O Campinho

Saí da casa na qual eu tinha dado aula particular por duas horas. A menina até era inteligente, mas preguiçosa e indisciplinada para o estudo. Peguei o celular e caminhei até uma praça arborizada para esperar o carro por aplicativo. Virei uma esquina e avistei a praça. Lá havia um campinho de futebol de gramado com uma arquibancada de cimento. Percebi movimento no campo, mas eu estava olhando para o celular e o que vi, vi de canto de olho.
Subi dois degraus e me sentei no terceiro, colocando a minha mochila ao meu lado. Solicitei a viagem e fiquei esperando algum motorista aceitar. Ouvi um som de bola sendo chutada e uma gritaria de jovens rapazes animados. Levantei a cabeça e olhei na direção do campinho. Depois de alguns minutos em estupor, voltei a dar por mim quando o aplicativo fez o barulhinho de aviso que o motorista estava vindo me pegar. Cancelei na hora.
No campinho havia por volta de 14 rapazes espetaculares disputando uma partida de futebol. Vários tipos físicos, cortes de cabelos, alturas e portes físicos. Mas nenhum acima do peso e muitos deles eram belíssimos. Era o dia que todas as beldades daquele bairro resolveram sair para jogar? Todos estavam sem camisa, mas alguns estavam com elas amarradas na cintura. Devia ser uma forma de reconhecer os times. Sei lá. Uns usavam shorts, outros bermudas. Fiquei ali segurando o queixo para não cair, observando aquele desfile de pernas bem desenvolvidas, abdomens bem formados e até alguns pelos pubianos a mostra.
Durante o jogo não era raro um garoto daqueles abaixar para alongar as pernas, empinando a bunda sob shorts finos, pegadas no pau para ajeitá-lo ou provocar o adversário – Aqui ó! – Mandou um branco loiro, de cabelo à máquina, agarrando com vontade o próprio pau dentro do short. Que jogo animado! Perdi completamente a vontade de voltar para casa.
O jogo terminou e alguns dos rapazes andaram até um chuveiro que havia perto da arquibancada, que era separada do campinho por uma barra de aço. Os três jogadores foram tomar uma chuveirada antes de ir embora. Dois negros, sendo um retinto, e um moreno. O de pele mais escura era da minha altura e o outros dois eram mais baixos do que eu.
O primeiro a entrar debaixo do chuveiro foi um dos rapazes negros, de tom de pele bem escuro, com o rosto liso, cabelos trançados de tamanho médio, olhos castanhos claros e boca pequena, bem desenhada e com a parte mais interna vermelhinha. Dos três era o mais atlético, com braços torneados e o abdômen bem definito. Usava um short preto. Uma delícia de bom caminho.
Enquanto eu admirava aquela beleza masculina, ele dava umas olhadas na minha direção. Eu disfarçava, mas acho que ele manjou que eu os estava observando.
O próximo a entrar debaixo d’água foi o outro negro, cabelo à máquina com as laterais e a parte de trás com corte desenhado (tipo tribal). Seus olhos eram bem escuros, arredondados e grandes, e sua boca era grande e carnuda. O nariz dele era bem-feitinho e bonito. Tinha o corpo menos musculoso e um pouco mais corpulento do que os outros. Seu short era verde escuro e o volume parecia ser o maior deles.
O moreno parecia o mais espevitado deles. Ria toda hora e entrou na água espantando o outro, dando um encoxada nele – Saí pra lá, sua bicha! – Gritou o mais escuro ao ser enxotado. O moreno tinha os cabelos castanhos cacheados de comprimento médio, seus olhos eram verdes e sua boca bem-feita, nem grande nem pequena, e levemente rosada. Era o mais magro, mas também o mais atlético dos três. O Safado usava um short branco e estava sem cueca. Obviamente, a água fez seu pau e sua bunda aparecerem por baixo do short. Nossa, e que bunda redondinha e empinada!
Eles terminaram o banho e ficaram encostados sem camisa na barra de aço, de costas para mim. Ficaram conversando e rindo ali. Creio que esperavam seus corpos secarem.
Fiquei observando e dando asas para minha imaginação. Tentei visualizar seus paus e seus corpos nus (para o moreno não era necessário esforço). Resolvi chamá-los mentalmente de Cabelinho (para o de cabelos maiores), Narizinho (para o outro rapaz negro) e Guri (para o moreno).
