Convidado por um amigo, coisa que agora eu tinha de sobra, pois não era mais um virgem idiota apaixonado sem experiência ou coragem, cabulamos as aulas de sexta-feira e cansados das garotas idiotas de sempre, fúteis e sem conteúdo, combinamos de ir a um evento de dança de salão.
Mauro, naquela época meu melhor amigo, me explicou que o local era cheio de mulheres entre trinta e quarenta anos, todas muito bonitas e experientes, inteligentes, educadas e com muita energia sexual acumulada, doidas para extravasar, cansadas de continuarem sozinhas, em busca de um parceiro de vida. Ou seja, presas fáceis para novinhos no auge da sexualidade como nós.
No começo, eu estranhei e não levei muito a sério o convite, mas ele disse que já estava indo pela quarta vez e em todas as vezes se deu bem. Mauro até me mostrou conversas no WhatsApp com suas supostas "coroas". Eram realmente mulheres muito bonitas e definitivamente eu me interessei. Ele ainda brincou:
– Para um solteiro convicto e traumatizado como você, é o melhor dos mundos. Prazer carnal apenas, pois nenhuma delas vai levar moleques como nós a sério, vão apenas se divertir com a gente, enquanto esperam seu homem maduro e provedor.
No embalo, e totalmente convencido, me joguei, sem esperar muito, mas ansioso por descobrir se tudo o que ele dizia era mesmo verdade.
Com minha mãe apaixonada, viajando com seu novo marido, as amarras foram completamente esquecidas e minha liberdade já era quase total. O dinheiro já entrava mais farto e eu não tinha motivos para me preocupar com nada. James, meu novo padrasto, era um mão aberta e sua influência sobre minha mãe melhorou demais a minha vida.
Chegamos ao local e eu pude constatar que Mauro não estava brincando. As mulheres eram mesmo incríveis, lindas em seus vestidos de baile. Descobri naquela noite que elegância é o que realmente deixa uma mulher sexy. Postura, educação e conversa inteligente, deixam uma mulher ainda mais interessante. Muito mais do que as patricinhas feministas da faculdade, competindo com os machos por poder, numa falsa ilusão de serem iguais. Definitivamente, homens e mulheres não são iguais, cada um tem seus pontos fortes e fracos e tentar igualar os gêneros, acaba por criar conflito. Viva o diferente, pois eles se completam.
Por sorte, para um perna de pau como eu, havia instrutores de dança, homens e mulheres, ensinando o básico para os iniciantes. Minha instrutora era uma ruivinha linda, com porte de bailarina, cheirosa e simpática. Mas que de forma muito profissional, cortou educamente todos os meus avanços.
Após dançar com algumas mulheres mais velhas, lindas e interessantes, enquanto tomava uma bebida no bar, senti dois toques em meu ombro. Ao me virar, Márcia sorria para mim, tão linda como na última vez em que a vi, com aquela expressão decepcionada para Nicole, no hall de entrada do antigo condomínio:
– Jô? É você mesmo? Há quanto tempo.
Ela falou baixinho em meu ouvido:
– Preciso me desculpar com você, eu sei que …
Sorrindo educadamente, confesso que até feliz por revê-la, pois ela sempre me tratou com muito carinho e cortesia, sendo uma sogra excelente, a interrompi:
– Você não tem nada pelo que se desculpar. Na verdade, sou eu quem deve desculpas pela forma que me referi a você naquele dia. Eu só tenho boas lembranças de você e do quanto sempre foi carinhosa e educada comigo.
Satisfeita com minha reação, ela me abraçou, me deu um beijo carinhoso na bochecha e disse:
– Jamais imaginei que o encontraria aqui. Nicole … – Ela me encarou assustada.
Eu a acalmei:
– É só um nome, relaxa! Afinal de contas, eu a vejo todos os dias, estudamos juntos.
Sorridente, Márcia voltou ao normal:
– Bom, ela tem falado muito de você, do quanto se arrepende de tudo, do quanto você mudou, está diferente.
Márcia me olhou de cima a baixo:
– Realmente, você virou um homem muito bonito. Uma pena que aquela idiota só puxou o que eu tenho de ruim.
