Naquela noite, decidiram apimentar ainda mais as coisas. Combinado, iriam fingir ser completos estranhos. Carmem chegou ao bar primeiro. Seus cabelos negros caíam em ondas perfeitas sobre os ombros, contrastando com o vestido vermelho que abraçava seu corpo com a mesma intensidade com que ela queria ser abraçada por Fernando. Ela se sentou no balcão, cruzou as pernas lentamente, consciente de cada olhar que atraía. Seus lábios, pintados de vermelho vibrante, roçaram suavemente a borda do copo enquanto ela tomava um gole de vinho, como se estivesse saboreando um segredo.
Fernando entrou logo depois, observando de longe. Ele adorava a forma como ela atraía todos os olhares sem esforço. Ele vestia uma camisa branca de linho, com as mangas dobradas até os cotovelos, exibindo braços fortes e tatuados. Seus passos eram firmes, mas calmos, como alguém que sabia o que queria. E ele sabia. Aproximou-se lentamente de Carmem, fingindo não conhecê-la, mas incapaz de conter um sorriso malicioso no canto dos lábios.
“Posso te pagar um drink?”, perguntou, a voz rouca e baixa, enquanto seus olhos percorriam cada detalhe do rosto dela, como se a estivesse vendo pela primeira vez.
Carmem o olhou de relance, fingindo surpresa, mas o fogo em seus olhos denunciava o desejo que ardia por dentro. “Talvez... depende de quem está oferecendo”, respondeu, brincando com uma mecha de cabelo.
Ele se aproximou mais, sentindo a tensão no ar, a eletricidade que pulsava entre eles. “Alguém que sabe exatamente o que você quer”, disse, aproximando-se ao ponto de sentir o perfume dela, algo entre flores e um toque de mistério. Ela sorriu, um sorriso lento e provocante, deixando seus dedos roçarem levemente a mão dele ao pegar o copo que ele oferecia.
A conversa continuou, cheia de insinuações e olhares ardentes. Fernando sabia cada ponto fraco de Carmem, cada movimento que a deixava sem fôlego. E Carmem adorava como ele a fazia sentir. Como uma mulher desejada, e não apenas pelo corpo jovem, mas pela essência, pelo jeito como ele a entendia profundamente.
A certa altura, a mão de Fernando descansou casualmente na perna dela, subindo lentamente até o joelho, em um gesto quase imperceptível, mas que fez o corpo de Carmem arrepiar por completo. Ela se inclinou um pouco mais perto, os lábios próximos ao ouvido dele, e sussurrou: “Você não faz ideia do que está perdendo se continuar apenas conversando.”
Os olhos de Fernando brilharam de desejo. Ele sorriu de lado, olhando para ela com uma fome palpável. "Você está tão certa", murmurou, antes de se aproximar ainda mais, seus lábios finalmente encontrando os dela em um beijo carregado de paixão e urgência. O toque dos dois era como faísca e pólvora — instantâneo, explosivo, deixando claro que, apesar de estarem fingindo ser desconhecidos, conheciam cada pedaço um do outro de forma intensa e íntima.
O bar parecia desaparecer ao redor deles, como se só existissem Fernando e Carmem, envoltos em um jogo sedutor onde a paixão não era apenas sentida, mas quase palpável, queimando em cada olhar, cada toque, cada palavra não dita. Eles estavam presos naquele momento, como se nada mais importasse, exceto a chama ardente que os consumia.
E naquela noite, o mundo lá fora não importava. Eram apenas eles dois, mergulhados na fantasia que, na verdade, era muito mais real do que qualquer outra coisa.
Os lábios de Fernando e Carmem se separaram por um breve instante, mas a tensão entre eles parecia aumentar a cada segundo. O beijo que haviam trocado não era apenas um toque de desejo, mas uma promessa, algo muito mais profundo. As respirações estavam aceleradas, entrecortadas pela expectativa do que viria a seguir. Ele inclinou a cabeça, deixando seus lábios se moverem lentamente pelo pescoço de Carmem, enquanto ela fechava os olhos, sentindo cada milímetro da pele reagir ao toque quente e seguro dele.
