CASO DE AMOR SECRETO COM UM FAMOSO – PARTE 2


(inexperiente e apaixonado, querendo conquistar um rapaz mais velho e hetero, depois de uma tentativa frustrada de sexo acabo fazendo meu primeiro banheirão, onde recebi e dei meu primeiro boquete, e também um cunete)

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Ainda do elevador, reconheci seu CD tocando ao fundo, na faixa Balada de Chagall. Que, eu já tinha confessado, era das suas músicas a minha preferida.
-- Tava começando a achar que você era dono de um Chagall mesmo, haha! – você me cumprimentou à porta do seu apartamento, rindo, levemente sarcástico. Ainda se recusando a acreditar que de fato tínhamos um quadro assim tão valioso nas paredes lá de casa. E muitos outros, além dele. O preferido da minha avó era um Morandi, que eu ainda não conseguia apreciar e achava muito simples, insosso até. Fato é que eu não precisava vender nenhum deles para ter dinheiro.
Você estava se referindo ao fato de eu ter demorado três dias para voltar para buscar a carteira que tinha esquecido no seu apartamento. De fato, tinha um bom tanto de dinheiro dentro dela. Mas mais importantes e difíceis de substituir eram a carteirinha do Clube, a ficha da biblioteca do Colégio, e sobretudo: minha carteirinha de estudante. Ainda moleque, já era um cinéfilo, até um pouco pedante. Se perguntado, diria que meu filme preferido era “A Bout de Souffle”, um preto e branco da Nouvelle Vague francesa. “Acossado”, com o gatíssimo Jean Paul Belmondo. E a Jean Seberg anunciando New York Herald Tribune... Que lindo!
Então fazia de conta que tinha voltado para recuperar minhas carteirinhas, inclusive para poder ir ao cinema, onde me enfiava pelo menos três vezes por semana. Contava essa balela até para mim mesmo. Quando na verdade não conseguia parar de pensar em você. Desde o momento que tinha te conhecido, no camarim. Antes até, pois já era fã das suas músicas. E do seu visual de ídolo das matinês, claro. Mas desde que tínhamos nos atracado, e eu tinha gozado nas calças só com o seu beijo, aí sim que eu não conseguia pensar em mais nada nem ninguém. Era isso também o que me deixava constrangido, e eu não conseguia nem olhar direito na sua direção. Pelo canto dos olhos, vi que você usava uma camiseta regata folgada e um bermudão no melhor estilo surfista, exibindo seu bronzeado e os músculos exatos de esportista. Um braço apoiado ao longo do umbral da porta, você mostrava também os tufos escuros, parecendo penteados, da axila. E como nessa posição a camiseta se erguia na cintura, podia ver um pouco do seu abdômen trincado, os pelos negros descendo do umbigo para dentro da bermuda, que você usava sem abotoar, de maneira que ela caia e deixava ver sua virilha branquinha, e o topo da moita de pelos pubianos. Você era muito lindo e gostoso, e era ainda mais exibido!
-- Entra aí! – confiante no seu visual sensual, você sorriu, notando que apesar da minha timidez, com um olhar disfarçado, eu te secava da cabeça aos pés.
-- Vim só buscar a carteira mesmo. – menti, sem graça, medroso.
-- Eu sei. Ela tá aqui dentro. – você deu alguns passos para trás, para me dar passagem no corredor estreitinho. -- Vem pegar.
Havia quatro portas de apartamentos no hall do elevador. Comecei a ficar constrangido que algum dos seus vizinhos pudesse estar escutando nosso diálogo, ou que pudesse estar nos espiando pelo olho magico. Foi isso que disse para mim mesmo, para adentrar seu apartamento. Precisava justificar minha tremenda, irrecusável vontade de entrar em sua casa como um boi que entra no matadouro sabendo que vai ser abatido. Sabendo que meu destino estava traçado. Que eu ia ser, literalmente, traçado!
-- Quer um suquinho? – você ofereceu, trancando a porta. Usava o diminutivo comigo, como se de repente se desse conta da minha pouca idade. Embora você mesmo não fosse exatamente maduro, e tivesse só vinte e poucos anos, como na música do Fábio Junior.-- Tá calor né?
-- Não! – eu quase gritei , quando você fez menção de tirar a camiseta regata. Já tinha espiado você sem camisa, em público, se trocando no camarim. Mas em particular, a sós, de repente sua beleza e sensualidade se tornavam avassaladoras. Eu sentia dificuldade de pensar com clareza, e até de respirar, de falar. Queria olhar para você, mas continuava encarando o chão. Por sinal, você estava descalço, como de costume em sua casa.
-- Olha aqui sua carteira... – você se aproximou bastante de mim para entrega-la. Eu comecei a tremer inteiro, e você percebeu. – Calma, Lipe. – você colocou uma mão de leve na minha cintura. Como se quisesse me amparar, no caso de eu desmaiar. – Relaxa. Sabe... Eu também gostei daquele beijo. – e, certificando-se de que eu não refugava seu toque, nessa ocasião foi você quem tomou a iniciativa de me beijar. Um beijo leve, quase casto, como se não quisesse me assustar, apenas me tentar.
Mas era o meu segundo beijo na vida e, considerando-me muito experiente, abri os lábios para deixar sua língua me penetrar. Atordoado, tentei corresponder à intensidade do seu beijo, sem ter certeza se devia mordiscar seus lábios também, se devia tentar enfiar a língua de volta na sua boca, ou somente permitir que a sua me invadisse bastava... Eu gemia, quase sem conseguir respirar direito.
