BOQUETE NO UBER

   As corridas não estavam rendendo tanto. Depois que a pandemia chegou, tudo despencou. Era óbvio. Todos deveriam estar em suas casas, seguros. Poucos eram os que se arriscavam - e esses eram os que precisavam trabalhar. Notei uma queda também nas garotas de programa, pois antigamente - bem antes dessa pandemia - era comum eu pegar e fazer as corridas com elas. Transbordava clientes. Com a pandemia, até os programas caíram.

   Sou casado e para não ficar parado, comecei a trabalhar de motorista de aplicativo. No começo relutei bastante, mas achar emprego estava cada vez mais difícil, então o único jeito foi adotar a ideia e colocá-la em prática. Minha esposa trabalha em uma empresa, é recepcionista, então era ela quem estava dando a maior força lá em casa - e eu me sentia mal por isso, não por ela estar trabalhando, mas por ela estar sozinha nisso, me sentia inútil, mesmo com ela dizendo que isso era coisa da minha cabeça.

   Uma outra coisa que aconteceu por causa dessa pandemia foram os divórcios. Eu entendo o motivo e creio que isso tenha afetado muitas pessoas - por mais que a gente ame, precisamos de um espaço para respirar. É até engraçado dizer mas, para o amor sobreviver é preciso dar uma pequena afastada de vez em quando. Como não temos filhos, as brigas logo começaram. Nem sempre acabavam na cama, às vezes (quase sempre) acabava com um de nós dois magoados. Até cheguei a cogitar a hipótese do divórcio, mas decidi não dar prosseguimento.

   Fazia tempo que nós não tranzavamos. Isso estava me matando - e quando eu levantava a questão, ela me dizia que aquilo era pura infantilidade.

   Como de costume, fiquei rondando por aí esperando o aplicativo chamar. Às vezes eu paro em um posto de gasolina e compro alguma coisa pra comer. Quando eu ia fazer fazer isso, o aplicativo chamou. Resolvi deixar o lanche de lado e ir logo para a corrida - afinal, às vezes quando a gente demorava, a corrida era cancelada, e do jeito que as coisas estão, não posso me dar esse luxo.

   O relógio marcava 15:30, mas parecia ser bem mais cedo. Não demorei tanto - a mulher estava razoavelmente perto. Quando cheguei, procurei por ela, acelerando devagar. Logo avistei uma moça que estava parada, era linda, confesso. Ela usava um short curto e uma regata branca. O cabelo estava amarrado em um rabo-de-cavalo e ela olhou para o carro. Só podia ser ela.

   Parei ao lado dela e baixei o vidro:

— Marcela?

— Isso - ela respondeu com um pequeno sorriso e logo abriu a porta do carro.

   Logo quando comecei, me sentia um pouco desconfortável levando mulheres. Às vezes elas davam em cima e eu tinha que pedir educadamente para parar, dizia que eu era casado e tal. Às vezes funcionava.

   A real era que eu sempre pensava em minha mulher. Mas, hoje em dia essa neura que me acometia, já não acontece. As brigas constantes fazem com que o amor se desgaste. E as brigas eram sempre sobre as mesmas coisas: sexo. E eu sempre saia como o vilão da história.

   Cheguei a pensar em pagar uma puta e foder até cair esgotado, no entanto, ainda tinha medo. De ser descoberto talvez, mesmo sabendo que isso seria quase impossível de acontecer. Mas sei lá. Nunca se sabe.

— Posso seguir o GPS? - falei, já pegando a próxima rua.

— Fique à vontade - ela sorriu novamente e guardou o celular na cintura.

   A viagem seria longa, a previsão era de 30 minutos. Fomos em silêncio durante um tempo. Enquanto ela parecia perdida em pensamentos, de vez em quando eu dava uma olhada. Usava batom vermelho - amo mulheres que usam vermelho -, um tênis rosa e tinha belas pernas. Era morena. Lábios fartos. Aquilo fez-me pensar em diversas coisas e o coração deu aquela acelerada. Ela notou o olhar e eu logo o desviei.

— Tava na casa do namorado? - perguntei tentando quebrar aquele silêncio.

— Namorada? Ah, quem me dera - ela riu, — eu tava na casa do meu irmão, aquele cachorro.

   Não entendi muito bem o motivo de tê-lo chamado assim, pensei que era apenas um jeito de irmãos se tratarem. Mas, como se estivesse lendo meus pensamentos, ela fez-me entender o que dissera:

— Aquele fodido é um tesão, meu Deus...

— Sério? - falei rindo, mas de nervoso pois nunca havia pegado uma mulher que tranzava com o irmão, pelo menos não que eu saiba, via isso apenas em uns contos pela internet, — caramba, moça... Desculpe a risada...