Tentando se corrigir, ela também elogiou a filha:
– Não sei se você sabe, mas Nicole mudou muito, é outra pessoa. Parece até gente agora, uma filha trabalhadora e responsável. Hoje posso dizer que tenho orgulho dela.
Sem ter motivos para mentir, fui direto:
– Sei que você e minha mãe reataram a amizade e sei também que Nicole mudou. Nunca a vi em festas da faculdade ou nos bares no final de semana. – E para descontrair, brinquei. – Talvez o próximo namorado dela tenha uma sorte melhor do que a minha.
Tentando mudar o assunto, Márcia disse:
– Estou com algumas amigas no camarote lá em cima. Vem comigo.
Apontei para o Mauro e o apresentei a Márcia. Ela também o convidou para subir. A seguimos pelo salão, em direção a sua área reservada e fomos apresentados a quatro outras mulheres, todas na mesma faixa de idade da Márcia, entre trinta e cinco e quarenta anos. Todas muito bonitas e educadas.
Dançamos com algumas, mas Márcia parecia fazer questão de me ter só pra ela. Naquele momento, uma ideia sacana me veio à mente: "por que não?" Ela estava ali, se atirando pra cima de mim, admirada pela minha mudança conquistada a base de muita academia e dedicação.
Eu já era muito diferente daquele bobão franzino, abestado. Meu corpo estava definido, sem exageros e eu tinha plena convicção do desejo que despertava nas mulheres.
Márcia dançava se esfregando em mim, roçando as coxas no meu saco e tentando sentir minha ereção. Sabendo o quanto ela era safada, não fiz questão nenhuma de esconder minha intenção ou me segurar, até fui mais ousado, levando a mão a sua bunda disfarçadamente e apertando com delicadeza, trazendo seu corpo de encontro ao meu, dando beijos provocantes no seu pescoço. Ela acusou o golpe:
– Menino … não brinca com fogo.
Fui mais fundo na provocação, sempre falando ao pé do ouvido:
– Fogo é o que eu tenho de sobra no momento.
Ela acariciou meu pau levemente, devolvendo a provocação:
– Eu não sou essas menininhas da faculdade que você está acostumado …
Arrisquei:
– Tô sabendo, meu primo foi só elogios, estava até pensando em desistir do Canadá.
Ela se derreteu de vez, retornando ao seu modo puta tradicional:
– Você vai fazer comigo o mesmo que ele fez? Vai me tratar da mesma forma?
Lembrando da última conversa com meu primo, quando o levamos ao aeroporto, arrisquei:
– Vou fazer melhor, putinha safada. Eu sei que você adora dar esse cu e eu vou te rasgar inteira.
Envolvida em meu jogo – ou seria eu no dela? – Márcia pediu:
– Vamos sair daqui, eu quero você. Vou mostrar que sou muito melhor do que a minha filha …
Dei uma risada alta naquele momento e a Márcia me olhou assustada, achando que eu estava brincando com os sentimentos dela. Me expliquei:
– Márcia, eu nunca transei com a Nicole. Minha revolta é justamente por isso: todo mundo comeu, menos eu.
Márcia, me olhando sem acreditar, não sabia se ria ou se me confortava. Fui honesto:
– Isso agora é passado. Depois da Nicole, aprendi a viver para nunca mais repetir o mesmo erro.
Lembrei que minha mãe estava viajando e fiz o convite:
– Vamos lá pra casa? Hoje você não me escapa. – Aproveitei para provocar novamente, mexendo com ela. – Quero ver se é tudo isso mesmo que o meu primo disse.
Se sentindo desafiada, ela me puxou apressada, nem me dando o tempo necessário para me despedir de todos. Mauro me entendeu só pelo olhar e apenas fez um sinal positivo com a cabeça. Deixei três notas de cem na mesa e acompanhei Márcia.
Já começamos a nos pegar no estacionamento mesmo, com Márcia me empurrando para dentro do carro, abrindo meu zíper e me chupando sem se preocupar com o mundo ao nosso redor. Gulosa, com olhar de tarada, ela se surpreendeu:
– Meu Deus! Se eu soubesse que era assim, já tinha dado pra você lá atrás. Sempre lhe achei gostosinho, mas esse cacete é uma obra de arte, um mastro fenomenal.