Percebi você jogar minha carteira sobre o sofá, e com a mão livre tomar a minha mão e leva-la sem resistência da minha parte a tocar o seu pau. Inchado, grande, atravessado de lado, ele pulsava por debaixo do tecido da bermuda. Confirmei que você não estava usando cueca.
-- Olha como você me deixa, gatinho... – àquele “gatinho”, que você falou me encarando, eu de fato soltei um gemido fininho feito um miado, sentindo o primeiro pau que eu jamais tinha tocado na vida reagindo à pressão dos meus dedos.
-- Senta aqui... – você indicou uma cadeira, e eu obedeci. Sem largar do seu pau duro, diga-se de passagem (filho único, único neto homem, órfão, eu era muito mimado pela minha avó, e muitíssimo apegado aos meus brinquedos, hehe...). Estava maravilhado com a maneira como as coisas estavam se encaminhando. Vindo à sua casa, não podia ter certeza se você não iria me ignorar, sem jamais mencionar a noite do nosso primeiro beijo. Oi. Aqui está sua carteira. Tchau. Preferia nem mencionar meu gozo desastrado, minha fuga vergonhosa. Oi. Sou hetero. Aquilo foi um erro. Tchau. Mas as suas intenções concordavam com as minhas. Você parecia ler a minha mente, inclusive.
-- Olha só... – tendo percebido meu olhar grudado ao volumão no seu shorts, você abriu o velcro e liberou o bicho. O primeiro pau da minha vida, assim próximo, assim à disposição. Comprido, razoavelmente grosso, a cabeça pequena ainda parcialmente coberta com o prepúcio. E mesmo completamente duro, curvado para baixo na ponta, como que atraído pelo saco de bolas pequenas, pendendo baixas. – Pega de novo... – você pediu, já que eu tinha afastado a mão quando você deixara a bermuda escorregar pelas pernas abaixo. Por um instante eu tinha ficado paralisado, hipnotizado não só com seu pauzão pulando na minha cara, mas com a moita farta de pelos pretos da qual ele brotava, bem mais grosso na base do que na ponta, e também com suas coxas grossas e peludinhas, esbranquiçadas... O bronzeado só voltava do joelho para baixo. – Bate punheta pra mim, bate Lipinho...
Enquanto que você arrancava a camiseta e ficava nu, já mencionei que eu continuava completamente vestido? E como era mauricinho o meu visual, de camisa polo branca com gola e barra das mangas em azul marinho, combinando com a calça de brim de barras viradas para fora, à moda italiana. O cinto de couro castanho combinava com os mocassins no mesmo tom. Relógio dourado, com cronometro. Tudo de grife, varias delas importadas. E litros de gel nos cabelos, como era moda nos anos 90. Cabelo que você acariciava, enquanto eu me ocupava do seu membro, e nessa sua caricia lentamente puxando meu rosto para mais perto da sua virilha.
Eu estava começando a ficar inebriado com seu cheiro de macho jovem, e isso ia me relaxando e fazendo ganhar coragem. Meio sem jeito, pois nunca tinha tocado outro pau além do meu próprio, eu te masturbava cada vez com mais força e empolgação. Devia estar gostoso, pois percebi que o pinto soltava uma babinha muito apetitosa. Tinha vontade de experimenta-la, mas faltava-me a coragem de furar mais aquele sinal vermelho. Minha educação me impedia de ser invasivo com o corpo e a intimidade de uma outra pessoa. Você parecia intuitivamente perceber meus bloqueios, e com convites que soavam até educados, estimulando-me a novas explorações e conquistas.
-- Dá um beijinho nele, vai... – você também era especialmente gentil comigo por conta da minha pouca idade? Porque se tivesse soltado uma ordem do tipo “Chupa aí!”, provavelmente eu teria saído correndo. Deixando minha carteira novamente para trás. Para poder retornar ao seu apartamento munido de mais coragem. Mas um beijinho na ponta do seu pau eu não tinha como, nem queria, recusar!
Aproveitei e coloquei a língua de fora e lambi aquela babinha. Que delícia! Nem tanto o gosto, mas poder estar fazendo aquilo! E você aproveitou para lançar o quadril à frente e esfregar a cabeça do pau nos meus lábios, de um lado para o outro, lubrificando-os e entreabrindo-os. Como de novo eu não refugasse, esfregou com mais força, arreganhando meus lábios, e retraindo o seu próprio prepúcio para revelar a glande avermelhada e úmida. Mas eu continuava de dentes fechados.
-- Abre a boquinha, vai... – você pediu, em voz cantante, para me seduzir. O tema de novela que tinha feito de você um cantor famoso estava agora tocando no CD. Levantei os olhos até os seus, percorrendo pelo caminho o abdômen malhado e peludinho, os peitos bonitos de mamilos grandes e escuros, os ombros bem desenhados, o pescoço onde saltava o pomo-de-adão saliente e exercitado de cantor. – Experimenta me chupar um pouquinho... Eu vou gostar muito... – você pediu, sorrindo tanto com a boca de grandes dentes brancos quanto com o olhar brilhante. Uma mão acariciava meus cabelos, com a outra imobilizava meu queixo, e assim a cabeça do pau mantinha o terreno conquistado entre meus lábios. Um pouco receoso, eu estava em vistas furar mais um sinal vermelho: o de me tornar um boqueteiro. Antes mesmo de me iniciar na coisa, podia sentir que ia tomar gosto... E feliz decidi abrir a boca para o presente e o futuro me invadirem.
-- Ai! – você gemeu. Mas era de dor. – Não morde, gatinho! Não, esconde os dentes com os lábios. Isso. Assim. -- mas à medida que, afoito, você tentava enfiar mais do seu pauzão na minha boquinha, eu me desesperava. Parecia que ia engasgar, com falta de ar, e começava a sentir ânsia de vômito. Recuava, mas você vinha atrás, sem tirar o pau da minha boca esgarçada. --Ai! Não roça meu pau com os dentes não... -- Daí eu liberava sim os dentes, pra te fazer recuar também.
