Amor de Japão, acaba no avião

        Esta é de um amigo. Gostei muito quando ele me contou e perguntei se podia colocar aqui. Ele gostou da ideia e me deu até alguns detalhes a mais e revisou o texto antes de eu colocar. Romanceei um pouco, por não estar presente. E pra preservar as pessoas envolvidas, né?
        Marcos trabalhava há alguns anos no Japão. Dekassegui, aquele pessoal que viaja pro Japão pra juntar uma grana.
        Sabe, o Japão é um país com um charme especial. Sua cultura, sua terra... é tudo muito diferente do Brasil. Mas trabalhar lá é tão chato quanto trabalhar aqui.Como Marcos nunca foi de estudar muito, acho que lá era o único lugar onde ele teria o que tem hoje. Mesmo que seja com trabalhos braçais, o dinheiro era muito bom.
        Ah, o Japão. Você quer putaria, não é? O Japão tem muitas. Deve ser algo na água ou no ar. Talvez seja culpa da cultura repressora, você acaba descontando na cama. Entre os estrangeiros que moram lá até existem certos mitos... Casais terminam, traem, trocam, invertem, voltam, sempre, a toda hora. Tem vários fatores pra isso, seja a distância da família, carência afetiva, os horários, a pressão, a falta de tempo, o cansaço. Mas pra Marcos, isso não preocupava. Baladeiro e solteiro convicto, "por enquanto", diz ele, sua preocupação maior era só não pegar algo maior que suas mãos. Ainda sobrava muita opção. As ninfetas largadas pelos pais trabalhadores, as colegas solteiras, as separadas, as japinhas... Nesses tempos de crise, parece que só sobraram as mulheres. E elas sentem falta dos colegas homens, pode apostar.
        Para Marcos, a fábrica era um paraíso. Rodeado de mulheres, seu trabalho era de chefiar a seção. Ou seja, não fazia nada além de bater papo, raro era o dia em que ele precisava cobrir alguma menina com TPM ou que tinha um filho doente.Na época, ele estava de caso com uma japonesinha, de verdade, do Japão mesmo. Em meio às brasileiras que o rodeavam na velha fábrica de eletrônicos, ela que parecia a estrangeira. Pequenininha e tímida, com longos cabelos tingidos de castanho. Uma bonequinha, até na cama ela era graciosa.
        Sabe o medo de Marcos? Ele não queria se engraçar com mulheres casadas. Talvez seja algum trauma pelos pais terem separado por causa de traição da mãe, mais justo seria o medo de apanhar, ele nunca foi muito bom de briga. De certo, ele nem sabe explicar por quê.
        Mas tinha Carol. Carol era um pecado, daqueles que você não consegue evitar de cometer. Italianinha, apesar do Japão. Corpinho mignon, peitos modestos, mas como dizem os que gostam dos pequenos, só precisa caber na boca. Ela compensava os que queriam um pouco mais com uma bundinha linda, cheia e apertadinha. Falsa magra. Ela tinha os cabelos castanhos, só que os dela eram de verdade. Eles ondulavam levemente e, na minha cabeça, ela é a menina de Crepúsculo. Vi a foto dela no Facebook e realmente lembra, sem grandes produções, claro.
        Com essa saúde toda, ela ainda era uma moleca. Nos seus 21 aninhos, ainda era desbocada e brincalhona, aquela menina que te faz lembrar o ginásio. Mas ela era italiana, sem nenhum traço de japonesa. Nessas horas, você sabe: é casada com um japa. Tão novinha e já tinha se rendido ao lado careta da vida. Desperdício, um dó da vida.
        Marcos adorava ver ela trabalhar. Usava um jeans apertadinho e seu jeito meio desengonçado até dava um certo charme. Sabe, aquela menina que morde a língua e aperta um dos olhos pra fazer força? Ela dividia seu espaço com uma outra menina e as duas se davam bem e ficavam conversando. Às vezes, Marcos precisava chamar a atenção por causa do papo, que desenrolava, fazendo as mãos pararem. E Carol dava algumas explosões de alegria, abrindo um sorriso enorme que fazia Marcos esquecer de dar a bronca. Com aquele "Ha ha ha" progressivo, pausado, mas sempre um mais alto que o outro, incontidos, deliciosos.
        A vida seguia, e mesmo que vez ou outra eles conversassem, nunca tiveram um papo mais íntimo. Pra ela, ele devia ser só o chefe mesmo.Um dia, a colega de Carol sumiu. Não deu as caras e não atendia o telefone. Sobrou ao Marcão, a árdua tarefa de trabalhar com a moleca sapeca. Foi uma longa manhã, em que Marcos relembrou o que era trabalhar em linha. E claro, devorou com os olhos aquele rabão, lindo e saltitante. Ainda havia um clima meio pesado entre os dois. Marcos era seis anos mais velho, talvez ela sentisse um choque de gerações. Mas nesse tipo de trabalho, é impossível. Um dos dois acaba puxando assunto, pra sair da monotonia dos movimentos repetitivos.
