Durante o banho na casa de William, fiquei pensativo sobre tudo que havia acabado de acontecer. Será que de alguma forma eu estava recebendo uma chance do destino de aproveitar aquele cara? Bom, provavelmente nunca mais terei uma chance igual... Mas e se não? E se eu avançar e receber uma resposta atravessada? Parecer ofensivo? Pra todos os efeitos ele é meu vizinho e me conhece desde criança...
"Não vale a pena arriscar nossa amizade desse jeito". - Termino o banho com essa ideia fixa e me mantenho ali por alguns segundos olhando as paredes, procurando algum tipo de sinal, quando sou pego no susto por William abrindo a porta:
– Banho rápido, bro. Eu costumo demorar pelo menos uns 5 minutos... Deu tempo de tirar o grude ou tu só fingiu que tomou banho?
– Haha, eu não man, é que eu tenho que voltar pra casa mesmo, minha mãe deve tá preocupada... - digo enquanto escondo o pau com as mãos, levemente desesperado, pois William nunca havia me visto daquela maneira - Pelado bem na sua frente, capaz de ficar completamente ereto se ele simplesmente esbarrar em mim.
– Ah eu ligo avisando que tu tá aqui. - oferece William, fazendo uma pausa brusca em seguida, olhando na direção das minhas mãos. – Não precisa tampar nada não, tu tem o mesmo que eu mano, hahaha. - brinca, me deixando gelado. Pego a toalha de suas mãos e enrolo rapidamente, ainda com o pau escondido por uma das mãos.
– Valeu pela toalha! - respondo meio alto, tentando esconder meu nervosismo. Olho em sua direção procurando as roupas que ele prometeu, mas só encontro seu belo peitoral peludinho. William percebe meu olhar e muda de expressão, umidificando seus lábios com a língua.
– Mas eu sou uma MULA mesmo, rs. Falei que ia trazer a roupa e só peguei a toalha. Vem cá no quarto escolher uma, bro. - convida, fazendo sinal de "vem cá" com as mãos. Tô lascado...
– Olha, aqui tem camiseta e aqui tem shorts , só vou ficar te devendo a cueca mesmo porque tá tudo pra lavar. Agora mesmo eu nem tô usando, pra tu ter ideia da situação, haha. - comenta, me fazendo ter os pensamentos mais ousados possíveis. Aquele monumento sem cueca, bem ali na minha frente... Involuntariamente, olho na direção do seu pau enquanto ele pega mexe no celular, e encontro um volume bem discreto.
– Ahm... vou avisar sua mãe que você tá aqui. - diz William me dando um susto. Me pergunto mentalmente se ele percebeu os meus olhares.
– Não man, nem precisa, tô descendo já. - afirmo.
– Tá com medo de mim bro? Eu não mordo, po. - brinca, indo em direção ao interfone. William fica mudo e depois de poucos segundos, tempo suficiente pra que eu me vestisse, bate o interfone de volta no gancho.
– Acho que não tem ninguém na sua casa agora, manin. - diz se escorando na porta, me olhando de cima abaixo. A cada minuto que passa, meu coração acelera um pouco mais e eu me pergunto se ainda devia estar ali.
– Essa roupa caiu bem em você! Da pra ver que tu encorpou, até. - comenta olhando pra minha cara. –deixa eu ver se tu tem tanquinho. - diz se aproximando de mim, surpreendentemente.
– Ah, não é nada demais não... tu sabe que eu só faço exercício em casa. - respondo levantando um pouco a camiseta.
– Como nada demais? Tu tem 18 anos e já tá mais encorpado que eu, bro! Acho que me falta vergonha na cara mesmo. Daqui apouco seu braço tá maior que o meu também. - comenta levantando meu braço esquerdo. Sinto uma leve ereção e logo levanto a perna pra tentar disfarçar.
– É, mas eu não tenho uma genética muito favorável não, tu já é meio...
– Meio? - questiona.
– Tu sabe, meio chamativo. - respondo. Falei merda, e das grandes. Meu Deus, que ódio!
– HAHAHA... ESSA FOI ÓTIMA BRO. - responde caindo na risada. – chamativo... parece até que eu ando com uma melancia na cabeça.
– Tu entendeu, bestão. - brinco.
– Mas chamativo como? - questiona novamente. Tenho certeza que isso não vai acabar bem... o peixe morreu pela boca.
– Haha, não pega bem ficar elogiando homem não. - comento tentando ao máximo disfarçar (e falhando miseravelmente).
– Claro que pega! é normal elogiar os amigos. Tu é meu amigo ou não é? - me dá um soquinho no ombro.
– Eu sou, claro que eu sou! - afirmo sorrindo.
– Então, po. Mas esquece isso, acho que eu to te deixando sem graça. - comenta.
– Relaxa, irmão. Mas então, to descendo, vou arrumar alguma coisa pra almoçar. - estou literalmente me segurando pra não cair que nem uma putinha em cima do cara.
– Tu vai almoçar comigo! Vamo lá na cozinha escolher alguma coisa. - convida. Ou esse cara tá flertando comigo ou ele é carente demais.
– Não man, eu já te dei muito trabalho... melhor eu descer mesmo. - tento fugir da situação.
– Atrapalhar como? Fica aí e me ajuda a fazer o almoço, ué. Não deve ter nada pronto na sua casa. - insiste.
– Bah, então eu fico. Vamo fazer o quê?
– O que você quiser.
• CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO •
É. ..pelo jeito vai dar praia...rs ...banho, almoço e depois... cama... hehehe
Ansioso pela continuação. Transa logo com este gostoso.