A noite caiu sobre mim como um véu pesado, mas meu corpo ainda queimava de excitação. Meus pensamentos se embaralhavam entre o arrependimento e uma curiosidade incontrolável. "Ela realmente escreveu isso?" "O que ela quer dizer com 'adorou'?" "Será que ela estava fingindo não perceber durante a aula?"
Joguei-me na cama, cobrindo o rosto com o travesseiro. Eu deveria me sentir envergonhada, mas algo dentro de mim pulsava mais forte que a vergonha: o desejo. A imagem de Lívia se contorcendo na cama, os gemidos sufocados, a forma como seus dedos mergulhavam entre suas pernas… Tudo voltava à minha mente como um filme em looping.
E então, sem conseguir resistir, levei a mão à minha própria buceta, já molhada só de lembrar. Fechava os olhos e imaginava que eram seus dedos me tocando, seus lábios mordiscando meu pescoço, sua voz sussurrando no meu ouvido: "Você gostou do que viu, professora?"
No dia seguinte, acordei com o coração acelerado. A aula de reforço seria novamente à tarde, e eu não sabia como encarar Lívia depois daquilo. Será que ela agiria normalmente? Será que iria tocar no assunto? Ou pior… Será que contaria para a mãe?
Minha mãe, Mônica, percebeu minha agitação enquanto eu me arrumava.
— Você tá estranha hoje, Camila. Tá nervosa com a nova aluna? — perguntou, passando manteiga em uma torrada.
— Não, mãe… Só tô com sono — menti, evitando seu olhar.
— Bom, espero que você consiga ajudar essa garota. A Eunice disse que ela tem dificuldade em tudo, mas que é muito atirada nos estudos.
"Atirada…" Eu quase engasguei com o café. Se ontem foi um exemplo do "atirada" dela, eu mal podia imaginar o que mais a esperava.
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Quando cheguei à casa de Lívia, minha garganta estava seca. Bati na porta do quarto dela, desta vez, esperando uma resposta antes de entrar.
— Pode entrar! — sua voz soou suave, mas havia um tom de provocação que não passou despercebido.
Abri a porta devagar, e lá estava ela. Sentada na mesa, com o caderno aberto, ao lado da mesma cama rosa e com ursinhos - bem mais "comportada" que a noite anterior - mas desta vez… vestindo um shorts curto e uma blusa justa que deixava pouco à imaginação. Seus olhos escuros me fitaram com um sorriso que era quase um desafio.
— Bom dia, professora — ela disse, arrastando as palavras como se estivesse saboreando cada sílaba.
— Bom dia, Lívia — respondi, tentando manter a voz estável.
Ela inclinou-se para frente, apoiando o queixo na mão.
— Você dormiu bem?
— Mais ou menos… — murmurei, evitando seu olhar.
— Que pena. Eu não consegui dormir nadinha — ela continuou, baixando a voz. — Fiquei pensando em como alguém pode ser tão… observadora quanto você.
Meu rosto queimou. Ela estava brincando comigo. E, pior… eu estava gostando.
— Lívia, acho que… — comecei, mas ela interrompeu, estendendo a mão e pegando meu pulso com uma leve pressão.
— Acho que hoje a gente deveria pular a aula de matemática — ela sussurrou, seus dedos deslizando lentamente pela minha pele. — Tem algo muito mais interessante pra gente aprender.
E, antes que eu pudesse reagir, ela puxou-me para mais perto, e eu não resisti.
A monotonia da minha vida tinha acabado de ficar muito, muito mais interessante.
----------------------------------------------------------------- DIA DE JOGOS-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Meu coração disparou quando Lívia puxou meu pulso, sua voz baixa e carregada de intenção. "Tem algo muito mais interessante pra gente aprender."
Por um segundo, achei que ela ia me beijar ali mesmo. Meu corpo todo ficou tenso, os lábios levemente entreabertos, prontos para…
— Comprei um jogo novo — ela disse de repente, soltando meu braço e abrindo um sorriso malicioso.
— Um… jogo? — repeti, confusa, ainda tentando processar a mudança de tom.
— Sim! — Ela se levantou e foi até a cama, pegando uma caixa colorida debaixo do travesseiro. "Caça ao Tesouro: Edição Adulta", lia a embalagem.
— É tipo um jogo de tabuleiro, mas com recompensas — explicou, balançando a caixa com um brilho travesso nos olhos.
Eu arquei uma sobrancelha, desconfiada. — E que tipo de recompensas seriam essas?
Ela riu, abrindo a caixa e espalhando as cartas na mesa. — Depende. Se você ganhar, eu te dou um beijo. Se eu ganhar… você me mostra como uma professora realmente sabe ensinar.
Meu estômago embrulhou. Era um desafio. Um jogo inocente, mas com regras perigosas.
— Você tá com medo? — provocou, inclinando-se para frente, seus seios quase tocando a mesa.
— Claro que não — menti, pegando um dado com dedos trêmulos.
O jogo começou inocente, mas cada rodada era uma armadilha. Perguntas ousadas, desafios de toques breves, olhares que duravam segundos a mais do que deveriam. A cada vez que eu perdia, Lívia sorria como uma gata satisfeita, anotando mentalmente cada vez que eu corava.
— Sua vez — ela disse, rolando o dado. O número caiu no seis. Ela pegou uma carta e leu em voz baixa: "Escolha alguém para beijar no pescoço por dez segundos."
Meu coração parou.
Ela não hesitou. Levantou-se, contornou a mesa e parou atrás de mim. Seus dedos suaves puxaram meu cabelo para o lado, expondo meu pescoço.
— Dez segundos — sussurrou, e então seus lábios quentes tocaram minha pele.
Um arrepio percorreu minha espinha. Seus dentes mordiscaram levemente, sua língua lambeu um traço lento até minha orelha. Eu me contorci na cadeira, minhas pernas se apertando instintivamente.
— Oito… nove… dez… — ela contou, mas não se afastou. Seu hálito quente fez meu corpo tremer.
Foi quando ouvimos passos no corredor.
— Lívia? Tá tudo bem aí? — a voz da mãe dela ecoou do lado de fora da porta.
Nós nos congelamos. Lívia afastou-se rápido, mas não antes de dar uma última mordida suave em meu ombro.
— Tudo bem, mãe! — respondeu, voz estável, enquanto eu tentava disfarçar minha respiração ofegante.
— Posso entrar?
Meus olhos se arregalaram. A maçaneta mexeu.
Lívia agiu rápido — jogou o tabuleiro no chão, espalhando as peças.
— Ah não! — exclamou, alto o suficiente para a mãe ouvir. — A professora derrubou o jogo!
A porta se abriu. Eunice olhou para nós, eu ajoelhada no chão, recolhendo peças com mãos trêmulas, e Lívia com um sorriso inocente.
— Vocês deviam estar estudando — disse Eunice, desaprovadora.
— A gente ia! — Lívia respondeu. — Mas a professora quis brincar primeiro.
Eu quase engasguei. "Eu?!"
Eunice suspirou. — Bom, terminem logo.
Assim que a porta fechou, Lívia olhou para mim, seus olhos escuros cheios de promessas.
— Acho que o jogo acabou… — sussurrou. — Mas a noite ainda tá longe de terminar.
E, antes que eu pudesse responder, seus lábios encontraram os meus.
Jogo de sedução, toques, respiração...depois o ápice!!