        "Você é casado, Marcos?"
        "Não, nem morto! Ainda quero aproveitar a vida."
        "Eei, eu sou casada, sabia?"
        "Puta disperdício de vida, te falar. 21 anos, você devia estar se divertindo no Brasil e não se fodendo no Japão."
        "Mas eu vou comprar minha casa, sabe? Amo meu marido e a gente vai fazer o pé de meia..."
        Marcos ouviu de tudo durante o dia. A menina desembestou de falar e contava a vida toda dela. De como conheceu o marido, ainda com doze anos, se apaixonaram... Ele descobriu até que ela era seis anos mais nova que o marido, um grandissíssimo papa anjo. Já prevendo alguma gravidez precoce como causa do casamento, ele perguntou.
        "E filhos, quantos vocês têm."
        "Nenhum. Mas eu quero dois, um casalzinho."
        "Nenhum? Sério? Achei que você tinha casado porque engravidou..."
        "Não, eu amo ele mesmo. Meu pai deu permissão e eu casei com ele aos dezesseis. Mas a gente não quer se apressar, vamos ter filhos na hora certa, e no Brasil."
Marcos levantava um beiço e balançava a cabeça, aceitando essa aberração. Amor? Casar por amor? Tão dificil de entender pra quem fugia do altar como o diabo da cruz, o norte do sul...
        Naquela noite, Marcos levou sua japinha pra jantar. Ele ficou quieto por um bom tempo, lembrando da bunda de Carol, aquela delícia que balançava e empinava sem pudor algum, moleca que só ela.
        "Você tá bem?" disse a japinha, com uma voz doce, doce, como um quindim.
        "Tô cansado, só isso. Vamos direto?"
        Saíram do restaurante para o motel, mas ele só conseguia pensar na Carol.
        Marcos se abriu pra mim, certa vez. "Não faz meu tipo, moleca. Prefiro mulher feita, safada. Mas tem alguma coisa nela que me deixa louco." Era claro que ele só queria enrabar Carol, mas o psicológico também tava sendo afetado. Marcos só pensava na Carol, vivia tentando entender a cabeça da moça que amava puramente. Cá pra nós, manchar o puro de esperma é uma fantasia que todo homem entende, não é?
        Não deu uma semana e a coleguinha da Carol faltou de novo. Dificil lidar com mulher, você tem que escolher a pergunta que vai fazer, não pode pegar pesado e ai começa a acontecer esses abusos. Mas Marcos ficou feliz em saber. E Carol também parecia feliz com isso. "Vamos poder conversar mais. Eu gosto de conversar com você, você é um ótimo ouvinte". E ela era uma ótima falante. Mas tudo bem. Era uma boa desculpa pra ele olhar nos olhos dela, reparar mais de perto no sorriso dela, ver a covinha que fazia perto dos lábios. Ele até percebeu um verde, bem suave, lá no fundo dos olhos castanhos dela. "Uau, como ela é linda", ele pensava, mas nem dizia.
        De longe, alguém pediu uma ajuda. Ele ainda chefiava lá e tinha que cuidar de pepinos como esses. Carol estava bem no seu caminho e ele, virando de lado, passou atrás dela, dividindo um espaço muito estreito. Foi quando ele percebeu, sentindo a bunda macia dela, que tava dando uma senhora encoxada naquele traseiro dos sonhos. Ele foi e resolveu o problema em dois segundos. Quem sabe dá tempo de encoxar de novo?
        Carol o viu chegar e abriu passagem. Quando ele passou, ela deu uma olhada que ele não sabia dizer se era uma olhada de "safado, vou falar pro meu marido" ou de "gostoso, mas vou falar pro meu marido assim mesmo". Ele podia fingir que não percebeu e ficaria por isso mesmo, mas Marcos pensou em pedir desculpas. "Foi mal, eu passei na pressa." Carol olhou pra ele e levantou uma das sobrancelhas.
        "É, percebi, viu?"
        Ela parecia nervosa. Ou excitada? Na sequencia, ela deu um sorriso meio amarelo, longe daquele sorriso sincero de sempre, que vem da barriga. Eles não tocaram no assunto, mas eis que mais alguém precisa de ajuda. "Peraí", dizia Marcos, andando em direção ao estreito caminho da encoxada. Carol saia de lá e deu de cara com Marcos. Ficaram de frente um para o outro, os rostos a menos de dez centímetros. Ela podiase jogar mais pro lado, mas provavelmente Marcos a seguiria. Suas coxas roçaram, o peitinho dela passou suave em seu braço.
        "Desculpa."
