"Que suruba, Marina? Não exagera, foi apenas um espetáculo erótico!"
"Espetáculo! Eu sei o que vi, nunca pensei que mulheres agissem assim. Achei que os homens é fizessem coisas do tipo."
"Nossa, que coisa antiquada, nem parece que a jovem aqui é você."
Otávia riu ajeitando meus cabelos sobre meus ombros. Ventava, um vento frio que me arrepiava as pernas e os braços. E só me deixava mais irritada, ainda mais com o plug enfiado no meu corpo.
"De onde você conhece aquele cara?"
"Que cara?"
Nem precisei falar, só fuzilei Otávia com olhar. Deixei claro que não tinha gostado do que ela tinha feito.
"Oh! O cara, o Gerson?"
"Não sei, o nome dele, é Gerson? Não sabia que você e minha tia dividiram o mesmo homem. Pelo jeito ainda dividem, não é?"
"Ai Marina, você fica tão bruta por uma besteira. Enciumada por mim?"
"Não gosto. Não gostei do que vi. Ainda mais a tia. Meu Deus, se a família souber? Se mamãe desconfiar?"
"Mas não é você quem vai contar?"
Cruzei os braços e as pernas zangada e com frio. Senti o incômodo do plug se esfregando no meu corpo.
"Claro que não! Imagina? Ai Otávia, me deixa tirar, pelo menos isso. Por favor!"
"Não! Eu é que vou tirar. Não se atreva!"
"Ai Otávia! Então me empresta pelo menos uma blusa de frio? Tô tremendo!"
"Tá bom. Vou pegar, uma pena porque você fica tão gostosa assim..."
E me encarou com um sorriso malicioso, me comendo com os olhos. Mordi os lábios vaidosa, aquela mulher tinha o poder de me enfeitiçar mesmo depois da sacanagem que ela e a tia fizeram na minha frente. Eu estava besta com a tia, quem podia imaginar? Marcela tão elegante, tão formal. E ela ali, na frente de todas nós levando uma gozada na cara!
"Deixa que eu coloco em você. Eu te avisei que fazia frio aqui."
Era minha tia com um casaco de couro que ela colocou nos meus ombros.
"Brigada tia. É seu?"
Perguntei, me cobrindo inteira, amarrando o cinto.
"Da Otávia, ela me pediu pra te entregar."
Tentei encarar, mas não consegui, parecia que tinha sido eu que fizera o boquete no índio. Marcela ajeitou a gola do meu casaco. Um riso dissimulado como se não tivesse acontecido nada mais cedo.
"Infelizmente não vou poder te levar em casa Marina. Apareceu um imprevisto."
"Não!"
"Mas Otávia disse que te leva."
"Otávia."
Nos encaramos um instante. Tava na cara que ela sabia. Sabia que Otávia e eu... que gente andava se pegando. Talvez até que eu estivesse com o plug no ânus. Que vergonha!
"E a senhora vai sozinha pra casa?"
Que pergunta idiota! Só podia ser eu! A tia olhou para trás com um sorriso malicioso estampado no rosto. O tal índio apareceu encostado ao longe numa coluna. O cabelo liso molhado, sem as pinturas no rosto, mas algumas tatuagens nos braços, uma blusa de algodão larga deixando ver o peitoral trabalhado, a calça jeans justa deixando ver o volume na cintura.
Num segundo deu pra imaginar toda a sacanagem. Quem diria, minha tia. Casada, mãe de dois filhos, trepando com um desconhecido num motel na beira da estrada.
Marcela adivinhou meus pensamentos.
"O Gerson me pediu pra levar ele em casa."
"O Gerson?"
Ela só sorriu e me abotoou um botão do casaco. Otávia veio caminhando na nossa direção, se despedindo das últimas pessoas que deixavam a casa.
"Ficou bonita com esse casaco, não ficou?"
Otávia parou ao lado de Marcela e abraçou a tia pela cintura. As duas me admirando e eu sentindo minhas pernas ainda geladas
"E a aposta, quando é que você me paga Otávia?"