-- Caralho, garoto, não morde não... Assim não vai dar! – você reclamou, agasalhando o pau dolorido na mão. Mas quando me encarou, e viu que lágrimas escorriam dos meus olhos (lágrimas de esforço, de frustração, de humilhação), você se enterneceu e me ergueu, puxando-me pelas axilas. E me beijou, intensamente. Achei que você estava inclusive tentando sentir o gosto do seu próprio pau em minha boca, e certamente em meus lábios, que estavam todo melados.
-- A gente pode brincar de outros jeitos. – você foi me virando de costas. – Seu cuzinho não tem dentes, né?!
-- Como assim? – perguntei, ingenuamente. Lembrei-me do homem que me agarrara no parque, e ao sentir-me preso nos seus braços, fiquei muito excitado. Naturalmente, meu pau estava duro há muito tempo, mas eu sequer pensava nele, e muito menos lembrava de me tocar. A excitação que aqui menciono era de corpo inteiro, um assanhamento insano que se espalhava da cabeça aos pés e parecia contaminar minha alma. Mas não meu cérebro, onde de repente um alarme soou.
-- Deixa eu colocar em você, gatinho... – você deu um beijinho no meu pescoço. – Seu cuzinho, quando morder, vai ser gostosinho...
-- Você quer me...?!!! – em minha surpresa diante da rapidez com tinha chegado àquele derradeiro estágio, eu não sabia nem qual verbo usar. Me comer. Me foder. Traçar. Penetrar. Arrombar. Mas a verdade é que o mais apropriado era “tirar o meu cabacinho”.
-- Você quer que eu sei, safadinho... – de fato, em seu abraço apertado, mesmo ainda vestido, eu tinha arrebitado minhas nádegas de encontro ao seu pauzão pulsante. -- Dá pra mim esse rabinho, vai...
-- É que eu... nunca! – balbuciei, fechando os olhos, sem conseguir falar mais. Estava numa encruzilhada. A mais decisiva. Não me sentia preparado ainda, para dar o cu. Mas torcia para ser convencido do contrário.
-- Esse nunca quer dizer primeira vez? – você perguntou com voz macia, bem dentro do meu ouvido.
-- Hum-hum... – foi tudo o que eu respondi, todinho arrepiado.
-- Primeira vez tipo... comigo? Ou na vida?
-- Com você e na vida... – eu sorri, sem graça. Ao dizer assim, parecia que o momento apropriado e o homem certo haviam chegado. Talvez, afinal, eu estivesse preparado.
Pena que, naquele exato instante, eu não estava encarando você. Ao ouvir minha resposta singela e sincera, seu olhar brilhou com intensidade quase malévola. Naquele instante, eu te ganhei, sem me dar conta, sem saber. A possibilidade de tirar um cabacinho não aparecia todo dia, nem para um cantor bonito e famosinho como você. E você não iria sossegar enquanto não me comesse, pela primeira vez na minha vida!
Naquele instante, no entanto, o interfone tocou. Pulamos de susto, e nos separamos. Você ergueu a bermuda, que tinha ficado caída a seus pés, e tolamente eu procurei ajeitar os cabelos. Com tanto gel, eles estavam do mesmo jeito que os penteara antes de sair de casa, apesar das suas carícias. Entreouvi sua conversa na cozinha.
-- Oi Genivaldo. Quem? Ahhh... Pede pra ela subir. Mas... Genivaldo, puxa assunto com ela aí na portaria... Preciso arrumar um pouco a casa. – era verdade, pensei, olhando ao redor. Uma quantidade enorme de papeis cobria a pequena mesa de jantar, o violão por cima de tudo. Havia CDs e LPs espalhados por toda parte. E roupas usadas, revistas, sapatos, nada parecia morar dentro de armários ali. -- O quê? Sei lá, qualquer coisa. Ela não perguntou de apartamento pra alugar no prédio? Então! E fica segurando a porta do elevador, entendeu? Valeu, mano!
Tolinho e inocente eu podia ser, mas não burro ou inconveniente. Percebendo que você ia receber visita mais interessante do que a minha, apanhei minha carteira do sofá. Num impulso, retirei o cartão da biblioteca do Colégio, que de fato ficava a meia dúzia de quadras da sua casa (embora eu não soubesse ainda precisar a direção), e joguei-o no chão. Ao lado do sofá, um pouco escondido, onde você só encontraria depois.
-- Lipe! – você voltou apressado da cozinha, vestindo a camiseta e pela primeira vez abotoando a bermuda. – Você vai ter que ir embora! – você tomou minha mão e sem cerimônias me puxou em direção ao corredor estreito que passava pela cozinha até a porta da frente. – Mas eu quero te ver de novo, viu, gatinho... – de repente, provavelmente lembrando-se do meu cabacinho intacto, você se mostrava de novo carinhoso e sedutor comigo. – Vem amanhã... – você abriu a porta, e sem esconder a pressa, me conduziu para fora, quase num empurrão. – Não, amanhã não! Depois, pode ser? E, Lipe...você se importa de descer pela escada de incêndio?
Para esclarecimentos gerais, quem estava chegando era a garota bonitona que eu havia encontrado de passagem no camarim do parque. Sua namorada, a Carol. Ou ex-namorada, em vias de ser namorada de novo. O caso de vocês teria muitas idas e vindas, avanços e recuos, muitas brigas e as transas de reconciliação. E eu não estava ciente delas ainda.
-- Oi amor! Me esperando na porta, hem? É bom mesmo, porque... -- mais do que isso eu não ouvi, não quis ouvir, no meu primeiro ataque de ciúmes em relação a você, Caio. Bati a segunda porta corta-fogo com estrondo, precipitando-me pelas escadas abaixo.