        Ele terminou rapido como uma bala o que tinha que arrumar e voltou para sua Carol. Novamente, no caminho estreito, estava ela, abaixada pegando alguma coisa do chão. Ele voltou, ficou bem perto dela e então, Carol olhou pra cima. Ela estava na altura ideal, poderia estar chupando seu pau lá. Ah, como ele gostaria que ela estivesse fazendo isso mesmo
        .Quando Marcos percebeu, já havia uma certa amizade entre os dois. Já se cumprimentavam mais à vontade, aquele gelo de chefe/subalterno havia sido quebrado. Aquilo o animava pra ir trabalhar, e até a ideia de pegar uma casada já não parecia tão errada quanto ele pintava pra si mesmo antigamente.
        Marcos contava os dias, esperando a colega de Carol faltar de novo. Nessas horas, as pessoas ficam muito mais responsáveis e não faltam. Mas Marcos percebia que Carol o olhava de lá do canto dela, às vezes mandava um tchau com o braço erguido, simpática.
        As coisas mudariam a partir dai. O paraíso viraria o inferno. O inferno viraria algo ainda pior. Por que o marido da Carol viria trabalhar lá. Rogério, um cara com pinta de pegador, metido, andava estufando o peito e enrolava as mangas da camisa pra mostrar o braço. "Ai, eu faço academia." dizia, aquela vaidade toda.
        Marcos via Carol com Rogério todos os dias. Faltava um pouco de noção de espaço pra Rogério. Ele agarrava a mulher em ambiente de trabalho, pros japoneses, uma falta de vergonha desrespeitosa. Marcos o advertia e então, ele era pego fumando no banheiro. O advertia e ele faltava no trabalho. "Fala que eu tô doente, quebra essa", dizia ao telefone. "Comi minha mulher demais ontem, tô cansado". Carol vinha mesmo assim, sozinha.
        "Eu falo com ele, mas é o jeito dele." Ela tinha um pouco de vergonha disso, mas não dizia.
        "Acho que a gente vai demitir ele, não tá dando certo'.
        "Não, não faz isso. Se ele sair, acho que a gente vai embora pro Brasil'.
        Ir embora? E como Marcos ficaria, sem poder comer nem uma vez aquela menina? O inferno ardia mais quente do que nunca para Marcos.
        A japinha continuava a encontrar com Marcos, mas atualmente, eles simplesmente transavam. Marcos nem sentia mais tanta atração por ela, praticamente descontava sua frustração e seu tesão na pobre coitada. Numa noite, a caminho do motel, ele parou o carro. Ele pensou por alguns segundos, abaixou o som e falou: "Acho que não dá mais. Vamos terminar."
        No dia seguinte, a menina ignorava Marcos. Mas ele não estava nem se importando, ele só pensava em como tomar uma atitude com Carol. Neste dia, sua colega fez o favor de faltar. Carol o recebeu de braços abertos. "Acho que ela tá de caso com um carinha", disse sobre a amiga. "Ela falta quando dorme na casa dele." Grande, isso é um exemplo de responsabilidade. Se bem que no momento, a virtude que ele queria da tal colega era realmente seu talento de faltar no dia certo.
        O assunto do dia era o tal namorado da amiga.
        "Ela é casada, mas o marido trabalha no turno contrário, eles só se veem de fim de semana."
        "Ela tá traindo o marido?"
        "Bem, é traição, né? E tem os filhos que ficaram no Brasil..."
        De repente, Marcos já via essa menina como a maior vadia do mundo.
        "O que você pensa disso tudo?"
        "Eu? É por isso que eu não caso. Tomar chifre da mulher, ninguém merece, viu?"
        "Alguns homens merecem", ela disse, se virando pra trabalhar em seguida.
        "Você trairia?"
        "Eu amo meu marido."
        "Mas trairia, né?"
        Nessa hora, alguém chama Marcos e corta o assunto. Por coincidência, é da linha de Rogério, que trabalhava com outro homem, o que fazia os três únicos homens da seção estarem juntos.
        "Aquela japinha é muito gata!" disse Rogério, enquanot Marcos tentava arrumar o defeito. "Olha que carinha de piranha, eu aposto que deve dar uma foda daquelas." O terceiro cara, André, já veterano, vendo a gafe, diz: "Ela é a peguete do Marcos, cara. Respeito ai". Ninguém precisava saber que eles tinham terminado e Marcos nem tinha paciência pra isso. "Foi mal, chefe. Mas sabe como é, né? Nunca catei japinha de verdade. Desde que eu cheguei nessa porra, sempre tive vontade, mas como até puteiro é racista aqui..." Verdade. No Japão, puteiro é tocado por yakuza, a mafia, e eles não se dão bem com estrangeiros, seja descendente ou não. Brasileiro sofre.
        "Rapaz, você é casado com uma mina daquelas e quer pular a cerca?"