Enquanto eles conversavam, o Cabelinho deu uma olhada para trás. Disfarcei mexendo no celular. Voltei a olhar, ele deu uma viradinha rápida na cabeça e me pegou olhando para eles. Baixei a cabeça novamente e fiquei vermelho de vergonha. O cabelinho cochichou alguma coisa com Narizinho, que deu uma olhada de canto de olho em mim. Guri catucou o cabelinho, que cochichou dessa vez com ele. Guri olhou curioso e riu quando me viu. Virou-se de frente para mim e apoiou os braços na barra. Parei de olhar e não tive mais coragem de levantar a cabeça.
Fiquei nervoso. Não gostava de muita atenção em mim. Eles falaram alguma coisa que não consegui ouvir e gargalharam. Pensei em me mandar dali. Vai que aqueles garotos não fossem pessoas muito legais e quisessem mexer comigo.
Quando comecei a levantar, o tal do Guri pulou a barra de aço e saltou os degraus até mim.
- E aí, cara? – Falou deixando uma perna em um degrau e colocando a outra no degrau que eu estava sentado, apoiando os braços nesta perna e ficando com o tronco um pouco abaixado.
- E aí – Respondi olhando meio assustado para ele.
- Tu é daqui, mermão? Nunca te vi – Fiquei preocupado.
- Não. Estou esperando um amigo vir me buscar.
- Sei... – Disse claramente sem acreditar.
- Você pode me ajudar numa parada, cara?
- Depende.
- Meus parceiros e eu apostamos uma coisa.
- E no que eu posso ajudar com isso?
- É que o Riquelme – E apontou para o Cabelinho - apostou que tu é gay, mas o Cauã disse que não. E aí? Tu é gay?
        Fiquei encarando-o por um momento sem expressão. Ele moveu uma mão até o pau e deu uma pegada nele. Meus olhos se moveram involuntariamente acompanhando o movimento e pararam olhando para o dito cujo. Naquela posição, com uma perna dobrada e aquele short, dava para ver o saco e o pênis pela abertura da perna.
- Você ganhou a aposta, Riquelme! – Olhei para cima e ele ria largamente.
- Ei! E eu disse alguma coisa?
- A baba caindo da sua boca manjando minha rola disse tudo.
- Olhei para os outros dois e eles riam de se acabar – Baixei a cabeça sem graça.
- E vem cá, eu também fiz uma aposta – Lá vem besteira, pensei.
        Fiquei quieto olhando para o pé dele. Reparei que era bem grandinho e que ele tinha uma tatuagem de dois bonecos de pauzinho, um engatado no outro por trás. Que moleque saliente!
- Quer saber minha aposta?
- Acho que vou me arrepender, mas conta aí.
- O negóço é o seguinte: Eu apostei com os cria que você dava pra gente.
        Olhei para ele com os olhos arregalados e baixei a cabeça. Cara, eu era muito tímido! Isso já tinha me privado de muitas situações boas no passado, mas às vezes servia para pegar caras que se sentiam atraídos por essa timidez.
- Você tá zoando da minha cara.
- É sério! Olha só.
        Sentou-se do meu lado e encostou no meu ombro.
- Aquele pretinho lá (apontou para o Cauã) nunca comeu um cuzinho. Bem que você podia fazer esse favor pro cria.
        Olhei para o “pretinho”, que se encostou na barra juntamente com Riquelme, apoiando os cotovelos nela. Eles ficaram olhando para a gente esperando. O “cabelinho” falou alguma coisa para o outro, algo que fez ele rir.
- O outro ali brigou com a namorada. Tá só na bronha. Cê bem que podia fazer essa caridade pra nós.
        Virei para o Guri, incrédulo.
- Tá duvidando? Ô seus cuzões! Ele acha que tô de caô!
- Vai logo aí, ô viado! Vê se desenrola logo com ele!
- Viu só. Eles tão na maior secura. Sei que tu curte rola. Sinto cheiro do teu tipo de longe – Falou dando uma inspirada perto do meu pescoço. Arrepiei.
- Não sei...
- Não vamos esculachar, não. Os moleque são responsa.
- E vocês curtem homem?
- A gente tem preconceito não. Um cuzinho é um cuzinho. Não é, não? – E o meu piscou.
        Ele olhou para trás de mim, me analisando. Acho que gostou do que viu, pois deu um sorrisinho sacana. Não deveria entrar nessa, mas me sentia arrastado para a situação. Da fantasia para a realização.
- Tá – Falei sussurrando.
- Oi? Não te ouvi.
- Eu topo.
        Ele abriu um sorriso mostrando os dentes.
- Vamos para um motel? – Sugeri.
- Pode ser, mas tem um cafofo aqui perto onde a gente costuma ir.
- Não tô a vontade com isso.
Ele encostou mais em mim e colocou um braço por volta do meu pescoço.
- A gente é de boa. O lugar é meu e não tem ninguém lá agora. Você não quer meu pau? - Ele aproximou a boca no meu ouvido e disse baixinho – Vamos lá. Tô loco para meter no teu rabo - Desceu o braço pelas minhas costas, passou a mão para frente e beliscou meu mamilo.
- Acho que ele topou – Disseram os outros dois vindo na nossa direção.