"Te faço um PIX, pode?"
As duas riram com um jeito de safadas. Olharam na direção da porta onde o índio ainda estava.
"Eu vou precisar. Essa noite vai ficar cara."
Riram de novo e trocaram olhares obscenos, pra dizer o mínimo. E na minha frente!
"Deixa eu indo. Senão eu chego tarde em casa."
"Então vai! Aonde está o César, em casa?"
"Viajou."
"Ainda bem."
"Mas os meninos são mais ciumentos que o pai."
"Conheço uma igual. Deve ser de família?"
Otávia falou olhando pra mim. Ainda mais abraçada com a tia. As duas desinibidas como se os nossos segredos fossem compartilhados por todas. Fiquei puta com Otávia, e o mesmo com a tia.
"Parece que ela não gostou."
"Parece mesmo. Nem parece da minha família."
Alguém tossiu ao longe. Era Gerson, o piriguete da tia."
"Tchau meninas, um beijo."
As duas se beijaram na boca, um claro beijo de língua.
"Humm! Nossa, aiai! Se não fosse pelo Gerson eu ficava com vocês."
"Você é que vai perder, mulher. Quem sabe vocês ficam?"
"Não! Que isso Otávia!"
Saiu da minha boca quase automático. Fuzilei as duas com o olhar.
"Não falei que ela é cimenta?"
"Igual meus filhos."
As duas se beijaram nas faces.
"Tchau Marina. Comporte-se, viu? E aproveite!"
Piscou pra mim e depois me abraçou. Um abraço forte, firme, como se fosse Otávia. Talvez, sera? Não sei.
"A senhora também."
"Com certeza. Tchau!"
"Tchau, tia."
Marcela caminhou na direção da porta e abraçou o índio pela cintura na maior intimidade possível. Como se fossem namorados antigos. Eram os últimos a sair.
Só ficamos eu e Otávia na casa. O vento frio despenteou meus cabelos.
"Vem Marina."
Otávia me puxou pela mão e nós subimos as escadas até ficar no alpendre no segundo andar. A vista da cidade iluminada ao longe, as luzes piscando, o barulho do vento nas árvores, a piscina sinuosa iluminada lá embaixo. Nem me dei conta de que Otávia tinha sumido.
Quando ela apareceu de novo tinha duas pequenas taças na mão e uma garrafa de licor na outra.
"Pega."
Segurei a taça e ela me serviu um licor grosso, um cheiro adocicado e um gosto de chocolate.
"Onde vocês conheceram esse Gerson?"
"Curiosa! Pra que você quer saber?"
"Ficou com ele?"
"E se eu disser que fiquei? Uma noite louca, nós três..."
"Os três? Um trisal com a tia?"
Eu quase engasguei, era pior do que eu pensava.
"Muito louca aquela noite! Mas o Gerson acabou nas garras da Marcela. Foi isso, foi só essa vez. Satisfeita?"
"Foi não!"
"Como não?"
"E hoje? E aquele beijo?"
"Ah, Marina! Me poupe! Foi só um carinho, um beijo inocente entre dois amigos."
"Beijo inocente!"
O licor pingou no meu queixo. Otávia serviu de novo minha taça e me apertou contra mureta de vidro.
"Você não beijou por que não quis."
"E eu ia beijar o pau do namorado de vocês?"
"Amigo da sua tia. Mas tinha outros, era só escolher."
O aperto virou amasso, ela me cheirando o pescoço e me impedindo de sair.
"E você ia gostar que eu fizesse isso? Na sua casa, na sua frente?"
"Se depois a gente dividisse o cara juntas, por que não?"
"Doida, você é doida, sabia?"
"E sou mesmo, por você... hummm! Delícia!"
Otávia me abraçou com fome. A mulher estava louca por mim, mordeu meu pescoço e depois tascou um beijo que me deixou sem fôlego.