        "Arroz e feijão, todo dia enjoa. Você acha que filé mignon também não?"
        Marcos lembrava então de como ele não queria casar. Casamento é isso, no fim, a natureza das pessoas é a de querer fazer putaria.
        Voltando pra onde Carol o esperava, Marcos ainda pensava em como o cara era canalha. "Putaria por putaria, você vai ver a que eu vou fazer." Carol estava lá, posicionada pra receber uma encoxada. Ela o viu, e ainda assim, não saiu de lá. Marcos a encoxou, desta vez sem pressa. Esfregou o pinto nela e deu uma cheirada em seu pescoço. Carol sorria surpresa e sem graça.
        "Qué isso!? E se meu marido vê?"
        "E se ele nunca ver? Ai pode?"
        Ela continuava sorrindo, nervosa e vermelhinha. E olhava pra Marcos, de canto de olho.
        Outra chamada e Marcos foi em direção ao caminho estreito de novo. Carol estava lá e até pensou em sair, mas ele chegou antes e a encoxou de novo, esfregando a pica bem dura nela. Na volta, ela não estava, mas quando o viu, entrou lá, disfarçando. Foi novamente encoxada, mas desta vez, ele até colocou ela na ponta dos pés, dando uma estocada por baixo e levantando aquele rabão.
        Agora ela achava graça, ria como se fosse uma brincadeira, uma molecagem, como descer a rua em carrinho de rolemã ou subir em árvore. "Ai, Marcos, vai me dizer que essa foi sem querer?" Ela jogava. Sapeca, como ele esperava que fosse ser. Não tinha como ele saber até onde ela pensava que iria, de repente, achava que ia ficar só na brincadeira. Mas Marcos não estava mais pra brincadeira. Começou a partir pro ataque. E Carol parecia animada, num jogo de see-saw, mostrando e escondendo suas intenções. Ora dizendo que era casadinha, ora sorrindo, olhando disfarçadamente para o volume da calça de Marcos.
        Carol já tinha esquecido onde estava, e que o marido estava bem perto. E no meio daquele papo de meias palavras e provocações, Marcos acabou falando o que ela esperava. "Quando eu perguntei se você trairia seu marido, a gente não conseguiu terminar... e ai?"
        A menina olhou pra ele, mediu ele duas vezes com os olhos, até com uma certa arrogância que apimentava ainda mais o papo. "Você tá me fazendo um convite, é?" e sorria, aquele sorriso gostoso dela, mas agora, com um tempero mais acentuado, que transformava aquela carinha de meninha levada em algo tão sensual que ele até ficou meio desconcertado.
        "Você sabe que sim."
        Ela suspirava e tomava um ar.
        "Não sei... Talvez." E o sorriso não saia da boca dela. Completamente dopada, numa brisa de tesão, ele ficava cada vez mais louco por ela. Carol continuou. "O que você faria se eu traisse meu marido com você?"
        Pergunta besta, pensava Marcos. "Te pegava aqui dentro, lá nos fundos. Te faria o que teu marido nunca fez com você e taria me fodendo se nos vissem."
        "Mas aí, eu que estaria ferrada, né, Má."
        "Ferrada você já tá, fodida é como eu quero te deixar. Não pensa no que os outros vão pensar, que se danem. Que se dane seu marido também, se ele quiser te largar, azar o dele. Tem quem te quer.
        "Marcos nem pensou pra falar, disse o que veio na cabeça. Não era uma cantada, não era um negócio premeditado. E Carol balançou.
        "É? E quem me quer? Você faria o quê, casaria comigo? Sabe que eu perderia o visto se me separasse dele. Então, ou eu iria embora, ou teria que casar. E você quer casar, Má?"
        Ele engasgou e disse um "sim", com a firmeza de uma gelatina. "Se precisar eu caso, tá duvidando?"         Marcos falava, e nem ele acreditava. "Tu vai morar comigo, te faço feliz, sim."
        Nossa. A expressão de Carol era essa, um espanto. "Você casaria assim, de um dia pro outro, pra ficar comigo? Eu-- eu achei que você só queria uma noite."
        "Se precisar, eu caso. Se não precisar, a gente pode se encontrar às escondidas. Não gosta de aventuras?"
        O dia estava terminando e Marcos não podia fechar sem fazer uma coisa. Pegou o número do celular dela. E prometeu: "Até o final de semana, eu quero te ver. Só nós dois. Inventa alguma coisa pro seu marido."
        Os dois estavam completamente em êxtase. O papo, a aventura, o proibido, tudo apimentava o momento. Na despedida, na frente do marido, ela disfarça e dá um beijo no canto da boca.
