No interior do estado do Piauí, numa cidade pequena, onde as temperaturas chegavam aos trinta e cinco graus, existia uma plantação de cana-de-açúcar. Essa plantação ficava distante da cidade, cerca de trinta quilômetros. O dono desta pequena propriedade é um dominador experiente, praticante de vários estilos do BDSM gay. Além disso, é um sadista feroz, colecionador de vários instrumentos de tortura, como chicotes, de todos os tipos, mesas e raques de tortura, gaiolas entre tantos outros. Mestre César, como era conhecido na internet, buscava nos sites de Mestres e escravos, como o Recon, entusiastas que aceitassem ser seus escravos. Na descrição do perfil, ele descrevia seus interesses e que tipo de escravo queria. Como tinha essa plantação e precisava de trabalhadores para fazer a colheita da cana, resolveu unir o útil ao agradável. Publicou em seu perfil a descrição que dizia que tinha uma pequena fazenda e precisava de alguns escravos para trabalharem nela. Os interessados, que tivessem essa fantasia, que entrassem em contato com ele. Seu perfil era completo e continha todas as informações necessárias, caso houvesse alguma dúvida. Mestre César recebeu várias mensagens com candidatos querendo ser seus escravos, no entanto muitos desses estavam apenas o fazendo perder seu tempo. Alguns não tinham como viajar para outro estado; outros, estavam apenas imaginando seus fetiches. Além disso, são poucas as pessoas que têm essa fantasia. A ideia de trabalhar em serviço braçal, extenuante, fadigoso, e ainda por cima de graça, não faz parte do leque de fetiches de muitas pessoas. Contudo, Mestre César encontrou dois voluntários, e percebeu que ambos eram promissores. Resolveu apostar neles. Após longas conversas e negociações, ele conseguiu marcar encontro com um deles, na fazenda. Esse cara era do estado vizinho, Maranhão, portanto, não havia muitos empecilhos que pudessem obstar sua ida até esse outro estado. O outro, entretanto, ainda estava se organizando para conseguir viajar. Escravo_braçal era o pseudônimo que Lucas utilizava na internet. Quando Lucas chega na propriedade do Mestre César, percebe que está num local isolado e muito distante da cidade. Logo avista uma casa no estilo de casa de fazenda, porém simples. Estaciona o carro e, em seguida, vai ao encontro de Mestre César, o qual estava sentado no alpendre da casa. Como haviam combinado antes, Lucas deveria se despir diante do Mestre César. E assim o fez. Mestre César acariciou o pênis de Lucas, apalpou os músculos de seus braços e ombros, com intuito de verificar a força do escravo, o qual apresentava razoável tonicidade muscular. Depois disso, ordenou que o escravo abrisse a boca, de modo a verificar a saúde do escravo. Para ambos, aquele ritual causava prazeres intensos e inimagináveis. O pau de Lucas estava ereto, duro como pedra, assim como do Mestre César. Mestre César guiou o escravo para dentro de casa. Levou-o até a sala onde estavam todos os seus instrumentos. Pegou uma gaiola de castidade para colocar no escravo. Ele acreditava que a castidade deixa o escravo mais apto à escravidão e, logicamente, inibe a ejaculação, o que pode deixar o escravo preguiçoso e sem forças para o serviço que o espera. Porém, como o pau do escravo estava duro feito pedra, teve dificuldade em colocar a gaiola de castidade, mas conseguiu. Logo em seguida, pegou uma calça de linho desgastada e uma camisa manga longa feita do mesmo material, roupas parecidas com aquelas de escravos que são representados na TV no período colonial, e as entregou, ordenando que as vestisse. Era nove horas da manhã, e Lucas estava como sempre se imaginou. Seu corpo sentia calafrios de prazer e incredulidade, pois ansiava por muito tempo aquele momento. Ali e agora, ele sentia que estava realizando sua fantasia, que outrora desacreditou que realizaria. Mestre César percebeu que estava faltando algum acessório no escravo, então pegou um colar de metal e o pôs no pescoço do escravo. Ambos, sem saberem, um em relação ao outro, tiveram uma ereção simultânea, com prazeres diferentes: Lucas, quando o ferro frio do colar tangenciava seu pescoço, e Mestre César, experimentando de fato o sentimento de ter um escravo, uma propriedade.
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