A mão de Fernando, que antes estava no joelho dela, agora subia lenta e deliberadamente pela coxa, explorando, provocando. O tecido macio do vestido vermelho de Carmem subia junto com o movimento, expondo mais da pele morena e sedosa, como um convite silencioso que ele não estava disposto a recusar. Cada movimento seu parecia ensaiado, como se ele já soubesse exatamente o que a faria arder ainda mais, mas ao mesmo tempo, havia uma novidade crua, como se eles estivessem descobrindo essas sensações pela primeira vez.
Carmem, sentindo o calor crescente no corpo, deixou escapar um suspiro entrecortado quando os dedos de Fernando finalmente encontraram a pele nua de sua cintura, deslizando com uma firmeza que arrepiava. Ela se contorcia sutilmente no banco do bar, como se o toque dele fosse ao mesmo tempo um alívio e uma tortura doce. Ela não queria mais jogar, não queria mais fingir. Queria tudo de Fernando, naquele momento, sem barreiras, sem segredos.
Ela agarrou a camisa dele com força, puxando-o para mais perto, seus corpos colidindo em uma fusão de calor, desejo e cumplicidade. Os olhares se cruzaram novamente, e o que antes era um jogo de sedução tornou-se algo mais intenso, mais profundo. Havia algo bruto, algo primal naquele desejo que não podia mais ser contido.
"Você sabe o que vai acontecer agora, não sabe?", sussurrou Fernando, a voz rouca e carregada de uma sensualidade que fazia o corpo de Carmem responder involuntariamente. Ela assentiu, mordendo o lábio inferior, como se as palavras fossem desnecessárias. O olhar dela estava fixo nele, um olhar que dizia tudo: preciso de você, agora.
Fernando segurou a cintura de Carmem com mais firmeza, puxando-a de forma possessiva contra ele, fazendo com que seus corpos se alinhassem perfeitamente. O calor entre eles se tornou quase insuportável, como se ambos estivessem prestes a explodir. A mão dela subiu pelo peito dele, sentindo os músculos sob a camisa de linho, e parou na nuca, onde ela puxou seu rosto para perto mais uma vez, tomando seus lábios com uma fome insaciável.
A música suave do bar parecia distante, o ambiente ao redor deles havia desaparecido. Não havia mais ninguém. Só existiam Fernando e Carmem, consumidos um pelo outro, como se o mundo lá fora não tivesse importância. As mãos de Fernando percorriam o corpo dela com urgência, explorando cada curva com uma precisão apaixonada. Carmem, por sua vez, se entregava a ele com uma intensidade rara, como se estivesse disposta a dar tudo de si, sem medo, sem reservas.
"Eu te quero..." a voz de Carmem saiu como um sussurro abafado, ofegante, entre beijos que se tornavam mais profundos e vorazes. Fernando sorriu contra os lábios dela, seus olhos brilhando de desejo e satisfação. "Você já me tem", respondeu, a voz carregada de uma firmeza que a fez estremecer.
Naquele momento, eles sabiam que não havia volta. A fantasia havia se tornado uma realidade, e aquela paixão incontrolável que os consumia era apenas o começo. Os corpos estavam em sincronia perfeita, o desejo transformado em algo tangível, uma faísca que se transformava em uma chama incontrolável.
Enquanto o calor crescia entre eles, cada toque, cada suspiro, cada olhar era uma confirmação de que, independentemente de quanto tempo passasse, de quantos jogos eles jogassem, a paixão entre Fernando e Carmem sempre seria algo além do que qualquer um pudesse compreender. O fogo entre eles nunca se apagaria — apenas continuaria queimando, mais forte, mais profundo, mais intenso, sempre pronto para consumir tudo ao redor quando estivessem juntos.
Fernando a puxou suavemente para fora do banco do bar. As mãos dele deslizaram pelas costas dela, firmes e protetoras, enquanto caminhavam juntos para a porta. Quando finalmente saíram, a noite fresca contrastava com o calor que queimava entre seus corpos. Fernando a pressionou contra a parede do lado de fora, como se precisasse daquele último momento de controle, daquele último segundo em que ele pudesse sentir o poder que ela exercia sobre ele e vice-versa.
"Você sabe que a gente não precisa fingir mais, certo?" Carmem provocou, com um sorriso malicioso, os olhos brilhando de excitação.
Fernando sorriu, aquele sorriso de canto que sempre a desarmava. "Eu não estou fingindo, Carmem," respondeu ele, com uma voz grave e rouca. "Tudo isso que você vê — essa intensidade...
...CONTÍNUA???