        No dia seguinte, Marcos estava ainda flutuando. Ele e Carol trocavam olhares o dia todo e ele olhava pra Rogério com desdém. Mas como bom idiota, ele nem notava.
        "Nossa, meu deus, olha esses peitos!"
        "Já falei, Rogério, é a peguete do Marcos", disse André, andando em direção ao banheiro.
        Marcos arrumava mais um pepino enquanto Rogério continuava a manjar os peitos da japonesa, na cara dura.
        "Véi, eu vou te falar uma coisa, não me leva a mal... Mas se você quiser, eu faço um swing com você. Tá ligado? Eu com a sua, você com a minha? Eu faria."
        "Você nem sabe falar japonês direito, Rogério. Vai fazer o quê, chegar e comer ela direto? Nem rola."
        "Linguagem do amor, chego no carinho. Eu me viro, não se preocupa."
        "E a Carol faria?" Marcos começou a duvidar da santidade e pureza de sua musa. Se ele está oferecendo assim, é por que já fizeram outras vezes. Rogério chega mais perto. Ele fala em voz baixa. "Não sei, mas vocês se dão bem, não é? Acho que seria mais fácil de conversar com ela."
        O idiota nem sabia que Marcos tinha terminado com a japa, nem que Marcos já tinha seus planos. "Não, fica com sua putaria pra você."
        As mensagens corriam soltas pelo celular.
        "Não aguento mais, quero te agarrar aqui mesmo."
        "vc, hein? So pensa na piriquita. kkkk"
        "Quando você vai dar o perdido nele?"
        "N sei. seila, tenho medu."
        "Relaxa, só faz o que tem que fazer. Inventa a desculpa."
        "Ta. vo pensa. mas n sei..."
        Carol também queria, queria muito. Mas ela era uma menina completamente inexperiente, passou a vida toda com Rogério e, de repente, até tinha um medo de mudar, aquela sensação inútil que nos impede de fazer tanta coisa boa na vida. Foi ai que Marcos teve a ideia brilhante. Ele foi até a japinha, depois de dias sem falar com ela, pediu desculpas e falou: "Não fica assim. Olha, final de semana agora, pessoal daqui vai se reunir, fazer um churrasco. Vamos lá, dai a gente pode conversar melhor."
        "E você vai me apresentar como namorada? Porque você nunca admitia..."
        "Hã... Claro!"
        Marcos foi falar com Rogério.
        "Terminei com a japa. Vaca. Ela me traia."
        "Traia? Sério?"
        "É, ela queria um cara com mais cara de brasileiro, tá cansada de japa."
        "Poxa. Japa sacana, isso não se faz, véi."
        "Ela que se foda. Tava só metendo mesmo. Que se dane."
        "Mas quem que era o cara?"
        "Ah, ela ia naquele parque onde o pessoal faz churrasco, cada sábado pegava um diferente."
        "Caralho..."
        E então, Marcos mandou mensagem pra Carol.
        "Sábado, eu vou estar perto da sua casa. Tenta dar um perdido'.
        E assim foi. Sábado, não havia nenhum indício de que Rogério ia se mexer. Ainda assim, Marcos parou o carro a alguns quarteirôes do prédio deles e ficou esperando, na moita, logo pela manhã.
        O carro de Rogério saiu, Marcos via de longe. Ele correu em direção ao apartamento. Seu celular tocou, mas ele já estava na porta, ofegante. Sem cerimônias, ele abriu a porta e a pegou desprevinida, ainda de pijama, como quem acabou de acordar, com o celular na orelha.
        "Marcos! Você já chegou aqui?"
        Ele calou Carol com um beijo. Tentou desabotoar o pijama, mas o desespero deixava suas mãos estúpidas, incapazes de tirar um botão. Então, ele segurou o pijama firme e abriu à força, arrancando todos os botôes. Os peitos firmes de Carol apareciam, branquinhos, com botões rosados no topo. Marcos os chupou, ainda ofegante e desesperado. Ela ria sem parar. "Calma, o que é isso!" Ele levantou os olhos e a beijou com paixão, levantando seu corpo pela bunda com uma mão, a outra na nuca, e encostando suas costas contra a parede. "Eu não tive nem tempo de me arrumar, nem tomei um banho. Hmmm."
        Ela ainda demorava pra assimilar a situação. Marcos a jogou direto na cama. Eles se beijavam e rolavam. Carol começava a ficar mais à vontade. Mas ainda sorria, o tempo todo, feliz da vida. Ela arrancava as roupas de Marcos, beijava seu corpo. Por um instante, ela pensou "que loucura eu estou fazendo, meu deus" e no outro, uma chupada com vontade em sua xana a fazia esquecer de tudo.