— De boa, moço. Pode me chamar de Marcela.

— Então, Marcela, você e seu irmão...?

— Sim, quando tô estressada venho aqui e ele me acalma, sabe? - ela respondeu, rindo novamente.

— Mas é de boa? Não fica um peso na... Consciência?

— Que nada! Fica é um alívio...

   Rimos um pouco e fomos conversando bastante sobre esse assunto. Eu já estava deveras excitado, mas ela não percebeu pois era impossível, já que estava no banco de trás. Falamos sobre sexo, ela me contou um pouco sobre a vida dela. Disse que ninguém da família sabia, mas o histórico de incesto era antigo. Os primos faziam. E ela chegou a me dizer que com o irmão era melhor, pois ele fazia ela gozar, enquanto os primos só queria saber de meter e não aguentavam muita coisa.

— E você, moço? - percebi que ela deu uma leve mordiscada nos lábios ao me perguntar.

— Sou casado....

— Sério? Poxa, que pena... É um desperdício... - ela sorriu.

   Criei uma certa coragem, já que falamos sobre a vida íntima dela, e desabafei sobre os problemas no meu casamento. Ela ouviu tudo atentamente, dando um pequeno sorriso e acenando com a cabeça indicando que eu continuasse com o relato.

— E você não transa faz tudo isso? - ela perguntou, parecendo etada, — eu se fico tudo isso já começo a subir pelas paredes.

— É, faz tudo isso... Infelizmente.. - digo com uma certa tristeza.

— Como eu disse... É um desperdício... Hmm.. Deve ser tão bom de cama - ela RI, e continua provocando, — se tu me pedisse, eu até te mamava inteiro, foda-se...

   Fiquei com um certo receio, e devo confessar que até um pouco envergonhado. Fazia tanto tempo que eu não recebia um belo boquete, e ao pensar, meu pau começou a doer, pois a calça jeans estava apertando-o. "Ah, como eu queria tirá-lo daqui e acabar com essa dor" pensei.

   Ao chegar no destino, informei o quanto a corrida deu. Ela pagou e antes de sair, disse:

— Que tal uma chupeta, seu safado?

   Me etei com o pedido, e nem pensei tanto, ela se aproximou de mim - de meu ouvido, pois ela ainda estava no banco de trás. E sussurrou fazendo-me arrepiar por completo.

— Quero um pouco de Leitinho... E a mamadeira parece estar cheia... - a safada mordiscou minha orelha.

   Quando me dei conta, ela já estava no banco da frente, ao meu lado, acariciando meu pau. Bem, eu não queria fazer aquilo, mas estava tão bom. Eu sabia que era errado, no entanto, minha esposa nunca ficaria sabendo disso.

   Ela então abriu o cinto da calça e a braguilha. Ao abaixar um pouco minha calça e a cueca, meu pau estava duro. Ela sorriu e disse:

— É dotado... Hmmm - segurou-o e começou a me masturbar.

   Fazia tanto tempo que eu não sentia uma mão no meu pau - uma mão que não seja a minha. Ela não perdeu tempo e caiu de boca. Mordi meu lábio ao sentir aquela boca quentinha me chupando. Os movimentos eram lentos - subia e descia calmamente. O barulho que fazia era poesia aos meus ouvidos. Inclinei minha cabeça pra trás e segurei os cabelos dela, controlando um pouco os movimentos. Aquilo foi incrível. Quando eu a olhava, via o olhar que ela retribuía. Aquele olhar de safada.

   Ela tirou meu pau da boca e disse com uma voz mansa e sensual:

— Goza pra mim, goza... - ficava me masturbando, — goza na boquinha da sua putinha

   Quando ela voltou a me chupar - primeiro lentamente e depois aumentou os movimentos - senti que o gozo estava vindo. Segurei um pouco mais forte o cabelo dela e fiz com que ela parasse, meu pau estava em sua garganta. Nunca gozei tanto em minha vida. A safada revirou os olhos e me chupou um pouco mais, para limpar.

— Delícia... Bom... Você tem meu número... Quem sabe a gente não sai um pouco - a putinha sorriu de um jeito malicioso.

   Quando estava voltando pra casa, mais aliviado e sem dor, até pensei em ligar pra ela qualquer dia desses, mas isso para um outro conto. Talvez.


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Comentários


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gabigm Comentou em 23/05/2021

Uber ou não, boquete é sempre bom




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Ficha do conto

Foto Perfil Conto Erotico caos01

Nome do conto:
BOQUETE NO UBER

Codigo do conto:
179065

Categoria:
Heterosexual

Data da Publicação:
23/05/2021

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6

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