Tentando enfiar o máximo que conseguia na boca, Márcia chegava a engasgar, parando para respirar fundo e voltando a abocanhar. Aquela puta realmente sabia o que estava fazendo, gozei em poucos minutos. Márcia engoliu tudo, sem desperdícios.
Nos ajeitamos e partimos para a casa da minha mãe. Novamente, nem esperamos entrar, já começando a nos agarrar na garagem. Nossas roupas iam ficando pelo caminho, enquanto avançamos em direção ao banheiro.
Márcia é uma mulher de beleza incomparável. O mesmo cabelo loiro e olhos verdes acinzentados da filha, mas o corpo, muito mais voluptuoso, de curvas acentuadas, seios grandes e bunda carnuda. A buceta é gordinha, de pelos finos loiros bem aparados, de lábios internos escondidos, apenas a racha aparente.
Mergulhei de cabeça entre suas pernas, sugando e lambendo cada centímetro da xoxota, sentindo seu cheiro pecaminoso, me demorando e calculando cada decisão, a fim de levá-la ao delírio. Suguei, mordisquei levemente o grelo, dei beijos mais sugados na parte interna da coxa, voltei a me lambuzar em seus fluidos, levei um dedo despretensioso ao seu cu e esperei a reação:
– Ai, caralho! Vagabundo safado e tesudo … no meu cuzinho é maldade, ainda mais com essa língua me castigando. Aquela idiota é uma perdedora mesmo, como pôde dar tanto mole e perder um tesão de homem como você …
Enfiei o dedo mais fundo em seu cu, dando um tapa forte na bunda com a outra mão, ordenando:
– Fica de quatro, vadia! Pedir o que você tá querendo.
Ele arrebitou aquela raba linda, piscando o cuzinho de tesão. Dei outro tapa forte naquela bunda, esfregando o pau entre suas nádegas:
– Fala, piranha! Diz o que você quer.
Rebolando a bunda no meu pau, manhosa, ela pediu:
– Quero você, seu puto gostoso. Mete nesse cu, me faz sua puta.
O banheiro não era o lugar mais confortável do mundo, mas a banheira até que não decepcionava. Peguei um dos óleos corporais que vi, nem sabia para o que servia e lambuzei meu pau e o cu de Márcia. Fui empurrando devagar, mas ela, para provocar, começou a me desafiar:
– Mete forte, porra! Arromba esse cu. Não precisa ter dó de mim, é disso que eu gosto.
Reagindo às suas provocações, comecei a empurrar com menos delicadeza, vendo o pau se enterrar e sumir dentro daquele cu que o agasalhava tão bem.
– Mete, porra! Fode esse cu, caralho! Tu não disse que ia acabar comigo? Acaba então …
Alucinado de tesão, comecei a estocar com raiva, socando fundo, entrando e saindo, com Márcia rebolando e pedindo mais:
– Vai, seu puto! Fode essa safada, rasga sua sogrinha vagabunda, adoradora de pau grande …
Mesmo provocando, ela sentia o tranco:
– Puta que pariu! Tá me rasgando … que pauzão gostoso … caralho, tá esfolando meu ânus por dentro … que loucura isso …
Extasiada, Márcia convulsionava de prazer, se temendo inteira, com espasmo fortes percorrendo sua musculatura pélvica, seu cu mordendo forte o meu pau:
– Tô gozando, seu pirocudo safado … esse pau é gostoso demais … não para, tô gozando … Meu Deus, o que tá acontecendo comigo?
Foi a primeira vez que vi uma mulher tão tarada, gozando sem nenhum estímulo vaginal, apenas com penetração anal.
Fodemos de tudo quanto foi jeito durante quase duas horas e, exaustos, apagamos no chão da sala, no colchão que eu tinha colocado para a gente.
A maior surpresa veio pela manhã, bem cedo, quando fui acordado por um sorridente e debochado Rafael:
– Caralho, moleque! Tu aprendeu mesmo, hein?
Eu ainda tentava entender o que acontecia:
– Tá fazendo o que aqui? Por que não avisou que vinha?
– A tia disse que eu podia vir, que estava viajando, mas me disse onde estava a chave reserva.