        Marcos lambia com paixão, sugava com a boca, mexia com os dedos. Carol continuava a sorrir, com os olhos fechados, bem apertados. A mão arrancava a fronha da cama. Um grande beijo e ela, ainda deitada, passou a chupar Marcos. Dava grandes voltas com a língua enquanto sugava, babava um pouco e então descia sua boca, até a cabecinha chegar em sua garganta. Foi com tanta empolgação que engasgou. Mas Marcos achava graça, fazia parte dela, esse jeito meio desengonçado, mas completamente entusiasmado.
        Ele a pegava pelas pernas, levantando elas e colocando em seus ombros. Com uma mão, ele prepara sua pica. Com a outra, segura a mão de Carol. Ele a invade como invadiu o apartamento. Com vigor, sem cerimônias, assustando a menina, que solta um gritinho, que tenta abafar no último instante. Ela ainda sorri, e olha com carinho para Marcos.
        A cama trepida, batendo na parede. Os sons molhados se misturam aos estalos dos encontros dos dois quadris. E os dois gemem, ofegantes, selvagens. Carol gira um pouco seu corpo e Marcos pega só uma das pernas e abraça, continuando com fortes movimentos. A outra perna de Carol começa a se contorcer, se enroscando nas de Marcos. "Vou gozar!"
        Revidando, Carol o derruba de lado, montando em cima dele, sentando devagar, ritmando o movimento. Ela coloca suas unhas no peito de Marcos, e começa a cavalgar com mais velocidade. Ela segura os braços de Marcos pelos cotovelos e então, ele reforça os movimentos por baixo, fazendo ela perder totalmente o controle. Carol começa a gemer com força, gritar até. E então, com uma estocada mais profunda, Marcos ergue Carol, e ela joga seu corpo pra trás, estasiada. "Isso é muito bom!"
        Ela então cai deitada, quase caindo da cama, com a cabeça já fora do colchão. Marcos ainda pode ver seu sorriso. Ele segura suas coxas, enrolando os braços por trás dos joelhos, voltando a comer aquela moleca numa brincadeira frenética e emocionante. O prazer era tanto que, prestes a gozar, Marcos não conseguia parar. Tirou no último segundo, melando os pelinhos da xoxotinha rosada de Carol.
        Ainda ofegante, Carol se senta no chão mesmo, esparrando o corpo no canto da cama, aquele cabelão todo jogado pelo lençol, o suor escorrendo de sua testa, dos peitos, correndo pelas costas, molhando suas nádegas e seu cuzinho.
        Ela olha, toda meiga. "Olha, eu não esperava isso. Foi... foi uma surpresa, uma surpresa, mas muito boa." E seu sorriso ainda está lá, cansado, mas estampado no rostinho de menina sapeca. Em sua covinha, uma gota se suor forma um pequeno lago.
        Marcos se senta perto dela, ainda na cama, e acaricia seu rosto, passa as costas das mãos sob sua bochecha, limpando a covinha. Levanta seu cabelo, tirando da testa, e ela pode vê-lo melhor. "Você pode se acostumar." Ela segura seu pinto como uma garrafa de champagne e agita como uma campeã. "o Rógerio nunca me comeu assim. Eu nem imaginava que poderia gozar tanto." Isso foi o suficiente para as forças de Marcos voltarem, e ele ficar duro de novo. Carol sugava calmamente o mastro duro e limpava o gozo que ainda escorria.
        "Hmm. Gostosinho, Má. Agora goza na minha boca, goza?"
        "Você ainda não tomou café da manhã, menina?"
        "Não, tinha acabado de sair da cama. Mas tudo bem, eu só quero um leitinho." dizia, com um olhar de sacana, de rabo de olho. Com o dedo, ela limpava o que escorria de sua xana e depois, lambia o dedo, passando a lingua devagar e depois enfiando o dedo todo na boca.
        Marcos desceu da cama e levantou o rabo de Carol, deixando bem empinadinho. Seu corpo ainda se esparramava na cama e dançava bem ritmado dessa vez. O heavy metal selvagem dava lugar a um clima mais romântico, lento no começo, dava alguns passos rápidos e diminuia. Ela gemia de prazer, podendo sentir direitinho a forma do pinto forçando sua carne.
        Com um dedo, Marcos massageava a entradinha do cu de Carol, que piscava e a fazia tremer e perder o equilíbrio das pernas. "Eu sou sensível ai". Marcão cuspiu quase nas nádegas, mas puxou com o dedo e espalhou no furinho dela, que sugou toda a baba como um ralo. Em seguida, até aceitou um dedo dentro. "Que sensação estranha, Má."
        Ele sentia o cu dela apertar seu dedo e puxar sua mão pra dentro. "Caralho, que cu apertado!" Marcos ainda mexia, a outra mão massageando o clitóris e a pica ralando dentro da bucetinha.
        "Eu posso por meu pau no teu cu?"
        "Não, o pinto não."
        "Deixa vai, eu tenho certeza que vai ser bom."
