu bem empinado e cheio de medo, pedindo por favor pra ele ir devagar, e o homem de pé atrás rindo de um jeito bem sacana, me falando pra relaxar e elogiando meu bumbum, feliz de tirar meu cabaço, enquanto meu telefone vibrava com minha namorada ligando. O contraste da cor era fascinante. A piroca negra, envolta pela camisinha, foi sumindo devagarinho por entre minhas nadegas bem branquinhas, enquanto a dor me fazia gemer e parecia lhe dar um certo prazer, até que chegou finalmente a engatar tudo e parou. Ficou bem paradinho, não mexia nada, e eu ali, sofrendo aflito, e ao mesmo tempo com tesão pelas bobagens que me falava baixinho no ouvido. "Tá gostando, meu doutor? Coisa linda, vc agora tem dono, viu? O negão aqui tá tirando teu cabaço". E então começou a ir e vir, devagar, dominante, parecia um rei africano.

Por sorte ele gozou rápido. Eu fui pro banho, cheio de remorso, raiva de mim mesmo, completamente confuso. Me enxuguei rápido e já ia botar a roupa pra ir embora, mas o vi ali, deitado, cochilando, o penis mole mas ainda inchado, caído pro lado. Não consegui sair. Fui ver de perto, fiquei admirando, e pouco depois o macho acordou. Foi se lavar e quando voltou quis mais, novamente pra minha sorte, porque dessa vez doeu menos e gozei forte.

Apesar das minhas crises de consciência, ainda saímos outras vezes, poucas, porque ele me ligava sempre, eu dizia que não queria mais, mas quando meu rabinho parava de doer eu só lembrava do tesão e acabava cedendo de novo. Só consegui parar quando ele disse que tava solteiro de novo e se eu não tinha interesse em algo mais duradouro. Morri de medo do jeito quase apaixonado com que ele disse aquilo. A ideia de um namorado me dava calafrios, nunca quis largar minha vida hetero, então troquei o fone e nunca mais o vi. Já se foram muitos anos e eu continuo gostando de mulher, mas não tem como esquecer daquele preto safado.


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Comentários


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docsigilo Comentou em 06/05/2021

Po luispant, tb não é assim, cara! Não tenho culpa da criação que tive, nunca fiz mal pra ninguém. Cara bruto que curte machucar não tem nada a ver..

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luispant Comentou em 03/05/2021

Com Viado que quer dar e fica com frescuras, tem que bater na cara, humilhar e meter tudo sem dó. Arrombar o Cu. Ainda mais se for bicha preconceituosa. Os Negros são os melhores. Ganhou a mega acumulada e perdeu o prêmio.

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hhsigilo Comentou em 03/05/2021

Cara, delicia de conto. Tesao é assim mesmo, quando bate vc tem que cair de boca e de rabo nessa pica. Conta mais das outras fodas.




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Ficha do conto

Foto Perfil Conto Erotico docsigilo

Nome do conto:
Como a coisa começou

Codigo do conto:
177747

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
02/05/2021

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3

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