Como eu citei no conto anterior, eu e Eduardo passamos a nos ver todos os dias, visto que eu mudei meu horário da academia somente para me encontrar com ele. Verdade seja dita, ele passou a semana na minha cabeça. O rosto dele aparecia sempre antes de eu dormir, ou quando eu tava no tédio, ou quando meus amigos falavam alguma putaria. Nesses dias que se passaram, percebi várias pessoas tentando se aproximar do Eduardo, algumas ele até dava abertura, outras ele apenas trocava poucas palavras, mas uma coisa eu não pude deixar perceber, o olhar que ele me lançava sempre que alguém ia conversar com ele.
Eu não sei se é coisa da minha cabeça, mas todo dia ele estava mais bonito e gostoso. Sua barba agora estava começando a crescer, confesso que gosto de como ela está. Mas, voltando a falar sobre a sexta-feira.
Minha tia estava de plantão noturno, quando ela saiu de casa para o hospital, ela me deu uma carona até o shopping onde fica localizado a academia. Antes de eu descer do carro, as mesmas recomendações: “não levar desconhecido pra casa, chegar antes de 00:00, não esquecer de trancar a porta, colocar água pro Jorge e caso vá dormir fora, avisar a ela”. Por eu está sozinho em casa, alguns amigos me chamara para ir para um show que teria em uma balada que a gente frequenta, mas eu tinha jogo no outro dia pela manhã, então optei por negar o convite. Com isso, provavelmente iria comer sozinho pelo shopping.
Quando entrei na academia, fiz o mesmo ritual de sempre, cumprimentei a recepcionista, fui para a esteira e procurei o Eduardo, mas dessa vez ele ainda não estava lá. Conferi o horário no meu celular e vi que já se passava do horário que ele geralmente chega, sempre antes de mim. Mas tudo bem, talvez ele tenha atrasado ou não venha. Se passaram alguns minutos e eu o vi entrando na academia, imediatamente muitos olhos se voltaram para a entrada (quando eu digo que ele chama atenção, é porque ele realmente chama) e eu pude perceber que ele procurava algo ou alguém enquanto andava, até cumprimentava umas pessoas. Mas quando seus olhos caíram em mim, eu pude perceber que era a mim que ele procurava. E la veio o maravilhoso sorriso seguido pelo breve aceno.
Geralmente quando se termina os exercícios na academia, as pessoas vão até o vestiário trocar de roupa ou até mesmo tomarem banho. Por eu morar próximo do shopping, não tinha hábito, e pelo o que eu tinha percebido, Eduardo também não. Quando estava para sair da academia, passei por ele e senti sua mão segurando a minha, seguido por um lindo sorriso.
-Oi Fê, tudo bem?- ele perguntou ainda segurando minha mão.
-Oi Eduardo! Tudo sim e com você?
-Ah, tudo bem. Só uns problemas no trabalho, mas fora isso, tudo certo. Você já está de saída?
-Tô sim, já completei todas as séries e vou atrás de comer algo.
-Você vai comer sozinho ou sua namorada está te esperando?
-Eu vou comer sozinho, não tenho namorada.-dei um sorriso sem graça e ele me lançou um de volta.
-Bom, eu já estou quase terminando aqui, você quer companhia?- ele perguntou finalmente soltando minha mão.
-Não precisa, não quero atrapalhar.- ele balançou a cabeça negando com um sorriso no lábio.
-Que isso, eu ia comer sozinho. Agora eu lhe faço companhia e você faz a minha.
Eu concordei e combinamos de eu esperá-lo na praça de alimentação em frente ao subway. Poucos minutos depois ele apareceu, todo suado mas ainda assim cheiroso. Até hoje me pergunto como ele consegue isso. Ele deixou sua garrafa de água ao lado da minha, em cima da mesa, seguida de um paninho que provavelmente ele usa para enxugar o suor. Na hora, a vontade que eu tive foi de cheirar o pano, saber se realmente o cheiro dele é tão bom quanto eu achava, mas estava em público e provavelmente ele perceberia. Algum tempo se passou e ele voltou com dois sanduíches, ambos de 15 cm e dois copos de sucos, um de laranja e outro de maracujá. Me mandou escolher um sanduíche e um suco. De cara eu neguei, até porque ele tinha pago aquilo, mas ele disse que não tinha problema e que na próxima, eu pagava.
Enquanto comíamos, conversamos sobre vários assuntos, descobri que ele tem 52 anos, é divorciado, tem um filho de 25 anos e uma menina de 22. O mais velho mora em São Paulo e está noivo, já a mais nova mora com a mãe e tá no último ano da faculdade de direito. Com essas informações, indagamos em uma conversa sobre meus planos para quando terminasse o colégio, visto que estou no último ano. Não sei se vocês lembram, mas no início do conto eu falei de uma balada que meus amigos me convidaram, então, é dele. Imaginem minha cara de eto quando ele me falou isso. Acabei explicando a ele o motivo de eu não ter ido e ele meio que se convidou para ir ao jogo de amanhã. Além de me oferecer entrada gratuita para a área vip para mim e meus amigos, “sempre que quisermos”, como ele mesmo disse. A conversa estava tão boa, que acabei não vendo o tempo passar e quando percebi, já eram mais de 21:30 e o shopping já estava para fechar. Quando fui me despedir, ele me questionou como eu iria pra casa e eu expliquei que iria sozinho, mas ele se recusou a me deixar ir andando essa hora da noite, alegando que se minha tia soubesse, ela provavelmente iria brigar comigo. Depois de ótimos argumentos da parte dele a respeito da segurança da nossa cidade e até promessa de não travar as portas do carro para que não tenha medo de andar com ele, eu concordei.