        "Dói muito, eu tentei uma vez, mas não aguentei."
        Realmente, era um cu completamente fechado. Mas devia aguentar, ele já tinha visto menores.
        "Eu vou só tentar. Se doer demais, você me fala."
        Ela perdeu o sorriso pela primeira vez. Ficou apreensiva, com medo do que estava por vir. Logo na entradinha, ela já ficava toda excitada, se contorcia. Sua expressão contorcia a cada forçada que Marcos dava no cuzinho. Mas de repente, ela arregalou os olhos e começou a ufar, gemer, sentindo a pica lhe invadir. "Aaai. Cuidado, tá? Cuidado... Nunca entrou tão fundo" ela dizia, encorajando empurrar mais alguns centímetros. "Ui. Aaah. Uhh."
        Pra movimentar, ele foi acalmando ela, fazendo carinho, massageando o clitóris. Ela tava aguentando bem, não pediu pra tirar. Boa menina. O pinto já se movimentava bem, escorregando dentro daquele tunelzinho do amor.
        Carol voltou a sorrir quando percebeu que estava curtindo o momento. Gemia com muito mais dor, mas se sentia muito mais à vontade. Marcos se sentia completo. Ela tinha se entregado completamente à ele, e isso o enchia de tesão.
        Logo, Marcos tirou o pau, sem aguentar mais. Colocou sua moleca sentada e a fez chupar. "Seu leitinho." Marcos gozou muito e Carol engasgou com o jato quente que foi direto em sua garganta. Com isso, ela babou um pouco, mas deu pra dar um belo gole de porra.
        Eles se abraçaram, deram pequenos beijinhos e ficaram se olhando, como se não fossem mais se ver e quisessem lembrar de cada detalhe. "Você tem uma cicatriz aqui." ela dizia, passando o dedo suavemente na barriga dele. "É por isso que eu não gosto de me meter com mulher casada. Isso foi da primeira. Você é a segunda."
        Carol se lembrou de um detalhe. "Ah, e o que você fez pro meu marido inventar uma desculpa pra sair e dizer que não tinha horário?"
        "Segredos da profissão."
        "Ah, sei. A Karina me falou que você já tinha dado em cima de um monte de menina, isso só das que ela conhecia. Sua profissão é galinha?"
        "Não, isso é meu hobbie." ele ria, sem graça. Estava certo. Ele realmente tinha dado em cima de várias meninas, e algumas delas tinham correspondido. Mas ele era solteiro, sem compromisso e estava longe de ser um "conquistador de Kansai".
        "Olha, eu fiz muita coisa, mas realmente tô afim de assumir. Se você quiser...
        "Ela sorriu e deitou a cabeça de lado, em cima do braço que ele passava pelas costas dela. Ele deu um beijo e eles recomeçaram.
        Na segunda feira, tudo parecia diferente. Carol parecia mais tranquila, adulta, apesar de exibir um sorriso diferente do que ela mostrava sempre. Rogério estava apreensivo, olhando para os lados. E Marcos... Marcos estava cantando na chuva, feliz da vida, pronto pra começar uma nova vida. Vida de amante.
        Marcos só evitava a japinha, ele tinha sido muito, muito ruim com ela. E isso levaria a uma consequencia ainda maior.
        Os chefes mandaram chamar Rogério na sala deles. Isso já era quase rotina, de tão comum que havia se tornado os erros e equívocos dele. Mas esse havia sido diferente. Aparentemente, se os boatos estão corretos, ele realmente foi àquele parque e, ao ver a japinha sozinha, tentou levar um papo com ela. Mas como nenhum entendia a língua do outro, eles passaram um tempo tentando se entender e adivinhar o que o outro queria, em vão. Dai, ele pegou ela pela mão e foi levando. Ela o acompanhou até o carro dele e apesar de entender que ele queria que ela entrasse, a pequena japonesa se fazia de boba. Depois de abrir a porta e colocar ela, ele rumou para o motel, sem mais explicações. Ela nem deixou Rogério tentar algo, deu um tapa e saiu do carro, entrou na administração do estabelecimento e pediu proteção e um táxi.
        "Eu tentei conversar com ela, achei que ela tinha entendido que eu queria levar ela no motel. Perguntei duas vezes e ela fez sim com a cabeça, então levei ela."
        "Ele apareceu do nada, começou a falar em português e eu não entendia nada. Ele me falava "Moteru, moteru" (em japonês, algo como boa pinta, conquistador) e tentou me forçar a ir pro motel (que eles chamam de HOteru, independente do uso que se faz) com ele. TARADO!"