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Demorei mas, caminhando por mim mesmo, afinal encontrei o rumo até a Avenida, onde passei numa banca de jornais para consultar as sessões de cinema disponíveis aquela tarde. Lembrei-me que tinha até programado assistir a uma reprise de Ele, o Boto, caso não encontrasse o Caio em casa. Quando o filme fora exibido pela primeira vez, eu nem teria podido entrar para assistir por ser censurado, por conta de cenas de sexo e da nudez do Carlos Alberto Riccelli. A quem eu achava um gato. Agora eu tinha mais chances de me permitirem entrar. Era também numa sala de cinema mais antiga, pras bandas do centro, onde a moral e os bons costumes costumavam afrouxar. Tomei um taxi até lá, que reclamou do percurso pequeno e exigiu uma gorjeta compensatória ao chegarmos.

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Gostava de sentar nas últimas fileiras, ao fundo. Num cinema tão amplo quanto aquele, isso significava ter uma visão panorâmica da enorme tela, e também da plateia, onde havia pouquíssima gente. Filme nacional, numa sessão no meio da tarde...
Qual não foi minha surpresa e contrariedade ao ver um rapaz vestido de terno e gravata subir os degraus laterais até onde eu estava, e entrar na fileira imediatamente à frente. Ele continuou na minha direção, e pensei que fosse sentar na cadeira exatamente em frente à minha! Verdade que sentou na poltrona ao lado da que ficava em frente, mas mesmo assim. Era uma afronta, naquele cinema gigante e completamente vazio! Claro que ele tinha o direito de gostar de se sentar ao fundo e exatamente no meio da fileira como eu, mas...
Foi o olhar dele, porém, que me advertiu de que não era uma questão de preferência cinéfila, como no meu caso. Ele já tinha reparado em mim, na bilheteria ainda, e por isso tinha decidido “assistir” o filme. Assim que as luzes apagaram e começaram o noticiário e os trailers, ele pousou o braço sobre a poltrona à minha frente. E relou no meu joelho ao fazer isso, dando uma boa olhada na minha direção. Sem pedir desculpas, mostrando que fora intencional. Gelei, sentindo um arrepio no corpo. Meu coraçãozinho disparou.
Era como se tivessem aberto a Caixa de Pandora da minha sexualidade. Desde que tivera meu primeiro encontro com o Caio, tinha passado a notar mais caras olhando na minha direção. Até mesmo na escola, ou à saída dela. E no shopping, no clube, na rua. Caras olhando-me com curiosidade, com desejo, aberta ou disfarçadamente. Ou será que era eu que na verdade estava olhando para eles, e recebendo olhares de volta? Fato é que o meu gaydar tinha passado a funcionar.
Quando o filme começou, o rapaz de terno e gravata já tinha colocado o braço para trás da poltrona, e discretamente releva na minha perna. Por vários minutos eu tinha estado paralisado, pois nunca antes em minhas várias idas ao cinema tinha ocorrido coisa semelhante. Não era que estava sendo paquerado. Estava sendo fisicamente assediado. Era como se, de repente, meu corpinho tivesse se tornado patrimônio público, e caras como esse do cinema ou o do parque se sentissem no direito de me terem para si.
Não que eu estivesse reclamando ou achando ruim. E para deixar clara minha empolgação, comecei a pressionar minha perna de encontro à mão do rapaz. Ainda que ele ficasse apalpando somente a minha panturrilha, e tentando enfiar a mão por debaixo da barra da calça e da meia para encontrar um pouquinho de pele, era muito excitante a exploração dele, no escurinho do cinema. Ele fingia prestar atenção ao filme, pois até havia outros cinéfilos (ou casais de amantes, ou outros com as mesmas intenções) espelhados pelas fileiras do fundo do cinema. De perfil, na pouca luz, o cara parecia bonito. Mas o que interessava na verdade era a mão ousada dele, que já tinha começado a escalar pela minha perna.
Escorreguei à frente pela poltrona, facilitando o acesso dele à minha coxa. Num instante, ele também tocava o meu saquinho e o pau duro, que ficou esfregando por cima do tecido, antes de tentar abrir o zíper da minha calça. Como não me ocorresse ajuda-lo, ele pediu minha colaboração com um leve tapinha na minha coxa. Pelo movimento do ombro dele, percebi que ele já estava se masturbando, que talvez já tivesse tirado o próprio pau para fora da calça.
Foi quando entrou o lanterninha, com alguém que chegava atrasado à sessão. O rapaz da fileira da frente hesitou ainda um instante antes de romper o engate comigo, e só o fez quando ficou claro que a luz da lanterna vinha na nossa direção.

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Quando o lanterninha de novo foi embora, fiquei um pouco decepcionado quando o rapaz não voltou a me tocar. E muito mais, quando ele se levantou e saiu. Não sem antes se virar na cadeira e me encarar. Ainda assim, coração disparado, acho que não compreendi quando ele parou ao fim da fileira de cadeiras, e continuou me encarando. Desceu alguns degraus, e de novo voltou-se para olhar na minha direção. Então deu de ombros, como se desistisse de mim, e desceu o restante dos degraus.
Foi quando finalmente compreendi. Ele estava me convidando a ir embora com ele? E o medo de confiar assim num estranho, pela primeira vez? Para onde ele queria me levar? A gente lia histórias horríveis sobre a cidade... Mas muito maior era a minha curiosidade sobre como nosso “engate” poderia continuar. Aliada ao meu desejo, que comandava o exército de hormônios invadindo meu corpo em crescimento, venceram o medo.
Quase tropecei nos degraus quando sai correndo do escuro da sala de projeção, e me enganchei na cortina à saída da sala. No hall de dimensões imensas, onde estavam plantadas palmeiras, outrora impressionantemente decorado em estilo marroquino mas agora com marcas visíveis de deterioração, não avistei o rapaz de terno e gravata em parte alguma. Nem mesmo do outro lado das altas portas de vidro, se ele já tivesse ganho a rua. Teria ido embora assim tão rápido? Correndo, mais do que eu? Minha indecisão antes de lançar-me ao encalço dele tinha durado apenas alguns segundos, fora a minha impressão.
Juro que na minha ingenuidade não pensei no banheiro, a não ser para me recompor, antes de voltar para a sala de projeção e continuar assistindo o filme, pelo qual agora tinha perdido o interesse. Nem mesmo a possibilidade de ver a bunda do Riccelli aparecer na tela enorme parecia grande consolo, diante da oportunidade perdida de sexo real. Só quando abri a porta do WC, percebi que intuitivamente tinha vindo ao lugar certo. Talvez meu gaydar, que recentemente passara a funcionar, estivesse conduzindo meus passos inexperientes. Depois do pequeno vestíbulo, parado junto à longa fileira de urinais, o rapaz de terno e gravata saudou-me com um sorriso satisfeito à minha entrada e aproximação. Tendo já verificado que o restante do recinto encontrava-se vazio, foi sem constrangimento que ele me exibiu o pau duro, que tinha decidido aliviar sozinho antes de ir embora. Virando-se na minha direção, desafivelou o cinto e baixou a calça do terno até as coxas, tirando de dentro da cueca samba-canção também o saco, de bolas grandes. Masturbava-se lentamente, para dar-me a chance de apreciar toda a potência do seu membro latejante. Sacudiu-o, segurando firmemente com uma mão e batendo o membro contra a palma da outra. O barulho de carne pesada ecoou pelo banheiro.
Não podia ver minha própria expressão, pois as pias com espelhos ficavam noutro recinto, mas devia estar boquiaberto e hipnotizado, de susto e fascínio, com aquela exibição despudorada de beleza masculina que me era ofertada. Só a mim. Sabedor do seu poder conquistador, como um Flautista de Hamelin que tivesse por instrumento seu próprio possante corpo, o rapaz de terno e gravata foi caminhando de costas, sem nunca deixar de exibir seu membro pesado para mim, atraindo-me em direção aos compartimentos onde ficavam as privadas.