"Tira pra mim, tira? Tá incomodando esse plug, poxa"
"Depois, depois. Mas vira que eu te faço um carinho."
"Virar Otávia? Então vamos lá pra dentro."
"Calma garota. Tudo ao seu tempo, espera.Vira Marina!"
Ela mesma dessamarrou meu casaco, desabotoou e me fez virar. Ficar de costas pra ela, impetuosa e mal intencionada.
"Não, não! Tá frio Otávia, poxa!"
Ela me fez tirar o casaco. Eu tremia dos pés a cabeça. Meu vestidinho curto mal me cobrindo, o vento espanando os cabelos. Otávia safada, subiu meu vestido e me alisou a bunda.
"Que bundinha gostosa, menina! Tava com saudades."
"Não parece!"
"Ainda enciumada, é?"
"E se for? Aaahh, Otávia, para!"
"Eu não. Era isso que eu mais queria essa noite. Esses dias."
"Mentirosa, você sumiu. Desapareceu e nem me ligou."
"Liguei sim. Já te disse que não deu pra ligar naqueles dias. Mas agora você está aqui, só pra mim."
E enfiou a mão fria no meio das minhas ancas. Foi me abrindo, me explorando, me provocando, como se fosse dona de mim.
"Gostei dessa calcinha garota."
"Comprei por sua causa."
"Linda! Eu quero pra mim, posso?"
"Se você tirar?"
Me deu um tapa na bunda Depois uma mordida e Otávia foi descendo, se agachando atrás de mim. O vento já não era tão frio, o meu corpo começava a borbulhar por dentro.
Ela me abriu as nadegas e beijou por dentro sem nenhum pudor, a mais pura tara. Uma língua insidiosa, atrevida me provocando pontadas. E ela ali agachada se servindo de mim, se servindo dos meus sucos.
"Hummm! Delícia Marina. Pra mim?"
"Annnh! Pra... quem mais?"
"Háhá! Deixa eu tirar eese calcinha. Agora é minha."
E puxou, me deixou sem nada por baixo. Só o vestido curto que não cobria a bunda.
"Tira tudo Marina. Tira logo!"
Fiz sem pensar. O tesão crescia e o frio começou a fazer parte do desejo. Puxei o vestido pela cabeça e joguei de lado numa cadeira.
"Aainnh! Aaainnh! Otávia!"
Me agarrei na mureta e me esticando dobrando ao máximo. Meu corpo gelado, eu toda arrepiada, mas meu ventre pegando fogo. E o cu me deixando louca.
Nua, só com os saltos agulha. Otávia começou a me provocar. Dois dedos meu centro.
"Aannh! Aaannn!"
"Que bocetinha gostosa, menina! Um sonho! Vou te comer todinha essa noite. Vou te abusar."
"Otaaaviaaa!"
Eu me ofereci mais, me expus e Otávia me tocou o grelo com a ponta da língua. Eu tremia inteira, me agarrei um peito e me dobrei sobre a mureta. A piscina iluminada lá embaixo, a bagunça das cadeiras.
E a língua de Otávia me fazendo as pernas tremerem. Tive um orgasmo na cara dela, na boca dela. E ela parava de me beijar, de me lamber e beijar, era um orgasmo atrás do outro, uma doidera. Eu nua e gelada na sacada e ela me chupando até a última gota.
Quando acabou eu virei, de frente pra ela. Meu sexo na cara de Otávia. O vento forte tocando os cabelos da mulher madura. Eu me inclinei e trocamos um beijo estranho. Babado, suado, um gosto de boceta, um sabor de menina nas nossas bocas.
"Me ajuda."
Puxei e ela veio me abraçando como uma amante.
"Vão lá pra dentro."
"E o plug?"
"Eu tiro, você vai gostar quando eu tirar."
"Eu vou?"
Ela só sorriu e me levou para o quarto. Era só o começo de uma noite doida, era aquilo que eu mais queria.
Toda molhada... Votado