- Bom dia, Camila – Disse minha mãe, Mônica. Mesmo ela me dando muita dor de cabeça, foi graças a ela que conseguir esse bico como "professora" de reforço para alguns garotos com pais ricos do meu bairro – Bom dia, mãe – disse eu com desdém. Depois disso sentei a mesa, sem muitas oferendas, somente o velho pão com manteiga e o café. Sempre me acordo em silêncio, para mim a manhã é a melhor parte do dia! Minha irmã está dormindo, minha mãe não se acordou completamente e meu pai ainda não chegou do trabalho, pelo menos assim posso ficar com meus pensamentos. Entretanto esse dia foi diferente, ganhei um aluno novo! Opa... Uma aluna!
- Camilla, pode ajudar uma garota? – Disse minha mãe de forma rápida e alegre pela nova renda extra da sua "filhota" – Ela faz o primeiro ano do ensino médio, e pelo que a mãe dela me disse é meio burrinha, já repetiu duas vezes, você acha que dá conta? – Após pensar um pouco em encarar alguém mais velho que meus alunos, aceitei firmemente.
Quando chegou à tarde depois do almoço fui diretamente à casa de Ana Lívia, ela tinha 18 anos e, infelizmente, não sabia muita coisa ao seu respeito, somente que era péssima em matemática. Estava gelada e minhas mãos estavam suando, fiquei atentada a desistir e deixar de correr o risco de não saber bem um assunto do ensino médio. Entretanto, minha mãe insistiu muito e eu de forma relutante seguir meu caminho para uma nova experiência.
Ao chegar à casa da minha futura aluna, fui atendida por sua mãe, Eunice, ela e eu discutimos o preço e disse-me que podia passar a tarde toda se fosse necessário, eu consenti e subi as escadas um pouco trêmula. Ao chegar à porta, fiquei pensando no que dizer ao entrar no seu quarto. Qual expressão faria?, se sorriria? Ficaria séria? Entretanto, meus pensamentos cessaram quando eu ouvi barulhos e vozes vindas de seu quarto.
Três segundos de desejo.
Eu não podia acreditar no que estava ouvindo. Aqueles gemidos... Não podia ser! Eu sabia o que estava ouvindo, não sabia o que deveria fazer. Bater na porta?, descer e esperar que acabasse? ou... Poderia... Olhar e descobrir por mim mesma.
Fiquei pálida ao tocar a maçaneta, não pensava em mais nada, não sentia o meu corpo, agia com tanto medo que não sabia por que estava fazendo aquilo. A porta abria-se aos poucos, os sons de gemidos ficaram mais altos, meu coração pulsava, não sentia minhas pernas ou sequer minhas mãos, as mesmas que empurravam aquela porta sorrateiramente. Primeiro vi sua cama, com aqueles lençóis rosa com vários ursinhos de pelúcia, típico de uma jovem mimada. Depois de abrir um pouco mais conseguir avistar suas pernas, brancas e suave, ambas estavam separadas, seus pés não paravam de se contorcer, meu coração começou a pulsar com mais força, comecei a sentir um calor incontrolável. Após abrir um pouco mais a porta trêmula e pasma, conseguir vê-la completamente.
Aqueles três segundos... Nunca irei esquecê-los. Meu corpo tinha paralisado naquele momento, me sentia em êxtases profundamente, não sentia nada somente o calor e o fato de ficar cada vez mais excitada ao vê-la. No 1º segundo vi seu rosto macio e seus lindos cabelos negros embaraçados, seus lábios carnosos e ofegantes sendo mordidos, seus olhos fechados pelo orgasmo e sua garganta oscilante de desejo. No 2º segundo vi seus seios, rosados e macios, sua camisola amarrotada cobria-os parcialmente, vi sua mão esquerda acaricia-los e aperta-los com força, fazendo seus gemidos ficarem cada vez mais altos e excitantes. O terceiro segundo... Nunca me sentir tão irracional como naquele momento, estava pronta para possuí-la quando a vi se masturbando freneticamente. Seus gemidos ficaram altos, fiquei tão excitada que institivamente comecei a me tocar com a ponta dos meus dedos.... Me sentia tão quente... Aquela calcinha rosa listrada, afastada pela sua mão direita estava completamente molhada. Naquele instante, estava pronta para entrar naquele quarto, quando percebi seu corpo se contorcendo de luxúria, aquela mão que tocava sua buceta ficava cada vez mais oscilante, a mão que acariciava seus seios ficava cada vez mais rígidas, quando enfim, vi seu ultimo orgasmo através daquele seu último esguicho que transbordava entre suas pernas. Seu corpo tinha estremecido, suas mãos cessaram por completo, sentia até sua respiração fraca naquele quarto, não conseguia pensar em nada, até que finalmente escutei uma voz ressoando atrás de mim – Camilla, porque você ainda não entrou no quarto?
