A oriental se recordou dos fatos. Naquela noite e em muitas outras, ela se tocaria doidamente com a fantasia despertada por mulheres que talvez nunca mais visse. Para a beldade surgiu um enredo recorrente, com pequenas variações. Tornava quente sua cama, independentemente da temperatura.
Ela se imaginava inserida em um círculo de elite da cidade, indo a uma festa na qual enxergaria suas raptoras em sensual elegância. Nos primeiros tempos após o ocorrido, firmara a impressão de que a loira também dissera algo, revelando voz insinuante...tentava flertar com as belas devassas, mas aparentemente não encontrava reciprocidade. Caminhava, cabisbaixa, pelo clube onde transcorria o evento.
Então, repentinamente, ao final de um salão, a mulher de cabelos claros, toda de preto, ao lado das cúmplicas, a dominava. Abafando-lhe os lábios e segurando-lhe o braço esquerdo, sussurrava, surpreendendo-a e deixando-a molhada sob o vestido branco provocante:
- Quieta.....Nós sabemos de seu desejo secreto. Seremos as suas mestras nesta noite.
E assim, Vina se colocava como presa enlouquecida de prazer por suas predadoras sexuais. Em um canto qualquer, indiferentes a outras convidadas, que não podiam ver de forma direta a submissão dela às damas libertinas , mas talvez por ali passassem, a loira devorava-lhe a boca, ainda controlando lhe o pulso, a ruiva e a morena desnudavam e saboreavam seus seios, bem como a provável compatriota descobria-lhe o gosto, não hesitando quanto ao que fazer com sua calcinha...
Entretanto, tudo era só um devaneio tórrido, que tornava inevitável a masturbação. As empresárias e executivas, praticantes da transgressão por confiarem na impunidade, não tinham a intenção de tornar suas espectadoras mais do que voyeurs e ficariam longe, em viagem de muitos meses, tratando de altos interesses de Nova Lesbos.