A esperança é a última que morre. Romance Erótico. Part 2

Vamos lá.

Eu e Junior estávamos andando muito juntos pela escola, quando ele me via ia logo colocando a mão pelo meu ombro me abraçando, teve até um dia que ele ao fazer isso, desceu a mão e deixou eu minha bunda, sem apertar ou fazer nada, como estávamos entre amigos, pensei que ele nem tinha se dado conta de onde sua mão estava, mas aquilo me gelou por dentro. Jéssica muito amiga de todos os dois, começou a desconfiar, e veio até conversar comigo.

-Jéssica: O que tá acontecendo entre vocês dois?
-Eu: Oi? Nós dois quem? - falei fingindo que não tava entendendo.
-Jessica: Você e Junior. Vocês tão juntos demais.
-Eu: Quer que tem, só somos amigos como todos nós somos. - Falei, mas sabia que Jéssica tava pensando diferente.
-Jéssica: Olha, eu sei se você deve tá gostando dele, ele é um cara muito bom e um gostoso, e pra falar a verdade, durante todo esse tempo de amizade com ele, sempre desconfie que ele gostava das duas coisas. - Ela falou com um tom de perversa. E aquilo mexeu comigo. Para falar a verdade, tudo que o Junior estava ligado mexia comigo.
-Eu: Jéssica deixa de ser besta, eu e Junior somos quase irmãos, ele ainda tá até sofrendo pela ex, tô ajudando ele. Só isso...

Nossa conversa acabou por aí, pois a aula já iria começar. Mas eu fiquei muito com aquilo na cabeça.

Eu e Junior seguimos do mesmo jeito, a amizade cada dia que passava era mais forte, sempre bebiamos entre amigos e ele não saia do meu lado, e quando bebia sempre me lembrava que tava precisando fuder. Eu ficava pro dentro doido para colar nele e atacar logo, mas eu pensava que estragaria tudo.

E teve um dia, que para mim foi o melhor dia da minha vida.
Os pais de Jéssica tinha viajado para outro estado, iam passar 15 dias fora, e ela como uma boa cachaçaria, não podia deixar de fazer uma confra na sua casa. Era uma festa para quase 10 amigos, que seria em um sábado. Chegando o dia, eu decidir e cedo para a casa de Jéssica, para ajudá-la com as comidas e a batizar as bebidas, já tínhamos combinado que eu iria dormir lá, a casa era de 3 quarto, o dela, o dos seus pais e do seu irmão, bom era que o quintal era grande e dava para festejar, eu precisava pegar alguém essa festa, mas meu coração só pensavam no Junior, que é claro que ele iria está. Logo começaram a chegar nossos amigos, o namorado de Jéssica, alguns amigos do irmão dela e outras amigas nossas. A festa começou, já tava bebendo todas, curtido demais, dançando e nada do Junior chegar, até que mandei mensagem perguntando por ele.

-Eu: cade tu?
-Junior: já tô case em frente, vem abrir a porta para mim. - certo que o quintal era lonje da entrada, que não daria para ouvir por conta da zoada.
-Eu: já tô indo.

Quando eu cheguei na porta, Junior já tava lá, da varanda pude ver ele, ele tava lindo, tinha acabado de tomar banho, abrir a porta e ele já me comprimentou com um abraço, mas dessa vez desceu a mão por traz e apertou meu bumbum.

-Eu: Saí carai. - Falei rindo
-Junior: Já tá ficando bebo né seu porra. - Falou ele rindo também.
-Eu: Para que essa bolsa aí? - eu perguntei, pois Junior tava com uma bolsa de estudo nas costas.
-Junior: Jéssica não te disse, eu vou dormi aqui com vocês.
- Eu: ah, legal.

Meu sangue desceu com isso. Junior quando bebe fica tarado, eu não sei o que aconteceria se nos bebesse-mos e dormisse-mos debaixo do mesmo teto. Não sei, só sei que começamos a beber pra valer, foram das 16hs até as 20hs bebendo sem parar. Junior não saia da minha cabeça nem por um milésimo de segundo. Eu não tava aguentando mais. Com a mistura desse sentimento e bebida, eu tava comentando a ficar realmente bêbado, decidir para um pouco para recomeçar depois. Fui para o quanto de Jéssica e me deitei um pouco, não para dormi, mas só para pensar. Deixei a porta aberta, e todos ficaram lá no quintal.

- Tá tudo bem!? - perguntou o Junior entrando com um copo de bebida na mão.
- Eu: tá sim mano, só vim descansar um pouco, já tô ficando bêbado.
- Com esse barulho você não vai conseguir descansar nada - Falou o Junior fechando a porta e deixando seu copo em uma mesa no quanto. Veio em minha direção e deitou do meu lado. Meu coração gelou. Ele pegou meu braço, esticou na cara e deitou por cima, com meu braço abraçando o ombro dele.
- Junior: cara eu gosto muito de tu visse. De verdade, você não sabe o quanto me ajuda. Se eu te contar até que eu sonhei com nós morando juntos em São Paulo. (Era um desejo nosso morar lá).
Eu fiquei paralisado com o que ele tava fazendo, tava com medo, com esperança e de tudo um pouco. Mas tomei coragem e disse:
- Cara, eu nunca tive uma amizade assim, nunca mesmo, você é incrível demais, um cara muito bom, e é até uma pena que seja hetero. - Falei rindo, mas com desespero e arrependimento. Junior rio. Na verdade nos começamos a rir, rir muito, risadas de quem tá bêbado e rir por tudo. Junior a cada risada ia subindo o seu corpo cada vez mais, até ficar na mesma altura que eu. Teve uma hora que a gente parou de rir, ele olhou nos meus olhos e eu nos dele, ele se aproximou um pouco mais e me deu um selinho que durou um 3 segundo.
- E quem disse que eu sou? - Disse o Junior após o selinho, se levantando e saído do quarto.

Eu entrei em êxtase, quase não conseguia me mecher, eu não esperava por aquilo. Nunca imaginei que conseguiria beijar ele, na verdade que ele fosse me beijar, apesar da vontade, existia o medo, mas aquilo tinha acontecido sabe? De uma forma tão natural, que eu até tinha me surpreendido. aquilo mudava o rumo de tudo, eu tinha uma chance, eu tinha, sendo assim aquilo ficaria marcado na minha vida para sempre, eu e Junior ainda teríamos alguma coisa.

O melhor é que agora sim eu confirmei que ainda teria alguma coisa naquela noite, eu não poderia perder nem mais um segundo, essa oportunidade era única. Junior seria meu e eu seria dele.