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Banheiro tão antigo quanto o restante do palácio de cinema. Cada compartimento era quase um pequeno quarto, azulejado do chão ao teto, e suficientemente espaçoso mesmo para dois homens, inclusive com a porta trancada.
-- Primeiro “banheirão”, né? – ele disse, sorrindo, depois de ter me dado um rápido beijo molhado, deixando babado todo o meu rosto, tendo passeado por minha pele lisinha e sem espinhas com umas lambidas famintas. Eu nunca tinha ouvido aquele termo da pegação antes, mas confirmei sem graça. – Você é muito lindo, boy. Agora ajoelha aqui. – ele ordenou, empurrando-me para baixo pelo ombro.
Já disse, menino mimado que era, o quanto detestava receber ordens. Mas naquele mundo feito exclusivamente de homens atuando sobre seus desejos, meu aspecto delicado e muito jovem imediatamente me enquadrava na categoria de presa que devia se submeter ao caçador. E assim, apesar de contrário ao meu instinto, mas não à minha vontade, era com estranha e inédita excitação e satisfação que eu obedecia aos comandos impostos a mim.
E juro que pensava em você, Caio, quando me ajoelhei pela primeira vez diante de um homem desconhecido, junto à privada velha de um banheiro público. Estava decidido a aprender a pagar um bom boquete para você.
-- Sem os dentes né? – perguntei, com enternecedora inocência, antes de começar minha aula.
-- Que bonitinho... Isso mesmo!
Embora menor que o pinto do Caio, o do rapaz era curvado para cima e para o lado, o que apresentava novas dificuldades técnicas. Apesar do meu esforço e dedicação, a orientação única de esconder os dentes estava longe de ser o suficiente para garantir uma boa chupada.
Depois de um minuto, sem dizer palavra, o rapaz afastou seu pau maltratado da minha boca e ergueu-me. Eu estava a ponto de enunciar alguma desculpa, mas ele tapou minha boca com a mão, enquanto com a outra abria meu zíper. Descendo minha calça e cueca, ele se ajoelhou diante do meu pau muito duro e melado. E então teve inicio a minha aula.
À qual não consegui bem prestar atenção, pois que delicia de aula aquela! Ainda em idade de crescimento, meu pinto iria aumentar com o passar dos anos, mas jamais a ponto de alguém dizer que eu fosse “dotado”. Assim, o rapaz ajoelhado à minha frente engoliu-me com toda a facilidade do mundo, chegando a enfiar o nariz nos meus pelinhos pubianos, que mais do que ruivos como meus cabelos, chegavam a ser um pouco loiros até. Ele pareceu aspirar com gosto o meu cheiro de rapazote, enquanto mantinha meu pinto atolado na boca, e passeava com a língua ao redor dele. Soltei o maior gemido da minha vida, mas me calei em seguida, com medo de ser ouvido, dando-me conta de estar num banheiro publico.
-- Pode gemer alto, boy. – ele falou, sem tirar meu pintinho completamente da boca. -- As paredes são boas. – ele riu. --E ninguém vem aqui durante as sessões. – ele parecia saber do que estava falando, provavelmente um assíduo frequentador de banheirão. -- A não ser que esteja procurando sacanagem também!
Minha avó tinha me ensinado a não falar de boca cheia. Mas no caso do rapaz de terno e gravata com o meu pinto enfiado na garganta, achei aquilo um tremendo talento! O que mais podia aprender dele? Não muito, porque a aula foi breve. O professor era bom, e o aluno não resistiu por muito tempo. Nunca tinha sentido outra coisa no meu pau além da minha própria mão, então aqueles lábios fazendo pressão ao redor da minha carne, sugando com força, em especial a cabeça do meu pau, logo me fizeram explodir. Eu ainda tentei fugir, tirando meu pau da boca dele, para prolongar aquela chupada gostosa. Ele estava chupando um Halls, então a boca dele estava quente e gelada ao mesmo tempo, e fazia meu pinto quase arder, mas de maneiro muito gostosa. Anotei o truque, mentalmente.
O rapaz estava determinado a me fazer gozar rápido, e com um braço contra minha cintura me imobilizou de encontro à parede. Com a mão livre, brincava com meu saquinho. Pelo menos não repeti o fiasco da noite com o Caio, em que tinha gozado só com o beijo dele. Devo ter durado 3 minutinhos na boca experiente do rapaz de terno e gravata. Gemendo bem gostoso, sem vergonha de ser ouvido por alguém do outro lado da porta, e tremendo dos pés à cabeça, inundei a boca dele. Quando abri os olhos, vi o rapaz cuspindo dentro do vaso sanitário, junto com a balinha Halls, a minha porra. Que não era pouca. Apesar de me masturbar todo dia, estava numa idade em que produzia fartamente, nos intervalos.
Por um instante, achei que ele fosse lamber a ultima gota que ainda escorria, pendurada da minha cabecinha. Mas, ainda ajoelhado, ele me virou contra a parede, e num tranco desceu a minha cueca e as calças até o meio das coxas. No instante seguinte, soltei um gemido maior ainda, ao sentir o rosto dele no meio das minhas nádegas, e a língua dele contra meu buraquinho. O Halls ainda estava agindo, e aquela sensação de geladinho me levou à loucura. Outra primeira vez para mim! Se fosse receber medalhinhas por cada uma delas, como na escola me davam pelo meu desempenho, estava me tornando um garoto bem condecorado. Confesso que a cena que mais tinha me intrigado, das que brevemente entrevira na pegação do parque, fora a de um homem peludo sendo chupado por um senhor careca e franzino. Como alguém chegava a fazer aquilo, pensei? O que sentiriam, o chupado e o chupador do cú? E agora que eu me iniciava nisto... O rapaz percebeu de imediato o meu prazer, pois recomecei a tremer com o corpo inteiro. E percebeu também a minha surpresa, com as sensações absolutamente maravilhosas da língua dele vibrando e escavando meu cuzinho. Deve ter percebido também a minha inexperiência, pois interrompeu o cunete e, erguendo-se, disse:
-- Deixa eu tirar o seu cabacinho, vai... – falou, com uma voz gostosa, bem dentro do meu ouvido. Nossa, era a segunda vez que recebia essa proposta naquele dia... Acho que estava escrito na minha testa que eu era virgem, né? E juro que pensei no Caio, enquanto aquele homem desconhecido esfregava o pau contra minha bunda e implorava – Deixa, boy... Prometo fazer gostosinho... – O que me tentava era que o rapaz de terno e gravata tinha um pau menor que o do Caio. Devia doer menos, ser mais fácil de aguentar? Porque, e se na hora hagá eu não aguentasse o pau do Caio, e de novo desse para trás com ele? A oferta do rapaz era mesmo muito tentadora, de um ponto de vista estratégico. Mas também sentia muito tesão com aquela situação proibida, peladinho no banheiro, de bunda de fora, com um macho se esfregando em mim. – Boy, seu cuzinho tá piscando... Implorando por pau... Deixa vai, só na portinha... – e sem esperar minha resposta, tendo já cuspido no próprio pau, ele tentou enfiar.
-- Hoje não! – Travei. Tive medo. E a camisinha? Não estava pronto. Minha primeira vez não seria com o rosto apertado contra azulejos marrons engordurados, na companhia de uma privada velha que outrora tinha sido dourada, sob uma luminária de latão torta, o vidro rachado. E faltava um canto do mosaico no chão. Decadente, de mau gosto. Essa não era a minha vida. Se fosse para ser desvirginado no Marrocos, que o fosse nos braços de um sultão!
O rapaz de terno e gravata (bem feia, de repente percebi também) riu com despeito.
-- Então chupa! – ele me empurrou para baixo, com certa grosseria. Estava puto com a minha recusa. Eu ia reclamar, dizer alguma coisa, mas ele foi logo enfiando o pau na minha boca e, segurando-me a cabeça entre as mãos, começou a fode-la. E aquela foi a segunda parte da aula. Já que não tinha obtido meu cuzinho, ia fazer da minha boca o próprio. – Abre mais essa boquinha, vai! Isso, que bonitinho! – Contrário aos meus princípios de menino desobediente, eu estava gostando de ser usado, e até maltratado. Pois ele me fodia a boca com força. Foda de revanche. Sentia meus lábios arreganhados acompanhando os movimentos do pau dele, entrando e saindo da minha boca. Só tomava cuidado de não descobrir os dentes, jamais. Tentava respirar pelo nariz, mas mesmo assim engasgava, tossia. A cabeça do pau torto dele acertava o céu da minha boca, dava-me um pouco de ânsia de vômito. Eu não esmorecia, no entanto. Nem o rapaz me fodia a boca com menos força, ao ver lagrimas do meu empenho escorrendo-me pelo rosto. Não só a potência das estocadas, aumentou também a rapidez... E enquanto seus gemidos se tornaram grunhidos, pude sentir seu pau inchar, pulsar, e liberar os jatos de porra dentro da minha boca. Minha primeira vez bebendo porra! Como me imobilizasse a cabeça com as mãos, uma delas me puxando pela orelha, o pau atolado até o fundo, tomei as golfadas diretamente na minha garganta. Não tive escolha a não ser engolir, tudinho. E adorei! O gosto entre salgado e amargo, a consistência espessa e rica. A sensação do pau se alargando e inchando na minha boca. O cheiro inebriante dos pentelhos suados que ele esfregava no meu nariz. E a descoberta do meu poder: dar prazer a um homem, leva-lo ao gozo! Soube ali mesmo que iria me viciar em porra de macho, em sentir o pau pulsando em minha boca e me dando de beber o sêmen. Diligentemente, fiquei sugando até o final, quando foi a vez de o rapaz tentar fugir de mim, e eu quase mordi o pau dele para que não o tirasse da minha boca! Só então percebi que eu tinha gozado de novo, meu pinto ainda de fora da cueca, as gotas de porra restante em pequenas poças sobre o sapato preto do rapaz engravatado.
-- Delicinha você, boy! – um tapinha no meu rosto e, o pau pra dentro da calça, ele se foi.