Ele olhou com mais atenção e reconheceu minha acompanhante:
– Tá de sacanagem, só pode. Marcinha, é você?
Um pouco constrangida, ela o cumprimentou:
– Oi, Rafael. Tudo bem com você?
Ele não conseguiu se segurar:
– Ah, garoto! Não comeu a filha, mas tá traçando a mãe.
Sem ter o que fazer, conhecendo seu jeito, só nos restava rir. As surpresas não pararam por aí e Rafael disse em voz alta para alguém que entrava na casa:
– Vem ver quem tá aqui, amor.
Não acreditei ao ver Júlia entrando na sala. Ela sorriu pra mim, feliz por me ver:
– Jô? Nossa, como você cresceu. – e olhando para baixo, disse – E como cresceu …
Só então me dei conta de que estava pelado, mas como não era mais aquele sujeito patético, estava pouco me lixando. Minha curiosidade era outra:
– Como assim, amor? Cês tão juntos?
Júlia mostrou sua aliança de noivado e Rafael explicou:
– Sabe como é, né? Safado tem que ficar com safada. Nos formamos e começamos a trabalhar juntos. Para economizar, viramos colegas de quarto. Com a grana curta, sem poder ir caçar na rua, um acabava aliviando o outro e como somos os dois bem resolvidos, por que não? Sempre nos demos bem, nos gostamos, e o fato de estarmos juntos, não atrapalha nossas aventuras …
Não entendi nada:
– Que porra é essa de aventuras? Um corneando o outro, é isso?
Júlia e Márcia riram de mim. Márcia disse:
– Eles são liberais, seu bobo.
Júlia, me olhando com malícia, disse para Rafael:
– Amor, acho que eu quero matar a saudade do priminho, cê deixa?
Rafael, que de bobo não tinha nada, aproveitou o embalo. Olhando para Márcia, após a apresentar para Júlia, ele disse:
– Essa é a mãe da ex-namorada do Jô. A que eu te disse que foi uma das melhores fodas da minha vida. Podemos brincar os quatro, o que acham?
Todos pareciam concordar, só eu estava com cara de tacho. Márcia tentou me animar:
– Vamos lá, tu vai gostar. Nada supera uma boa orgia.
Rafael colocou ordem na casa:
– Precisamos descansar um pouco. Dirigi cinco horas sem parar. O que acham de passarmos o final de semana todos juntos? Um churrasquinho mais tarde, uma festa só para nós.
Márcia concordou, mas pediu:
– Eu volto mais tarde, então. Preciso resolver algumas coisas. Umas quatro, cinco da tarde, eu volto. Está bom para vocês?
Rafael e Júlia concordaram e eu fui no embalo, não tinha nada a perder mesmo. E Júlia estava ainda mais linda e gostosa do que há quatro anos. Rafael também estava mais másculo, com o corpo mais em forma. Eu não ficava atrás de nenhum deles.
Ofereci carona à Márcia, disse que a levaria para a casa, mas ela rapidamente recusou o meu convite:
– Não! Já imaginou se Nicole está em casa e vê uma coisa dessa?
Fiquei um pouco irritado:
– E que satisfação eu devo a ela?
Márcia me deu um beijo carinhoso e disse:
– Você não, mas eu sim. Nossa relação já está complicada e eu não quero criar mais problemas.
Entendi e me afastei. Ela chamou um carro pelo aplicativo e se foi, dizendo que voltaria na hora combinada.
Rafael foi descansar, mas Júlia ficou comigo, colocando o papo em dia, contando sobre a vida dos dois. Eu fiquei muito feliz em revê-los.
A tarde logo chegou e a noite foi incrível, mas esse não é o foco principal da nossa história, posso contar como tudo ocorreu em um conto único separado depois.
O que realmente interessa é que, a partir daquele final de semana, Márcia e eu começamos a foder constantemente, sem compromisso nenhum, lógico, mas eu acabei me transformando em uma espécie de porto seguro para ela, um ombro amigo. Não vou mentir, nem me fazer de vítima, pois essa melação acabou tirando qualquer interesse sexual que eu tivesse por ela.
Nicole e meu passado me transformaram em um homem frio, incapaz de amar e sentir empatia. Meu único propósito era prazer sexual, nada além disso e Márcia estava sendo chata e inconveniente com aquele papinho de paixão.