- Se tá com medo, a gente vai pro motel, mas lá no meu cafofo vai ser mais gostoso.
        Os dois se aproximaram, cercando a gente.
- E aí, vai liberar pra nós? – Perguntou Riquelme.
        Olhei para aqueles três belos seres esperando minha resposta. Eu devia estar louco, mas tinha minha salvaguarda.
- Eu topo ir com vocês, mas com duas condições.
- Fala, aí – Cauã tinha uma voz grave que me deixou arrepiado.
- Primeiro, eu tenho que saber se vocês três são maiores de idade.
- A gente é tudo de maior aqui – Respondeu o Guri.
- E ainda não sei seu nome.
- Alisson.
- Bom, Alisson, a outra condição é vocês me darem o endereço do lugar e eu poder tirar uma foto de vocês.
- E pra que isso?
- Eu vou mandar para um amigo meu. Desculpe a desconfiança, mas nem conheço vocês.
        Eles ficaram se olhando. Tive receio deles rejeitarem. Eu já estava com um baita tesão. Fiquei mordendo os lábios e fazendo cara de pidão para eles. A gente poderia ir para um motel, mas agora estava curioso sobre o tal do “cafofo”.
- Tá de boa.
- Por mim, tudo bem.
        Alisson se levantou e ficou ao lado dos outros dois.
- Tira a foto aí. E guarda de recordação do gostoso aqui.
- Tá se achando!
        Os garotos ficaram rindo e se provocando. Eu fiquei foi filmando aqueles moleques animados em vez de tirar só uma foto. Alisson estava com o pau meia bomba, o que dava para ver bem através daquele short branco sem cueca. Meu cuzinho piscou algumas vezes enquanto os observava.
        Alisson me passou o endereço do lugar. Mandei o endereço e a foto para dois amigos desde a época da escola, Henrique e Miguel, explicando a situação resumidamente.
- Então, vamos lá? – Riquelme parecia bem ansioso.
- Ok, vamos.
        Eu me levantei, esperando que eles indicassem o caminho. Alisson, que estava ao meu lado, deu uma olhada de cima a baixo em mim, parando para analisar meu traseiro.
-Hummm. Que rabo, hein, viado?
        Olhei para ele e dei um sorriso meio tímido. Os outros se aproximaram, também dando uma olhada.
- Que sorte do Cauã. Vai tirar o atraso de cuzinho logo com um rabetão desses – Riquelme passou a mão na minha bunda sorrindo para o lado do Cauã.
- Ssssssssss. Vou te colocar para sentar gostoso na minha rola – Cauã deu uma apertada nela.
        Os três passaram as mãos no meu traseiro. Eu fiquei vermelho de vergonha, mas não me movi para impedi-los.
- Vamos lá, que já tô galudão aqui – Alysson estava com o pau já duro por dentro do short.
        Peguei minha mochila. Alysson e Cauã foram indo na frente, enquanto Riquelme foi ao meu lado.
- E aí? Cê não mora por aqui, né?
- Não. Estava trabalhando.
- Hum. Trabalha com quê?
- Estava dando aula particular aqui perto.
- Aula? Cê é professor?
- Sou – Ele riu de alguma coisa.
- Que foi?
- Nada. É que nunca vi um professor gostosinho assim - Voltei a ficar vermelho de vergonha.
        Subimos uma rua bem íngreme. Depois de uns cinco minutos de caminhada, chegamos numa casa sem emboço. O muro de fora tinha só chapisco, a casa em si, nem isso. O endereço batia com o que o Alysson tinha me dito.
        Alysson abriu o portão de ferro, pintado só de zarcão, e parou olhando para mim.
- É aqui meu castelo – Falou sorrindo.
- Castelo? É aqui que você se esconde! – Falou e gargalhou Riquelme.
- E aí? Vamos?
Meu peito batia forte. Depois de entrar, já era. Eu ia ficar na mão daqueles três. Alysson sorria com cara de safado, Cauã me encarava sério e Riquelme já me comia com os olhos. Passei pelos três e entrei.
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Continua...
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Foto 1 do Conto erotico: O Campinho


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Comentários


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tutugubra Comentou em 03/01/2025

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foto perfil usuario alda

alda Comentou em 02/01/2025

Que isso cara, continua vai, sei que vou gosta muito desse conto.




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Ficha do conto

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Nome do conto:
O Campinho

Codigo do conto:
226562

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
02/01/2025

Quant.de Votos:
4

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