><><

Tive de esperar alguns minutos à calçada, até um taxi parar ao meu aceno. Dele desceu um homem, que até segurou a porta para eu entrar. Achei que ele me encarou de maneira estranha, com curiosidade. Tinha certeza de ter me lavado antes de sair do banheiro, então não poderia haver traços de saliva nem de porra no meu rosto. Nem no cabelo. O rapaz de terno e gravata feia tinha gozado o tempo todo dentro da minha boca, e eu engolira tudo, até o final. Então o que o homem olhava em mim? Meus lábios ainda estavam mais vermelhos e inchados da fricção com o pau duro? Parecia que eu estava usando batom? Tive impressão de que o homem deu uma boa sacada na minha bundinha, quando me inclinei para entrar no taxi. E quando o carro arrancou, vi-o dar uma coçada no saco.
O motorista, igualmente, parecia encarar-me com curiosidade pelo retrovisor. O que estava acontecendo? Seria imaginação minha? Até descruzei as pernas, que arranjava de maneira um pouco feminina, copiando minha sempre elegante avó. Falando sobre o tempo e outras efemérides, o motorista não desgrudava os olhos de mim. Vai bater esse taxi... E por quê? Será que os homens tinham olhos de raio X, e podiam ver a porra do rapaz de terno e gravata descendo da minha garganta, já em direção ao meu estômago? Claro que não! Talvez eu estivesse iluminado, transfigurado, carregando aquilo que era na verdade um segredo que me tinha sido revelado? Era, de fato, como se eu vivesse já do outro lado do Portal que cruzara para entrar no local de pegação no parque. Em meio a todas aquelas pessoas movendo-se pela cidade, eu carregava em mim o esperma de um homem. E esse homem... bom, ele não carregava meu esperma no estomago dele, na verdade. Eu tinha chupado, ou tentado chupar, dois paus aquela tarde. Tinha recebido meu primeiro boquete, e cunete também.
A Caixa de Pandora da minha sexualidade havia se aberto, enfim! Sim, podem olhar o quanto quiserem para mim! Eu sou gay, sim! E você que me aguarde, Caio!