Eu jamais tive a intenção de reviver o passado ou humilhar Nicole e Márcia novamente, mas um acontecimento despertou a minha ira e me fez reviver todo o trauma. Numa noite comum, no intervalo entre aulas, Mauro estava um pouco estranho, parecendo sem coragem de me contar alguma coisa. Ninguém ali conhecia o meu passado com Nicole e como eu jamais dirigi a palavra a ela, jamais imaginei que o assunto seria desenterrado.
Apertei Mauro e, constrangido, ele confessou:
– Tá rolando um papo sobre você e a tal da Nicole terem sido namorados na adolescência, isso é verdade?
Achei que ia parar nisso, e como confiava em Mauro, não neguei:
– É sim! Mas foi aquela coisa, sabe? Namorico adolescente, nada além disso. No final do ensino médio, cada um seguiu o seu caminho.
Parecendo aliviado, Mauro soltou a bomba:
– Então o tal papo de que ela meteu galha em você é mentira? a historia de que ela deu pro colégio todo e pro condomínio, menos pra você, é só inveja de algum Zé Ruela?
Naquele momento fiquei pálido, o ar me faltou, minha pressão caiu e eu quase desmaiei. Abismado com minha reação, Mauro entendeu na hora:
– Caralho, irmão! É por isso que tu quer ver o diabo, mas não quer ver aquela mina. Esse boato já tá rolando solto pelo campus …
Me levantei revoltado, respirando fundo, recuperando minha sanidade e parti atrás de Nicole. Só Deus sabe o que eu poderia fazer se a encontrasse.
Não precisei procurar muito, pois ela discutia com uma garota na cantina, com um grupinho incitando o conflito ao redor. Eu estava próximo e conseguia ouvir a revolta de Nicole:
– Por que você fez isso? Eu confiei em você, abri meu coração. Você vai destruir a vida de uma pessoa boa com esse boato. Ele não merece. É tudo mentira o que eu disse, nada daquilo aconteceu, foi uma piração da minha cabeça. Eu nem o conheço … você já me viu perto dele alguma vez?
Como aquele bobão de antigamente, eu estava paralisado. As pessoas ao redor se deram conta da minha presença e o deboche começou:
– Muuuuu … eh, boi …
Outros gritavam:
– Olha o corno ali … vem cá, boi manso …
Mauro me alcançou, me tirando dali e me levando para casa. Ele não disse nada, apenas me enfiou no carro e acelerou, incapaz de entender o que se passava dentro de mim.
Durante uma semana, sofrendo, magoado e irritado, eu me refugiei na casa da minha mãe e não atendi ao celular ou apareci na faculdade. Eu só respondia a minha mãe, apenas para não preocupá-la e não tinha a mínima ideia do que acontecia no mundo. Minha cabeça só pensava em uma coisa: destruir Nicole.
Demorei alguns dias, mas consegui, após horas exaustivas de reflexão, bolar um plano. Peguei o celular e respondi a última das centenas de mensagens de Márcia:
"Por favor, Jô, fala comigo. Estou preocupada. Sua mãe disse que você está bem, mas eu não contei nada a ela, fique tranquilo. Dei a entender que só estava perguntando por perguntar, puxando assunto. Por favor, me responda."
Respondi:
"Estou bem, vivo. Só cuidando de alguns assuntos pessoais."
Ela me ligou em menos de um minuto:
– Até que enfim. Como é bom ouvir sua voz. Posso ir aí te ver?
Infelizmente, para Márcia, ela era parte crucial do meu plano. Concordei com seu pedido:
– Pode vir, estou aqui sozinho, com saudade de você.
– Já estou saindo de casa. Não devo demorar.
Minhas entranhas reviraram, eu me sentia enojado como antigamente, mas daquela vez, ciente do que precisava fazer, respondi cinicamente:
– Ok! Estou no aguardo.
Continua …
Não sei se o conto é verdadeiro, mas acho, só acho mesmo, que você deveria relaxar, leva essa coisa de "corno" muito a sério e hoje em dia ninguém tá nem aí se o vizinho é corno ou não.
Continuação por favor estou ancioso