Está é sua professora!
- Lívia esta é Camilla, filho da Monica, aquela de quem falei hoje de manhã – disse Eunice em sua apresentação rápida e direta, sem perceber o que tinha acontecido – Espero que ela seja tão boa quanto dizem ser. Após Eunice sair do quarto, Lívia foi imediatamente ao banheiro se limpar. Fiquei paralisada, o plano de ser gentil e Cortez tinham falhado completamente, na verdade não sabia como agir ou para onde olhar. Será que ela me viu? Será que percebeu que eu estava a observa-la? Depois de se arrumar, ela preparou toda a mesa para a nossa primeira aula, sua delicadeza me surpreendia, sequer parecia com aquela garota de dez minutos atrás, nunca sentir tanta maturidade e serenidade vinda de alguém.
- Oi... Tudo bem? – Disse eu completamente sem voz, quase para mim mesma. Após alguns segundos de silêncio, ela me respondeu – Tudo... Você pode me ajudar, estou com dúvida nessa parte. O exercício era de equação do 1º Grau, fiquei aliviado por entender bem do assunto, mas ainda não conseguia me concentrar. Aquela roupa... Não parava de pensar que aquela roupa era a mesma de alguns momentos atrás, não conseguia tirar aquela cena por inteiro, o cheiro daquele quarto, a cama abarrotada tudo ainda me enchia de luxúria e calor. Não posso deixar de contar um número de vezes que me peguei olhando para aquele decote, que mal conseguia cobrir aqueles peitos perfeitos, e o número de vezes que me peguei acariciando meus seios, também sabia que ela estava me olhando, sempre sorria quando ficávamos em silêncio sem motivo.
Após algumas horas, conseguir terminar de ajuda-lá com aquela lição, conversamos por um momento, até tinha esquecido o que tinha acontecido, falamos de músicas, jogos e até mesmo sobre os planos para o futuro. Quando chegou o fim da tarde, sua mãe se ofereceu para deixar-me em casa, peguei minhas coisas e me direcionei à porta. Queria ir para minha casa, tive muitas experiências naquele primeiro dia, sabia que precisava esquecer aquilo e seguir em frente para que as coisas não saíssem de controle. Entretanto, quando estava saindo, escutei uma voz vindo em minha direção – Professora! – Olhei imediatamente para trás e vi Lívia com meu celular em sua mão, ela me entregou rapidamente e saiu correndo, sem que tivesse chance de agradecê-la.
Ao chegar em casa, estava cansada e pensativa sobre o que sentia, via aquele momento várias e várias vezes em minha mente. Quando peguei meu celular para me distrair um pouco sentir minha alma congelando quando vi aquele papelzinho preso junto ao celular, sabia que era dela, tinha a mesma cor rosa do seu caderno. Pensei logo no que seria, sabia que seria um pedido de confidencialidade ou que nunca mais aparecesse em sua casa. "Droga! o que estava pensando, sua idiota, ela nunca iria querer nada comigo." Entretanto meu coração bateu cada vez mais forte ao ler aquele recado, nunca senti tanto desejo por ensinar alguém. Enfim sabia... Sabia que nossa relação não teria acabado.
“Adorei sentir você me observando... Professora!”
Que delícia de conto, aguardo continuação do mesmo.
Adorei o conto Tem meu voto.
Oi, o próximo conto sairá em breve! Só estou deixando mais "Picante" ;) Meus agradecimentos! rsrs Beijos
Oi adorei seu conto, vc já tem a segunda parte me manda por favor grato