><><

Qual a chance de você, justamente você, ter lido até aqui?
Você vai me recriminar por ter acelerado as coisas, né? Foram varias visitas bobinhas ao seu apartamento, até chegarmos ao ponto de você querer comer o meu cuzinho. Eu sei, Caio. Naquela época você ainda estava mais preocupado em se acertar com a Carol. Filha de médicos, você via muito mais vantagem em ficar com ela do que com um moleque que, mimado e arrogante, dizia possuir um Chagall. E com ela você já fodia, enquanto comigo era só relar e brincar... Acostumado ao assédio das mulheres, você nem sabia o que fazer direito comigo, um garoto bonitinho, entre tímido e assanhado, que ficava ter perseguindo. Até você descobrir que podia tirar meu cabacinho, né? Daí você pirou!
“Quer dizer que você saia do meu apartamento e ia fazer banheirão?”. Eu sei, você está chocado com esse parte, essa revelação. Mas foi com você que eu me descobri gay, mesmo que você, claro, não fosse. Me apaixonei. Acho que deixei isso bem claro. Mesmo no banheirão, eu continuava pensando em você, Caio. Considerava os outros homens o meu treino para ser o melhor que podia para você, o meu homem. O único que eu amava. Embora ficasse com outros. Será que isso te choca? Eu não fazia banheirão todos os dias, imagina! Naquela idade, eu ainda tinha medo. Mas toda vez que você me esnobava, me trocava pela Carol, me maltratava, então eu precisava dos outros homens para me sentir, senão amado, pelo menos desejado. Por isso vão ter muitas revelações aqui. Que vão te deixar chocado, porque você nunca soube desse outro lado meu. Nunca quis me ver como gay. Será que você achava que isso iria te fazer gay também? Então eu era só o menino mimado que você adorou comer, né? E que comia tão bem que me deixou obcecado. Você pensou, até hoje, que eu era exclusividade sua, né, Caio?
Você só viu vantagem em meio que namorar comigo quando se deu conta de que eu tinha mesmo um Chagall na parede de casa... Mas estou me adiantando.

><><
><><

(mesmo tendo saído do site, o maurzen me ajudou em off com a segunda parte. ele tem o dom de encadear varias ideias, temas e acontecimentos de diferentes ocasiões em uma única cena. enquanto a cena é falsa, porque na verdade composta de várias, todos os elementos dela são verdadeiros!)

Foto 1 do Conto erotico: CASO DE AMOR SECRETO COM UM FAMOSO – PARTE 2

Foto 2 do Conto erotico: CASO DE AMOR SECRETO COM UM FAMOSO – PARTE 2


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Comentários


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meninomaisraro Comentou em 14/12/2021

engmen suas palavras são certeiras, como sempre! que bom que você gostou do texto! como você diz, os comentários são um lindo texto em si, testemunho das pessoas incríveis que por aqui estão, e indicativo de quão bem elas escrevem também! são os escritores que amo frequentar aqui nesse site... e sim, que privilégio ouvir a outra parte, o outro lado, a ponte que finalmente se completa quando alguém lê o que escrevo, e ainda deixa suas impressões... AMO! muito obrigado, sempre!

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engmen Comentou em 14/12/2021

Mais do que este soberbo conto que continua uma envolvente e excitante miríade de vivências suas, os comentários e respostas aqui postados enriquecem de forma potencial o objetivo de qualquer texto...a mescla de emoções de autor e leitor. Excelente!!

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meninomaisraro Comentou em 06/12/2021

vgrsantos que bom que você gostou... tinha uma crueza nesse mundo do banheirão, especialmente para um garoto inocente e imaturo, mas acho que era essa própria inexperiência que acrescentava um pouco de ternura a essas investidas, tanto da minha parte quanto dos caras que chegavam em mim... é uma exploração de memórias, e dá um pouco de saudades sim... muito obrigado pela leitura, seu voto e comentário!

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meninomaisraro Comentou em 06/12/2021

yant, muito obrigado por seu comentário, que é um verdadeiro feedback... ainda bem que consegui passar um pouco daquela época, pois afinal foi há mais de 20 anos atrás... e acho que parecia mais intenso pois enfrentava tudo sozinho... não tinha me aberto com ninguém sobre ser gay... morria de medo de ser descoberto, na verdade... muita angústia, mas também determinação em conquistar aquele homem bonito, hetero e mais velho que eu... que doidinho, corajoso ou iludido eu era rsrs... valeu o voto!!

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vgrsantos Comentou em 05/12/2021

Além da qualidade do texto e das cenas eróticas deliciosamente descritas, é uma história quentinha, com um calorzinho gostoso da saudade... Estou gostando muito!!! Votado!

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yant Comentou em 05/12/2021

Adorei!!! Me fez voltar um pouquinho no tempo e lembrar de uma época de descobertas e também de uma época onde as coisas nos ferem mais profundamente, onde as dores de amores e ciúmes nos tocam mais... A gente tem uma visão bem específica dos relacionamentos... Delícia de texto cara! Impecavelmente bem escrito. Parabéns...!!! Votado!!!!

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meninomaisraro Comentou em 04/12/2021

kaka6, fico feliz de poder retribuir o tesão que você me passa nos seus textos deliciosos! fico brincando que meu amigo maurzen é meu editor, mas de fato ele me ajuda muito a estruturar o texto, e depois revisa tudo... um editor exigente mas também condescendente, que me deixa escrever tudo que quero, sem cortar nada, de tal forma que vira esse banheirão estendido e cheio de detalhes rsrs... muito obrigado pelo estímulo para continuar escrevendo, sua leitura, o voto e comentário!

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meninomaisraro Comentou em 04/12/2021

sapeka2000 que bom que você, que escreve tão bem, gostou! assim como você compartilha suas descobertas com o seu padrinho, estas são as minhas... tem sido um esforço interessante, o de tentar lembrar daquela época, que parece tão diferente de agora... ainda bem que tenho um "querido diário" daqueles anos! muito obrigado pela leitura, seu voto e comentário!

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kaka96 Comentou em 04/12/2021

Que tesão de narrativa!!... Não só pelo erotismo, mas pelo teor de erotismo e descobertas e pela preciosidade do texto... Bem cuidado e bem trabalhado a cada frase... Parabéns cara!!! Adoro seus contos!!!... Votado!

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sapeka2000 Comentou em 03/12/2021

Meu Deus que texto é esse? Muito bom!... Tão bem escrito! Estou adorando essa linha do tempo de descobertas... Adoro seus textos!!! Votado!