Fomos até o seu carro, um jeep compass, preto. Lindo o carro e muito organizado por dentro, diferente do da minha tia que parece um guarda-roupa/lixão. Fui guiando ele pelo caminho até pararmos em frente a minha casa. Quando fui sair ele pediu que eu esperasse um pouco.
-Seguinte, Felipe, eu não costumo fazer isso e principalmente com caras da sua idade, mas eu não tô conseguindo me segurar.-nesse hora eu gelei- Desde que eu bati o olho em você na segunda-feira, eu não consigo parar de pensar em você. E não me entenda mal, eu sei que tenho idade para ser seu pai e por isso eu evitei conversar com você nessa semana, porque eu tinha medo de não conseguir me segurar. Mas depois de hoje, eu percebi como você me olha. Eu tava em dúvida até porque você é um rapaz muito bonito e eu achei que talvez você tivesse namorada, mas enquanto você falava eu não conseguia desviar o olho da sua boca, e depois que você entrou nesse carro, porra, eu pude sentir como você é cheiroso e inteligente, que eu não tô conseguindo evitar. - ele virou no banco ficando totalmente de frente pra mim- Felipe, você se sente atraído por mim?- eu assenti, nervoso, com um pouco de timidez, meu pau dando sinal de vida, mas não ia perder essa oportunidade.- Eu preciso que você diga.
-Sinto, desde que eu te vi pela primei…
E ele não me deixou sequer concluir a frase, colocando as mãos no meu rosto e colando nossos lábio. Eu já beijei muita boca nessa vida, mas acho que como a do Eduardo, não tem igual. Sem dúvida foi o melhor beijo da minha vida. Levei minha mão para o seu ombro e a outra para sua coxa. O beijo era lento mas conforme ele descia a mão, ia esquentando. Meu pau já tava duro feito pedra apenas com aquele beijo. Não pude deixar de levar minha mão para o seu rosto, sentindo a barba e guiando até a sua nuca para puxar seu cabelo. Quando a mão dele chegou no final da minha camiseta, senti ele subindo ela aos poucos e tocando a minha pele exposta junto com a barra da cueca. Ele sussurrou no meu ouvido “tô doido pra pegar aqui desde que eu vi ela segunda” e meteu a mão na minha cueca, apertando minha bunda em seguida. Ele desceu os beijos pelo meu pescoço quando eu levantei minha cabeça para evitar o gemido que eu ia soltar. A todo tempo ele sussurrava “você é muito gostoso, mal posso esperar para ver você sem essa roupa, seu cheiro tá me deixando louco”. Até que fomos interrompidos com o meu celular tocando, era minha tia. Retirei ele do bolso e atendi com ele ainda beijando e mordendo meu pescoço. Foi muito difícil segurar o gemido quando ele começou a passar o dedo pelo meu cu. Minha tia fazia várias perguntas se eu já tava em casa, o que tinha jantado, perguntando pela porra do gato e eu respondia tudo com palavras monossilábicas para evitar que ela percebesse a falha na minha voz. Quando ela desligou, eu senti o Eduardo se afastar e colocar sua testa na minha, ambos ofegantes.
-Eu adoraria continuar, Fê, mas eu realmente tenho que ir e não quero fazer isso aqui dentro do carro.
-Você não gostou?- eu perguntei sentindo meu rosto esquentar de vergonha.
-Claro que eu gostei, príncipe! Porra, como gostei. Olha como eu tô!- ele disse pegando no pau, que estava nitidamente duro- Mas a sua tia já ligou, e ta tarde para a gente ficar assim na rua. E eu queria me convidar para entrar com você, mas você me disse que tem que acordar cedo amanhã.- ele me deu um selinho- Mas amanhã eu te encontro no jogo e se você quiser, a gente pode sair para comemorar depois, ok?
-Ok!
Depois ele pegou o celular dele, me entregou e me pediu para anotar meu número. Em seguida me mandou um “oi” para eu salvar o mesmo. Nos despedimos com mais alguns beijos e ele me esperou até entrar em casa para sair com o carro. No banho, eu precisei me aliviar e gozei como a tempos não gozava. Antes de dormir, coloquei água pro Jorge e conferi se a casa estava devidamente trancada. Quando me deitei, ouvi meu celular vibra e o peguei, sentindo meu pau dá sinal de vida com a seguinte mensagem:
“Você não sabe o sacrifício que eu fiz para poder deixar você ir daquele jeito, acabei de gozar pensando em você. Obrigado por ter me feito me sentir jovem outra vez. Acho bom que você ganhe amanhã, tenho uma excelente ideia de comemoração!”
Eu definitivamente vou fazer de tudo para ganhar o jogo de amanhã.
Espero que tenham gostado! Aceito críticas construtivas.
Continua…
O amor é uma delícia, alguns começam no cinema, este na academia, tomara que continue...
Adoro romance verdadeiro, não importando a idade, mas a cumplicidade.
Já quero a continuação. Excelente conto!
Apesar de eu não ser um cara romântico ou melhor,escrever assim...Mas interessante esta série entre o maduro o jovem.
Continuaaa
Finalmente um conto pé no chão onde ninguém tem rola cavalar é goza várias vzs seguidas.muito bem escrito parabéns.louco pela continuação.votado