        Rogério foi demitido, justíssima causa. Seria ótimo pra Marcos não ter ele por perto, agarrando sua Carol, talvez até ficasse mais fácil de manterem o caso. Ele já começou a planejar sua nova vida de putarias selvagens com sua casadinha. E deveria estar tudo bem com isso. Mas...Carol ficou o resto do dia preocupada. Rogério a chamou pra ir embora com ele, mas ela preferiu ficar trabalhando. No entanto, nem olhava mais pra Marcos, tinha perdido o sorriso, e estava com aquela cara disfarçada, segurando um choro.No dia seguinte, ela faltou ao serviço, sem aviso. A fofoca era de que ela também sairia, apesar da quase-traição. Marcos mandava mensagens e tentava ligar. Em vão, telefone desligado.
        Uma semana se passou, sem notícias. E de repente, ela voltou ao trabalho, como se nada tivesse acontecido. Após se desculpar com os chefes, inclusive com Marcos, ela foi à seu posto. Mas sua colega estava no lugar de Rogério agora, cobrindo, e ela dividia seu espaço com Watanabe-san, um japonês que ainda era aprendiz, em seu primeiro ano na empresa. Ele havia sido remanejado às pressas para cobrir o buraco e trabalhou com Marcos durante essa semana que passou. Era um garoto empolgado, ávido em aprender o português, mas completamente maluco.
        Marcos ainda ia ajudar Watanabe-san, ensinar o jeito certo, e verificar se ele não fazia nada errado. E Carol ficou muda, trabalhando do lado."
        O que aconteceu todo esse tempo? Achei que você tivesse ido embora pro Brasil mesmo."
        "Não, eu tava em casa, pensando."
        "Pensando, certo... Com aquele cara que queria te trair?"
        Carol faz uma pausa e olha pro chão. "É. Com meu marido, não com o cara que me fez trair."
        "Olha, não é assim. Poxa, eu fiz por que queria ficar com você. Você sabe que eu sou louco por você."
        "Você é louco pela minha xoxota, isso sim!"
        E do lado, Watanabe-san, perdidaço na conversa, finalmente entende algo. "XOXOTA! XOXOTA!" ele diz, empolgado em reconhecer pelo menos uma palavra.
        "Dá pra ver que você ensinou muita coisa boa pro garoto, né?"
        "Vai acabar assim, então?"
        "O que você quer que eu faça? Largue dele por você? Ele é um canalha, você é outro canalha. É só o que eu posso escolher?"
        "Eu não te trai. E nem vou fazer isso se você ficar."
        "Me entende de uma vez. Foi bom. Foi muito bom aquele dia. Mas você vai ser só uma lembrança de uma loucura que eu fiz no Japão. O Rogério é a minha vida."
        Sem alternativa, Marcos a beijou lá mesmo. Ela preparou o tapa, mas não deu. Carol o olhou, confusa, sem saber se brigava, se o abraçava, se fugia.
        No dia seguinte, ela não veio mais. Ligou pedindo demissão, passou pra acertar as contas num horário em que Marcos não estava. E foi embora, com Rogério, não com Marcos.
        Um dia, Marcos trabalhou com a antiga colega de Carol. Ela era faladora, mas Marcos não tinha muito papo ultimamente. Então, ela falou: "Homem é burro mesmo. Ela era louquinha por você, sabia? Mais de uma vez, a gente falou sobre divórcio, como ficaria pra ela, o visto dela. A menina tava disposta a largar uma vida. Ainda mais depois que... você sabe, eu moro no mesmo prédio que ela, a vizinhança ficou louca, ainda bem que só tem japa."
        "Se isso é verdade, então por que ela escolheu ele?"
        "Ela escolheu você. Ou você acha que ela voltou pra trabalhar mais um dia? Problema é que você é burro. Senão, tinha segurado ela."
        O avião dela partiu na mesma semana, levando Carol de volta ao Paraná. E Marcos continua solteiro.

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Comentários


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betto2373 Comentou em 13/11/2012

oi tudo bem eu so de curitiba gosoto muito de realizar fantzias de casais se vc quizer me add no msn e betton82 espero seu convite um beijo na bucetas gostosas do betao

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coroa66 Comentou em 12/11/2012

assim como seu primeiro conto . Foi muito lindo mas tornou se uma história .votei.

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Comentou em 10/11/2012

Gostei e votei Leis e comente meus contos, vote se gostar




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Ficha do conto

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razer

Nome do conto:
Amor de Japão, acaba no avião

Codigo do conto:
22013

Categoria:
Traição/Corno

Data da Publicação:
08/11/2012

Quant.de Votos:
2

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