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meninomaisraro Comentou em 03/12/2021

anonimo66 você comenta com muita propriedade! eu de fato era muuuitooo ciumentinho. o desejo brotava tão forte que chegava a me sufocar, atordoar... e descobrir o mundo acontecia de maneira geral, no sexo, no coração, no intelecto... estou tentanto capturar isso, pois foi há muito tempo rsrs... é o texto mais pessoal e portanto o mais dificil de escrever, por isso o intervalo entre as partes... mas a próxima já estou escrevendo mentalmente! muito obrigado pela leitura, seu comentário e voto!

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meninomaisraro Comentou em 03/12/2021

karalegal quem sabe não foi transmissão de pensamento, justamente quando eu estava escrevendo esse texto? que bom que você gostou! e quando você diz "ternura e tesão", é bem como eu me lembro desses primeiros episódios, e de como os caras se aproximavam da minha inocência. e também é ternura o que desperta em mim mesmo o menino inexperiente que eu fui outrora... tem sido bom relembrar... muito obrigado pela leitura, o voto, o comentário!

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meninomaisraro Comentou em 03/12/2021

olavo1986 adorei os adjetivos complementares... acho que é porque no meu tesão tinha muito coração, por ser meu primeiro amor e primeira vez no sexo... e o meu editor sempre pergunta "qual o sentimento?"... o que eu estava sentindo naquele momento? mesmo na cena dentro do táxi, ele me pergunta isso quando lê antes de eu publicar... então acostumei a descrever tesão e coração... que bom que você gostou! muito obrigado por tudo!!

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anonimo66 Comentou em 02/12/2021

Os ciúmes tão peculiares dos primeiros passos amorosos... O desejo que não tem medidas nas primeiras descobertas sexuais... A vontade de descobrir o mundo... Tudo num texto delicioso... Parabéns!!! Votado e esperando os próximos passos...

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karalegal Comentou em 02/12/2021

Estava pensando nesta história dia desses e eis que você publica a parte 2... Um luxo de narrativa cara!!!... Cada palavra muito bem cuidada, um erotismo leve e quente ao mesmo tempo, esse menino curioso se descobrindo sexualmente desperta ternura e tesão... Votado!! Parabéns!

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olavo1986 Comentou em 02/12/2021

É erótico, mas é romântico... É safado, mas é doce e delicado... É intenso, mas é suave... É delicioso de ler... É DEMAIS!!!! ... Votado! Sempre!

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meninomaisraro Comentou em 02/12/2021

morrisey, que bom te ver por aqui! lembro do seu comenttário na primeira parte dessa história... confesso que é a mais difícil de escrever, pois sofri bastante no fim desse caso, afinal foi meu primeiro amor... mas estou floreando um pouco aqui, lembrando só das coisas boas... muito obrigado por mencionar a ajuda do maurzen, ele continua lendo online, vai ficar feliz que eu sei... e muito obrigado pelo voto!

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morrisey Comentou em 02/12/2021

Vocês são talentosos, é inebriante os sentimentos que me causa ao ler cada paragrafo! Que delicia de estória... Ansioso pela continuação. Parabéns

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meninomaisraro Comentou em 02/12/2021

rebekacastro, dizem que o primeiro amor a gente nunca esquece, mas eu nunca tinha me debruçado assim sobre ele, para escrever... vivia louco de ciúmes e insegurança na época, mas agora me parece lembrar mais das alegrias, das descobertas, das primeiras vezes... está sendo muito bom de escrever, embora às vezes difícil também... muito obrigado pela leitura, o voto e o comentário!!

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meninomaisraro Comentou em 02/12/2021

tito, muito obrigado pelo comentário, a parte do Riccelli me fez rir! que legal podermos compartilhar referências paulistanas e dos anos 90, e também experiências, como a sua com o Lukinha e a minha com o Caio... muito obrigado pelo voto e a recomendação também!

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rebekacastro Comentou em 02/12/2021

Nossa rapaz que maravilha!!! Deve ter sido um amor marcante como são sempre os primeiros.. Você escreve com uma doçura e uma saudade que sentimos nas entrelinhas... Até a mágoa parece mais amena... Adorei. Votado!

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titoprocura Comentou em 02/12/2021

Nem vou me prender à história, esta estou adorando e acompanhando com interesse. A forma narrativa aqui se destaca. É uma delícia de ler... Quantas referências: cine Marrocos, anos 90... E meu Deus a bunda do Riccelli...rsrsrs... Nas primeiras linhas eu me vi encontrando o menino que me inspirou a fazer o Lukinha , foi exatamente assim a primeira vez que ele veio em casa... ADOREI... Votadíssimo... RECOMENDADO!

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meninomaisraro Comentou em 01/12/2021

wanderley24 seguindo... você tem razão! O Boto foi lançado em 1987, por isso conto acima que não tinha idade para assistir quando o filme foi exibido pela primeira vez... acho que na época desse texto estava sendo exibido num festival de cinema nacional, ou uma mostra com tema de folclore, ou algo assim, e como tinha mais idade achei que tinha mais chance de entrar para assistir :) muito obrigado pela leitura e o comentário, novamente!

foto perfil usuario meninomaisraro

meninomaisraro Comentou em 01/12/2021

wanderley24, muito obrigado por ler e comentar! a forma desse texto é só um recurso narrativo, que talvez fique mais claro na primeria parte... na verdade eu espero que o "Caio" nunca leia este texto, porque vai se decepcionar comigo, o meninoque parecia inocente para ele, exclusivo dele, e que na verdade fazia banheirão... não uso esse forma narrativa nas minhas outras séries, talvez você goste mais!

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wanderley24 Comentou em 01/12/2021

Oi boa tarde gostei do seu conto porém o q percebo é que vc espera q ele leia o seu conto munido de uma esperança ainda com o passar dos anos, meu conselho como leitor faça sua história para os seus leitores e para vc independente se ele vai ler ou não assim ficará mais interessante e instigante. Outra coisa observei que vc disse q sua história se passava na década de 90 porém o filme o boto foi lançado na década de 80.




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Ficha do conto

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meninomaisraro

Nome do conto:
CASO DE AMOR SECRETO COM UM FAMOSO – PARTE 2

Codigo do conto:
190851

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
30/11/2021

Quant.de Votos:
16

Quant.de Fotos:
2